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Fisiopatologia e Farmacoterapia I

Código: MI074236     Sigla: FPFTE1

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Ciências da Saúde

Ocorrência: 2022/2023 - 2S Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Laboratório de Farmacologia
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MICF 188 MICF - Plano Oficial 4 - 6 52 162

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students

Objetivos

A UC de Fisiopatologia e Farmacoterapia I está integrada numa sequência de UCs onde constam a Farmacologia I e II e a Fisiopatologia e Farmacoterapia II. Este conjunto de UCs pretendem ser um dos pilares da formação em Ciências Farmacêuticas da FFUP já que se orientam para o reforço do conhecimento dos efeitos dos medicamentos no contexto da doença e do doente.  No seu conjunto, estas UCs têm como objetivo geral ajudar o estudante a:

  1. Compreender o modo de atuação dos fármacos no Homem;

  2. Compreender os fatores que condicionam a permanência dos fármacos no organismo e a conhecer os métodos que permitem calcular as doses e ajustar os regimes posológicos para garantir a manutenção das concentrações adequadas para se obterem os efeitos terapêuticos desejados;

  3. Compreender a ocorrência de reações adversas e explicar as que decorrem de respostas farmacodinâmicas previsíveis;

  4. Compreender a variabilidade interindividual na resposta aos fármacos em funções de fatores genéticos e não genéticos.

  5. Conhecer os alvos farmacológicos mais explorados para fins terapêuticos, os fármacos mais representativos de cada grupo e os contextos em que são usados clinicamente.

  6. Compreender os aspectos gerais das patologias que constituem as indicações principais de cada grupo de fármacos. 

  7. Localizar informação relevante de novos fármacos, seus mecanismos de ação e alvos farmacológicos onde atuam.


 
Ao considerar o FIP Global Competency Framework v2, a Fisiopatologia e Farmacoterapia I contribui para todas as competências incluídas no cluster de competências de Assistência Farmacêutica, nomeadamente: 2.1 Avaliação de medicamentos, 2.2 Dispensação, 2.4 Medicamentos, 2.5 Monitorar terapia de medicamentos, 2.6 Consulta e diagnóstico de pacientes, bem como competências de outros clusters como 1.3 Medicamentos informações e conselhos, e permite aos alunos uma colaboração interprofissional mais eficaz e aumenta suas habilidades de comunicação.

O ensino teórico será utilizado para apresentações genéricas de cada um dos temas, procurando-se dar aos estudantes uma visão global de cada capítulo que os prepare para uma aprendizagem autónoma e para uma atualização contínua ao longo da sua vida profissional.


Assim, em cada capítulo serão selecionados os pontos chave que ajudem o estudante a:



  1. Perceber os fundamentos farmacodinâmicos decorrentes da atuação em cada alvo;

  2. Conhecer os principais efeitos farmacológicos resultantes dessa atuação, independentemente de serem explorados para fins terapêuticos ou poderem ser enquadrados como reações adversas face às indicações terapêuticas presentes;

  3. Conhecer o contexto histórico da sua descoberta

  4. Compreender a doença e os objetivos terapêuticos das diversas intervenções farmacológicas.

  5. Conhecer os fármacos de referência de cada classe e as limitações farmacodinâmicas e farmacocinéticas que condicionaram e/ou condicionarão o aparecimento de novos fármacos no grupo;

  6. Conhecer as indicações terapêuticas presentes e perspetivas futuras de novos fármacos ou de novas indicações.


Neste contexto, a unidade curricular de Fisiopatologia e Farmacoterapia I tem como objetivos específicos, auxiliar o estudante a conseguir um conhecimento farmacológico e farmacoterapêutico consistente e crítico, adequado à graduação em Ciências Farmacêuticas nas áreas da imunofarmacologia; a conhecer os principais grupos de fármacos utilizados nas áreas abordadas, os seus mecanismos de ação e reacões adversas bem como particularidades sobre a sua utilização clínica.

Resultados de aprendizagem e competências

Como objetivos de aprendizagem, espera-se que, ao completar esta unidade curricular, os estudantes:
a) Demonstrem possuir um conhecimento detalhado dos alvos farmacológicos e dos fármacos de referência;
b) Sejam capazes de avaliar criticamente a informação histórica e o estado da arte em cada uma das áreas farmacológicas abordadas;
c) Conheçam as condicionantes presentes no acesso e no uso dos fármacos de referência.
d) Demonstrem ter um profundo conhecimento do avanço recente da investigação em cada uma das áreas e sejam capazes de reunir informação relevante e de a transmitir de forma escrita e oral;
e) Desenvolvam dinâmicas de trabalho inter-grupos e intragrupo e demonstrem capacidade e desenvoltura para comunicar e discutir o conhecimento farmacológico através de diferentes formas de comunicação e perante diversos públicos.

