Saltar para:
Logótipo
Você está em: Início > 300303

Teoria 2

Código: 300303     Sigla: 300303

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
CNAEF Arquitetura e urbanismo

Ocorrência: 2010/2011 - A

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Arquitectura (A)
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Arquitetura

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIARQ 207 MIARQ (até a 2011/12) 3 - 9 - 243

Língua de trabalho

Português

Objetivos

À mobilidade dos significados e à complexidade dos materiais que se oferecem à construção da arquitectura, de que forma servir criativamente o destino da arquitectura como estrutura, expressão e projecção física da imaginação, como experimentação e experiência, como conhecimento e construção, sem subverter a estruturação da arquitectura pela manipulação arbitrária e abusiva da complexidade dos materiais que a estruturam? Como constituir um discurso sobre arquitectura que reflicta propositivamente sobre as suas acções, sem com isso iludir os espaços dos problemas específicos da disciplina e/ou ilusionar as intencionalidades-materiais da casa-corpo do projecto, no seu agir para a definição dos lugares e dos significados?; o que é dispor um discurso teórico que, problematizando invenção e disciplina, ofício e conhecimento, identifique-agite um modo particular de conceptualizar a arquitectura – tectónica/plataforma mobile –, tendo consciência que “todo o conflito é sobre projectos e não sobre aquela ou aqueloutra disciplina”(B. Miranda)?

“Se a vocação da teoria é produzir os conceitos pelos quais a arquitectura se relaciona com outras áreas da prática social, também a arquitectura pode ser colocada como construção de novos conceitos de espaço e seu habitar; isto é, edifícios e desenhos podem ser teoréticos procurando uma coerência entre objecto e análise, produzindo conceitos tão objectivos e materiais como a forma construída”. Na assunção do pressuposto de Michel Hays, no estudo da casa – sistemas, processos, formas, significados e sentidos, é objectivo no curso abordar: escalas-dimensões do habitar-da habitação-da casa; habitar e quotidiano, casa corpo e paisagem, casa e figuras de interior; estratégias da residência, regimes domésticos, morfologias da habitação – suportes e unidades variáveis, associação e agrupação, identidade e indeterminação.

