Fisiopatologia e Farmacoterapia II
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Ciências da Saúde |
Ocorrência: 2022/2023 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
MICF |
180 |
MICF - Plano Oficial |
5 |
- |
6 |
52 |
162 |
Língua de trabalho
Português - Suitable for English-speaking students
Obs.: Suitable for English-speaking students
Objetivos
A UC de Fisiopatologia e Farmacoterapia II está integrada numa sequência de UCs onde constam a Farmacologia I e II e a Fisiopatologia e Farmacoterapia I.
No seu conjunto, estas UCs têm como objetivo de aprendizagem ajudar o estudante a:
- Compreender o modo de atuação dos fármacos no Homem;
- Compreender os fatores que condicionam a permanência dos fármacos no organismo e a conhecer os métodos que permitem calcular as doses e ajustar os regimes posológicos para garantir a manutenção das concentrações adequadas para se obterem os efeitos terapêuticos desejados;
- Compreender a ocorrência de reações adversas e explicar as que decorrem de respostas farmacodinâmicas previsíveis;
- Compreender a variabilidade interindividual na resposta aos fármacos em funções de fatores genéticos e não genéticos.
- Conhecer os alvos farmacológicos mais explorados para fins terapêuticos, os fármacos mais representativos de cada grupo e os contextos em que são usados clinicamente.
- Compreender os aspetos gerais das patologias que constituem as indicações principais de cada grupo de fármacos.
O ensino teórico será utilizado para apresentações genéricas de cada um dos temas, procurando-se dar aos estudantes uma visão global de cada capítulo que os prepare para uma aprendizagem autónoma e para uma atualização contínua ao longo da sua vida profissional. Assim, em cada capítulo serão selecionados os pontos chave que ajudem o estudante a:
- Perceber os fundamentos farmacodinâmicos decorrentes da atuação em cada alvo;
- Conhecer os principais efeitos farmacológicos resultantes dessa atuação, independentemente de serem explorados para fins terapêuticos ou poderem ser enquadrados como reações adversas face às indicações terapêuticas presentes;
- Compreender a doença e os objetivos terapêuticos das diversas intervenções farmacológicas;
- Conhecer os fármacos de referência de cada classe e as limitações farmacodinâmicas e farmacocinéticas que condicionaram e/ou condicionarão o aparecimento de novos fármacos no grupo;
- Conhecer as indicações terapêuticas presentes e perspetivas futuras de novos fármacos ou de novas indicações.
Neste contexto, a unidade curricular de Fisiopatologia e Farmacoterapia II tem como objetivos específicos, auxiliar o estudante a conseguir um conhecimento fisiopatológico, e farmacoterapêutico consistente e crítico, adequado à graduação em Ciências Farmacêuticas nas áreas do cancro e infeção; protocolos especiais usados no tratamento de doenças infeciosas crónicas e sintomatologia associada; referência a distúrbios gastrointestinais e afeções dermatológicas e alérgicas em que o farmacêutico desempenha um papel relevante no aconselhamento; conhecer os principais grupos de fármacos utilizados nas áreas abordadas, os seus mecanismos de ação e reações adversas bem como particularidades sobre a sua utilização clínica.
Resultados de aprendizagem e competências
Os principais objetivos de aprendizagem competências
Como principais resultados de aprendizagem, espera-se que os estudantes adquiram os conhecimentos e desenvolvam a capacidade de:
1. Demonstrar possuir um conhecimento detalhado dos alvos farmacológicos e dos fármacos de referência;
2. Sejam capazes de avaliar criticamente o estado da arte em cada uma das áreas fisiopatológicas e farmacológicas abordadas;
3. Conheçam as condicionantes presentes no acesso e no uso dos fármacos de referência;
4. Demonstrem ter um profundo conhecimento do avanço recente da investigação em cada uma das áreas e sejam capazes de reunir informação relevante e de a transmitir de forma escrita e oral;
5. Desenvolvam dinâmicas de trabalho inter-grupos e intragrupo e demonstrem capacidade e desenvoltura para comunicar e discutir o conhecimento farmacológico através de diferentes formas de comunicação e perante diversos públicos.
