Resumo (PT):
O romance de Maria Teresa Horta (2011), As Luzes de Leonor, é aqui analisado à luz de uma retórica da sensibilidade, tal como era concebida no período em que viveu a poetisa Leonor de Almeida (1750-1834): isto é, uma persuasão que utiliza estrategicamente a ¿Fisiologia do Gosto¿, em que a descrição das sensações faz parte de uma estratégia que visa a compreensão filosófica do sublime e a sua função retórica. Não sendo intenção de Maria Teresa Horta escrever uma biografia ou sequer um comum romance histórico sobre o pensamento da Marquesa de Alorna, não deixa de ser interessante ver, através da aproximação feita aos conceitos filosóficos vigentes no século XVIII (nomeadamente os de Sensibilidade, de Alma, ou de Simpatia) uma estratégia de ruptura em consonância com uma certa estética da modernidade.
Abstract (EN):
In this paper, we look at Maria Teresa Horta¿s (2011) novel, Leonor¿s Enlightenment,
from an unusual perspective, the rhetoric of sensibility, as it was conceived during the period of
Leonor de Almeida¿s life (1750-1834), i.e., as a form of persuasion built upon the ¿Physiology
of Taste¿, where the description of sensations makes part of a strategy to achieve the sublime
and its rhetorical function. Knowing that Maria Teresa Horta didn¿t have the intention to write
a biography, or even a popular historical novel about Leonor de Almeida, it is quite interesting
to note that this approach to some philosophical concepts from the 18th century (mainly those
of Sensibility, Soul or Sympathy) may be a way to give form to a certain aesthetic of modernity.
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
Notes:
Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/fragmentum/article/view/21760