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Anatomia Clínica

Código: MV221     Sigla: AC

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Ciências Clínicas

Ocorrência: 2017/2018 - 2S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Anatomia
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Medicina Veterinária

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIMV 79 Plano 2007 a 2017 2 - 5 64 135

Língua de trabalho

Português

Objetivos

A unidade curricular de Anatomia Clínica tem como finalidade o conhecimento e a compreensão da anatomia topográfica dos carnívoros, equinos e bovinos, estimulando a capacidade de saber usar o conhecimento anatómico na resolução de problemas clínicos e facultando os alicerces que assistem a procedimentos médicos, diagnósticos e cirúrgicos. A aquisição de conhecimentos sobre a morfologia das aves e coelhos é também finalidade da unidade curricular.

Resultados de aprendizagem e competências

1. Conhecimentos:
1.1. Nomenclatura das regiões em que se divide e subdivide o corpo do animal.
1.2. Conformação da região em estudo e elementos anatómicos que concedem forma à região.
1.3. Identificação de acidentes anatómicos de referência.
1.4. Posicionamento das estruturas anatómicas que constituem uma região e conhecimento das suas relações recíprocas.
1.5. Aspectos da anatomia imagiológica, em particular da anatomia radiográfica.

2. Capacidades específicas:
2.1. Observar e palpar acidentes anatómicos de referência.
2.2. Delimitar regiões naturais, áreas de exploração semiológica e áreas de intervenção cirúrgica, usando acidentes anatómicos de referência.
2.3. Projetar à superfície de estruturas profundas.
2.4. Identificar estruturas em cadáveres e secções de cadáveres.
2.5. Expor adequadamente estruturas anatómicas, com o devido respeito por estruturas próximas, sabendo prever as consequências clínicas em caso de lesão dessas mesmas estruturas.
2.6. Identificar estruturas em exames radiográficos e interpretar algumas alterações.
2.7. Aplicar os conhecimentos anatómicos à resolução de problemas de natureza clínica ou de outra (ex. produção animal).

3. Capacidades gerais:
3.1. Observação metódica e rigorosa.
3.2. Comunicação adequada com os colegas.
3.3. Trabalho em equipa.

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Anatomia Sistemática I e II

Histologia e Embriologia Animal I e II

Fisiologia

Programa

Programa das aulas teóricas

I. Cabeça

  1. Conformação e caraterísticas externas.
  2. Regiões topográficas do crânio e da face. Acidentes anatómicos de referência.
  3. Anatomia topográfica das regiões superficiais da face.
  4. Fundamentos anatómicos para o bloqueio anestésico dos nervos da cabeça.
  5. Seios paranasais.
  6. Região orbitária nos carnívoros.
  7. Anatomia topográfica da transição cervico-facial (regiões parotídea, faríngea e laríngea).     
II. Tórax
  1. Conformação.
  2. Regiões topográficas naturais. Acidentes anatómicos de referência.
  3. Parede torácica (relação com as toracotomias nos carnívoros). Diafragma.
  4. Projeção da cavidade pleural na parede torácica: limite cranial (cúpula pleural) e limite caudal (linha costodiafragmática de reflexão pleural); recessos costodiafragmático e costomediastínico.
  5. Conteúdo torácico: pulmões e estruturas do mediastino cranial, mediastino médio e mediastino caudal.

III. Abdómen

  1. Conformação.
  2. Regiões topográficas naturais. Acidentes anatómicos de referência.
  3. Parede lateroventral do abdómen (relação com as laparotomias nos carnívoros, equinos e bovinos). Canal inguinal (relação com hérnias inguinais indiretas e diretas).
  4. Topografia visceral abdominal:

      4.1.   Abdómen dos carnívoros.

      4.2.   Abdómen dos equinos.

      4.3.   Abdómen dos bovinos.

IV. Pelve
  1. Regiões topográficas naturais. Acidentes anatómicos de referência.
  2. Parede pélvica.
V. Membro torácico dos carnívoros
  1. Conformação.
  2. Regiões topográficas naturais. Acidentes anatómicos de referência.
  3. Região escapular, ombro e braço.
  4. Cotovelo e antebraço.
  5. Mão.
VI. Membro pélvico dos carnívoros
  1. Conformação.
  2. Regiões topográficas naturais. Acidentes anatómicos de referência.
  3. Região glútea.
  4. Anca.
  5. Coxa e cavado poplíteo.
  6. Joelho.
  7. Perna.
  8. Pé.
VII.    Anatomia clínica das aves
  1. Introdução. Filogenia da classe das aves.
  2. Anatomia de superfície. Penas e pele.
  3. Região da cabeça.
  4. Sistema esquelético e muscular.
  5. Pescoço.
  6. Cavidade toraco-abdominal.
  7. Sistema linfático.
  8. Sistema nervoso.
  9. Aparelho genital do macho e da fêmea.
  10. Estrutura do ovo.

