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Análise das Organizações Escolares

Código: FLUP0818     Sigla: AOE

Ocorrência: 2004/2005 - 2S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Secção Autónoma de Educação
Curso/CE Responsável: História

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
EAA 0 Plano Oficial - LEAA 2 2,5 5 -
3
EFA 1 Plano Oficial - LEFA 4 2,5 5 -
EFI 1 Plano Oficial - LEFI 4 2,5 5 -
EIA 4 Plano Oficial - LEIA 4 2,5 5 -
EPA 1 Plano Oficial - LEPA 4 2,5 5 -
EPE 2 Plano Oficial - LEPE 4 2,5 5 -
EPF 2 Plano Oficial - LEPF 4 2,5 5 -
EPI 12 Plano Oficial - LEPI 4 2,5 5 -
EPO 5 Plano Oficial - LEPO 4 2,5 5 -
FIL 14 Plano Oficial - LFIL 4 2,5 5 -
GEO 19 Plano Oficial - LGEO 4 2,5 5 -
HIS 12 Plano Oficial - LHIS 3 2,5 5 -
4

Objetivos

I. ENQUADRAMENTO
A escola, enquanto organização, emerge, no presente período de transição entre milénios, como um locus estratégico para a gestão do sistema educativo e para a inovação curricular e pedagógica. Nesta linha, a escola tem concitado um elevado número de políticas e estudos que importa agora considerar de forma reflexiva e sistemática.
A disciplina de Análise das Organizações Escolares propõe-se, de forma programática e pragmática, integrar os estudantes num processus orientado para a reflexão, discussão e investigação sobre a organização escolar, em particular a nível das áreas administrativa, profissional, curricular e pedagógica, e o sistema educativo português.
Na escola projectam-se, de forma visível e tangível, os princípios de participação social na tomada de decisões educativas, de desconcentração e descentralização das estruturas educativas, dos curricula contextualizados – a nível escolar e de turma –, da autonomia pedagógica, cultural e administrativa e da construção de uma identidade organizacional diferenciada no quadro sistémico-educativo.
A presente disciplina tem por principal finalidade facultar ao futuro professor, antes do exercício da profissão docente, o conhecimento da gramática organizacional de estabelecimentos escolares, sob o prisma de um processo analítico-investigativo desenvolvido sobre práticas educativas, apoiado pelos necessários enquadramentos teórico, metodológico, normativo e funcional.
Estes rumos implicam sólido investimento na formação dos professores no campo da organização escolar, habilitando-os como construtores críticos de educação e currículo, relevando a natureza problemática, complexa e situacional das decisões e práticas educativas.


II. OBJECTIVOS
Desenvolver atitudes de reflexão e de investigação científica.
Promover a capacidade crítica e o espírito inovador em matéria de organização escolar.
Adquirir os conhecimentos fundamentais da organização, administração e avaliação do sistema educativo português.
Compreender a diversidade de variáveis organizacionais escolares e a sua incidência na qualidade da prática educativa.
Analisar a morfologia organizacional de um estabelecimento de ensino a partir dos seus órgãos de gestão e das estruturas de orientação educativa.
Avaliar o regime jurídico da autonomia das escolas à luz dos processos de tradição/inovação pedagógica, curricular e organizacional analisados.
Reflectir sobre o processo de construção da profissionalidade docente.

Programa

III. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
1. Problemática epistemológica e metodológica da escola
1.1. O que é a escola?
1.2. A construção da escola como objecto de análise
1.3. A análise organizacional da escola
1.3.1. Quadro conceptual e operatório
1.3.2. Campo de análise – variáveis
1.4. Para que serve a escola?

2. Organização do sistema educativo e autonomia pedagógica da escola
2.1. Mapa e terreno
2.1.1. Mapa – o sistema educativo português:
2.1.1.1. Finalidades
2.1.1.2. Organização escolar
2.1.1.3. Organização curricular
2.1.1.4. Níveis de administração
2.1.1.5. Avaliação sistémica
2.1.2. Terreno – o «sítio» da escola na orgânica e administração do sistema educativo
2.2. Morfologia administrativa e educativa da escola
2.3. Dinâmicas administrativa, educativa e de liderança na escola
2.4. Instrumentos da autonomia pedagógica da escola
2.4.1. Projecto Educativo de Escola
2.4.2. Regulamento Interno
2.4.3. Plano Anual de Actividades
2.4.4. Projecto Curricular de Escola
2.4.5. Projecto Curricular de Turma
2.5. Da autonomia outorgada à autonomia construída
2.6. Autonomia curricular da escola e qualificação das competências dos alunos
2.7. Avaliação organizacional – princípios, processus e efeitos

