Saltar para:
Logótipo
Você está em: Início > MI075139

Fisiopatologia e Farmacoterapia II

Código: MI075139     Sigla: FPFTE2

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Ciências da Saúde

Ocorrência: 2022/2023 - 1S Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Página Web: https://moodle.up.pt/course/view.php?id=1952
Unidade Responsável: Laboratório de Farmacologia
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MICF 180 MICF - Plano Oficial 5 - 6 52 162

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students
Obs.: Suitable for English-speaking students

Objetivos

A UC de Fisiopatologia e Farmacoterapia II está integrada numa sequência de UCs onde constam a Farmacologia I e II e a Fisiopatologia e Farmacoterapia I.

No seu conjunto, estas UCs têm como objetivo de aprendizagem ajudar o estudante a:

  1. Compreender o modo de atuação dos fármacos no Homem;
  2. Compreender os fatores que condicionam a permanência dos fármacos no organismo e a conhecer os métodos que permitem calcular as doses e ajustar os regimes posológicos para garantir a manutenção das concentrações adequadas para se obterem os efeitos terapêuticos desejados;
  3. Compreender a ocorrência de reações adversas e explicar as que decorrem de respostas farmacodinâmicas previsíveis;
  4. Compreender a variabilidade interindividual na resposta aos fármacos em funções de fatores genéticos e não genéticos.
  5. Conhecer os alvos farmacológicos mais explorados para fins terapêuticos, os fármacos mais representativos de cada grupo e os contextos em que são usados clinicamente.
  6. Compreender os aspetos gerais das patologias que constituem as indicações principais de cada grupo de fármacos.

O ensino teórico será utilizado para apresentações genéricas de cada um dos temas, procurando-se dar aos estudantes uma visão global de cada capítulo que os prepare para uma aprendizagem autónoma e para uma atualização contínua ao longo da sua vida profissional. Assim, em cada capítulo serão selecionados os pontos chave que ajudem o estudante a:

  1. Perceber os fundamentos farmacodinâmicos decorrentes da atuação em cada alvo;
  2. Conhecer os principais efeitos farmacológicos resultantes dessa atuação, independentemente de serem explorados para fins terapêuticos ou poderem ser enquadrados como reações adversas face às indicações terapêuticas presentes;
  3. Compreender a doença e os objetivos terapêuticos das diversas intervenções farmacológicas;
  4. Conhecer os fármacos de referência de cada classe e as limitações farmacodinâmicas e farmacocinéticas que condicionaram e/ou condicionarão o aparecimento de novos fármacos no grupo;
  5. Conhecer as indicações terapêuticas presentes e perspetivas futuras de novos fármacos ou de novas indicações.

Neste contexto, a unidade curricular de Fisiopatologia e Farmacoterapia II tem como objetivos específicos, auxiliar o estudante a conseguir um conhecimento fisiopatológico, e farmacoterapêutico consistente e crítico, adequado à graduação em Ciências Farmacêuticas nas áreas do cancro e infeção; protocolos especiais usados no tratamento de doenças infeciosas crónicas e sintomatologia associada; referência a distúrbios gastrointestinais e afeções dermatológicas e alérgicas em que o farmacêutico desempenha um papel relevante no aconselhamento; conhecer os principais grupos de fármacos utilizados nas áreas abordadas, os seus mecanismos de ação e reações adversas bem como particularidades sobre a sua utilização clínica.

Resultados de aprendizagem e competências

Os principais objetivos de aprendizagem competências

Como principais resultados de aprendizagem, espera-se que os estudantes adquiram os conhecimentos e desenvolvam a capacidade de: 

1. Demonstrar possuir um conhecimento detalhado dos alvos farmacológicos e dos fármacos de referência;
2. Sejam capazes de avaliar criticamente o estado da arte em cada uma das áreas fisiopatológicas e farmacológicas abordadas;
3. Conheçam as condicionantes presentes no acesso e no uso dos fármacos de referência;
4. Demonstrem ter um profundo conhecimento do avanço recente da investigação em cada uma das áreas e sejam capazes de reunir informação relevante e de a transmitir de forma escrita e oral;
5. Desenvolvam dinâmicas de trabalho inter-grupos e intragrupo e demonstrem capacidade e desenvoltura para comunicar e discutir o conhecimento farmacológico através de diferentes formas de comunicação e perante diversos públicos.

