| Código: | E603 | Sigla: | IAE |
| Áreas Científicas | |
|---|---|
| Classificação | Área Científica |
| OFICIAL | Metodologias de Investigação |
| Ativa? | Sim |
| Página Web: | https://sigarra.up.pt/fpceup/pt/ucurr_geral.ficha_uc_view?pv_ocorrencia_id=406229 |
| Unidade Responsável: | Ciências da Educação |
| Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Ciências da Educação |
| Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| LCED | 54 | Plano Oficial | 3 | - | 6 | 57 | 162 |
Objectivos (expressos em learning outcomes ? aprendizagem):
Parece, então, desejável que, ao longo deste curso, os alunos sejam capazes de:
-Tomar consciência do carácter convencional e de juízo de valor envolvidos na demarcação da ciência de outros géneros de conhecimento;
-Compreender a natureza socialmente construída dos sujeitos;
-Analisar os espaços possíveis e os limites de intervenção em problemas educativos/sociais;
-Analisar filosofias que informam diferentes tipos de investigação
-Compreender que a investigação-acção, mais do que uma metodologia , é uma alternativa epistemológica;
-Tomar consciência epistemológica da importância das questões da comunicação e da linguagem na emergência de um espaço dialógico transformativo e inovante em Investigação-Acção;
-Implicar diferentes actores sociais num mesmo esforço de pesquisa e de solução de problemas, numa dinâmica de auto-formação cooperada.
-Compreender a formação como um ponto crítico de um projecto inovador;
- Promover a consciencialização sobre o sentido da mudança, tendo como horizonte a emancipação humana
Competências:
-Identificar recursos que os alunos podem oferecer
-Analisar criticamente paradigmas orientadores da investigação
-Compreender os contextos e teorias em que se desenvolve a investigação-acção
-Desenvolver competências que favoreçam a horizontalização da comunicação em investigação-acção, no quadro de uma hermenêutica diatópica
- Analisar experiências de investigação-acção; conceber projectos de investigação-acção
- Analisar possibilidades da ocorrência de mudança e de inovação em educação
- Identificar diferentes tipos de inovação
- Analisar o conflito entre funções de reprodução e mudança que se confrontam na formação, no âmbito de diferentes Modos de Trabalho Pedagógico
-Analisar possíveis relações entre mudanças sociais e educativas
Como resultados de aprendizagem, espera-se:
- a aquisição da complexidade de conhecimento, incluindo a diversidade de conceitos e de quadros conceptuais, assim como da articulação entre teoria e prática, na diversidade de contextos educacionais onde a prática de educólogo/a pode ser desenvolvida;
Como competências, espera-se o desenvolvimentos das seguintes competências:
- análise, síntese, crítica, iniciativa, trabalho, investigação, comunicação, organização de eventos públicos, culturais e educativos, articulação teoria-prática, articulação conceptual e vivência pessoal, elaboração de projetos, concepção de planos de intervenção.
Não se aplica.
Para efeitos de facilidade de estruturação do trabalho, organizam-se os conteúdos da disciplina em torno de alguns temas-chave ? A Investigação-Acção como paradigma alternativo em Ciências Sociais e Humanas; Mudança e Inovação em Educação; Formação e Inovação - que, no seu desenvolvimento dinâmico, se interpenetram, numa tensão tendencialmente complexificadora do ponto de vista da construção conceptual e da intervenção. Esta complexificação aprofunda-se na medida da compreensão de que «um dos traços fundamentais que distinguem o homem de qualquer outro ser vivo é a sua faculdade de auto-reflexão, isto é, a sua capacidade de reflectir sobre o que faz e deve fazer e sobre o modo como pensa ou deveria pensar» (Amsterdamski, 1996: 194). Segundo o autor acima citado, tal actividade de reflexão influi a tal ponto sobre o pensamento e a acção humana que é praticamente impossível separar as duas esferas. A organização de conteúdos que se apresenta, pretende-se impregnada dessa influência.
A - A Investigação-Acção como paradigma alternativo
na Investigação em Ciências Sociais e Humanas
. A investigação em Ciências Sociais e Humanas
- A investigação em ciências sociais e humanas, no quadro do paradigma positivista
- Ruptura e dupla ruptura epistemológicas: o paradigma emergente
-A investigação em ciências sociais e humanas no âmbito da teoria social crítica
-Comunicação dialógica e a questão do sujeito
- A relação teoria-prática
. A Investigação-Acção
- Origens da Investigação-Acção
-Fundamentos teóricos e ideológicos da Investigação-Acção
-A pequena escala, e o conceito de trans-escala em Investigação-Acção
-Investigação-Acção / Investigação Aplicada: dois paradigmas de construção científica e de intervenção
-As linguagens científicas em Investigação-Acção, a incompletude dos diferentes paradigmas e a bricolage epistemológica
-Os efeitos não previstos e a ambiguidade em Investigação-Acção
-Implicação e distanciamento; a dicotomia sujeito/objecto
- Funções da Investigação-Acção
-Metodologias da Investigação-Acção ? Tipologias de Práticas
-O Investigador Colectivo
- Qualidades desejáveis do investigador-actor
- Estudo de casos
B - Mudança e Inovação em Educação
-Conceitos de Mudança e de Inovação: polissemia e ambiguidade
-Revisão das teorias que abordam a problemática da Mudança e a da Inovação
-Tipologias de Inovação
- Problemática da ?resistência à mudança e inovação?: conceito e desconstrução
-Conceito de Autonomia
-Conceito de Autonomia Relativa e as Teorias do Estado
- A questão do poder
C - Formação e Inovação
- Conceitos de Formação
- A Formação no quadro da Investigação-Acção e Inovação em Educação
- A Formação enquanto zona de conflito entre a reprodução e a mudança
- Modos de Trabalho Pedagógico na Formação
Bibliografia Fundamental
ARDOINO, Jacques (1982) "L?implication", Lyon, Vois Livres.