Contribuição dos resultados de aprendizagem para os objetivos do MICF
Contribuição para o Ato Farmacêutico
a) Interpretar e avaliar prescrição médicas;
b) Informação e consulta sobre medicamentos de uso humano e veterinário, dispositivos médicos, sujeitos e não sujeitos a prescrição médica, junto de profissionais de saúde e de doentes, de modo a promover a sua correta utilização;
c) Monitorização de fármacos, incluindo a determinação de parâmetros farmacocinéticos e o estabelecimento de esquemas posológicos individualizados;
d) Execução, interpretação e validação de análises biológicas.
Contribuição para o Quadro 2 da Diretiva 2005/36/EC
(e) conhecimento adequado do metabolismo e dos efeitos dos medicamentos, da ação das substâncias tóxicas e da utilização dos medicamentos;
(f) conhecimento adequado para avaliar dados científicos sobre medicamentos, a fim de ser capaz de fornecer informações adequadas com base nesses conhecimentos.
Contribuição para as competências definidas no documento “FIP Global Competency Framework”:
1.1 Resposta de emergência
1.1.1 Participar na resposta a emergências da saúde pública
1.2 Promoção da saúde
1.2.2 Aconselhamento na promoção da saúde, controlo e prevenção de doenças e estilos de vida saudáveis
1.3 Aconselhamento e Informação sobre Medicamentos
1.3.1 Aconselhamento do paciente/população no uso seguro e racional dos medicamentos (incluindo na seleção, uso, contraindicações, armazenamento, e efeitos adversos de medicamentos com ou sem necessidade de prescrição)
2.6 Diagnóstico e aconselhamento do paciente
2.6.4 Avaliar, validar e produzir informação de educação para a saúde, aconselhamento na medicação e cuidados de saúde
2.6.5 Discutir e acordar com os pacientes no uso apropriado dos medicamentos, tendo em conta as suas preferências
4.1 Competências de comunicação
4.1.2 Comunicar de modo efetivo com profissionais de saúde e com familiares dos pacientes
4.1.3 Ajustar a comunicação às necessidades do paciente
4.1.4 Competências de comunicação apropriadas, incluindo através de plataformas eletrónicas e digitais
4.3 Competências digitais
4.3.1 Identificar, gerir, organizar, armazenar e partilhar informação digital
4.3.2 Análise crítica, avaliação e interpretação de informação digital e das suas fontes
4.3.3 Quando aplicável, participar em serviços de saúde digitais, promover a saúde com tecnologias digitais
4.8 Garantia de qualidade e investigação no local de trabalho
4.8.1 Aplicação dos resultados da investigação e aplicação na análise dos riscos/benefícios (exemplo investigação pré-clínica, clínica, trials, dados experimentais e avaliação de risco)
Modo de trabalho
Presencial
Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)
Os estudantes devem ter conhecimentos sobre fisiologia e sobre os mecanismos gerais de ação dos fármacos e o seu ciclo geral no organismo.
Programa
AULAS TEÓRICAS
- Quimioterapia das doenças neoplásicas
- Cancro: caracterização das doenças oncológicas.
- Teorias da carcinogénese (genética, epigenética e metabólica).
- Racional da abordagem farmacológica de acordo com cada uma das teorias da carcinogénese.
- Aspetos gerais da quimioterapia antineoplásica.
- Medicamentos antineoplásicos citotóxicos, hormonas e anti hormonas e imunomoduladores.
- Guidelines usadas na terapia do cancro: análise das guidelines usadas para o tratamento das formas de cancro mais comuns.
- Evidência científica e fármacos mais implicados em drug repurposing em oncologia.
