Anatomia Clínica
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Ciências Clínicas |
Ocorrência: 2010/2011 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
MIMV |
108 |
Plano 2007 a 2017 |
2 |
- |
5 |
64 |
135 |
Língua de trabalho
Português
Objetivos
A disciplina de Anatomia Clínica tem como finalidade o conhecimento e a compreensão da anatomia topográfica dos carnívoros, equinos e bovinos, com vista ao desenvolvimento da capacidade da sua aplicação a procedimentos médicos (exame físico do doente, interpretação de sintomas e de alterações morfológicas), diagnósticos (técnicas imagiológicas e invasivas) e cirúrgicos. A aquisição de conhecimentos sobre a morfologia das aves e coelhos é também finalidade da disciplina, assim como a sua aplicação a procedimentos clínicos e “paraclínicos” (por exemplo, produção animal). Em ordem a concretizar estas finalidades, os objectivos visados são os seguintes:
1. Conhecimentos:
1.1. Nomenclatura das regiões em que se divide e subdivide o corpo do animal.
1.2. Conformação da região em estudo e elementos anatómicos que concedem forma à região.
1.3. Identificação de acidentes anatómicos de referência.
1.4. Posicionar as estruturas anatómicas que constituem uma região e conhecer as suas relações recíprocas.
1.5. Projecção à superfície de estruturas profundas.
1.6. Aspectos da anatomia imagiológica, em particular da anatomia radiográfica.
2. Capacidades específicas:
2.1. Observar e palpar acidentes anatómicos de referência.
2.2. Delimitar regiões naturais, áreas de exploração semiológica e áreas de intervenção cirúrgica, usando acidentes anatómicos de referência.
2.3. Projecção à superfície de estruturas profundas.
2.4. Identificar estruturas em cadáveres e secções de cadáveres.
2.5. Expor adequadamente estruturas anatómicas, com o devido respeito por estruturas “vizinhas”, sabendo prever as consequências clínicas em caso de lesão dessas mesmas estruturas.
2.6. Identificar estruturas em exames radiográficos e interpretar algumas alterações.
2.7. Aplicar os conhecimentos anatómicos à resolução de problemas de natureza clínica (ou paraclínica).
3. Capacidades gerais:
3.1. Observação metódica e rigorosa.
3.2. Comunicação adequada com os colegas.
3.3. Trabalho em equipa.
Programa
I. Cabeça:
1. Conformação e características externas.
2. Regiões do crânio e da face.
3. Acidentes anatómicos de referência.
4. Fundamentos anatómicos para o bloqueio anestésico dos nervos da cabeça.
5. Regiões superficiais da face: temporomandibular, zigomática, massetérica, bucal, nasal e intermandibular.
6. Seios paranasais.
7. Região orbitária nos carnívoros.
8. Transição cervico-facial (região parotídea, faríngea e laríngea)
II. Tórax:
1. Conformação.
2. Regiões naturais. Acidentes anatómicos de referência.
3. Parede torácica (relação com as toracotomias nos carnívoros). Diafragma.
4. Projecção da cavidade pleural na parede torácica: limite cranial (cúpula pleural) e limite caudal (linha costodiafragmática de reflexão pleural); recessos costodiafragmático e costomediastínico.
5. Conteúdo torácico: pulmões e estruturas do mediastino cranial, mediastino médio e mediastino caudal.
III. Abdómen:
1. Conformação.
2. Regiões naturais. Acidentes anatómicos de referência.
3. Parede lateroventral do abdómen (sua relação com as laparotomias nos carnívoros, equinos e bovinos). Canal inguinal.
4. Topografia visceral abdominal:
4.1. Abdómen dos carnívoros.
4.2. Abdómen dos equinos.
4.3. Abdómen dos bovinos.
IV. Pelve:
1. Regiões naturais. Acidentes anatómicos de referência.
2. Parede pélvica.
V. Membro torácico dos carnívoros:
1. Conformação.
2. Regiões naturais. Acidentes anatómicos de referência.
3. Ombro, braço e cotovelo.
4. Antebraço e carpo.
5. Mão (dados anatómicos numa perspectiva de familiarização com os aspectos da anatomia de superfície e da anatomia radiográfica).
VI. Membro pélvico dos carnívoros:
1. Conformação.
2. Regiões naturais. Acidentes anatómicos de referência.
3. Região glútea.
4. Anca.
5.Coxa e cavado poplíteo.
6. Joelho.
7.Perna e tarso.
8. Pé (dados anatómicos numa perspectiva de familiarização com os aspectos da anatomia de superfície e da anatomia radiográfica).