Programa das aulas práticas

  1. Anatomia de superfície da cabeça do cão (acidentes anatómicos de referência e regiões topográficas naturais); anatomia topográfica da face - cão.
  2. Anatomia de superfície da cabeça dos equinos e bovinos (acidentes anatómicos de referência e regiões topográficas naturais); anatomia topográfica da face - equinos e bovinos.
  3. Anatomia dos seios paranasais no cão, cavalo e vaca; áreas de projeção e pontos de trepanação dos seios paranasais.
  4. Anatomia topográfica da transição cervicofacial nos carnívoros; acessos cirúrgicos à porção proximal do esófago e à superfície dorsal da laringe.
  5. Aplicação dos dados da anatomia topográfica do tórax dos carnívoros às toracotomias: acessos cirúrgicos ao esófago e aos gânglios linfáticos mediastínicos craniais, e à bifurcação traqueal e aos gânglios linfáticos traqueobrônquicos.
  6. Laparotomia exploratória num cadáver de cão; interpretação de radiografias abdominais de carnívoros domésticos.
  7. Anatomia topográfica do coelho europeu: cabeça, tórax e abdómen.
  8. Anatomia da mão e do pé dos equinos – canela e boleto.
  9. Anatomia da mão e do pé dos equinos – dedo.
  10. Acessos cirúrgicos ao membro pélvico do cão: lateral ao íleo; dorsal à articulação coxofemoral; lateral à diáfise femoral; lateral à articulação do joelho.
  11. Acessos cirúrgicos ao membro torácico do cão: caudolateral à articulação do ombro; lateral à diáfise umeral; caudolateral e medial à articulação do cotovelo.
  12. Anatomia clínica das aves - parte 1.
  13. Anatomia clínica das aves - parte 2.

Bibliografia Obrigatória

De Lahunta Alexander; Applied veterinary anatomy. ISBN: 0-7216-1431-0
Dyce K. M.; Tratado de anatomia veterinária. ISBN: 85-277-0422-6
McLelland J; A colour atlas of Avian Anatomy, Wolfe Publishing Ltd, 1990. ISBN: 0-7234-1575-7 (Disponível no Departamento de Anatomia Normal)
Sandoval Juárez José; Anatomia aplicada veterinaria. ISBN: 84-345-2874-6
Smith Mark M.; Atlas of approaches for general surgery of the dog and cat. ISBN: 0-7216-3515-6
Popesko Peter; Atlas de anatomía topográfica de los animales domésticos. ISBN: 84-458-0753-6
Piermattei Donald L.; An atlas of surgical approaches to the bones and joints of the dog and cat. ISBN: 0-7216-1012-9
Ashdown Raymond R. 070; Color atlas of veterinary anatomy. ISBN: 0-7234-2662-7

Observações Bibliográficas

Serão fornecidas outras referências bibliográficas, no sumário de cada aula teórica, quando aplicável.



Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Aulas teóricas – A matéria é exposta pelo docente e é ilustrada por imagens em diapositivos produzidos em computador (Power point), podendo ser utilizado outro material audiovisual, como vídeos. A interação entre o professor e os estudantes é também desejável e portanto, estimulada durante a apresentação da aula, permitindo identificar eventuais dificuldades dos estudantes na compreensão dos conhecimentos anatómicos.

Aulas práticas – A aquisição de competências na anatomia de superfície é um propósito importante desta unidade curricular (objetivos 2.1 a 2.3). Para o exercício da anatomia de superfície são usados cadáveres refrigerados, ou partes destes (ex. cabeças), de cães, cavalos e bovinos. No estudo da anatomia topográfica utilizam-se peças anatómicas previamente preparadas e fixadas. Cumpre-se o objetivo 2.4 relativo às capacidades específicas a adquirir - Identificar estruturas em cadáveres e secções de cadáveres. Os dados anatomo-topográficos são também aplicados à realização de acessos cirúrgicos em cadáveres de cão (objetivo 2.5). Os acessos cirúrgicos praticados nas aulas práticas são escolhidos atendendo à sua representatividade da anatomia topográfica da região objeto de estudo e à frequência com que estas intervenções se realizarão no futuro. Na aplicação dos conhecimentosanatómicos recorre-se também à observação de exames imagiológicos. Nestes identificam-se estruturas anatómicas e interpretam-se eventuais alterações na topografia dessas mesmas estruturas (por exemplo, deslocamento ventral da traqueia torácica imposto por uma situação de megaesófago; objetivo 6 das capacidades específicas). Nas aulas devotadas à aprendizagem da anatomia de aves e coelhos é realizada dissecção de cadáveres, bem como o estudo de peças preparadas antecipadamente pelo corpo técnico do departamento. São ainda utilizados esqueletos e ossos “soltos” no ensino da osteologia destas espécies. A aquisição do conhecimento, e a capacidade de o usar adequadamente, é testada em cada aula prática através da construção de uma resposta escrita a uma questão elaborada sob a forma de um problema clínico (objetivo 2.7 – capacidades específicas).