Contribuição dos resultados de aprendizagem para os objetivos do MICF

Contribuição para o Ato Farmacêutico

a) Interpretar e avaliar prescrição médicas;
b) Informação e consulta sobre medicamentos de uso humano e veterinário, dispositivos médicos, sujeitos e não sujeitos a prescrição médica, junto de profissionais de saúde e de doentes, de modo a promover a sua correta utilização;
c) Monitorização de fármacos, incluindo a determinação de parâmetros farmacocinéticos e o estabelecimento de esquemas posológicos individualizados;
d) Execução, interpretação e validação de análises biológicas.

Contribuição para o Quadro 2 da Diretiva 2005/36/EC

(e) conhecimento adequado do metabolismo e dos efeitos dos medicamentos, da ação das substâncias tóxicas e da utilização dos medicamentos;
(f) conhecimento adequado para avaliar dados científicos sobre medicamentos, a fim de ser capaz de fornecer informações adequadas com base nesses conhecimentos.

Contribuição para as competências definidas no documento “FIP Global Competency Framework”:

1.1 Resposta de emergência
1.1.1 Participar na resposta a emergências da saúde pública

1.2 Promoção da saúde
1.2.2 Aconselhamento na promoção da saúde, controlo e prevenção de doenças e estilos de vida saudáveis

1.3 Aconselhamento e Informação sobre Medicamentos
1.3.1 Aconselhamento do paciente/população no uso seguro e racional dos medicamentos (incluindo na seleção, uso, contraindicações, armazenamento, e efeitos adversos de medicamentos com ou sem necessidade de prescrição)

2.6 Diagnóstico e aconselhamento do paciente
2.6.4 Avaliar, validar e produzir informação de educação para a saúde, aconselhamento na medicação e cuidados de saúde
2.6.5 Discutir e acordar com os pacientes no uso apropriado dos medicamentos, tendo em conta as suas preferências

4.1 Competências de comunicação
4.1.2 Comunicar de modo efetivo com profissionais de saúde e com familiares dos pacientes
4.1.3 Ajustar a comunicação às necessidades do paciente
4.1.4 Competências de comunicação apropriadas, incluindo através de plataformas eletrónicas e digitais

4.3 Competências digitais
4.3.1 Identificar, gerir, organizar, armazenar e partilhar informação digital
4.3.2 Análise crítica, avaliação e interpretação de informação digital e das suas fontes
4.3.3 Quando aplicável, participar em serviços de saúde digitais, promover a saúde com tecnologias digitais

4.8 Garantia de qualidade e investigação no local de trabalho
4.8.1 Aplicação dos resultados da investigação e aplicação na análise dos riscos/benefícios (exemplo investigação pré-clínica, clínica, trials, dados experimentais e avaliação de risco)

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Os estudantes devem ter conhecimentos sobre fisiologia e sobre os mecanismos gerais de ação dos fármacos e o seu ciclo geral no organismo.

Programa

AULAS TEÓRICAS

  1. Quimioterapia das doenças neoplásicas
  • Cancro: caracterização das doenças oncológicas.
  • Teorias da carcinogénese (genética, epigenética e metabólica).
  • Racional da abordagem farmacológica de acordo com cada uma das teorias da carcinogénese.
  • Aspetos gerais da quimioterapia antineoplásica.
  • Medicamentos antineoplásicos citotóxicos, hormonas e anti hormonas e imunomoduladores.
  • Guidelines usadas na terapia do cancro: análise das guidelines usadas para o tratamento das formas de cancro mais comuns.
  • Evidência científica e fármacos mais implicados em drug repurposing em oncologia.
  1. Quimioterapia das doenças infeciosas. Guidelines usadas no tratamento de:
  • Infeções do sistema nervoso central
  • Infeções do trato respiratório
  • Infeções do sistema cardiovascular
  • Infeções do trato genitourinário
  • Outras infeções de tratamento hospitalar
  • Doenças infeciosas com protocolos de tratamento definidos:
    • Tuberculose
    • Infeção por VIH/SIDA
    • Hepatite C
  1. Fisiopatologia e tratamento de perturbações gastrointestinais mais frequentes:
    • Gastrite / Úlcera péptica 
    • Doença de refluxo gastroesofágico
    • Diarreia
    • Obstipação
  1. Fisiopatologia e tratamento de afeções dermatológicas e alérgicas sazonais mais frequentes:
    • Dermatites
    • Acne
    • Psoríase
    • Onicomicose
    • Rinite alérgica