VII. Mão e pé dos equinos:
1. Conformação.
2. Regiões naturais. Acidentes anatómicos de referência.
3. Regiões metacarpiana/metatarsiana (canela).
4.Articulação metacarpofalângica/metatarsofalângica (boleto).
5. Dedo.
6. Casco.
VIII. Mão e pé dos bovinos:
1. Conformação.
2. Regiões naturais. Acidentes anatómicos de referência.
3. Regiões metacarpiana/metatarsiana (canela).
4.Articulação metacarpofalângica/metatarsofalângica (boleto).
5. Dedo.
6. Casco.
IX. Anatomia clínica do coelho europeu:
1. Classificação taxonômica.
2. Cabeça: cavidade oral e dentição; anatomia de superfície da face.
3. Tórax: anatomia descritiva e topográfica das vísceras torácicas.
4. Abdómen: anatomia descritiva e topográfica das vísceras abdominais.
X. Anatomia clínica das aves:
1. Introdução. Filogenia da classe das aves.
2. Anatomia de superfície. Penas e pele.
3. Região da cabeça.
4. Sistema esquelético e muscular.
5. Pescoço.
6. Cavidade toraco-abdominal.
7. Sistema linfático.
8. Sistema nervoso.
9. Aparelho genital do macho e da fêmea.
10. Estrutura do ovo.
Bibliografia Obrigatória
McLelland J; A colour atlas of Avian Anatomy, Wolfe Publishing Ltd, 1990. ISBN: 0-7234-1575-7 (Disponível no Departamento de Anatomia Normal)
Ashdown Raymond R. 070;
Color atlas of veterinary anatomy. ISBN: 0-7234-2662-7
McLelland J; A colour atlas of Avian Anatomy, Wolfe Publishing Ltd, 1990. ISBN: 0-7234-1575-7 (Disponível no Departamento de Anatomia Normal)
Sandoval Juárez José;
Anatomia aplicada veterinaria. ISBN: 84-345-2874-6
Sandoval Juárez José;
Anatomia aplicada veterinaria. ISBN: 84-345-2874-6
Dyce K. M.;
Tratado de anatomia veterinária. ISBN: 85-277-0422-6
Dyce K. M.;
Tratado de anatomia veterinária. ISBN: 85-277-0422-6
De Lahunta Alexander;
Applied veterinary anatomy. ISBN: 0-7216-1431-0
De Lahunta Alexander;
Applied veterinary anatomy. ISBN: 0-7216-1431-0
Piermattei Donald L.;
An atlas of surgical approaches to the bones and joints of the dog and cat. ISBN: 0-7216-1012-9
Piermattei Donald L.;
An atlas of surgical approaches to the bones and joints of the dog and cat. ISBN: 0-7216-1012-9
Popesko Peter;
Atlas de anatomía topográfica de los animales domésticos. ISBN: 84-458-0753-6
Popesko Peter;
Atlas de anatomía topográfica de los animales domésticos. ISBN: 84-458-0753-6
Smith Mark M.;
Atlas of approaches for general surgery of the dog and cat. ISBN: 0-7216-3515-6
Smith Mark M.;
Atlas of approaches for general surgery of the dog and cat. ISBN: 0-7216-3515-6
Observações Bibliográficas
Additional bibliographic references are provided, where applicable, in the summary of lectures.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
A metodologia adoptada para atingir os objectivos propostos é a seguinte:
Aulas teóricas – A matéria é exposta pelo docente e é ilustrada por imagens em diapositivos produzidos em computador (Power point), podendo ser utilizado outro material audiovisual, como vídeos.
Aulas práticas – Os dados recolhidos a partir do animal vivo são fundamentais e ponto de partida do estudo prático da Anatomia Clínica. Permitem cumprir os 3 primeiros objectivos que respeitam à aquisição de capacidades específicas: 1) observar e palpar acidentes anatómicos de referência; 2) delimitar regiões naturais, áreas de exploração semiológica e áreas de intervenção cirúrgica, usando acidentes anatómicos de referência; 3) projecção à superfície de estruturas profundas. No estudo da anatomia topográfica utilizam-se peças anatómicas previamente preparadas e fixadas. Cumpre-se o objectivo 4 relativo às capacidades específicas a adquirir - Identificar estruturas em cadáveres e secções de cadáveres. Os dados anatomo-topográficos são aplicados à realização de acessos cirúrgicos em cadáveres de cão. Os acessos cirúrgicos praticados nas aulas práticas são escolhidos atendendo à sua representatividade da anatomia topográfica da região objecto de estudo e à frequência com que estas intervenções se realizarão no futuro. Esta metodologia permite cumprir o objectivo 5 das capacidades específicas (expor adequadamente estruturas anatómicas, com o devido respeito por estruturas “vizinhas”, sabendo prever as consequências clínicas em caso de lesão dessas mesmas estruturas) e parte do objectivo 2 (“delimitar áreas de intervenção cirúrgica, usando acidentes anatómicos de referência). Na aplicação dos conhecimentos anatómicos recorre-se também à observação de exames radiográficos. Nestes identificam-se estruturas anatómicas e interpretam-se eventuais alterações na topografia dessas mesmas estruturas. A aquisição do conhecimento e a capacidade de o usar adequadamente, é testada em cada aula prática através da construção de uma resposta escrita a uma questão elaborada sob a forma de um problema clínico (objectivo 7 – capacidades específicas).
