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Medicina Geral e Familiar I

Código: M5_BM02     Sigla: MGF1

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Medicina

Ocorrência: 2021/2022 - 2S (de 14-02-2022 a 09-06-2022) Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Ensino Médico Pré-Graduado
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Medicina

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIM 93 Plano Oficial em Vigor 5 - 6 64 162

Língua de trabalho

Português

Objetivos

 

A Unidade Curricular (UC) de Medicina Geral e Familiar (MGF) pretende dar a conhecer o Médico de família  como o profissional de saúde que actua  a nível dos Cuidados de Saúde Primários, que conhece e gere os problemas de saúde que afectam os indivíduos, a sua família  e a comunidade a que pertencem, sendo na maioria das vezes o primeiro ponto de contacto dos doentes com o sistema de saúde.

O grupo EURACT (European Academy of Teachers in Family Medicine/General Practice) através da Agenda Educativa Euract de Medicina Geral e Familiar delineou as características fundamentais que a disciplina e o ensino da MGF deve conter agrupando-a em seis competências nucleares que  uma vez adquiridas se convertem em aptidões de desempenho com vista à sua aplicação na prática nos cuidados de saúde. Essas  competências  nucleares são: Gestão em Cuidados Primários; Cuidados centrados na Pessoa; Aptidões  para a resolução de problemas específicos; Abordagem abrangente; Abordagem holística; Orientação comunitária.

Fundamentados nestes  pressupostos, apresentamos as bases do conteúdo curricular da área de MGF, iniciando-se com a UC de MGF I no 5º ano e posteriormente com MGF II no 6.º ano. Pretende-se que durante o semestre relativo a MGF I os alunos adquiram conhecimentos atitudes e competências necessárias a um bom desempenho em MGF, antecipando o que será o ano  profissionalizante, no qual se espera que, mediante uma prática orientada, o estudante  receba formação e treino indispensáveis para o exercício da Medicina em contexto extra-hospitalar.

São objectivos gerais sensibilizar os futuros médicos, para a aquisição de conhecimentos e competências a utilizar em Cuidados de Saúde Primários (área com características próprias) e como Médico de Medicina Geral e Familiar (âmbito específico de atuação). Promover a aquisição de conhecimentos competências e atitudes conducentes à abordagem focada no indivíduo (por oposição à abordagem centrada na doença), na família, e na comunidade.

Resultados de aprendizagem e competências

 

Área dos conhecimentos

No final do semestre o aluno deve conhecer:

— o conceito de Cuidados de Saúde Primários, a sua evolução histórica e o seu papel nos diferentes sistemas de saúde;

— os princípios orientadores da Medicina Geral e Familiar bem como o contexto organizativo da sua prática;

— o padrão mais comum de queixas e problemas de saúde da comunidade;

— as possibilidades de promoção da saúde, prevenção da doença, vigilância e reabilitação;

— a dinâmica familiar e a sua avaliação;

— como o contexto social e o ambiente familiar afectam o binómio saúde/doença;

— os princípios básicos da investigação clinica e gestão da prática clinica;

— comunicação clinica e suas particularidades.

 

Área das Aptidões

No final do semestre o aluno deve saber:

— colher e tratar a informação necessária para formular hipóteses diagnósticas e desenvolver planos de decisão terapêutica, tendo em conta factores somáticos, psicológicos e sociais;

— fornecer cuidados de saúde suportados na melhor evidencia médica disponível;

— identificar grupos de risco e grupos vulneráveis;

— usar técnicas de comunicação clínica;

— desenvolver competências para capacitar o doente a participar na gestão dos seus próprios problemas (empowerment);

— analisar criticamente um artigo científico;

— desenvolver aptidões adequadas ao trabalho em equipa (respeito, liderança e organização).

 

Área das atitudes

No final do semestre o aluno deve:

— adaptar a comunicação às características individuais do utente/doente;

— aplicar técnicas de entrevista clínica (treino de entrevistas);

— saber fazer o plano de actuação a cada utente (execução e negociação);

— promover a melhoria das suas capacidades de autoaprendizagem e formação continua.

 

Modo de trabalho

Presencial

Programa


  • MGF como base do sistema de saúde

  • Cuidados de Saúde Primários (CSP), área de actuação do especialista em MGF;

  • Princípios fundamentais da MGF - competências nucleares

  • Perfil e funções do Médico de Família

  • Os CSP e os outros níveis de cuidados – articulação de serviços e profissionais

  • Promoção e Prevenção em Saúde

  • Grupos com necessidades especificas de saúde (G. vulneráveis G. de risco, outros)

  • A Comunicação em MGF: Alerta e abordagem de componentes da comunicação com ênfase para as particularidades do contexto da MGF: Comunicação verbal e não verbal; Atitudes comunicacionais; Erros comunicacionais e como evitá-los

  • Entrevista clínica: Tipos de entrevista em MGF; Técnicas de entrevista Simulação de entrevistas (role-play); Características positivas do entrevistador( empatia, cordialidade, assertividade); Comunicação e fases da consulta; As emoções na consulta (na relação medico-doente, na relação medico da pessoa e medico da família, as más  noticias, as emoções  e a intervenção terapêutica); a entrevista  motivacional

  • Método Clinico centrado no paciente

  • A Família – Avaliação e dinâmica: A família como sistema; Tipos de família e a sua classificação; Função e disfunção familiar; Crises familiares; Recursos familiares.