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Os estudantes devem ter conhecimentos sobre fisiologia humana bem como sobre os mecanismos gerais de ação dos fármacos e o seu ciclo geral no organismo.

Programa


AULAS TEÓRICAS
1.     INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS
1.1 Pratica baseada na evidencia

1.1.1. Conceito de evidencia
1.1.2. Revisão sistemática
1.1.2.1 Avaliação de qualidade dos estudos primários
1.1.2.2 Métodos de síntese de evidencia qualitativa
1.1.3. Meta-análises
1.1.3.1. Medidas de efeito
1.1.3.2. Avaliação das meta-analises
1.1.3.3. evidencia indireta (NMA)
1.2. Guias de prática clínica
1.2.1. Recomendações
1.2.1.1 Força da evidencia
1.2.1.2 Graduando as recomendações (GRADE)


 
2.      IMUNOFARMACOLOGIA
2.1.  Contexto celular e molecular da intervenção farmacológica em imunofarmacologia.
2.2.  Aspetos gerais sobre os mecanismos de defesa do hospedeiro.
2.2.1. Padrões moleculares de reconhecimento de patogénicos
2.2.2. Padrões moleculares de reconhecimento do perigo
2.2.3. Recetores de perigo
2.2.3.1. Recetores de membrana
2.2.3.2.Recetores solúveis
2.2.3.2.1. Sistema do complemento.
2.2.3.2.1.1.Formas de ativação
2.2.3.2.1.2.Patologias associadas a disfunções do complemento
2.2.3.2.1.3. Modos de intervenção farmacológica. Fármacos de referência.
2.3.  Inflamação
2.4.  Fases da inflamação: indução e resolução da inflamação.
2.4.1.  As principais células inflamatórias. Noção de fenótipo e alterações funcionais associadas a mudanças de fenótipo.
2.5.  Mastócitos
2.5.1. Papel dos mastócitos na deteção de estímulos pró-inflamatórios
2.5.2.Tipos de estímulos ativadores dos mastócitos
2.5.3.Mensageiros libertados pelos mastócitos
2.5.4.Mastocitose e outras patologias associadas à desgranulação dos mastócitos
2.5.5. Fármacos inibidores da desgranulação dos mastócitos
2.5.6.Outros modos de intervenção farmacológica sobre os mastócitos
2.5.6.1. Fármacos inovadores
2.5.6.2. Fármacos redirecionados com efeitos sobre os mastócitos
2.6.  Histamina: seu papel como mensageiro inflamatório e na hipersensibilidade
2.6.1. Mecanismo de síntese e de ação da histamina.
2.6.1.1. Tipos de recetores da histamina e fármacos mais representativos
2.6.1.1.1. Antagonistas H1: tipos e características diferenciais das duas subclasses de fármacos.
2.6.1.1.1.1. Indicações terapêuticas para antagonistas/bloqueadores H1
2.6.1.1.2. Antagonistas H2
2.6.1.1.3. Antagonistas/agonistas inversos H3
2.6.1.1.4. Antagonistas H4.
2.7.  Anti-inflamatórios não esteroides
2.7.1.    Vias de síntese dos eicosanoides
2.7.1.1. Via da COX
2.7.1.1.1. Principais prostanoides, recetores e efeitos que medeiam
2.7.1.1.2.   Inibidores da síntese de prostanoides: principais classes e características diferenciadoras
2.7.1.1.2.1. Formas de inibição da COX
2.7.1.1.2.2. Seletividade para a COX2
2.7.1.1.2.3. Outros alvos que contribuem para o efeito anti-inflamatório
2.7.1.1.2.4. Efeitos analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios
2.7.1.1.2.5.  Outros efeitos dos anti-inflamatórios não esteroides
2.7.1.2.Via da lipoxigenase
2.7.1.2.1. Principais classes de leucotrienos, recetores e efeitos que medeiam
2.7.1.2.2. Formas de intervenção farmacológica sobre a via dos leucotrienos
2.7.1.2.3. Indicações clínicas para os fármacos que interferem sobre a síntese de leucotrienos.
2.8.  Outros mensageiros derivados de lípidos com interferência na inflamação.
3.     Resolução da inflamação
3.1.  Papel das prostaglandinas na resolução da inflamação
3.2.  Mensageiros resolventes derivados do ácido araquidónico e de outros ácidos gordos insaturados de cadeia longa
3.3.  Glucocorticoides
3.3.1.    Síntese, distribuição e ação dos glucocorticoides endógenos.
3.3.2. Mecanismo de ação dos glucocorticoides na resolução da inflamação
3.3.3. Alterações metabólicas associadas aos glucocorticoides.
3.3.4. Formas de intervenção farmacológica
3.3.4.1.Análogos dos glucocorticoides usados na farmacoterapia
3.3.4.2.Características diferenciais
3.3.4.3. Principais regras para um uso eficaz e seguro dos glucocorticoides como anti-inflamatórios.
4. Fármacos modificadores da evolução da doença
4.1. Fármacos biológicos
4.1.1. Introdução aos fármacos biológicos
4.1.2. Mecanismo de ação e perfil de eficácia e segurança de fármacos biológicos mais comuns usados em doenças inflamatórias.
4.1.3. Fármacos anti-IL2
4.1.4. Fármacos anti-IL-6
4.1.5. Fármacos anti-TNF
4.1.6. Outros fármacos de uso mais dirigido a doenças inflamatórias específicas.
4.2.  Fármacos inibidores da via JAK/STAT
4.3.  Fármacos modificadores da evolução da doença não biológicos e não dirigidos
4.3.1.    Classes de fármacos e mecanismos gerais de ação
4.3.2.    Perfil farmacoterapêutico de fármacos representativos
4.3.2.1. Metotrexato
4.3.2.2. Leflunomida
4.3.2.3. Hidroxicloroquina
4.3.2.4. Azatioprina
4.3.2.5. Sulfasalazina
5.     Os imunofármacos em contextos específicos: integração das opções apresentadas no curso nas guidelines de tratamento para algumas doenças inflamatórias representativas
5.1.  Artrite reumatoide
5.2.  Asma e outras doenças inflamatórias
5.3.  Doenças inflamatórias intestinais
5.4.  Lupus
5.5   Doenças inflamatórias cardiovasculares
 

