Código: | MI075142 | Sigla: | TOXANT |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Ciências da Saúde |
Ativa? | Sim |
Página Web: | http://moodle.up.pt/course/view.php?id=3656 |
Unidade Responsável: | Laboratório de Toxicologia |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MICF | 205 | MICF - Plano Oficial | 5 | - | 6 | 52 | 162 |
A Unidade Curricular de Toxicologia e Análises Toxicológicas tem como objectivo desenvolver a competência dos estudantes em Ciências Farmacêuticas na análise e compreensão dos mecanismos de toxicidade dos xenobióticos com elevado impacto ao nível clínico, ocupacional e forense abordando, para o efeito, os aspectos fundamentais e aplicados da toxicologia analítica, clínica e forense dos solventes, metais, pesticidas e drogas de abuso. Pretende, ainda, que os estudantes obtenham a capacidade de usar os conhecimentos adquiridos de uma forma integrada para a avaliação da toxicidade dos compostos.
Os estudantes devem adquirir conhecimentos que permitam a análise e compreensão do risco associado à exposição a xenobióticos. Devem adquirir competências na utilização integrada destes conhecimentos para a avaliação, comunicação e gestão do risco associado à exposição a xenobióticos.
Contribuição para o Ato Farmacêutico:
h) Informação e consulta sobre medicamentos de uso humano e veterinário, dispositivos médicos, sujeitos e não sujeitos a prescrição médica, junto de profissionais de saúde e de doentes, de modo a promover a sua correta utilização
j) Monitorização de fármacos, incluindo a determinação de parâmetros farmacocinéticos e o estabelecimento de esquemas posológicos individualizados;
k) Colheita de produtos biológicos, execução e interpretação de análises clínicas e determinação de níveis séricos;
l) Execução, interpretação e validação de análises toxicológicas, hidrológicas, e bromatológicas;
Contribuição para o Quadro 2 da Diretiva da 2005/36/EC
(c) conhecimento adequado do metabolismo e dos efeitos dos medicamentos, da ação das substâncias tóxicas e da utilização dos medicamentos;
(d) conhecimento adequado para avaliar dados científicos sobre medicamentos, a fim de ser capaz de fornecer informações adequadas com base nesses conhecimentos
Contribuição para as competências definidas no documento “FIP Global Competency Framework”:
1.1 Resposta de emergência
1.1.1 Participar na resposta a emergências da saúde pública
1.2 Promoção da saúde
1.2.2 Aconselhamento na promoção da saúde, controlo e prevenção de doenças e estilos de vida saudáveis
1.3 Aconselhamento e Informação sobre Medicamentos
1.3.1 Aconselhamento do paciente/população no uso seguro e racional dos medicamentos (incluindo na seleção, uso, contraindicações, armazenamento, e efeitos adversos de medicamentos com ou sem necessidade de prescrição)
2.6 Diagnóstico e aconselhamento do paciente
2.6.4 Avaliar, validar e produzir informação de educação para a saúde, aconselhamento na medicação e cuidados de saúde
2.6.5 Discutir e acordar com os pacientes no uso apropriado dos medicamentos, tendo em conta as suas preferências
4.1 Competências de comunicação
4.1.2 Comunicar de modo efetivo com profissionais de saúde e com familiares dos pacientes
4.1.3 Ajustar a comunicação às necessidades do paciente
4.8 Garantia de qualidade e investigação no local de trabalho
4.8.1 Aplicação dos resultados da investigação e aplicação na análise dos riscos/benefícios (exemplo investigação pré-clínica, clínica, trials, dados experimentais e avaliação de risco)
Química, bioquímica, fisiologia, farmacologia, métodos instrumentais de análise
1. AGENTES TÓXICOS
1.1. SOLVENTES E VAPORES
Generalidades. Propriedades dos solventes e sua toxicidade. Caracterização de populações mais susceptíveis à sua acção tóxica. Etanol. Metanol. Benzeno. Solventes halogenados. Monóxido de carbono. Cianetos. Para cada tóxico é referido o mecanismo de toxicidade, a sua toxicocinética, o tipo de intoxicações em que especialmente estão envolvidos e os socorros a prestar. Na componente laboratorial será realizada a quantificação de etanol em sangue e a quantificação de cianetos em sangue.
