Antropologia e Museus Etnográficos
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Estudos Culturais |
Ocorrência: 2023/2024 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
MMUS |
9 |
Plano Oficial em vigor (2022) |
1 |
- |
3 |
21,5 |
81 |
Língua de trabalho
Português
Obs.: Português
Objetivos
1 – Identificar as interrelações entre as preocupações da disciplina antropológica e os questionamentos da museologia a partir de 1980;
2 – Discriminar duas realidades no interior dos museus/coleções etnográficas (etnografia exótica versus etnografia europeia) e reconhecer as dinâmicas políticas e ideológicas subjacentes a cada uma delas;
3 – Discutir as implicações dos pedidos de restituição de coleções colocados pelos países que foram antigas colónias europeias;
4 – Discutir as implicações do boom de 1980 de museus regionais, em Portugal, e das suas persistentes narrativas pré-industriais;
5 – Debater a necessidade de “descolonizar” os museus, nomeadamente os etnográficos, e de os fazer ser penetrados por abordagens pós-coloniais.
Resultados de aprendizagem e competências
Ao concluir com sucesso a UC, o estudante deve ser capaz de:
- Dominar problemáticas relativas às duas vertentes de museus etnográficos e compreender a urgência de renovar ambas através de práticas pós-coloniais;
- Ter desenvolvido capacidade de reflexão e análise crítica;
- Ter desenvolvido capacidade de expressão oral e escrita.
Modo de trabalho
Presencial
Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)
Não aplicável.
Programa
- A Antropologia e os museus
1.1 Museus de etnografia exótica versus museus de etnografia europeia
- Museus e políticas identitárias
2.1 Museus e impérios coloniais
2.1.1 Descolonização e pedidos de restituição
2.2 Museus locais e identidades regionais
2.2.1 O boom de 1980 e o anacronismo das coleções pré-industriais
- A curadoria em museus etnográficos
3.1 Abordagens póscoloniais precisam-se
Bibliografia Obrigatória
Bennett, Tony (2009). ; Museum, Field, Colony. Colonial Governmentality and the Circulation f Reference, Journal of Cultural Economy, 2 (1-2): 99-116.
Dias, Nélia (2014). ; Rivet’s Mission in Colonial Indochina (1931-1932) or the Failure to Create an Ethnographic Museum., History and Anthropology, vol.25, nº 2: 189-207.
Dias, Nélia (2007).; Des “arts méconnus” aux “arts premiers”: inclusions et exclusions en anthropologie et en histoire de l’art,, Histoire de l’art, nº 60: 1-9.
Fogelman A (2002).; Colonial legacy in African Museology: The case of the Ghana National Museum., Museum Anthropology 31(1):19-27. ( )
Harris, Clare and O’Hanlon, Michael (2013).; The future of the ethnographic museum., Anthropology Today, 29 (1): 8-12. ( )
Kirshenblatt-Gimblett, Barbara (1991). ; Objects of Ethnography. , In Ivan Karp and Steven D. Lavine eds., Exhibiting Cultures. The Poetics and Politics of Museum Display, Washington and London: Smithsonian Institution Press: 386-443.
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L’Estoile, Benoît de (2008). ; Introduction: The Past as it lives now – an Anthropology of Colonial Legacies., Social Anthropology, 16(3): 267-279. ( )
Marínez, C. L. (2007). ; Musealizar la vida cotidiana: los museos etnológicos del Alto Aragón., Zaragoza: Prensas de la Universidad de Zaragoza. ( )
M'Bow, Amadou-Mahtar (1979). ; Pour le retour, à ceux qui l’ont créé, d’un patrimoine culturel irremplaçable., Museum, 31(1): 58. ( )
MacDonald, Sharon & Basu, Paul (eds.) (2007). ; Exhibition Experiments., Malden, MA, Oxford, Victoria: Blackwell Publishing. ( )
Nicolescu, Gabriela. (2016). ; The museum’s lexis: Driving objects into ideas., Journal of Material Culture, 21 (4): 465-489. (“ )
Pennock, Hanna & Vermaat, Simone (eds.) (2019).; Traces of slavery and colonial history in the art collection. , Amsterdam: Cultural Heritage Agency of the Netherlands.
Porto, Nuno (2007). ; From Exhibiting to Installing Ethnography: Experiments at the Museum of Anthropology of the University of Coimbra, Portugal, 1999-2005., In S. Macdonald and P. Basu (eds), Exhibition Experiments. Malden, MA, Oxford, Victoria: Black
Sarr, Felwine & Savoy, Béatrice (2018).; Rapport sur la restitution du patrimoine culturel africain. Vers une nouvelle éthique relationnelle., Paris: Université Paris Nanterre. ( )
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Thomas, Nicholas (2021). ; Don’t trash talk museums at this perilous time: we must adapt - not throw away – our cultural heritage., The Arts Newspaper, 2, https://www.theartnewspaper.com/2021/06/02/dont-trash-talk-museums-at-this-perilous-time-we-must-adaptnot-throwawayour-cultural-heritage ( )
Van Dartel, Daan (2009).; Dilemmas of the ethnographic museums., In Paul R. Voogt ed., Can we make a difference: museums, society and development in North and South. Amsterdam: KIT Publishers: 29-38.
Observações Bibliográficas
Bibliografia complementar será indicada ao longo das sessões.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
As sessões são teórico-práticas com aulas expositivas asseguradas pelo docente e intercaladas pela participação e discussão com os estudantes. Para cada sessão, os estudantes deverão cumprir um programa de leituras pré-estabelecido, por forma a que o debate seja possível e frutuoso. A modalidade de avaliação é distribuída sem exame final e composta pelos seguintes elementos de avaliação:
1) conhecer e discutir em sala de aula os textos indicados; 2) elaboração de pequeno Ensaio Individual escrito, versando a discussão de uma questão relativa aos museus etnográficos na sua versão exótica ou regional.
Estes elementos de avaliação têm, respetivamente, os pesos de: 15% + 85%.
Software
Microsoft Office
Palavras Chave
Ciências Sociais > Ciências políticas > Políticas públicas > Políticas culturais > Museologia
Ciências Sociais > Antropologia
Ciências Sociais > Estudos culturais
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Trabalho escrito |
85,00 |
Apresentação/discussão de um trabalho científico |
15,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Estudo autónomo |
21,50 |
Frequência das aulas |
19,50 |
Apresentação/discussão de um trabalho científico |
15,00 |
Trabalho de investigação |
25,00 |
Total: |
81,00 |
Obtenção de frequência
Os alunos deverão garantir uma frequência de 75%. A frequência será verificada através de assinatura de folhas de presença, que poderão ser consultadas pelos alunos para sua gestão de faltas. Exceção para os casos previstos na lei geral e nos regulamentos da FLUP.
Fórmula de cálculo da classificação final
Elementos de avaliação:
1) conhecer e discutir em sala de aula os textos indicados =15;
2) elaboração de pequeno Ensaio Individual escrito, versando a discussão de uma questão relativa aos museus etnográficos na sua versão exótica ou regional = 85%.
Provas e trabalhos especiais
Não aplicável.
Trabalho de estágio/projeto
Não aplicável
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Segundo normas em vigor na FLUP.
Melhoria de classificação
Repetição em exclusivo do Ensaio Individual escrito.
Observações
A docente assegura acompanhamento individual na realização do Ensaio.