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A ética no risco: os desafios da sociedade de risco

Título
A ética no risco: os desafios da sociedade de risco
Tipo
Capítulo ou Parte de Livro
Ano
2022
Autores
Arvela, André Samora
(Autor)
FLUP
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Pina, Helena
(Autor)
FLUP
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Nestor, Marta
(Autor)
FLUP
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Pinto, Diogo Miguel
(Autor)
FLUP
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Barreiros, João Pedro
(Autor)
FLUP
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Indexação
Google Scholar
Crossref
Outras Informações
Resumo (PT): Face ao presente e futuro contexto climático em mudança, apresenta-se uma análise interpretativa da obra Sociedade de Risco Mundial: em busca da Segurança Perdida de Urich Beck traduzida para inglês em 2009 e para português em 2015, a qual constitui um referencial na base heurística e na discursiva hermenêutica do Risco. Na opinião de Beck, a industrialização ultrapassou a sua lógica e os seus limites, conduzindo-se, hoje, para um processo de autodissolução, pelo que urge fazer emergir uma nova fase da modernização, mormente uma corresponsabilizadora reflexividade que possibilite gerir esta trajetória. Neste momento de rutura, a modernização reflexiva abala as instituições fundamentais da sociedade industrial dos Estados-nação, verificando-se a transição de uma sociedade industrial nacional para uma sociedade global indeterminada e ambígua. Beck afirma, igualmente, que a globalização quebra a base do Estado-Providência e o Contrato Social. Portanto, a crítica cultural tem-se alienado do exercício conceptual e necessário para a compreensão do Novo. Ignora-se que existe de facto uma transformação da ordem mundial, assim como das regras e estruturas de poder que começam a ser renegociadas à luz da globalização. A precaridade da certeza antropológica da Modernidade e o pavor social pela anti-Modernidade que esfuma as nossas dependências materiais e enviesa as nossas obrigações morais colocam o dilema do cosmopolitismo do risco na sociedade mundial em função dos riscos globais. Na obra, Beck relaciona os riscos globais com os conflitos na sociedade de risco mundial a três níveis, nomeadamente os conflitos em torno de riscos ecológicos, riscos financeiros globais e ameaça das redes terroristas. Os riscos ecológicos estão associados ao neoliberalismo, sendo, para Beck, responsabilidade da industrialização ocidental, os quais se repercutem a nível global, como é o caso dos impactos das alterações climáticas. Noutro plano, situam-se os riscos financeiros globais, fruto de uma matriz de irresponsabilidade organizada que conduz à eclosão das crises económicas, desemprego, exclusão e instabilidade social. Por outro lado, as atividades terroristas situam-se na esfera das catástrofes intencionais em que o cálculo da probabilidade inerente ao conceito de acidente deixa de ser aplicável. Deste modo, num contexto global tão polifacetado, a cooperação cosmopolita dos povos é, por um lado, a única e verdadeira via de reflexão dos desafios presentes e vindouros, mas é, por outro, a mais árdua de ser alcançada.
Abstract (EN): In view of the present and future changing climate context, it is here presented an interpretative analysis of the work World Risk Society by Urich Beck, published in 2007 to German, translated into English in 2009 and into Portuguese in 2015, which constitutes a reference in the heuristic base and in the discursive hermeneutic of Risk. In Beck's opinion, industrialization has surpassed its logic and its limits, leading today to a process of self-dissolution That’s why it is urgent to emerge a co-responsible reflexivity that makes it possible to manage this trajectory. At this moment of rupture, reflexive modernization shakes the fundamental institutions of the industrial society of nation-states. Thus, we are facing the transition from a national industrial society to an indeterminate and ambiguous global society. Beck also argues that globalization breaks the basis of the welfare state and the Social Contract. Therefore, cultural criticism has become alienated from the conceptual and necessary exercise for understanding the New. Despite bring ignored, there is in fact a transformation of the world order, as well as the rules and structures of power that are beginning to be renegotiated in light of globalization. The precariousness of the anthropological certainty of Modernity and the social fear of anti-modernity that blurs our material dependencies and biases our moral obligations pose the dilemma of risk cosmopolitanism in world society due to global risks. In this book, Beck relates global risks to conflicts in the world risk society at three levels, namely conflicts around ecological risks, global financial risks, and the threat of terrorism. Ecological risks are associated with neoliberalism, being, for Beck, the responsibility of Western industrialization, which has repercussions at a global level, as is the case with the impacts of climate change. On another level, there are global financial risks, the result of a matrix of organized irresponsibility that leads to the outbreak of economic crises, unemployment, exclusion, and social instability. On the other hand, terrorist activities fall within the sphere of intentional catastrophes in which the calculation of probability inherent to the concept of accident is no longer applicable. Therefore, in such a multifaceted global context, the cosmopolitan cooperation of people is, on the one hand, the only true way of reflecting on present and future challenges, but it is, on the other, the most difficult to achieve.
Idioma: Português
Tipo (Avaliação Docente): Científica
Documentos
Nome do Ficheiro Descrição Tamanho
19821 212.77 KB
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