Saltar para:
Logótipo
Você está em: Início > Publicações > Visualização > A acção da coroa e dos indivíduos na constituição do território e da identidade do Brasil colonial. As batalhas dos Guararapes como estudo de caso in "XXXVII Congresso Internacional de História Militar" (Rio de Janeiro, 29 Agosto - 04 Setembro 2011)

A acção da coroa e dos indivíduos na constituição do território e da identidade do Brasil colonial. As batalhas dos Guararapes como estudo de caso in "XXXVII Congresso Internacional de História Militar" (Rio de Janeiro, 29 Agosto - 04 Setembro 2011)

Título
A acção da coroa e dos indivíduos na constituição do território e da identidade do Brasil colonial. As batalhas dos Guararapes como estudo de caso in "XXXVII Congresso Internacional de História Militar" (Rio de Janeiro, 29 Agosto - 04 Setembro 2011)
Tipo
Trabalho Académico
Ano
2011
Autores
Polónia, Amélia
(Autor)
FLUP
Classificação Científica
FOS: Humanidades > História e arqueologia
Outras Informações
Resumo (PT): A primeira batalha de Guararapes, ocorrida em 19 de Abril de 1648, nos Montes Guararapes, ao Sul do Recife, no Estado de Pernambuco, é simbolicamente apontada, por muitos historiadores, como a primeira manifestação de um exército colonial brasileiro, pois os elementos sociais e étnicos brancos, africanos e indígenas se fundiram, numa acção militar convergente, na luta pelo território do Brasil contra os ocupantes Holandeses. A ser assumida como real projecção da existência, de facto, de uma sociedade colonial, moldada por interesses comuns, este seria o mais precoce sinal da existência de uma consciência de uma sociedade colonial com interesses específicos em relação aos do colonizador. Estudos recentes, nomeadamente procedentes da escola historiográfica do Rio de Janeiro, sobre a constituição de um mercado económico interno, em território brasileiro, num período anterior à independência do Brasil, parecem reforçar esta leitura. Hoje, é consensual entre os cidadãos comuns, e no próprio universo das Ciências Sociais e Humanas, nomeadamente da História, da Sociologia e da Antropologia, para além das Ciências Políticas, a aceitação da tese de que a sociedade brasileira se revela claramente distinta, quer de outras sociedades latino-americanas, quer, em particular dos Estados Unidos da América, quer no que se refere a questões de simbiose cultural e religiosa, quer no que diz respeito a questões raciais. Os elevados níveis de miscigenação, ocorrida durante todo o período colonial português, mereceu mesmo a teorização de Gilberto Freire, eminente sociólogo brasileiro, que, através da sua teoria do Luso-Tropicalismo, explicava a existência de uma espécie de democracia racial no Brasil, como resultado da particular propensão dos Portugueses para a simbiose rácica, linguística e cultural, em contacto com os espaços de colonização. As teorias de Gilberto Freire, porque utilizadas pelo aparelho de propaganda do regime de Salazar, para justificar a persistente colonização africana em pleno século XX, quando outras potências europeias se encontravam decisivamente a percorrer os caminhos da descolonização, têm sido alvo, em Portugal, de uma reacção generalizada. A própria circunstância de a interiorização das teorias de Freyre não favorecer a existência e o fortalecimento de identidades rácicas diferenciais que alimentem, por sua vez, movimentos de luta racial, levou ao seu questionamento por muitas escolas sociológicas brasileiras nos últimos anos. Tendo como pano de fundo estas problemáticas, a comunicação pretende contribuir para a discussão acerca da formação de uma identidade brasileira partir de uma outra perspectiva. É seu objectivo tentar compreender de que modo os processos históricos que alimentaram a colonização portuguesa no Brasil permitem compreender os elevados índices de miscigenação, bem como os processos de sincretismo cultural que fazem dos referentes afro um denominador comum a toda a sociedade barsileira, tendo sido absorvidos de forma transversal e contribuindo para uma partilha de referentes identitários. A mesma análise pretenderá abordar a existência de perfis diferenciais, nesta matéria, de vários “Brazis”, porque marcados por dinâmicas coloniais diversas. Palavras-chave: Miscigenação; Colonização; Identidade; Herança colonial
Abstract (EN): The first Guararapes battle, occurred on April 19, 1648, is foreseen by many, not only as the first glimpse of a Brazilian army, but as the germination of a colonial society that included the three components that structured Brazil: Europeans, Black Slaves and Indians. This episode illustrates, however, as well, how the Portuguese state was proven impotent to provide the defence and the safeguard of a colonial territory, central to the Portuguese overseas empire on the context of the 17th century. If this interpretation was proven to be real, this episode, targeted by an intense historiographic debate, would present the most precocious conscience of a colonial society in the framework of the process of colonization of Americas. Recent works, mostly produced by the historiographic school of Rio de Janeiro, related to the constitution of and internal economic market in Brazil, previous to the independence process, tend to reinforce this kind of interpretation. It deserves some consensus, as well, both between the common Brazilian citizens and the scientific community, that the Brazilian society is clearly different from others of Latin-America, and mostly from the United States in what concerns, both religious and cultural syncretism, and racial practices, identities and policies. The high levels of miscegenation recognized during the process of Portuguese colonization is at the origin of the Luso-Tropicalism theory of Gilbero Freyre (1900-1987), a famous Brazilian sociologist. The use of his theories by the Salazar regime, in order to justify the resilient Portuguese colonization in Africa, in the 20th. Century, in contexts of generalized European decolonization, put Gilberto Freyre’s theories under strong scrutiny, in Portugal, in the present days. The fact that his theoretical assumptions point to the existence of a kind of racial democracy, in Brazil, totally adverse to the promotion of racial identities and the development of claiming movements based on racial criteria motivated identical questioning on Brazilian academic stages. This contestation of the Freyre’s theories leaves the phenomena without a scientific explanation. Taking those problematic as theoretical background, this paper claims to further contribute to the debate of the origins of a Brazilian identity, from a different perspective. It aims to understand how the specific and acknowledged strategies and processes assumed by the Portuguese colonization allows to understand the high levels of miscegenation, as well as the high levels of religious and cultural syncretism in the Brazilian society. The same focus will be put forward in order to understand the existence of different “Brazis”, as a consequence of the presence of different colonial dynamics. Key-words: Miscegenation; Colonization; Identity; Colonial Legacies
Idioma: Português
Tipo (Avaliação Docente): Científica
Nº de páginas: 20
Documentos
Não foi encontrado nenhum documento associado à publicação.
Publicações Relacionadas

Dos mesmos autores

Ver todas (157)

Recomendar Página Voltar ao Topo
Copyright 1996-2024 © Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto  I Termos e Condições  I Acessibilidade  I Índice A-Z  I Livro de Visitas
Página gerada em: 2024-11-06 às 00:45:33 | Política de Utilização Aceitável | Política de Proteção de Dados Pessoais | Denúncias