3. Para uma análise organizacional da escola
3.1. A escola em todos os seus estados – a ecologia escolar
3.2. Modelos/imagens organizacionais da escola
3.3. Áreas de observação e análise
3.3.1. Escolar
3.3.2. Profissional
3.3.3. Curricular e pedagógica
3.4. Contextos e instrumentos metodológicos de análise

Bibliografia Principal

IV. BIBLIOGRAFIA
AA VV (2001), História e memória da escola. Actas do 3º Encontro de história regional e local do distrito de Portalegre. 1º vol., Lisboa: Associação de Professores de História.
AMADO, João da Silva (2000), A construção da disciplina na escola – suportes teórico-práticos. Porto: Edições Asa.
ARROTEIA, Jorge Carvalho (1991), Análise social da educação: indicadores e conceitos. Leiria: Roble Edições.
AZEVEDO, Joaquim (org.) (2002), Avaliação das escolas – consensos e divergências. Porto: Edições Asa.
BALLÉ, Catherine (1992), Sociologie des organizations, 2ª ed., Paris: P.U.F..
BARBIER, Jean-Marie (1993), Elaboração de projectos de acção e planificação. Porto: Porto Editora.
BARROSO, João (org.) (1996), O estudo da escola. Porto: Porto Editora.
BERTHIER, Patrick (1996), L’ethnographie de l’école. Paris: Éditions Economica.
BERTRAND, Yves; GUILLEMET, Patrick (1994), Organizações: uma abordagem sistémica. Lisboa: Instituto Piaget.
BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari (1994), Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora.
BOLÍVAR, António (2003), Como melhorar as escolas. Porto: Edições Asa.
COHEN, Louis; MANION, Manion (1994), Research methods in education, 4º ed., Londres: Routledge.
CORREIA, Luís Grosso (2000), «O thymos segundo o Liceu Feminino do Porto: 1917-1927», Revista da Faculdade de Letras – História, III série, vol. 1, Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, p. 83-100.
COSTA, Jorge Adelino (2003), Imagens organizacionais da escola, 3ª ed., Porto: Edições Asa.
DE KETELE, Jean-Marie, Observer pour éduquer. Berna: Peter Lang.
ESTRELA, Albano (1994), Teoria e prática da observação de classes: uma estratégia de formação de professores. Porto: Porto Editora.
FERREIRA, José Maria C. et alii (1999), Psicossociologia das organizações. Lisboa: Editora McGraw-Hill.
FOSTER, Peter (1996), Observing schools: a methodological guide. Londres: Paul Chapman.
FOUCAULT, Michel (1996), Vigiar e punir: nascimento da prisão, 14ª ed., Petropólis: Editora Vozes.
GHILARDI, Franco; SPALLAROSSA, Carlo (1990), Guia para a organização escolar. Porto: Edições Asa
GOMES, Duarte (2000), Cultura organizacional: comunicação e identidade. Coimbra: Quarteto Editora.
HAINAUT, Louis d’ (1988), Los sistemas educativos – análysis y regulación. Madrid: Ediciones Narcea.
HARGREAVES, Andy; EARL, Lorna; RYAN, Jim (2001), Educação para a mudança – reinventar a escola para os jovens adolescentes. Porto: Porto Editora.
LANDSHEERE, Gilbert (1997), A pilotagem dos sistemas educativos. Porto: Edições Asa.
LEITE, Carlinda (2003), Para uma escola curricularmente inteligente. Porto: Edições Asa.
LIMA, Licínio (1992), A escola como organização e a participação na organização escolar. Braga: Instituto de Educação/Universidade do Minho.
LIMA, Licínio; AFONSO, Almerindo J. (2002), Reformas da educação pública – democratização, modernização, neoliberalismo. Porto: Edições Afrontamento.
LOBROT, Michel (1995), Para que serve a escola?. Lisboa: Terramar.
LORENZO DELGADO, Manuel (1994), Organización escolar: la construcción de la escuela como ecosistema. Madrid: Ediciones Pedagógicas.
MARQUES, Fernando Moreira (2003), A arquitectura dos liceus do Estado Novo. Lisboa: Educa.
MINTZBERG, Henry (1995), Estrutura e dinâmica das organizações. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
MUÑOZ SEDANO, A.; ROMAN PÉREZ, M. (1989), Modelos de organización escolar. Madrid: Cincel.
NÓVOA, António (coord.) (1992), As organizações escolares em análise. Lisboa: Publicações D. Quixote/IIE.
NÓVOA, António; SANTA-CLARA, Ana Teresa (2003) (coord.), «Liceus de Portugal» – história, arquivos, memórias. Porto: Edições Asa.
OBIN, Jean-Pierre; CROS, Françoise (1991), Le project d‘établissement. Paris: Hachette.
PÉREZ JUSTE, R. (1992), Evaluación de centros y calidad educativa. Madrid: Cincel.
PERRENOUD, Philippe (1995), La pédagogie à l‘école des différences. Paris: ESF.

