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Oficina de Escrita

Código: E208     Sigla: OE

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Metodologias de Investigação

Ocorrência: 2015/2016 - 2S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Ciências da Educação
Curso/CE Responsável: Licenciatura em Ciências da Educação

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
LCED 70 Plano Oficial 1 - 6 57 162

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students

Objetivos

A UC de Oficina de Escrita, procurando dar resposta a diferentes objectivos de formação dos/estudantes, representa uma unidade privilegiada para o contacto e o trabalho autónomo dos/as estudantes em torno de preocupações de natureza narrativa, projectiva e argumentativa das práticas de escrita. À luz deste princípio, a presente UC procura constituir-se num espaço alargado de formação, cujas dinâmicas favoreçam a emergência de uma relação com a escrita subjectivamente situada, mas construída à luz das suas potencialidades de aprendizagem para o campo da produção textual de tipo argumentativo e crítico. Após um primeiro bloco de aulas que tem em vista abrir e diversificar o universo das práticas de escrita, dar-se-á atenção, posteriormente, à produção escrita orientada para um exercício académico, cujo ensaio tem por objectivo desenvolver o conjunto de capacidades argumentativas que se implicam na escrita de contexto académico.
Objectivos:
- Reflectir sobre a diversidade de operações que se implicam nos processos de escrita;
- Realizar e partilhar diferentes actividades de escrita, atendendo à sua importância sob o ponto de vista pessoal, crítico e académico;
- Investir em modos pessoais de escrita, com especial tónica nas suas dimensões narrativas, autobiográficas, projectivas, criativas, argumentativas e críticas;
- Escrever textos através do recurso a exercícios individuais e de grupo;
- Contactar com as especificidades/tipologias de textos académicos e suas ordens produtivas.

Resultados de aprendizagem e competências

- Praticar a realidade do texto enquanto uma prática do desejo e do prazer;

- Relacionar-se com a escrita como uma prática social e discursiva;

- Olhar para a produção textual como uma produção subjectiva de si, do outro e da realidade;

- Saber produzir textos com diferentes objectivos e em contextos diversos;

- Produzir diversos textos escritos com qualidade linguística e semântica, tendo em conta as finalidades e os contextos da sua produção;

- Produzir e rever textos escritos com qualidade científica, de acordo com critérios formais de apresentação, organização, clareza, correcção e rigor terminológico;

- Saber construir um discurso e uma interpretação crítica de um problema, questão ou objecto de estudo;

- Saber usar, de um modo dinâmico, os elementos básicos do texto argumentativo (identificação e acordo de premissas; construção de argumentos; objecções; contra-argumentos; conclusão);

- Produzir textos académicos, atendendo à coerência e coesão textuais, ao uso correcto de locuções, nexos, expressões e fórmulas discursivas, e à unidade, encadeamento e coesão entre diferentes elementos de sentido do texto, tais como, parágrafos, ideias, conceitos, citações, paráfrases, etc.;

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Não se aplicam

Programa

1. A escrita: a complexidade de um “fenómeno” e a especificidade de um objecto
1.1 Dimensões narrativas e (auto)biográficas da escrita:
1.1.1 A escrita de si e a escrita do outro
1.1.2 Narrativa e ficção

2. A escrita: entre o gesto e a visão
2.1 Dimensões projectivas/criativas da escrita:
2.1.1 Um exercício “visionário”
2.1.2 Experiências sensoriais e escrita

3. Deontologias da produção textual e escrita científica
3.1 Dimensões argumentativas e críticas da escrita:
3.1.1 Especificidades da produção escrita de tipo “académico”
3.1.2 Tipologias textuais académicas. Características e princípios
3.1.3 A dimensão argumentativa e crítica na escrita científica