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
60,00 |
|
|
Treino dos trabalhos laboratoriais realizados nas aulas práticas |
Trabalho laboratorial |
10,00 |
|
|
Exame final |
Exame |
3,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Componentes de Ocupação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Data Conclusão |
Estudo para preparação do exame teórico |
Estudo autónomo |
62 |
|
|
Total: |
62,00 |
|
Obtenção de frequência
Frequência das aulas práticas segundo o definido no "Regulamento dos princípios a observar na avaliação dos discentes na UP" (“não exceder o número limite de faltas correspondente a 25% das aulas previstas”, i.e., 3 FALTAS).
Fórmula de cálculo da classificação final
1. Por se tratar de uma disciplina de conteúdo eminentemente prático, a avaliação consta de uma avaliação contínua (A) realizada no decurso das aulas práticas, uma prova teórica escrita (B) e uma prova oral-prática (C). O cálculo da nota final obedece à seguinte fórmula: Nota final = 0,15 A + 0,5 B + 0,35 C. As normas para cada um destes componentes de avaliação são as seguintes (pontos 2-8):
2. A avaliação contínua contribui com 15% para o cálculo da nota final (isto é, 3 em 20 valores). Esta resulta do somatório das classificações obtidas nos “problemas clínicos” realizados no decurso das aulas práticas. Não existe nota mínima na avaliação contínua.
3. Para os estudantes que tenham obtido frequência às aulas práticas em anos anteriores, a nota da avaliação contínua será considerada este ano lectivo. Para situações de não satisfação com esta nota, os 3 valores são transferidos para a prova oral-prática (que passará a ter um contributo de 10 em 20 valores na nota final, em vez dos 7 em 20 valores). Esta norma aplica-se aos alunos com estatuto de trabalhadores-estudantes que queiram ser dispensados da avaliação contínua.
4. A prova escrita contribui com 50% para o cálculo da nota final (10 em 20 valores). Pode ser realizada em exame final ou por frequências segundo as regras que se seguem (pontos 4-6).
5. A prova escrita quando realizada em exame final (época normal ou recurso) consiste em responder a um teste de escolha múltipla. É obrigatória a obtenção de uma nota mínima de 9,5 valores (em 20 valores) para admissão à prova oral-prática.
6. A nota da prova escrita obtida por realização das frequências corresponde à média das classificações obtidas nas duas provas realizadas nas duas épocas de avaliações intercalares fixadas pelo Conselho Pedagógico. A nota mínima de cada frequência é 8,5 valores (em 20 valores). É obrigatório que a média das frequências seja igual ou superior a 9,5 valores (em 20 valores) para admissão à prova oral-prática.
7. A realização das provas de frequência não impede o acesso à prova escrita realizada na época de exames (normal e recurso), sempre que se verificar uma das seguintes condições: a) não obtenção de uma nota mínima de 8,5 valores numa das frequências; b) a média das classificações obtidas nas frequências é inferior à nota mínima (9,5 valores) que permite o acesso à prova oral-prática; c) a nota obtida nas frequências é igual ou superior a 9,5 valores mas não satisfaz o aluno (melhoria de nota).
8. A prova oral-prática contribui com 35% para o cálculo da nota final, ou seja, 7 em 20 valores. Consiste na realização de um trabalho prático (realizado no decurso das aulas práticas), o qual é determinado aleatoriamente por sorteio. Esta prova é realizada na época de exames (normal e recurso). Os alunos que obtiverem aprovação na parte teórica por realização das frequências serão avaliados na época normal de exames. Esta prova é eliminatória.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
A prova teórica será realizada sob formato oral.
Melhoria de classificação
Aplica-se o definido nas Normas de Avaliação e Orientação Pedagógica do ICBAS (Art. 4, ponto 7 e 7.1). É obrigatória a realização do exame teórico e do exame prático.