1.2. METAIS
Metais tóxicos, metais essenciais e metais com interesse terapêutico. Para cada elemento refere-se o mecanismo de toxicidade, toxicocinética, os perigos de bioacumulação, as principais fontes de contaminação e as medidas a tomar em caso de intoxicação, diferenciando as situações agudas e crónicas. Agentes quelantes usados no tratamento de intoxicações por metais. Na componente laboratorial será realizada a quantificação de chumbo em sangue.
1.3. PESTICIDAS
Generalidades. O uso destes compostos e respectivo risco/benefício. Insecticidas: organoclorados, anticolinesterásicos, piretróides. Herbicidas, fungicidas e fumigantes. Para cada grupo referem-se exemplos típicos de compostos mais usados em Portugal e seu envolvimento em intoxicações. Mecanismos de toxicidade, toxicocinética e bioacumulação. Na componente laboratorial será realizada a quantificação de paraquato em soro e urina.
1.4. DROGAS DE ABUSO
Mecanismos de toxicidade. Impacto individual, social, e gravidade das intoxicações com diferentes tipos de drogas de abuso.
2. TOXICOLOGIA CLÍNICA
Intoxicações por fármacos e outros agentes químicos. Principais classes de fármacos envolvidas em intoxicações: barbitúricos, opiáceos, anfetaminas, salicilatos, paracetamol. Outros compostos: cianetos, monóxido de carbono, etanol, metanol, pesticidas e metais. Tratamento da intoxicação: antídotos e medidas que favorecem a eliminação: diurese, diálise, hemoperfusão. Importância da caracterização analítica de fármacos em análises toxicológicas de emergência e monitorização terapêutica de fármacos. Na componente laboratorial será realizada a quantificação de fármacos anticonvulsivantes em soro e a quantificação de paracetamol em sangue.
3. TOXICOLOGIA FORENSE
Aspectos gerais. Informações sobre a colheita de amostras e procedimentos para análises toxicológicas no indivíduo vivo e post-mortem. Principais compostos envolvidos em intoxicações fatais. Interpretação dos resultados analíticos. Na componente laboratorial será realizada a análise qualitativa de compostos de interesse em toxicologia forense.
4. AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DOS COMPOSTOS NUMA PERSPECTIVA REGULADORA
Ensaios de toxicidade. Aspectos gerais: animais de ensaio, condições ambientais, alimentação, estado de saúde, entre outros. Descrição dos protocolos dos vários ensaios a executar. Referência às normas da OCDE e da UE na execução dos ensaios segundo as Boas Práticas de Laboratório. Toxicidade aguda. DL50. Valor relativo deste parâmetro. Toxicocinética. Toxicidade sub-aguda e crónica. Ensaios de mutagenicidade. Teste de Ames; teste do micronúcleo in vivo e in vitro; ensaio de SCE; prova citogenética in vivo (análise cromossómica). Valor destes ensaios na previsão da carcinogénese. Ensaios de fertilidade e de reprodução, teratogenicidade, carcinogenicidade, hipersensibilidade e de idiossincrasia. Ensaios em humanos. Estudos epidemiológicos. Noção de Risco/Benefício. Avaliação da dose diária admissível. Extrapolação dos resultados dos ensaios de toxicidade para o homem: dificuldades e incertezas.
As aulas serão leccionadas pelos docentes da UC. Ocasionalmente poderão ser leccionadas por convidados cuja área de especialização confira um maior interesse às matérias, em particular na sua aplicabilidade prática e no domínio profissional. Todas as aulas serão acompanhadas pelos docentes da UC.
Aulas teóricas (2 horas/semana; 12 semanas): aulas magistrais leccionadas com recurso a apresentações em diapositivos, usando o software PowerPoint em sistema de data-show, posteriormente disponibilizados aos alunos em plataforma de e-learning. Procura-se associar às matérias ministradas informações e curiosidades sobre o tema e de como se ligam essas matérias à vida quotidiana.
Os trabalhos laboratoriais (2 horas/semana, 12 semanas) são efectuados em grupo após explicação teórica dos fundamentos e objectivos dos mesmos. Os estudantes são acompanhados pelo docente durante a execução, análise, e interpretação dos resultados obtidos dos trabalhos propostos.