Bibliografia Obrigatória

Barthes Roland; O grau zero da escrita
Barthes, R. & Mauriès, P.; "Escrita", in Enciclopédia Einaudi, Lisboa: INCM, 1987
Barthes, Roland; O prazer do texto, Lisboa: Edições 70, 1997
Bassols, M. & Torrent, A. ; Modelos Textuales. Teoría e Práctica", Barcelona: Octaedro, 2003
Benjamin Walter; Sobre arte, técnica, linguagem e política. ISBN: 972-708-177-0
Borges-Duarte, I., Henriques, F. & Dias, I. M. ; "Texto, Leitiura e Escrita", Porto: Porto Editora, 2000
Bruner, Jerome; "Making Stories. Law, Literature, Life", NY: FSG, 2002
Butler, S. & Bentley, R. ; "Lifewriting. Learning through personal narrative", Ontario: Pippin Publishing, 1997
Calvet, J.-L. ; "Histoire de l'écriture", Paris: Plon, 1996
Charlot Bernard; Relação com o saber, formação dos professores e globalização. ISBN: 85-363-0508-8
Cortázar, Julio; "A volta ao dia em 80 mundos", Lisboa: Cavalo de Ferro, 2009
Dawson, P. ; "Creative writing and the new humanities", London: Routledge, 2005
Eco, Umberto; "Sobre literatura", Lisboa: Difel, 2003
Estrela. E., Soares, M. A. & Leitão, M. J. ; "Saber escrever uma tese e outros textos", Lisboa: D. Quixote, 2011
Faria, A. C., Cunha, I. & Felipe, Y. X. ; "Manual prático para elaboração de monografias", S. Paulo: Vozes, 1996
Fernandes, Isabel ; "Olhar a Escrita", Lisboa: Edições Colibri, 2004
Fish, Stanley; "Is there a text in this class? The authority of interpretative communities", London: Harvard University Press, 1995
Goody Jack; A^lógica da escrita e a organização da sociedade
Guijosa, M. & Hiriat, B. ; "Taller de escritura creativa", Buenos Aires: Paidós, 2003
Iturra Raúl; A^oralidade e a escrita na construção do social
Lehrer, J. ; "Proust era um neurocientista", Lisboa: Lua de Papel, 2009
Lodge, David; "A consciência e o romance", Lisboa: Edições Presença
Lomas, C. et al. ; "Textos literarios y contextos escolares. La escuela en la literatura y la literatura en la escuela", Barcelona: Editorial Graó, 2008
Montes, F.; "Taller de escritura", San Pablo: Berenice, 2008
Montolío, E. et al. ; "Manual práctico de escritura académica", Barcelona: Ariel, 2011
Niza, Sérgio; "A escola e o poder discriminatório da escrita", in Moreira, A. et al. (org.) A língua portuguesa: presente e futuro, Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2004
Nogueira, P. & Canelhas, S. ; "Learning experience through diary writing. A case study", International Journal Of Learning, Vol. 17, nº7, pp. 471-486, 2009
Nogueira, Paulo; "Não sei ser últil mesmo sentindo ser prático", ou o sofrimento redentor de Krasnúkhin: Lugares e práticas da escrita", In Natércia Pacheco, & Maria José Araújo (Eds.), Expressões: Espaços e tempos de criatividade (pp. 129-142). Porto: E:etc/Livpsic., 2009
Nogueira Paulo José Vieira; A^escrita e os escritores
Penloup, M.-C. ; "La tentation du littéraire. Essai sur le rapport à l'ecriture du scripteur «ordinaire», Paris: CRÉDIF, 2000
Pereira Maria Luísa Álvares; Escrever em português. ISBN: 972-41-2408-8
Scholes Robert; Protocolos de leitura. ISBN: 972-44-0829-9
Vygotsky Lev Sémionovitch; A^imaginação e a arte na infância. ISBN: 978-989-641-045-2

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Dada a natureza teórico-prática e oficinal desta UC privilegiam-se os seguintes métodos:

- Exposição, debate, trabalho individual, trabalho de grupo e orientação tutorial;
- Realização de actividades de escrita, de leitura, de análise e de reflexão (textos escritos);
- Trabalhos de pesquisa, individuais e em grupo;
- Trabalho de escrita individual;
- Realização de exercícios/reflexões em grupo.

Palavras Chave

Ciências Sociais > Ciências da educação
Humanidades > Literatura > Escrita

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Trabalho escrito 100,00
Total: 100,00

Obtenção de frequência

A avaliação distribuída sem exame final, regime de avaliação da aprendizagem, definido para esta disciplina, prevê a “avaliação ao longo do ano/semestre, segundo as formas definidas no art.º 9, sem que exista exame final,” (cf artº 7). Em termos de princípios gerais, a avaliação articula-se com o estatuto teórico-prático da disciplina, pelo que a obtenção de frequência exige que o/a estudante não esteja ausente em mais de 25% das aulas previstas. Daqui decorre como orientação geral para a avaliação e classificação a valorização da presença e participação activa e regular dos estudantes nas sessões, o que se relaciona com a necessária assiduidade.

Fórmula de cálculo da classificação final


A avaliação estrutura-se à volta de um dispositivo de trabalho escrito, construído pelos estudantes ao longo do semestre, e segundo modalidades individuais e colectivas de escrita. Tal dispositivo constitui-se num Diário Gráfico cujo objetivo consiste em explorar e reviver as experiências de escrita vividas pelos estudantes durante as aulas, à luz da reflexão gerada em torno das diferentes modalidades de escrita ensaiadas na UC. Para o efeito, a assiduidade e a participação dos estudantes na Oficina de Escrita são elementos indispensáveis ao dispositivo de avaliação proposto.

O Diário Gráfico organiza-se segundo componentes individuais e colectivas de escrita (comentários e produtos escritos realizados por referência aos exercícios realizados), integrando, entre outros, os seguintes elementos ponderados:
a) textos escritos e reescritos;
b) textos revistos a pares;
c) leituras e reflexões problematizadoras;
d) memória e discussão crítica em torno dos processos e produtos escritos;
e) organização individual e colectiva do produto escrito final;


O Diário Gráfico é classificado numa escala de 0 a 20 valores, tendo uma ponderação de 100% na obtenção da CF.


Provas e trabalhos especiais

A não obtenção de 10 valores na classificação de qualquer um dos elementos de avaliação implica, como mecanismo de recurso na própria avaliação distribuída, a realização de um trabalho individual escrito sobre os conteúdos e a temática da UC, de acordo com o presente programa.

Trabalho de estágio/projeto

Não se aplica

Avaliação especial (TE, DA, ...)

De acordo com o ponto 4 do artº 9 do Regulamento de Avaliação, “os alunos que por lei estão dispensados da presença nas aulas podem ser chamados a realizar uma prova ou trabalho especiais, destinados a demonstrar que possuem os conhecimentos e as competências exigidos e previamente definidos na respectiva ficha de disciplina.” A opção escolhida neste âmbito é a realização de um trabalho escrito individual que, sempre que possível e preferencialmente, deverá ser elaborado e acompanhado no decurso do semestre e entregue na época prevista para frequências e exames no final do semestre.

Melhoria de classificação

Para efeitos de melhoria de nota, os/as estudantes dispõem de uma oportunidade para reformular o trabalho escrito final.

Observações

Não se aplica

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