Bibliografia Complementar

PERRENOUD, Philippe (2001), Porquê construir competências a partir da escola? Desenvolvimento da autonomia e luta contra as desigualdades. Porto: Edições Asa.
POCZTAR, J. (1989), Analyse systémique de l’éducation: essai. Paris: E.S.F..
POSTIC, Marcel; KETELE, Jean-Marie de (2000), Observar las situaciones educativas. Madrid: Narcea Ediciones.
ROCHA, Abel Paiva da (1999), Avaliação das escolas. Porto: Edições Asa.
SANTOS GUERRA, Miguel Ángel (2002), Entre bastidores – o lado oculto da organização escolar. Porto: Edições Asa.
SEIJAS DÍAZ, Amparo (2003), Avaliação da qualidade das escolas. Porto: Edições Asa.
TORRES, Leonor Lima (1997), Cultura organizacional escolar. Representações dos professores numa escola portuguesa. Oeiras: Celta Editora.
THÉLOT, Claude (1993), L‘évaluation du systéme éducatif. Paris: Nathan.
WOODS, Peter (1990), L‘ethnographie de l‘école. Paris: Armand Colin.
WOODS, Peter (1999), Investigar a arte de ensinar. Porto: Porto Editora.
ZABALZA, M. A. (1992), Planificação e desenvolvimento curricular na escola. Porto: Edições Asa.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

V. METODOLOGIA
É objectivo formativo central da disciplina capacitar os estudantes para a concepção, desenvolvimento e avaliação de diversas actividades de intervenção educativa mediante a integração dos conteúdos curriculares das aulas teóricas e práticas num projecto de trabalho autónomo, reflexivo e investigativo.
Nas aulas teóricas proceder-se-á à apresentação e discussão dos conteúdos programáticos da disciplina. Nas aulas práticas serão realizados trabalhos práticos e de campo sobre a organização do sub-sistema escolar português, de um estabelecimento de ensino e da prática pedagógica.
Os trabalhos de campo das aulas práticas serão realizados por grupos de estudantes e deverão ser escritos, discutidos e entregues ao professor.

Software

Não se aplica.

Tipo de avaliação

Obtenção de frequência

O regime de frequência das aulas da disciplina é o seguinte:
- para os estudantes que optarem pela avaliação contínua nas aulas práticas, estas são de frequência obrigatória, são controladas por um registo de presenças e o estudante não poderá faltar a mais de um terço das aulas, sob risco de retenção automática:
- as aulas teóricas não estão dependentes de qualquer número mínimo de presenças.

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final será ponderada pela média aritmética das classificações obtidas nas duas componentes programáticas (teórica e prática) em avaliação.

Provas e trabalhos especiais

O regime de avaliação do desempenho dos estudantes é decidido pelo estudante em função de uma das seguintes alternativas:
- avaliação final às componentes teórica e prática do programa;
- avaliação final realizada sobre os conteúdos leccionados nas aulas teóricas e avaliação contínua realizada sobre os trabalhos das aulas práticas, desenvolvidos por grupos de estudantes.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Não se aplica.

Melhoria de classificação

De acordo com as normas da FLUP.

Observações

Língua de ensino: Português.
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