Código: | MI075243 | Sigla: | ESTGIO |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Ciências da Saúde |
Ativa? | Sim |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MICF | 210 | MICF - Plano Oficial | 5 | - | 30 | 810 | 810 |
O estágio curricular tem por objetivo garantir uma formação adequada ao exercício farmacêutico em farmácia (comunitária e hospitalar) de modo a que este venha a ser desempenhado de forma competente e responsável, designadamente nas suas vertentes técnica e deontológica. Está regulamentado pela Diretiva 2013/55/EU e pelo Regulamento n.º 706/2018 e deliberação 2272-F/2007 da Reitoria da UPorto.
O estágio é parte integrante do plano de estudos do MICF, sendo a sua conclusão condição indispensável para a obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas. É neste estágio que, após 9 semestres de formação teórica e laboratorial, grande parte das competências inerentes ao farmaceutico se efetivam, num contexto de pratica profissional e perante os desafios inerentes à mesma.
Tem obrigatoriamente a duração de 6 meses e decorre em Farmácias abertas ao público ou em Serviços Farmacêuticos de Hospitais centrais ou distritais em Portugal, com protocolos assinados com a FFUP, ou ao abrigo de protocolos de cooperação com entidades europeias similares, sempre sob orientação de farmacêuticos monitores nos locais de estágio e Professores Orientadores da FFUP.
Pretende-se que o estudante conheça o modo de relacionamento das instituições de saúde e dos profissionais de saúde, entre si e com os utentes, adquira autonomia na capacidade de compreensão, integração e resolução de problemas profissionais de ordem técnica, científica e ética, que integram as atividades do “Ato Farmacêutico” (artigo 75, Lei n.º 131/2015), complementando assim as atividades que foram previamente desenvolvidas na componente academica do MICF, nomeadamente:
a) Desenvolvimento e preparação das formas farmacêuticas dos medicamentos;
b) Registo, fabrico e controlo dos medicamentos de uso humano e veterinário e dos dispositivos médicos;
e) Preparação, controlo, seleção, aquisição, armazenamento e dispensa dos medicamentos de uso humano e veterinário e de dispositivos médicos em farmácias abertas ao público, serviços farmacêuticos hospitalares e serviços farmacêuticos privativos de quaisquer outras entidades públicas e privadas, sem prejuízo do regime de distribuição ao público de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias, nos termos da legislação respetiva;
f) Preparação de soluções anti-séticas, de desinfetantes e de misturas intravenosas;
g) Interpretação e avaliação das prescrições médicas;
h) Informação e consulta sobre medicamentos de uso humano e veterinário, dispositivos médicos, sujeitos e não sujeitos a prescrição médica, junto de profissionais de saúde e de doentes, de modo a promover a sua correta utilização;
i) Acompanhamento, vigilância e controlo da distribuição, dispensa e utilização de medicamentos de uso humano e veterinário, de dispositivos médicos;
j) Monitorização de fármacos, incluindo a determinação de parâmetros farmacocinéticos e o estabelecimento de esquemas posológicos individualizados;
k) Colheita de produtos biológicos, execução e interpretação de análises clínicas e determinação de níveis séricos;
O estágio encontra-se ainda totalmente alinhado com as competências definidas no documento “FIP Global Competency Framework” para o inicio da carreira profissional do farmaceutico, nomeadamente:
1. Saúde Pública Farmacêutica (resposta a emergências, promoção da saúde, informação e aconselhamento sobre medicamentos)No final do estágio, os estudantes devem ser capazes de:
- Resolver problemas profissionais de ordem técnica, científica e ética.
- Demonstrar competências para a prática profissional em farmácia comunitária e hospitalar.
- Compreender o modo de relacionamento das instituições de saúde e dos profissionais de saúde, entre si e com os utentes
- Reconhecer o papel multidisciplinar do farmacêutico na sociedade, a necessidade de se adaptarem à evolução das exigências dos serviços de saúde e dos utentes, e de atualização constante de conhecimentos.