Recurso a plataforma de e-learning:
Através da página da unidade curricular na plataforma Moodle disponibilizam-se os conteúdos pedagógicos e as ferramentas de comunicação essenciais para a aprendizagem. Nesta página encontram-se os conteúdos em formato pdf de todos os diapositivos das aulas, artigos científicos, exames, exercícios relativos às aulas laboratoriais, ligação à página do Laboratório de Toxicologia e bibliografia adoptada na UC. A comunicação com os estudantes é também facilitada pela ferramenta dos avisos desta plataforma e pelo e-mail.
ATENDIMENTO PEDAGÓGICO
O docente responsável encontra-se disponível para atendimento dos alunos por marcação prévia e acordada.
Designação | Peso (%) |
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Teste | 80,00 |
Trabalho laboratorial | 20,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 100,00 |
Frequência das aulas | 46,00 |
Total: | 146,00 |
- A assistência dos estudantes às aulas laboratoriais é obrigatória sendo considerados sem frequência os estudantes cuja assistência seja inferior a 3/4 das aulas efectivamente leccionadas.
- A assistência dos estudantes às aulas teóricas não é obrigatória.
A avaliação de conhecimentos é realizada em concordância com as normas de avaliação em vigor. A avaliação da UC versa os conhecimentos e competências da componente teórica (12 valores/20 na classificação final) e da componente laboratorial (8 valores/20 na classificação final).
Os estudantes terão uma avaliação distribuída, com avaliação das componentes teórica e laboratorial a decorrer ao longo do período lectivo, através da realização de dois exames escritos (frequências) e avaliação contínua nas aulas laboratoriais.
A classificação final do estudante corresponde à soma das suas classificações obtidas na avaliação da componente teórica e da componente laboratorial em ambas as frequências e da avaliação a realizar nas aulas laboratoriais. Não é exigida uma classificação mínima na avaliação de qualquer uma das componentes teórica e laboratorial.
Não se aplica a prova oral na avaliação desta UC.
Os estudantes serão aprovados, caso a sua classificação final seja igual ou superior a 9,5 valores.
Exames para estudantes em regime especial
- São considerados estudantes em regime especial, entre outros casos previstos na Lei, mães e pais estudantes com filhos menores de 3 anos (Lei n.º 90/2001, de 20 de Agosto), indivíduos em prestação de serviço militar obrigatório, dirigentes associativos (Decreto-Lei n.º 151/91, de 23 de Abril), atletas de alta competição, indivíduos que exerçam funções efectivas previstas no Art. 73 do Decreto-Lei 448/79 de 13 Novembro, ratificado, com alterações, pela Lei nº 19/80 de 16 de Julho.
- Os exames para estudantes em regime especial são realizados de acordo com o estabelecido na legislação portuguesa aplicável a cada situação específica.
Não é permitida a melhoria de classificação na avaliação distribuída.
A melhoria de classificação final é realizada através da realização de um exame final escrito (cotado para 20 valores: 12 valores correspondentes à componente teórica e 8 valores correspondentes à componente laboratorial), e decorre nos termos das regras de avaliação vigentes no presente ano lectivo.
Pressupõem-se os conhecimentos básicos de Toxicologia Mecanística, Química Orgânica, Bioquímica e Biologia Celular. Recomenda-se a revisão de Livros de Texto Gerais sobre estes temas.
Esta disciplina está inserida na componente e-learning da Universidade do Porto, utilizando a plataforma Moodle.
Língua de Ensino: Português e, eventualmente, Inglês.
Aceitam-se Estudantes de Mobiblidade com fluência em Inglês. A UC é leccionada em português, existindo bibliografia de apoio (livros de texto) em inglês. As frequências de avaliação e exames dos Estudantes de Mobilidade são traduzidos para inglês.
Se a situação excepcional se mantiver devido ao Covid-19, as aulas teóricas ocorrerão em modo presencial/videoconferência síncrona e a componente laboratorial será lecionada presencialmente com divisão da turma em 2 turnos, organizando-se as atividades de cada turno de modo a que o turno que não está a ter aulas no laboratório estará a ter atividades letivas alternativas. Estas atividades serão passíveis de avaliação sendo a sua valorização proporcionalmente contabilizada na correspondente frequência de avaliação distribuída.