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Exame 50,00
Participação presencial 15,00
Prova oral 35,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo 66,00
Frequência das aulas 56,00
Trabalho laboratorial 13,00
Total: 135,00

Obtenção de frequência

Frequência das aulas práticas segundo o definido no "Regulamento dos princípios a observar na avaliação dos discentes na UP" (“não exceder o número limite de faltas correspondente a 25% das aulas previstas”, ou seja, 3 FALTAS).

Fórmula de cálculo da classificação final

1. A avaliação consta de uma avaliação contínua (A) realizada no decurso das aulas práticas, uma prova teórica escrita (B) e uma prova oral-prática (C). O cálculo da nota final obedece à seguinte fórmula: Nota final = 0,15 A + 0,5 B + 0,35 C. As normas para cada um destes componentes de avaliação são as seguintes (pontos 2-7):

2. A avaliação contínua contribui com 15% para o cálculo da nota final (isto é, 3 em 20 valores). Esta resulta do somatório das classificações obtidas nos “problemas clínicos” realizados no decurso das aulas práticas. Não existe nota mínima na avaliação contínua.

3. Para os estudantes que tenham obtido frequência às aulas práticas em anos anteriores, os 3 valores da avaliação contínua são transferidos para a prova oral-prática (que passará a ter um contributo de 10 em 20 valores na nota final, em vez dos 7 em 20 valores). Esta norma aplica-se aos alunos com estatuto de trabalhadores-estudantes que queiram ser dispensados da avaliação contínua.

4. A prova escrita contribui com 50% para o cálculo da nota final (10 em 20 valores). Pode ser realizada em exame final ou por frequências segundo as regras que se seguem (pontos 5-6).

5. A prova escrita quando realizada em exame final (época normal ou recurso) consiste em responder a um teste de escolha múltipla. É obrigatória a obtenção de uma nota mínima de 9,5 valores (em 20 valores) para admissão à prova oral-prática.

6. A nota da prova escrita obtida por realização das frequências corresponde à média das classificações obtidas nas duas provas (a 1ª será realizada na semana de avaliação intercalar e a 2ª no exame de época normal ou de recurso). A nota mínima de cada frequência é 8,5 valores (em 20 valores). É obrigatório que a média das frequências seja igual ou superior a 9,5 valores (em 20 valores) para admissão à prova oral-prática.

7. A prova oral-prática contribui com 35% para o cálculo da nota final, ou seja, 7 em 20 valores. Consiste na realização de um trabalho prático (realizado no decurso das aulas práticas), o qual é determinado aleatoriamente por sorteio. Esta prova é realizada na época de exames (normal e recurso). Esta prova é eliminatória.

Provas e trabalhos especiais

N/A

Trabalho de estágio/projeto

N/A

Avaliação especial (TE, DA, ...)

A prova teórica pode ser realizada sob formato oral.

Melhoria de classificação

Aplica-se o definido no "Regulamento pedagógico e de avaliação do aproveitamento dos estudantes" do ICBAS-U.Porto (Art. 21º). É obrigatória a realização do exame teórico e do exame prático.

Observações

Os objetivos da UC concorrem para a aquisição das seguintes competências do primeiro dia do MIMV:

Atributos e Capacidades Profissionais Gerais

6- Ouvir e dialogar de forma cordial. Comunicar de forma eficaz com clientes, colegas de profissão, autoridades e organismos responsáveis e o público em geral, utilizando uma linguagem apropriada aos seus interlocutores e ao contexto em que a comunicação se realiza.

8- Redigir relatórios e manter registos, em todas as áreas de intervenção veterinária para que está habilitado, de forma rigorosa e de fácil entendimento para colegas e público em geral.

Conhecimentos e Compreensão

1- As ciências e técnicas em que se baseia a atividade médico-veterinária.

4- A estrutura e função dos animais saudáveis, (…).

Competências Práticas

16- Executar, de forma correta e segura, os procedimentos cirúrgicos mais comuns nos animais domésticos.

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