- Quimioterapia das doenças infeciosas. Guidelines usadas no tratamento de:
- Infeções do sistema nervoso central
- Infeções do trato respiratório
- Infeções do sistema cardiovascular
- Infeções do trato genitourinário
- Outras infeções de tratamento hospitalar
- Doenças infeciosas com protocolos de tratamento definidos:
- Tuberculose
- Infeção por VIH/SIDA
- Hepatite C
- Fisiopatologia e tratamento de perturbações gastrointestinais mais frequentes:
- Gastrite / Úlcera péptica
- Doença de refluxo gastroesofágico
- Diarreia
- Obstipação
- Fisiopatologia e tratamento de afeções dermatológicas e alérgicas sazonais mais frequentes:
- Dermatites
- Acne
- Psoríase
- Onicomicose
- Rinite alérgica
Bibliografia Obrigatória
Marie A. Chisholm-Burns et al.; Pharmacotherapy Principles & Practice, McGrawHill, 2019. ISBN: 978-1-260-01944-5
Joseph T. DiPiro;
Pharmacotherapy. ISBN: 0-07-136361-0
Serafim Correia Pinto Guimarães;
Terapêutica medicamentosa e suas bases farmacológicas. ISBN: 978-972-0-01794-9
Bibliografia Complementar
Jameson, J. Larry ; Harrison's Principles of Internal Medicine 20th Ed., MacGraw-Hill, 2018. ISBN: 978-1-259-64403-0
Observações Bibliográficas
Será facultada bibliografia adequada para cada capítulo através da plataforma Moodle.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
As aulas serão lecionadas pelos docentes da UC. Ocasionalmente poderão ser lecionadas por convidados cuja área de especialização seja considerada pelo regente uma mais-valia.
AULAS TEÓRICAS
- A aulas são ministradas com recurso a um sistema de apresentação de diapositivos Power/Point via Data-Show e/ou recurso a ferramentas que permitam a disponibilizaçãp das aulas gravadas caso necessário.
- As metodologias de ensino adotadas no ensino teórico baseiam-se na apresentação do estado da arte sob o ponto de vista fisiopatológico e farmacoterapêutico de cada tema, procurando-se que, com estes enquadramentos, se auxiliem os estudantes a atingir, com sucesso, os objetivos de aprendizagem.
AULAS PRÁTICAS
- O ensino laboratorial funcionará como complemento da formação teórica. Nas aulas práticas/laboratorias os estudantes irão desenvolver capacidades para aplicar o conhecimento teórico na resolução de casos clinicos e/ou trabalhos de pesquiza e a sua apresentação e discussão.
- Com esta abordagem pretende-se que o estudante aprenda a selecionar de forma criteriosa e rigorosa a informação de que necessitam através da consulta de diversas fontes de informação fidedignas.
- Pretende-se que os estudantes conheçam os aspetos gerais que condicionam o uso dos principais fármacos de cada grupo, as limitações terapêuticas de cada grupo farmacoterapêutico, e desenvolvam as qualidades de comunicação que lhe permita interagir de forma sólida com outros profissionais de saúde, em temas relacionados com o uso de medicamentos e com os doentes, na sua vida profissional futura.
PLATAFORMA DE E-LEARNING
- Neste âmbito do projeto eLeraning@UP é organizada uma página da UC na plataforma Moodle onde são disponibilizados os conteúdos pedagógicos e as ferramentas de comunicação essenciais para o processo de aprendizagem.
- Nesta página encontram-se não só os conteúdos em formato pdf de todos os diapositivos das aulas, como artigos cientificos, bibliografia complementar, cronogramas das aulas e links de interesse no âmbito da UC.
- A comunicação com os estudantes é facilitada pela ferramenta dos avisos da plataforma Moodle e pelo e-mail.
- Serão também criados fóruns de discussão sobre os trabalhos propostos para resolução pelos estudantes, permitindo desta forma a partilha de conhecimento e o esclarecimento de dúvidas.