Bibliografia Obrigatória

Marie A. Chisholm-Burns et al.; Pharmacotherapy Principles & Practice, McGrawHill, 2019. ISBN: 978-1-260-01944-5
Joseph T. DiPiro; Pharmacotherapy. ISBN: 0-07-136361-0
Serafim Correia Pinto Guimarães; Terapêutica medicamentosa e suas bases farmacológicas. ISBN: 978-972-0-01794-9

Bibliografia Complementar

Jameson, J. Larry ; Harrison's Principles of Internal Medicine 20th Ed., MacGraw-Hill, 2018. ISBN: 978-1-259-64403-0

Observações Bibliográficas

Será facultada bibliografia adequada para cada capítulo através da plataforma Moodle.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

As aulas serão lecionadas pelos docentes da UC. Ocasionalmente poderão ser lecionadas por convidados cuja área de especialização seja considerada pelo regente uma mais-valia.

AULAS TEÓRICAS

  • A aulas são ministradas com recurso a um sistema de apresentação de diapositivos Power/Point via Data-Show e/ou recurso a ferramentas que permitam a disponibilizaçãp das aulas gravadas caso necessário.
  • As metodologias de ensino adotadas no ensino teórico baseiam-se na apresentação do estado da arte sob o ponto de vista fisiopatológico e farmacoterapêutico de cada tema, procurando-se que, com estes enquadramentos, se auxiliem os estudantes a atingir, com sucesso, os objetivos de aprendizagem.

AULAS PRÁTICAS

  • O ensino laboratorial funcionará como complemento da formação teórica. Nas aulas práticas/laboratorias os estudantes irão desenvolver capacidades para aplicar o conhecimento teórico na resolução de casos clinicos e/ou trabalhos de pesquiza e a sua apresentação e discussão.
  • Com esta abordagem pretende-se que o estudante aprenda a selecionar de forma criteriosa e rigorosa a informação de que necessitam através da consulta de diversas fontes de informação fidedignas.
  • Pretende-se que os estudantes conheçam os aspetos gerais que condicionam o uso dos principais fármacos de cada grupo, as limitações terapêuticas de cada grupo farmacoterapêutico, e desenvolvam as qualidades de comunicação que lhe permita interagir de forma sólida com  outros profissionais de saúde, em temas relacionados com o uso de medicamentos e com os doentes, na sua vida profissional futura.

PLATAFORMA DE E-LEARNING

  • Neste âmbito do projeto eLeraning@UP é organizada uma página da UC na plataforma Moodle onde são disponibilizados os conteúdos pedagógicos e as ferramentas de comunicação essenciais para o processo de aprendizagem.
  • Nesta página encontram-se não só os conteúdos em formato pdf de todos os diapositivos das aulas, como artigos cientificos, bibliografia complementar, cronogramas das aulas e links de interesse no âmbito da UC.
  • A comunicação com os estudantes é facilitada pela ferramenta dos avisos da plataforma Moodle e pelo e-mail.
  • Serão também criados fóruns de discussão sobre os trabalhos propostos para resolução pelos estudantes, permitindo desta forma a partilha de conhecimento e o esclarecimento de dúvidas.