Farmácia Hospitalar
1.Organização e gestão dos Serviços Farmacêuticos
1.1. Gestão de Recursos humano.
1.2. Gestão de recursos económicos.
2.Seleção, aquisição e armazenamento de produtos farmacêuticos
2.1. Gestão de existências.
2.2. Sistemas e critérios de aquisição.
2.3. Receção e conferência de produtos adquiridos.
2.4. Armazenamento dos produtos/prazos de validade.
3.Sistemas de distribuição de medicamentos
3.1. Distribuição clássica.
3.2. Reposição de stock por níveis.
3.3. Distribuição personalizada.
3.4. Sistema de Distribuição Individual Diária em Dose Unitária (SDIDDU).
3.5. Distribuição de medicamentos a doentes em ambulatório.
3.6. Medicamentos sujeitos a controlo especial (Psicotrópicos e estupefacientes, Hemoderivados, Medicamentos extraformulário, Anti-infeciosos, Antissépticos e desinfetantes, Citotóxicos).
4.Produção e controlo de medicamentos
4.1. Conceito integrado de garantia de qualidade.
4.2. Preparação de misturas intravenosas.
4.3. Misturas para nutrição parentérica.
4.4. Manipulação de fármacos citotóxicos.
4.5. Preparações extemporâneas estéreis.
4.6. Preparações de formas farmacêuticas não estéreis.
4.7. Radiofarmácia.
4.8. Reembalagem.
4.9. Métodos e processos de aprendizagem.
5.Informação sobre medicamentos e outras atividades de Farmácia Clínica
5.1. Consulta de bibliografia
5.2. Critérios de seleção, registo e arquivo de informação.
5.3. Apoio informativo a outros profissionais de saúde e comissões técnicas.
5.4. Respostas a pedidos de informação sobre medicamentos, aplicados a situações clínicas.
5.5. Farmacovigilância.
5.6. Participação do farmacêutico em ensaios clínicos.
5.7. Nutrição artificial.
5.8. Farmacocinética clínica: monitorização dos fármacos na prática clínica.
5.9. Acompanhamento da “visita médica”.
5.10. Reuniões periódicas de aperfeiçoamento. Discussão de casos clínicos, sessões clínicas hospitalares, sessões bibliográficas, revisões de atualização farmacoterapêutica.
5.11 “Comissões técnicas” existentes no hospital e suas atividades.
Deverão utilizar as referências indicadas pelos orientadores de estágio em farmácia comunitária ou hospitalar e todas as necessárias para elaboração dos trabalhos a incluir no relatório final.
Dadas as valências e especificidades de cada local de estágio, o Diretor Técnico de cada local de estágio, ou outro Farmacêutico em quem delegue, será o responsável pela orientação dos métodos de ensino e de aprendizagem do Estagiário, assumindo o papel de Monitor do estudante. O papel do Monitor de Estágio é da maior relevância, incluindo o acompanhamento dentro da unidade de Estágio e nas ações formativas que o estudante vier a desenvolver. Deverá ter por base o Manual de Estágio disponibilizado pela FFUP, garantindo-se assim equidade na formação de todos os Estudantes.
A seleção dos locais de estágio em Farmácia Comunitária é da responsabilidade da FFUP, ouvida a Ordem dos Farmacêuticos sempre que tal se justifique, e mediante o estabelecimento de protocolos de colaboração.
O Orientador do Estudante, selecionado aleatoriamente entre os professores da UC de estágio na FFUP, acompanha-o na escolha, delineamento, desenvolvimento e escrita das atividades e projetos cinetificos com ligação à prática farmacêutica, adaptados ao local de estágio onde se encontram, e que fazem parte do relatório final. Adicionalmente, os Orientadores constituem o elemento de ligação entre os estagiários e as unidades de estágio, competindo-lhe manter a coordenação e o apoio ao estagiário na sua inserção no ambiente profissional.
Serão disponibilizadas aos estudantes formações pré-estágio, a decorrer em Outubro-Novembro (1º semestre), onde serão abordados diversos temas pertinentes para a atividade farmacêutica, com a participação ativa de profissionais ligados ao sector. Adicionalmente, e durante o estágio, os estudantes poderão ter formações complementares providenciadas pela FFUP, pela Ordem dos Farmacêuticos, ANF, ou outras entidades competentes.
Designação | Peso (%) |
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Defesa pública de dissertação, de relatório de projeto ou estágio, ou de tese | 100,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Elaboração de relatório/dissertação/tese | 104,00 |
Estudo autónomo | 50,00 |
Realização de Estágio | 810,00 |
Trabalho de campo | 50,00 |
Total: | 1014,00 |
Apresentação de um relatório de estágio com forte componente científica, resultante de atividades e projetos cientificos com ligação à prática profissional.