Palavras Chave
Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas
Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas > Farmácia
Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas > Farmacologia clínica
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Apresentação/discussão de um trabalho científico |
30,00 |
Teste |
70,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Estudo autónomo |
120,00 |
Frequência das aulas |
30,00 |
Trabalho laboratorial |
30,00 |
Total: |
180,00 |
Obtenção de frequência
Assiduidade: A assistência dos estudantes às aulas teóricas não é obrigatória. A assistência dos estudantes às aulas laboratoriais é obrigatória sendo considerados sem frequência os estudantes cuja assistência seja inferior a 3/4 das aulas efetivamente lecionadas, desde que estas representem mais de 50% das aulas previstas.
Frequência: a frequência é válida para o ano letivo corrente e para os 2 anos seguintes. Para o ano letivo corrente de 2022/2023, consideram-se válidas as frequencias obtidas nos anos letivos de 2020/2021 e 2021/2022.
Fórmula de cálculo da classificação final
A avaliação englobará todas as matérias lecionadas nas aulas teóricas e práticas/laboratoriais.
A avaliação da componente teórica será realizada de forma distribuída em 2 eventos de avaliação (frequências) de acordo com o calendário oficial de avaliação. Consistirá de um questionário com perguntas de escolha múltipla e/ou resposta curta/desenvolvimento.
Cada frequência tem a cotação máxima de 7 valores.
Caso não existam limitações tecnológicas ou logísticas, o exame final será efetuado em computador, através da plataforma Moodle.
A classificação da componente laboratorial basear-se-á na avaliação da resolução, apresentação e discussão de apresentação de casos clínicos e/ou trabalhos de grupo sobre os temas propostos âmbito do programa da UC.
A cotação cotação máxima total é de 6 valores.
Na avaliação desta componente será valorizada:
(i) o domínio revelado na gestão da informação do tema em causa;
(ii) a eficácia da comunicação aos seus pares;
(iii) o nível de conhecimento do tema e na ligação da investigação fundamental ao uso clínico dos fármacos do grupo abordado.
Para obter aprovação à UC é exigido um mínimo de 6,5 valores na avaliação da componente teórica (cotação de 14) obtida através do do somatório das classificações obtidas nas 2 frequências realizadas.
A classificação final dos estudante corresponde ao somatório das classificações obtidas nas 2 frequências realizadas, e a classificação obtida através da avalição da componente laboratorial.Avaliação especial (TE, DA, ...)
Os estudantes com estatuto de trabalhador-estudante ou ERASMUS, poderão dispensar a componente de Avaliação Laboratorial.
Neste caso terão que efetuar apenas um exame final que terá a cotação máxima de 20 valores ou as 2 frequências (nas datas previstas) cada uma com a cotação máxima de 10 valores.
Se optarem por fazer 2 frequências, cada uma incidirá sobre as matérias lecionadas nas aulas práticas e teóricas lecionadas até à data.
Se optarem por fazer um exame final este incidirá sobre todas as matérias lecionadas nas aulas práticas e teóricas.
A data de realização do exame final será a mesma prevista para a época normal e recurso previstas no calendário académico.
Os estudantes deverão comunicar ao regente da disciplina a sua decisão no início do semestre.
Os estudantes ERASMUS que dispensarem a Avaliação Laboratorial terão que ter frequência às aulas laboratoriais.
Melhoria de classificação
As 2 frequências efetuadas substituem o exame da Época Normal.
Na Época de Recurso os estudantes podem apenas melhorar a classificação da componente teórica.
A melhoria da componente laboratorial só pode ser efetuada por nova frequência da UC.
Observações
Estudantes de MobilidadePara além dos que possam rapidamente desenvolver competencias de compreensão da Lingua Portuguesa, aceitam-se estudantes de mobilidade com fluência em Inglês.
A UC é lecionada em português, no entanto a bibliografia é em Inglês e os docentes disponibilizam apoio em Inglês.
Para além disso os estudantes de mobilidade podem solicitar, e serão atentendidos no seu pedido, a avaliação em Inglês.