Teorias e Políticas do Património
Ocorrência: 2014/2015 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Língua de trabalho
Português
Objetivos
- observar os sentidos e os contextos em que se pode falar de património: “ uso público da História”, e/ou da “invenção das tradições”, expressões que traduzem a manipulação política da história e da cultura;
- dotar os alunos da percepção dos contextos de produção da informação documental, no tempo e no espaço, da identificação e validação das fontes de informação, desenvolvendo competências específicas na utilização crítica da documentação;
- aferir as políticas da “memória”, dos objectos e produtos que emergem na construção das sociedades humanas, da reflexão e compreensão, no tempo e no espaço, das construções memoralistas (mundo laboral, artesanal, industrial, marítimo/litoral, religioso, rural e urbano, etc.), cruzando e trabalhando a informação documental e bibliográfica.
Resultados de aprendizagem e competências
Objetivo geral:
- propor um percurso que permita identificar os processos contextuais de reconhecimento do património, entre “ uso público da História”, e/ou da “invenção das tradições”, entre teorias e prática.
Objetivos específicos:
- dotar os alunos da perceção dos contextos de produção da informação, da identificação e validação das fontes de informação, desenvolvendo competências específicas na utilização crítica da documentação;
- aferir as políticas da “memória”, dos objectos e produtos que emergem na construção das sociedades humanas, da reflexão e compreensão, no tempo e no espaço, das construções memoralistas, cruzando e trabalhando a informação documental e bibliográfica).
- apreender os mecanismos de invenção e de construção dos patrimónios – da ambivalência do conceito de património ao alargamento do seu âmbito
- adquirir a leitura do « sítio » seja ele qual for, do objeto móvel ao imóvel, da água ao painel, tendo em conta políticas de património.
Modo de trabalho
Presencial
Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)
Não aplicável
Programa
1. Património ou patrimónios – uma derivação? Uma invenção? Uma política do passado?- uma visão crítica das ideologias e das políticas patrimoniais.
2. Teoria(s) e prática(s) – do “estado-nação” à mercantilização generalizada do mundo: as questões do património, da identidade, da memória, da autenticidade.
3. Património e criação: a fábrica do património: “da catedral à colher de chá”, dos “lugares da memória” aos “não-lugares” - a vivificação ontológica: a imagem e as políticas da visibilidade e da atracção.
Augé, Marc – Não-Lugares. Introdução a uma Antropologia da Sobremodernidades. Lisboa: 90 graus editora, 2005.
Bensa, Alban ; Fabre, Daniel – Une histoire à soi. Figurations du passé et localités, Paris : Editions MSH, 2001
Choay, Françoise – Alegoria do Património, 3ª ed.. Lisboa: edições 70, 2008
Connerton, Paul - Como as Sociedades Recordam. Oeiras: Celta Editora, 1993.
Fabre, Daniel; Iuso, Anna, dir. – Les monuments sont habités. Paris : Éditions de la Maison des Sciences de l’homme, 2009.
Francesca Tugores; Rosa Planas – Introducción al patrimonio cultural. Gijón: Editiones Trea, S.L., 2006
Guillaume, Marc – A política do Património. Porto: Campo de Letras, 2003.
Heinich, Nathalie – La fabrique du Patrimoine. “De la cathédrale à la petite cuillère ». Paris : Éditions de la Maison des Sciences de l’homme, 2009.
Hobsbawm, Eric; Ranger,Terence - A Invenção das Tradições. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008
M.A. Castillo ed - Ciudades Históricas : conservación y desarollo. Madrid: Fundacion Argentaria – Visor dis.s.a., 2000.
Maria Bolanos, ed. – La memoria del mundo. Cien años de museologia, 1900-2000. Gijón: Trea, 2002.
Nora, Pierre - Les Lieux de Mémoire. Paris: Gallimard, 1984 – 1992 - 7 vols. (t. 1 - La République, 1 vol., 1984; t. 2 La Nation, 3 vol., 1987; t. 3 Les Frances, 3 vol., 1992)
Peralta, E.; Anico, M., org. – Patrimónios e Identidades. Ficções contemporâneas. Oeiras: Celta, 2006.
Smith, Laurajane – Uses of Heritage, London and New York, Routledge, 2006.
Sites
Itinerários do Património, http://ec.europa.eu/agriculture/rur/leader2/rural-pt/biblio/herit/art02.htm#ref01
Institut Européen des Itinéraires Culturels – http://www. Institut Européen des Itinéraires Culturels.mht
UNESCO - http://whc.unesco.org/en/about/
OWHC – Organisation of World Heritages Cities http://www.ovpm.org/index.php
Bibliografia Obrigatória
Choay, Françoise; L' Allégorie du Patrimoine, Paris, du Seuil, 1999 (Há ed. portuguesa da Ed. Presença, Lisboa, 2000.)
González-Varas, Ignácio; Conservación de Bienes Culturales. Teoria, Historia, Princípios y Normas, Madrid, Ediciones Cátedra, 2003 - 3ª ed.
Martínez Justicia, María José; Historia y Teoria de la Conservación y Restauración Artística, Madrid, Ed. Tecnos, 2001 - 2ª ed.
Connerton, Paul; Como as Sociedades Recordam, Oeiras, Celta Editora, 1993
Martínez Justicia, María José; Historia y Teoria de la Conservación y Restauración Artística, Madrid, Ed. Tecnos, 2001 - 2ª ed.
Guillaume, Marc; A Política do Património, Porto, Campo das Letras, 2003
Bibliografia Complementar
Nora, Pierre (dir. de); Les Lieux de la Mémoire, Paris, Gallimard, 1984-1992 (Um clássico em 7 volumes, de consulta indispensável)
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
As aulas têm uma componente fortemente teórica, embora de discussão em torno de experiências realizadas na aula, como por exemplo as tomadas de decisões individuais, colectivas e institucionais, ou exercícios de pesquisa bibliográfica peranteduas narrativas: uma da sua história e outra do seu património: A primeira concentra-se em como e porquê o lugar é significativo, e pode incluir a história da arquitectura e artística, assim como política, económica e social; a segunda deve concentrar-se em em como foi conservada, interpretada e gerida. Este exercício deve dar uma definição às diferenças entre os dois objectos de estudo e da necessidade de cada uma para suportar a outra.
E ainda um comentário escrito acerca das memórias e as identidades - material e imaterial – ou um exercício bibliográfico numa área de património (natural, arqueológico - na longa duração, arte, arquitectura, documental, fotográfico, imaterial, etc.).
Palavras Chave
Ciências Sociais > Estudos culturais
Humanidades > História
Humanidades > História > Arqueologia > Arqueologia comparada
Ciências Sociais > Antropologia > Etnologia
Ciências Sociais > Antropologia
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Participação presencial |
25,00 |
Prova oral |
25,00 |
Trabalho escrito |
50,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Elaboração de projeto |
10,00 |
Estudo autónomo |
102,00 |
Frequência das aulas |
30,00 |
Trabalho laboratorial |
20,00 |
Total: |
162,00 |
Obtenção de frequência
Segundo as regras gerais da UP - 75% das aulas.
Fórmula de cálculo da classificação final
Cada aluno deverá participar activamente nas aulas em regime de “avaliação distribuída”, completado com um pequeno ensaio final no qual abordará um tema tendo em conta o seu projecto de trabalho.
Provas e trabalhos especiais
Cumprindo as normas gerais da UP quando aplicável.
Trabalho de estágio/projeto
Não aplicável.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Cumprindo as normas gerais da UP
Melhoria de classificação
Cumprindo as normas gerais da UP quando aplicável.