  • Registos Clínicos

  • Investigação e MGF: Sobrediagnóstico; Tipos de estudo; Testes ( sensibilidade, especificidade valores preditivos); Risco; nnt e nnh

  • Leitura crítica de informação médica: selecção de artigos; estrutura típica; avaliação metodológica

  • O paciente com problemas crónicos: Problemas de saúde vs. doença vs. dolência; Adoecer e cuidar; Problemas crónicos mais prevalentes; Consulta ao domicílio; Avaliação de guidelines

  • Multimorbilidade, polimedicação e prescrição racional

  • Abordagem de problemas frequentes na consulta de MGF (análise e discussão de casos)

  • Gestão da prática clínica




 

Bibliografia Obrigatória

Goroll A. H. et al ; Primary Care Medicine, Lippincott Williams and , 2009
McWhinney, I.R; Textbook of Family Medicine, Oxford University Press, 1997
Caniço Hernâni, Bairrada P., Rodríguez E., Carvalho A. ; Novos Tipos de Família , Imprensa Universidade de Coimbra, 2010
Balint M. ; O médico, o seu doente e a doença, 1.ª Ed. Climepsi, 1998
Ramos V.; A Consulta em 7 passos, VFBM Comunicação Lda, 2008
Caeiro R. ; Registos Clínicos em Medicina Familiar, Direcção Geral da Saúde/Instituto de Clínica Geral da Zona Sul, 1991
José Mendes Nunes; Comunicação em contexto clinico, 2007
Hardup Singh, Traber Davis Giardina et al; Types and origins of diagnostics errors in Prymary Care Setting, JAMA Intern Med.2013;173 (6):418-425, 2013 (Tradução do abstract por M.ª João Macedo em www.mgfamiliat.net/blog/a_não_perder/tag/erro-medico)
Maria João Lage.; Segurança do doente: da teoria à prática clinica, Rev Port Saude publica.2010; volTemat(10): 11-16, 2010 ( acedido em 17/2/2014, disponível em http://www.elsevier.pt/pt/revistas/revista-portuguesa-saude-publica-323)

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Aulas práticas* e teórico-práticas

 

Exposição oral

Trabalhos de grupo, simulação de registos clínicos, pesquisa  de informação científica  e sua análise  crítica, flipped classroom.

Treino de gestos clínicos* e atitudes comunicacionais*

Análise e discussão de casos clínicos

Simulação /role-play

* Contacto com  o contexto da prática/treino nas Unidades de Saúde  do Grande Porto (pelo menos 4h de 15/15d):Treino de gestos clínicos e atitudes comunicacionais em contexto da prática

* Em situações de excepção epidemiologica que possam vir a ocorrer, por segurança dos pacientes, dos alunos e dos profissionais, esta actividade poderá estar impossibilitada de ser realizada.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Exame 70,00
Participação presencial 30,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo 98,00
Frequência das aulas 64,00
Total: 162,00

Obtenção de frequência

De acordo com o regulamento da Faculdade, a ocorrência de mais de 1/4 de faltas às aulas incorre em Falta de Frequência à Unidade Curricular.

Fórmula de cálculo da classificação final


  1. Avaliação distribuída.                                                                     a) Avaliação de trabalhos, casos problema e mini-testes – 5 valores (tem em conta a qualidade da apresentação, os conhecimentos científicos, o cumprimento dos requisitos previstos e a discussão e defesa oral dos trabalhos quando previsto.

  2. Avaliação global em contexto da Prática - 1 valor

  3. Exame Final escrito Teste de escolha múltipla – 14 valores

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Teste escrito: Teste de escolha múltipla, abordagem e análise de caso clinico

Melhoria de classificação

Teste em moldes idênticos na época de recurso. Ter-se-á sempre em conta a avaliação distribuída durante o ano.

Observações

Modo de trabalho: Preesencial. Em situações excecionais em que possa estar vedado a possibilidade das actividades lectivas presenciais, será acautelado o ensino-aprendizagem através de meios audiovisuais/ensino à distancia com utilização de diversas ferramentas ou plataformas ajustadas aos conteúdos e objectivos (Zoom, slides com áudio, Moodle, etc.).

A comunicação da Unidade Curricular com os discentes, far-se-á via Moodle, onde, atempadamente  será divulgada  toda a informação detalhada necessária.

2. Avaliação Global em contexto da Prática – 1 valor*

Em situações excecionais em que possa estar vedado a possibilidade das actividades presenciais, não sendo possível a observação do desempenho pelo Tutor e respectiva avaliação, esta componente será integrada na avaliação distribuída, que passará a ter o peso de 30%.





No âmbito da pandemia COVID-19, as metodologias de ensino/aprendizagem dependerão da situação epidemiológica existente e poderemos ter um dos 3 cenários:

A. Presencial - as aulas decorrerão nos moldes habitualmente previstos

B. Semipresencial para as horas de contacto:

. Aulas teóricas serão realizadas com alguns estudantes presencialmente ou totalmente à distância via Zoom de modo síncrono.

. Aulas TP serão realizadas com alguns estudantes presencialmente ou totalmente à distância via Zoom de modo síncrono com discussão de casos clínicos.

. Aulas Práticas: os grupos serão subdivididos em 2, metade deverá ter contacto com o doente real e a outra metade com o doente virtual ou realizar outra atividade indicada pelo docente, com alternância na semana seguinte.

C. À distância - este modelo só será aplicado se não houver condições para o ensino semipresencial e será feito integralmente com recurso a doentes virtuais e a plataformas digitais.

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