Código: | E417 | Sigla: | OMF |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Pedagogia Social |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Ciências da Educação |
Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Ciências da Educação |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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LCED | 65 | Plano Oficial | 2 | - | 6 | 57 | 162 |
Objectivos: esta UC visa proporcionar às/aos estudantes uma compreensão alargada do conflito e da sua gestão, com uma ênfase nos processos de mediação. Pretende igualmente identificar e discutir potencialidades e limitações da mediação enquanto mecanismo de gestão da mudança e da conflitualidade sociais, em particular naquilo que se refere aos contextos formativos. Para além da área específica da gestão de conflitos, são mobilizados saberes da filosofia, psicologia, sociologia e história.
Esta unidade curricular, como se depreende da sua designação, comporta uma dimensão bastante prática, orientada para o treino de competências de negociação e mediação (sendo que se entende a mediação como uma negociação assistida/apoiada por um terceiro independente, ie, o mediador). Os seus conteúdos programáticos procuram dar conta desta dimensão. Assim, as primeiras aulas (onde se explanam os 3 primeiros pontos do programa), lidam com questões histórico-filosóficas e problemas conceptuais relacionados com as transformações nas definições de conflito e justiça. De seguida, progressivamente, os conteúdos programáticos vão assumindo um carácter mais operacional. São estes conteúdos programáticos que ocupam a maioria das aulas previstas (cerca de 75% delas), o que procura ser coerente com os objectivos, muito operacionais, que estão definidos para esta unidade curricular.
Espera-se que nesta UC o/a estudante seja capaz da:
1) identificação da natureza dos conflitos;
2) compreensão das transformações históricas nos modos de entendimento, abordagem e resolução dos conflitos;
3) domínio de técnicas básicas de negociação integrativa e distributiva;
4) condução de processos de mediação;
5) articulação da intervenção nos conflitos com uma compreensão profunda da polissemia do termo ‘justiça’;
6) planeamento de intervenções de mediação em contextos socioeducativos.
7) mobilização das problemáticas teóricas do campo da mediação para a concepção e implementação de processos de intervenção socioeducativa.
Em resumo, esta é uma unidade curricular orientada para o desenvolvimento da capacidade de diagnosticar e intervir na resolução de conflitos e na gestão da mudança na área da educação/formação.
Não aplicável
1) Transformações históricas nos modos de entendimento e abordagem ao conflito: o declínio da violência e a suavização dos costumes;
2) O que é a justiça e como é que diferentes entendimentos da justiça se articulam com a gestão de conflitos;
3) Tipos de conflito;
4) A natureza da mediação enquanto método de resolução de conflitos;
5) A negociação: elementos e técnicas fundamentais;
6) O papel do/da mediador/a: elementos técnicos e éticos;
7) O processo de mediação: as diferentes etapas, da organização do espaço e da recolha inicial de informação até à produção de um acordo entre as partes em conflito, passando pela construção de uma relação de confiança e cooperação, pela identificação dos interesses das partes e pela criação e avaliação de opções de solução para o conflito em questão;
8) A mediação em contextos formativos: algumas reflexões.
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1) Exposição (22 horas): presente ao longo de todo o semestre, utiliza-se essencialmente nas primeiras aulas;
2) Simulação de actividades (22 horas): o role-play constitui uma metodologia de ensino fundamental numa UC com um carácter “oficinal”. Realizam-se diversas simulações de negociação – tanto distributiva como integrativa – e de mediação. Isto é essencial não apenas para o treino de competências, mas para a própria compreensão dos temas abordados.
3) Debate (8 horas): utilizado tanto na discussão das questões histórico-filosóficas e problemas conceptuais relacionados com as transformações nas definições de conflito e justiça, como na análise de todas as simulações realizadas ao longo da UC.
4) Avaliação (5 horas): distribuída em duas partes. Uma consiste numa prova de aferição de conhecimentos, na qual também se solicita – no quadro do trabalho reflexivo desenvolvido – uma reflexão pessoal sobre as aprendizagens realizadas na UC (70%); a outra (30%) consiste no design de uma actividade de simulação (parâmetros fornecidos pelo docente).
Dada a importante componente prática desta UC, orientada para o treino de competências de negociação e mediação, os exercícios de simulação de atividades (role-plays) e respetiva análise desempenham aqui um papel central. Há exercícios práticos em todas as aulas a partir da 3ª ou 4ª aula. Estes exercícios são sempre acompanhados da respectiva análise colectiva (debate em grupo). Pretende-se, portanto, conciliar o desenvolvimento da capacidade técnica/operacional dos estudantes com a promoção das suas capacidades reflexivas e críticas, mobilizando quer os saberes teóricos adquiridos, quer as experiências tidas nas actividades de simulação. Esta UC, em conjunto com a uc Mediação Social e Trabalho Educativo e os SIMF 5 e 6, orienta-se de forma clara para o desenvolvimento da capacidade de diagnosticar e de intervir na resolução de problemas na área da educação/formação, nomeadamente como mediadores/as socioeducativos/as e da formação.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 70,00 |
Trabalho escrito | 30,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Elaboração de projeto | 3,00 |
Estudo autónomo | 102,00 |
Frequência das aulas | 57,00 |
Total: | 162,00 |
As aulas estão sujeitas à verificação de assiduidade.
Salvaguardando os casos previstos na lei, os estudantes que faltarem a mais de 25% das aulas previstas não obterão frequência à UC.
Trabalho escrito (30%): design de uma simulação de mediação de conflitos. Trabalho individual, a realizar em sala de aula, na parte final do semestre. Parâmetros do design serão fornecidos pelos docente.
Exame (70%), composto por 3 seccções: questões de escolha múltipla; reflexão pessoal sobre a UC; pergunta sobre uma das obras de leitura obrigatória.
Face a eventuais situações que configurem a prática de fraude, proceder-se-á de acordo com o artigo 14º do Regulamento de avaliação dos discentes da FPCEUP.
Avaliação Especial (TE, DA, ...) Estudantes que por lei estão dispensados da presença nas aulas deverão realizar uma prova destinada a demonstrar que possuem os conhecimentos e as competências exigidos e definidos na ficha de Unidade Curricular. Os estudantes que se encontrem nesta situação devem contactar os docentes da unidade curricular durante as primeiras 2 semanas do semestre para definir a forma de realização dessa prova e a sua calendarização.
A melhoria de nota poderá ser realizada, uma única vez, na época ou épocas previstas, por um exame.