Programa

Na longa duração que se (contra)diz-(des)faz na/pela circunstância, entre o excesso de liberdade e o excesso de vigilância, a arquitectura inscreve nesse duplo risco o que a sua teoria identificou como argumentação problemática de autonomia e heteronomia, natural e artificial, arte e utilidade, abstracto e concreto, local e global, real e virtual.
Reyner Banham que se revelou polemista nas permutações poéticas entre 'art brut' e cultura 'pop', escreveu, faz anos, "a home is not a house". Na perspectiva, a casa será provavelmente a geometria de um dispositivo sobre/para um complexo de geometrias de relações e medidas, de categorias e figuras, de significados e sentidos. Ao contrário da Farnsworth (1945-50) – casa de todos os habitantes/casa de nenhum habitante, espécie de recinto imóvel a sugerir um congelamento do quotidiano – as casas dos Schindler-Chace (1921-22), a casa dos Eames (1947) ou a casa dos Smithson são o problematizar do contentor como (des)locação (des)focagem sobre o banal, sem retórica: de que se faz uma casa? “A casa/lar não é um espaço físico, mas uma necessidade inconstante/instável; onde quer que se esteja (onde quer que nos encontremos), a casa/lar está sempre noutro local” (R. Sennett) – a “Slow House” (Diller-Scoffidio).
A partir de um conjunto de tópico(s) de arquitectura(s) | tópico(s) de casa(s) o argumento provocar-se-á numa trama aberta de vibrações-ressonâncias teóricas (re)colhidas-associadas numa geografia difusa de autores-posições-manifestos: Agamben, Attali, Baldeweg, Banham, Conde, Foucault, Friedman, Gausa, Graham, Habraken, Hall, Klein, Lefebvre, Lerup, Levinas, Marti, Morales, Moles, Moley, Moneo, Pezeu-Massabuau, Quetglas, Smithson, I. Solà-Morales, Sloterdijk, Soriano, Teyssot.
O conteúdo da disciplina será exposto a partir de uma carta de seis coordenadas-tema:
1 "Andamento especulativo: Para uma analítica da arquitectura como experiência. Experiência e projecto"
. Arquitectura e experiência, arquitectura e técnica, arquitectura e indeterminação, arquitectura e conhecimento, arquitectura e autonomia–heteronomia, arquitectura e invenção, arquitectura e hospitalidade
2 "Casa: tema, variação, fuga"
. Residência e fenomenologia urbana. Cultura da cidade e sinais de arquitectura. Cidade e edifício: a cidade como lugar, a cidade como sítio, a cidade como arquitectura.
. Casa, habitação, morada, domicílio, edifício, ruína.
. Formas da habitação – invariante, repetição, variação, série, combinação, agrupação, associação; Mínimos funcionais; unidades mínimas de agregação; unidades máximas de agregação.
. Habitação e unidade mínima – funcional, automático, normalizado, portátil, virtual.
. Casa oficina. Casa prótese. Casa laboratório. Casa rede
3 "Casa-dispositivo – habitação, domínio, dispositivos"
. Produção do espaço.
. Casa artifício. Casa máquina de habitar. Casa maquinada.
. Público, privado, colectivo, doméstico, íntimo, entre. Grupal. Comum
4 "Casa – figuras de interior: cerimónia, íntimo, privado, doméstico, boémio, social, nómada, rede"
. Corpo e interior: convenção, medida, material, superfície, muro, limiar, passagem, umbral, percurso.
. Casa, rosto e hospitalidade. Casa, pessoa e acolhimento.
5 "Casa e a dissolução da unidade-módulo compartimental"
. Casa de um e casa de massas. Casa de todos, casa de ninguém.
. Continente e dissolução da casa – estratégias da residência, conceitos de habitação: suportes e unidades variáveis, identidade e indeterminação (sitemas e disposições).
6 "Casa móbil. Habitação móvel. Construção 'kit' "
. Casa collage – construído e transformação, estratégias de confrontação.


Bibliografia Obrigatória

BALDEWEG, Juan Navarro; La Habitación Vacante, Valência: COAC/Editorial Pré-Textos, 1999
BALLESTEROS, José; Ser Artificial. Glosario prático para verlo todo de otra manera, Madrid: Fundación Caja de Arquitectos, 2008
BARBEY, Gilles; L’Évasion Domestique. Essai sur les relations d’affectivité au logis, Presses Poytchniques et Universitaires Romandes, 1990
Companion to Contemporary Architectural Thought, (edit.: Ben Farmer, Hentie Louw), London: Routledge, 1993
FORTY, Adrian; Words and Buildings. A vocabulary of modern architecture, London: Thames &Hudson, 2000
HERNANDEZ, Manuel Martin; La Invención de la Arquitectura,, Madrid: Celeste Edicione, 1997
LEFEBVRE, Henri; La Production de l’Espace, Paris: Anthropos, 2000 (4ª edição)
LERUP, Lars; Building the Unfinished. Architecture and human action, London: Sage Puiblications, 1977
MORALES, José; La Dissolucion de la Estancia. Transformaciones domesticas 1930-1960, Madrid: Editorial Rueda, 2005
PALLASMAA, Juhani; The Eyes of the Skin. Architecture and the Senses, , Londres: Routledge, 2000
SANTA-MARIA, Luís Martinez; Intersecciones, Madrid: Editorial Rueda, 2004
SANTA-MARIA, Luís; El Árbol, el Camino, el Estanque, ante la Casa. , Barcelona: Fundación Caja de Arquitectos, 2004.
SOLÀ-MORALES, Ignasi de; Diferencias. Topografia de la Arquitectura Contemporanea, Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1995
VALDERRAMA APARICIO, Maria Luz; La Construcción de la Mirada: Trés Distancias , Universidad de Sevilla/Secretariado de Publicaciones, 2004

