| Código: | CMRM18 | Sigla: | CMRM18 |
| Áreas Científicas | |
|---|---|
| Classificação | Área Científica |
| OFICIAL | Biologia e Ecologia Marinhas |
| Ativa? | Sim |
| Unidade Responsável: | Microscopia |
| Curso/CE Responsável: | Mestrado em Ciências do Mar - Recursos Marinhos |
| Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| MCMRM | 1 | Espec. em Biologia e Ecologia Marinhas 2008 | 1 | - | 5 | 50 | 135 |
É objectivo desta unidade curricular proporcionar aos estudantes conhecimentos avançados na área de endocrinologia de peixes, mas cobrindo também tópicos selecionados de moluscos, de crustáceos e de mamíferos aquáticos.
Com esta abordagem pretende-se uma enfâse de integração de aspetos de endocrinologia, designadamente a com interesse aplicado às áreas da reprodução e do crescimento, com a fisiologia animal. Elege-se como preocupação pedagógica central a capacidade do estudante ser um elemento ativo na procura de conhecimentos e a exploração de temas inéditos do âmbito da unidade de modo a incrementar o interesse pelas matérias abordadas tanto nas aulas teóricas como práticas.
Dotar os estudantes da capacidade de compreender como o sistema endócrino de animais aquáticos lhes permite realizar modificações adaptativas perante modificações do ambiente.
Compreender como a endocrinologia pode ser aplicada a problemas práticos, na produção e biomonitorização, e outros como sejam as migrações e as relações entre espécies.
Incrementar a capacidade dos estudantes pesquisarem, selecionarem, analisarem criticamente e apresentarem informação de carácter endócrino/fisiológico, de forma esquemática e integrando-a com conceitos previamente aprendidos.
Temas de aulas teóricas
1. Sistema Nervoso Central (SNC)
1.1. Introdução geral à fisiologia do cérebro
1.2. Ações vitais do, hipotálamo na coordenação do sistema endócrino
1.2.1. Papel dos neurotransmissores na coodenação do sistema endócrino
1.2.2. Fatores hipotalâmicos (GnRH I, II e III), neuropéptido Y, ácido gama-aminobutírico (GABA), dopamina, hormona inibitória de gonadotropinas, entre outros
1.3.Glândula Pituitária
1.3.1. Estrutura e modo de funcionamento
1.3.2. Papel da pituitária como "glâdula maestro"
1.3.2. Mensageiros químicos (orgãos alvo)
2. Glândula Pineal
2.1. Estrutura e modo de ação
2.2. Relação com Sistema Nervoso Central e com a Pituitária
2.1.1. Fotoperíodo – Melatonina
3. Gónadas como Fontes Hormonais
3.1. Fisiologia geral de ovários e testículos de peixes, répteis e mamíferos
3.1.1. Principais fases de desenvolvimento dos gâmetas
3.1.2. Diferentes tipos de gónadas (peixes síncronos, assíncronos, síncronos por grupos)
3.2. Papel das Hormonas no desenvolvimento dos gâmetas
3.2.1. Eixo Hipotálamo-Pituitária-Gónadas
3.2.2. Relação entre gonadotropinas, hormonas esteróides e outros orgãos envolvidos no desenvolvimento das gónadas (ex. Fígado --> Vitelogenina)
3.1.3. Formação e libertação de feromonas (exemplos de várias espécies em que a ação das feromonas é essencial na sua reprodução)
4. GlândulaTiroide
4.1. Estrutura e modo de funcionamento
4.1.1. Relação com Sistema Nervoso Central e com a Pituitária (tirotropinas)
4.2. Funções das hormonas da tiroide (T3 e T4) em peixes e anfíbios
5. Fígado
5.1. Relação com Sistema Nervoso Central e com a Pituitária (Hormona do Crescimento)
5.2. Envolvimento do fígado no crescimento e reprodução
5.2.1. Sistema Insulin-like growth factor
5.2.2. Relação entre o fígado, SNC e tecidos como músculos, cartilagens e ossos
6. Centros Orexígenos e Anorexígenos e suas relações com a Hormona do Crescimento e Gonadotropinas
7. Pâncreas
6.1. Estrutura e modo de funcionamento do pâncreas endócrino e exócrino
6.2. Papel da insulina e glucagon na homeostasia dos peixes
6.3. Relação entre a libertação da insulina e glucagon e os centros orexígenos e anorexígenos
8. Brânquias
8.1. Estrutura geral e seu papel na osmoregulação
8.2. Envolvimento do sistema endócrino no desenvolvimento de células branquiais
8.2.1. Ação e importância da prolactina e do cortisol
8.2.2. Relação do sistema endócrino com adaptações osmóticas rápidas e lentas a diferentes salinidades
9. Rim
9.1. Estrutura e seu papel na osmoregulação
9.1.1 Rim endócrino
9.1.2. Células cromafins
9.1.3. Sistema renina-angiotensina
9.1.4. Corpúsculos de Stannius
10. Glândula ultimobranquial
11. Urófise ou sistema neuroendócrino Caudal
12. Avanços na endocrinologia dos receptores nucleares de moluscos
13. Endocrinologia da reprodução e controlo da muda em curstáceos
Temas de aulas práticas
1. Sistema Endócrino de Tubarões - pesquisa sobre a sua importância
2. Gonadotropinas em Peixes
3. Feromonas
4. Endocrinologia do Stress
5. Mecanismos serotoninérgicos da agressão
5.1. Neurotransmissores e agressão em invertebrados e vertebrados aquáticos
5.2. Teste laboratorial não invasivo sobre mecanismos de agressão em Betta splendens
6. Isolamento e identificação de folículos ovários do peixe-zebra para estudos de endocrinologia da reprodução e estudos toxicológicos. Estimulação in vitro com EE2 e verificação de efeitos na viabilidade e na ultraestrutura dos folículos.
7. Endocrinologia da reprodução em bivalves.
8. Metodologias de identificação e quantificação de hormonas
7. Métodos analíticos mais utilizados para análise de hormonas em diferentes matrizes
7.1.Radioimunoensaio (RIA)
7.2."Enzyme-Linked Immunosorbent Assay" (ELISA)
7.3. HPLC
7.4.GC
Serão ainda usados artigos científicos fornecidos pelo responsável da unidade curricular e alguns decorrentes das actividades de pesquisa bibliográfica realizada durante as aulas.
Expositivos, demonstrativos, resolução de problemas.
| Designação | Peso (%) |
|---|---|
| Participação presencial | 40,00 |
| Exame | 60,00 |
| Total: | 100,00 |
| Designação | Tempo (Horas) |
|---|---|
| Frequência das aulas | 50,00 |
| Estudo autónomo | 85,00 |
| Total: | 135,00 |
Classificação final = Nota de exame final teórico (60%) + Nota de avaliação contínua (40%)
As notas de cada componente são atribuídas inicialmente em escala de 0 a 20. Exige-se 9,5 valores como classificação mínima para aprovação a cada uma das componentes em causa.
A avaliação contínua premeia a assiduidade, o nível de empenhamento, e ainda a qualidade de desempenho de cada estudante ao longo das aulas e trabalhos práticos.
Após uma primeira aprovação à unidade curricular o estudante poderá requerer melhoria de nota ao exame final. Não há substituição de nota de avaliação contínua por qualquer ato de natureza isolada. Uma eventual melhoria em avaliação contínua implica frequentar novamente a aulas práticas, realizando todas as atividades inerentes.