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Sérgio Dias Branco, investigador e Professor Associado de Estudos Fílmicos na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, director do Mestrado em Estudos Artísticos e coordenador do Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas, publicou recentemente o livro Cinema e dialéctica: uma gramática profunda (2024). É ainda autor dos livros  Por dentro das imagens: obras de cinema, ideias do cinema (2016); Escrita em movimento: apontamentos críticos sobre filmes (2020), O Trabalho das Imagens Estudos sobre cinema e marxismo (2020), tendo também contribuído para o volume colectivo História do cinema: dos primórdios ao cinema contemporâneo(coord. Nelson Araújo) (2023), e Aesthetic authenticity in cinema (coord. Filipe Martins) (2023).

Neste seu mais recente livro, Sérgio Dias Branco discute o valor e o alcance do conceito de dialética aplicado aos estudos fílmicos, numa perspectiva mais ampla do que a habitual. O leitor familiarizado com a teoria do cinema poderá associar de imediato a dialéctica, por exemplo, aos escritos teóricos de Sergei Eisenstein, que via a sua produção cinematográfica como a realização de um programa estético marxista, no qual o conceito de dialéctica desempenha, naturalmente, um papel central. Contudo, na perspectiva de Sérgio Dias Branco, a dialéctica é uma ferramenta conceptual cuja aplicação à história e à prática do cinema vai muito além dos limites históricos da Montagem Soviética e da obra dos cineastas a ela vinculados. A tese mais forte, defendida pelo autor, é a de que a dialéctica – explorada na sua relação com o cinema em dois dos seus aspectos centrais, i.e. o movimento e o espaço-tempo, que definem as duas partes do livro – é “interna ao cinema enquanto arte”, bem como um método para a sua compreensão aprofundada.

Para apresentar estas ideias e discutir o contributo do seu mais recente livro para os estudos fílmicos em Portugal, o autor estará connosco em diálogo aberto com a audiência.