Práticas de risco em efectivos de pequenos ruminantes positivos à brucelose

• Tipo: Poster em Conferência Nacional
• Data: 2014

Autores

Coelho, Adosinda Maria (Autor) Outra; García-Díez, Juan (Autor) Outra; Góis, Joaquim (Autor) FEUP; Rodrigues, Jorge (Autor) Outra; Coelho, Ana Cláudia (Autor) Outra

Conferência Nacional

Ovicapri – Simpósio de Ovinos e Caprinos

Vila Real - UTAD, 14 Novembro 2014

Classificação Científica

FOS: Ciências agrárias > Ciências veterinárias

CORDIS: Ciências da Saúde > Ciências Médicas > Medicina Veterinária

Outras Informações

Resumo (PT): A região de Trás-os-Montes e Alto Douro apresentava uma elevada prevalência de brucelose nos pequenos ruminantes em 2001 pelo que foi aplicado um plano de vacinação em massa da totalidade da população com Rev-1 no período compreendido entre 2001 e 2004. A prevalência da doença diminuiu de 5,6% (2001) para 0,4% (2007). Apesar do sucesso, verificou-se a presença de explorações que mantiveram prevalências de 5%, o que se pode explicar pelo carater multifactorial desta doença, não depende exclusivamente das campanhas de saneamento e da vacinação massiva com Rev-1. O objectivo deste estudo consistiu na análise das práticas de risco associados à brucelose em rebanhos com prevalência superior a 5%. Foi observada uma associação entre elevada prevalência e as seguintes variáveis: abortos, movimentação de animais, sinais clínicos de brucelose e vacinação com Rev-1. O desconhecimento, por parte dos produtores, da sintomatologia contribui significativamente para o agravamento da sua transmissão. Verificou-se, ainda, a omissão do aparecimento de sinais patognomónicos (por exemplo, os abortos), no sentido de evitar possíveis situações de sequestro da exploração. Além disso, as contingências económicas associadas a esta atividade revertem num fraco poder económico por parte do produtor, tornando impraticável o pagamento dos tratamentos veterinários, reduzindo-se a frequência de visita do médico veterinário a estas explorações e consequentemente a possibilidade de um diagnóstico clínico atempado. A vacinação com Rev-1 em animais entre os 3 e 6 meses é obrigatória. No entanto, a não comunicação dos detentores às Organizações dos Produtores Pecuários de animais elegíveis à vacinação, pode ser um fator de risco de infecção pela permanência de animais no rebanho sem vacinação antibrucelar. O presente estudo evidencia que a elevada prevalência de brucelose está associada à ausência de comunicação de abortos e outros sintomas relevantes e à vacinação com Rev-1. O baixo rendimento económico e a falta de formação por parte dos detentores podem explicar estes resultados.

Idioma: Português

Tipo (Avaliação Docente): Científica

Notas: Ovicapri - Simpósio de Ovinos e Caprinos