Bibliografia Complementar

CERTEAU, M., GIARD, L., MAYOL, P.; L’Invention du Quotidien, Paris: Gallimard, 1994
GORDO, António Gámiz; Ideas sobre Análisis, Dibujo y Arquitectura, Sevilha: Universidade de Sevilha, Secretariado de Publicaciones, 2004
Housing for the Millions. John Habraken and the SAR (1960-2000), Rotterdam: NAI publishers, 2000
LEATHERBARROW, David; The Roots of Architectural Invention. Site, enclosure, materials, Cambridge: Cambridge University Press, 1993
MIRANDA, Antonio; Ni Robot Ni Bufón, Madrid: Ediciones Catedra, 1999
PICON, Antoine; Digital Culture in Architecture. An introduction for the design professions , Basel: Birkhauser, 2010
SANSOT, Pierre; Les Formes Sensibles de la Vie Sociale, Paris: Presses Universitaires de France, 1986
SORIANO, Federico; Sin_Tesis, Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 2004
Theorizing Architecture Theory. An anthology of architectural theory (1965-1995), (ed. Kate Nesbit)., New York: Princeton Architectural Press, 1996

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

O tempo lectivo de três horas semanais de aula visará um todo articulado de: tempos para exposição de matéria; tempos para a realização, individual ou em grupo, de exercícios de curta duração para aprofundamento dos temas do programa; tempos de leitura em aula, seguida de exposição e crítica; tempos de orientação e acompanhamento do trabalho de investigação individual anual; tempos para acções não programadas que decorram do processo da aprendizagem; tempos de avaliação.

Palavras Chave

Humanidades > Filosofia > Fenomenologia
Ciências Tecnológicas > Arquitectura
Humanidades > Artes

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Descrição Tipo Tempo (Horas) Peso (%) Data Conclusão
Participação presencial (estimativa) Participação presencial 108,00
Total: - 0,00

Obtenção de frequência

É pré-requesito para obtenção de frequência da unidade curricular a presença em pelo menos 75% das aulas efectivamente dadas.

Fórmula de cálculo da classificação final

A avaliação incidirá sobre o resultado do aproveitamento revelado pelo aluno nas diversas intervenções programadas ou espontâneas, desenvolvidas no âmbito do processo pedagógico da unidade curricular. A classificação final resultará da ponderação de três componentes: assiduidade e participação 10%, conjunto de exercícios de estudo e/ou reflexão crítica realizados ao longo do ano, 20%; exercício prático de grupo, 30%; processo anual e defesa do trabalho individual de sintese final, 40%.
A classificação inferior a oito no conjunto das três componentes da avaliação significa reprovação sem acesso à prova de melhoria de classificação. A classificação inferior a oito no processo anual e defesa do trabalho individual de síntese final significa reprovação sem acesso a prova de melhoria de nota. A classificação positiva no conjunto de exercícios de estudo e/ou reflexão crítica desenvolvidos ao longo do ano, e no exercício prático de grupo permite o acesso a prova de melhoria da nota do trabalho individual de síntese final.

Provas e trabalhos especiais

A classificação do trabalho individual de síntese final pode ser objecto de melhoria através de uma prova abrangendo todo o programa da unidade curricular.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os alunos que por lei estão dispensados da presença nas aulas terão de desenvolver um trabalho de investigação individual anual, sujeito a apresentação prévia e acompanhamento em pelo menos cinco sessões por semestre, e sujeito a apresentação e defesa presencial no fim de cada semestre.

Melhoria de classificação

A prova de melhoria da classificação final/distribuída consistirá na elaboração de um exercício escrito sem consulta e com a duração de duas horas, versando a matéria sumariada, com prova oral (não dispensável). As classificações no conjunto de exercícios de estudo e/ou reflexão crítica, e no processo e defesa do trabalho individual de síntese final contribuem em 40% cada para a nota do exame de recurso.

Recomendar Página Voltar ao Topo
Copyright 1996-2024 © Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto  I Termos e Condições  I Acessibilidade  I Índice A-Z  I Livro de Visitas
Página gerada em: 2024-10-20 às 02:52:33 | Política de Utilização Aceitável | Política de Proteção de Dados Pessoais | Denúncias