BARBIER, René (1977) La Recherche-Action dans l'Institution Éducative, Paris: Gauthier Villars, pp 63-84.
BATAILLE, Michel (1981)"?Le Concept de «Chercheur Collectif» dans la Recherche-Action", Les Sciences de l?Éducation, 2-3/1981, pp 27-38.
CARR, William e Stephen Kemmis (1986) ?Una Aproximación Crítica a la Teoria y Práctica?, in Teoria Crítica de la Enseñanza ? La investigación-acción en la formación del professorado, Barcelona: Martinez Roca.
COULTER, David (2002) ?What Counts as Action in Action Research??, Educational Action Research, Volume 10. nº 2, 2002, pp 27-38.
DUBOST, Jean (1983) ?Les Critères de la Recherche- Action?, POUR, nº 90, Juin.-Juillet, pp 17-21.?Os Critérios de Investigação-Acção?
GIROUX, Henri (1983) ?Teoria Crítica e Resistência em Educação?, in Para Além das Teorias de Reprodução, Petrópolis: Vozes.
MARSH, Monica Miller e Margot Vagliardo (2002) ?The Commingling of Teacher Reseacher Identities: a mediated approach to teaching action reseach?, Educational Action Research, Volume 10. nº 2, 2002, pp 275-289.
[consultar a capa da discipli
Não se aplica.
As estratégias previstas devem condizer com o reconhecimento e acolhimento da condição contingente em que se desenvolve o plano de trabalho da disciplina, traduzida em abertura efectiva aos efeitos inesperados em que reverte a real consideração dos contributos dos alunos, tanto mais tendo-se em conta o sentido da participação destes que a situação de formação de adultos não pode negligenciar e o da preocupação de não conferir à prática o estatuto de aplicação da teoria.
-Solicita-se relato oral de experiências vivenciadas pelos/as aluno/as, com recolha de elementos com o suporte de grelha de análise.
-Apresentação de textos por grupos de alunos, com dinamização de toda a turma, implicando a preparação, pela leitura antecipada e resumo escrito do texto a ser objecto de análise e discussão, por todos os alunos da turma.
-Com o enfoque na problemática da ?implicação? ou no conceito de ?resistência à mudança?, ou outro conceito estruturante, Role Play, seguido de síntese teórica.
-Em pequenos grupos os alunos analisam quadros comparativos de diferentes teorias explicativas da produção de inovação. Discussão ao nível do grande grupo.
-Face ao relato de diferentes tipos de inovação os alunos procurarão caracterizá-los e agrupá-los. Construção de síntese teórica com exposição.
-Utilização de situações de intervenção, recolhidas no decorrer das aulas, decorrentes, nomeadamente, do contacto dos alunos com as instituições, no âmbito da área de opção do ano anterior, ou no âmbito da experiência do estágio em curso, para ilustrar diferentes formas de intervenção. Recurso a depoimentos de outros actores sociais, a materiais audio-visuais, a textos. Discussão e síntese teórica.
-Análise de situações de formação vivenciadas pelos alunos e sua caracterização; produção de textos; ou leitura de textos ilustrativos sobre formação, com síntese final; ou exposição teórica a partir de quadros analíticos da formação.
-Análise em pequenos grupos de projectos de investigação para identificação de diferentes tipos de metodologias; elaboração de um anteprojecto de investigação-acção.
| Designação | Peso (%) |
|---|---|
| Prova oral | 30,00 |
| Trabalho de campo | 30,00 |
| Trabalho escrito | 40,00 |
| Total: | 100,00 |
| Designação | Tempo (Horas) |
|---|---|
| Estudo autónomo | 40,00 |
| Frequência das aulas | 10,00 |
| Trabalho de campo | 30,00 |
| Trabalho de investigação | 20,00 |
| Total: | 100,00 |
Frequência e participação em, pelo menos, 75% das aulas da disciplina. Apresentação oral em grupo de um texto. Análise de um caso. A classificação mínima é de 9 valores para cada componente. Em caso de não apresentação ou não aprovação nas componentes, a/o estudante tem oportunidade de fazer o exame final. Ensaio individual (Trabalho). A classificação mínima é de 9 valores.
Apresentação oral em grupo de um texto, com entrega da planificação da apresentação, numa ponderação de 30%.
Análise de caso (em grupo) - 30%
Ensaio individual (Trabalho), numa ponderação de 40%.
Estas ponderações poderão estar sujeitas a uma variação de um ou dois (1 ou 2) valor, em função da participação nas aulas. Participation in classes.
Mínimo de 9 valores em todas as componentes de avaliação
Ver "avaliação especial". Segue o Regulamento da Faculdade.
Não se aplica
Para estudantes trabalhadores ou outras situações de avaliação especial, a/o estudante deve estabelecer com a docente da UC um plano para o cumprimento dos requisitos da avaliação.
A/o estudante que pretenda fazer melhoria de nota, pode recorrer a exame. Quanto à classificação final, ficará com a melhor nota obtida, conforme Regulamento de Avaliação (2008).
Não se aplica.