Palavras Chave

Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas
Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas > Farmácia
Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas > Farmacologia clínica

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Apresentação/discussão de um trabalho científico 30,00
Teste 70,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo 120,00
Frequência das aulas 30,00
Trabalho laboratorial 30,00
Total: 180,00

Obtenção de frequência

Assiduidade: A assistência dos estudantes às aulas teóricas não é obrigatória. A assistência dos estudantes às aulas laboratoriais é obrigatória sendo considerados sem frequência os estudantes cuja assistência seja inferior a 3/4 das aulas efetivamente lecionadas, desde que estas representem mais de 50% das aulas previstas.

Frequência: a frequência é válida para o ano letivo corrente e para os 2 anos seguintes. Para o ano letivo corrente de 2022/2023, consideram-se válidas as frequencias obtidas nos anos letivos de 2020/2021 e 2021/2022. 

Fórmula de cálculo da classificação final

A avaliação englobará todas as matérias lecionadas nas aulas teóricas e práticas/laboratoriais.

A avaliação da componente teórica será realizada de forma distribuída em 2 eventos de avaliação (frequências) de acordo com o calendário oficial de avaliação. Consistirá de um questionário com perguntas de escolha múltipla e/ou resposta curta/desenvolvimento.

Cada frequência tem a cotação máxima de 7 valores.

Caso não existam limitações tecnológicas ou logísticas, o exame final será efetuado em computador, através da plataforma Moodle.

A classificação da componente laboratorial basear-se-á na avaliação da resolução, apresentação e discussão de apresentação de casos clínicos e/ou trabalhos de grupo sobre os temas propostos âmbito do programa da UC.
A cotação cotação máxima total é de 6 valores.

Na avaliação desta componente será valorizada:
(i) o domínio revelado na gestão da informação do tema em causa;
(ii) a eficácia da comunicação aos seus pares;
(iii) o nível de conhecimento do tema e na ligação da investigação fundamental ao uso clínico dos fármacos do grupo abordado.

Para obter aprovação à UC é exigido um mínimo de 6,5 valores na avaliação da componente teórica (cotação de 14) obtida através do do somatório das classificações obtidas nas 2 frequências realizadas.

A classificação final dos estudante corresponde ao somatório das classificações obtidas nas 2 frequências realizadas, e a classificação obtida através da avalição da componente laboratorial.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os estudantes com estatuto de trabalhador-estudante ou ERASMUS, poderão dispensar a componente de Avaliação Laboratorial.

Neste caso terão que efetuar apenas um exame final que terá a cotação máxima de 20 valores ou as 2 frequências (nas datas previstas) cada uma com a cotação máxima de 10 valores.

Se optarem por fazer 2 frequências, cada uma incidirá sobre as matérias lecionadas nas aulas práticas e teóricas lecionadas até à data.

Se optarem por fazer um exame final este incidirá sobre todas as matérias lecionadas nas aulas práticas e teóricas.

A data de realização do exame final será a mesma prevista para a época normal e recurso previstas no calendário académico.

Os estudantes deverão comunicar ao regente da disciplina a sua decisão no início do semestre.

Os estudantes ERASMUS que dispensarem a Avaliação Laboratorial terão que ter frequência às aulas laboratoriais.

 

Melhoria de classificação

As 2 frequências efetuadas substituem o exame da Época Normal.

Na Época de Recurso os estudantes podem apenas melhorar a classificação da componente teórica.

A melhoria da componente laboratorial só pode ser efetuada por nova frequência da UC.

Observações

Estudantes de Mobilidade

Para além dos que possam rapidamente desenvolver competencias de compreensão da Lingua Portuguesa, aceitam-se estudantes de mobilidade com fluência em Inglês.

A UC é lecionada em português, no entanto a bibliografia é em Inglês e os docentes disponibilizam apoio em Inglês.

Para além disso os estudantes de mobilidade podem solicitar, e serão atentendidos no seu pedido, a avaliação em Inglês.
Recomendar Página Voltar ao Topo
Copyright 1996-2024 © Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto  I Termos e Condições  I Acessibilidade  I Índice A-Z  I Livro de Visitas
Página gerada em: 2024-10-18 às 16:01:02 | Política de Utilização Aceitável | Política de Proteção de Dados Pessoais | Denúncias