Resumo (PT):
Num mundo cada vez mais globalizado, a despertar de uma crise pandémica e mergulhado num conflito bélico com projeção mundial, apesar das ameaças e extermínios a diversos níveis a que o nosso planeta tem sido sujeito, num contexto em que a resiliência está presente, persiste uma multiplicidade de ecossistemas, embora com perda de biodiversidade. Não obstante, o mais comum é, de facto, a conjugação de territórios dinâmicos e multifuncionais a par com outros em declínio, onde o desenvolvimento e a sustentabilidade são postos em causa. Neste contexto, em que é indelével o reflexo das alterações climáticas, mas, sobretudo, a intervenção antrópica, sem esquecer a presente guerra em espaço europeu, aumenta, contudo, a consciencialização destas problemáticas na sociedade atual e os seus reflexos a nível ambiental, económico e social, induz à necessidade de intervenções múltiplas a diferentes escalas. Assim, despontam estratégias que apostam num desenvolvimento inclusivo, assente não apenas na preservação das paisagens e do património, mas também na revitalização dos quadros sociais. Perante este cenário, são de referência obrigatória os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, instituídos pela ONU e plasmados na “Agenda 2030”, desafios cada vez mais imperativos no presente contexto reinante no espaço europeu, conflituoso, com inquestionável reforço das desigualdades sociais e de outras problemáticas, designadamente as ambientais .
Procura-se assim erradicar a pobreza, enquanto se promove o acesso equitativo à energia, à educação e aos serviços de saúde de qualidade. Privilegia-se também a criação do emprego digno e a eficiência energética, para além da conservação e da gestão dos recursos endógenos. Intenta-se, igualmente, a promoção de instituições eficazes e de sociedades estáveis, onde a justiça, a paz e a saúde, a par da igualdade de género, sejam inequívocas e inclusivas. Para tal, exige-se uma convergência das políticas, onde as estratégias ambientais e sociais ganhem ascendência sobre as estritamente económicas, as quais deverão estar inseridas numa conjuntura onde a inovação e a ética, sustentadas em meios digitais, aumento da literacia e formação técnica, sejam indeléveis. Deste modo, caminhar-se-á para uma maior coesão territorial como a via mais eficaz de ultrapassar a crise sistémica e multifacetada que se instalou.
Há, pois, que continuar a refletir sobre estes temas, sem ignorar a sua complexidade e diversidade territorial, correlacionando o espaço europeu com outros, realçando-se a simbiose com o espaço brasileiro, no âmbito da qual se sucedem projetos catalisadores. Destarte, aprofunda-se este elo colaborativo através das XVIII Jornadas Internacionais sobre Grandes Problemáticas do Espaço Europeu. Persiste também o objetivo primordial, já notório em anteriores edições deste evento: abordagem de problemáticas atuais, num contexto científico, criativo, operativo, multidisciplinar e interuniversitário, destacando-se a procura de estratégias mitigadoras destes problemas num quadro de sustentabilidade e resiliência.
Este evento organizado pela Universidade do Porto com variados parceiros nacionais e internacionais está a afirmar-se cada vez mais como uma rede de investigação que procura dar respostas aos desafios emergentes. Em 2024, as XVIII Jornadas Internacionais sobre Grandes Problemáticas do Espaço Europeu apresentam uma comissão científica constituída por cientistas de elevado renome nacional e internacional, provenientes de mais de uma dezena de países, centrando-se na temática da “Construção de Territórios (...)
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
ISBN:
978-989-9193-04-8