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Memória U.Porto

Edifício da Reitoria da U.Porto

Incêndio de 1974

Fotografia do Edifício da Reitoria em chamas / Photo of the Rectory Building on fireNa madrugada do dia 20 de abril de 1974, pelas 4 horas, deflagrou um violento incêndio no edifício sede da Universidade do Porto, na Praça de Gomes Teixeira. Ao que tudo indica, o sinistro começou na ala sul do Salão Nobre e ter-se-á propagado a partir do seu teto, apenas revestido pelo telhado e pelo forro. As chamas avançaram em direção ao restante telhado e forro, varrendo-os a Poente e Nascente. Deste lado, ficaram imediatamente destruídos os arquivos da Universidade e a Biblioteca da Faculdade de Economia. No lado Poente, o telhado abateu-se sobre as salas de Cálculo e outras dependências do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências, que também ficaram destruídas. A primeira estrutura a ruir foi a clarabóia, que encimava a escadaria nobre.

Fotografia da escadaria principal após o incêndio / Photo of the main staircase after the fireA ala norte do edifício, voltada para a Praça de Gomes Teixeira, foi a mais afetada pelo sinistro. Aliás, o relato oficial dos acontecimentos, elaborado no dia seguinte ao do incêndio por uma equipa de técnicos da Direção-Geral das Construções Escolares e da Direção das Construções Escolares do Norte, destaca a ala norte do edifício como tendo sido a área mais afetada. Os danos no 3.º piso atingiram proporções elevadas e o 2.º piso sofreu, também, graves prejuízos. O Salão Nobre ficou totalmente destruído, assim como a Sala do Conselho, salas de aula e gabinetes. Os estragos na escadaria ficaram a dever-se à derrocada do telhado. Os dois óleos sobre tela fixados nas paredes laterais do piso nobre, da autoria José Maria Veloso Salgado (1864-1945), foram, também, atingidos pelas chamas. As peças de mobiliário de todos estes espaços ficaram destruídas ou muito danificadas, quer pela ação das chamas, quer pela ação da água utilizada para as combater.

Em 1974, o edifício da Praça de Gomes Teixeira era ocupado pela Faculdade de Ciências e estabelecimentos anexos, pela Reitoria e Serviços Administrativos da Universidade e pela Faculdade de Economia que teve aqui as suas primeiras instalações. O Conselho Escolar da Faculdade de Ciências recebeu a oferta de espaços alternativos para não interromper as atividades letivas (como, por exemplo, a de uma casa particular na Rua da Restauração e a das instalações da Escola Académica, junto à Rua do Pinheiro), chegando a ser ponderada a ocupação de um prédio adquirido pelo Estado, localizado no Beco do Paço, perto do Jardim do Carregal, assim como a do imóvel, quase concluído, da Faculdade de Economia, no pólo da Asprela. Optou-se, porém, por não abandonar as instalações da Praça de Gomes Teixeira e por levar a cabo as medidas mínimas de recuperação para que o edifício ficasse habitável e as aulas pudessem prosseguir. Três dias após o incêndio foram retomadas as atividades letivas.

Fotografia da escadaria principal - Piso 2 / Photo of the main staircase - 2nd FloorAs obras de recuperação prolongaram-se pelos anos seguintes e organizaram-se em três fases distintas. As intervenções prioritárias materializaram-se na reconstrução dos pavimentos e dos tetos do 2.º e do 3.º pisos, que tiveram de ser substituídos por betão armado. Para uma 2.ª fase ficou calendarizada a compartimentação dos espaços, em tijolo e não em madeira, como anteriormente, bem como o revestimento de tetos, paredes e pavimentos, à exceção do Salão Nobre. Numa 3.ª e última fase teriam lugar os acabamentos do Salão Nobre e da escadaria. Nestas obras de recuperação interveio o arquiteto Joaquim Marques de Araújo como autor do projeto. Para o restauro do Salão Nobre em muito contribuiu o facto de a "Oficina de Escultura decorativa de Enes Baganha" ainda conservar os modelos originais dos estuques dos tetos e das paredes. No começo do ano de 1979 estavam terminadas as obras de toscos. A 2.ª fase – acabamentos e instalações de águas e esgotos, ar condicionado, instalação elétrica e ascensores – encontrava-se em vias de conclusão. E a 3.ª fase – mobiliário, equipamento e decoração – tinha sido entregue às Construções Escolares, para apreciação.

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