Bibliografia Obrigatória

Carol Mattson Porth; Pathophysiology. ISBN: 0-397-54723-4
Joseph T. DiPiro; Pharmacotherapy. ISBN: 0-07-136361-0
Serafim Correia Pinto Guimarães; Terapêutica medicamentosa e suas bases farmacológicas. ISBN: 972-0-06029-8
Alfred Gilman; Goodman and Gilmans. the pharmacological basis of therapeutics. ISBN: 0-02-344710-9

Observações Bibliográficas

Será facultada bibliografia adequada para cada capítulo através da plataforma Moodle.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

As metodologias de ensino adotadas no ensino teórico baseiam-se em exposições gerais por docentes, com a apresentação do estado da arte em cada um dos capítulos da farmacologia e da farmacoterapia abordados, procurando-se que, com estes enquadramentos, se auxiliem os estudantes a atingir, com sucesso, os objetivos de aprendizagem.
As aulas teóricas servirão para a apresentação geral dos conceitos, remetendo os estudantes para trabalho autónomo de aprofundamento de cada tema, com base em artigos científicos disponibilizados para o efeito.

O ensino laboratorial funcionará como complemento da formação teórica, pretendendo-se que o estudante selecione de forma criteriosa e rigorosa as diversas fontes de informação fidedignas,  conheça os aspectos gerais que condicionam o uso dos principais farmacos de cada grupo, as limitações terapêuticas de cada grupo farmacoterapêutico, e desenvolva as qualidades de comunicação que lhe permita interagir de forma sólida com outros profissionais de saúde em temas relacionados com o uso de medicamentos.
Pretende-se que o ensino laboratorial prepare os estudantes para responder a situações em mundo real de forma autónoma, com a apresentação de casos clínicos sobre patologias/grupos de fármacos abordados nesta UC.

Palavras Chave

Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas
Ciências da Saúde > Ciências Médicas > Medicina > Imunologia
Ciências da Saúde > Ciências Médicas > Medicina > Oncologia
Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas > Farmácia
Ciências da Saúde > Ciências Médicas > Medicina > Reumatologia

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Teste 70,00
Trabalho escrito 15,00
Trabalho prático ou de projeto 15,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo 120,00
Frequência das aulas 30,00
Trabalho laboratorial 30,00
Total: 180,00

Obtenção de frequência

A assistência dos estudantes às aulas laboratoriais é obrigatória sendo considerados sem frequência os estudantes cuja assistência seja inferior a 3/4 das aulas efetivamente lecionadas, desde que estas representem mais de 50% das aulas previstas. A assistência dos estudantes às aulas teóricas não é obrigatória.

Fórmula de cálculo da classificação final

A avaliação englobará todas as matérias lecionadas nas aulas teóricas e práticas/laboratoriais.
 

Consiste no somatório da avaliação à componente laboratorial (cotação máxima de 6 valores) com a nota da participação presencial e a da componente teórica  (cotação máxima de 14 valores).
A avaliação da componente laboratorial consitirá na avaliação de trabalhos apresentados em cada aula laboratorial por cada grupo de estudantes e da respetiva discussão. Será valorizada nesta componente (i) o domínio revelado na gestão da informação do tema em causa; (ii) a eficácia da comunicação aos seus pares e (iii) o nível de conhecimento do tema e na ligação da investigação fundamental ao uso clínico dos fármacos do grupo abordado.
A avaliação da componente teórica será realizada de forma distribuida em dois eventos de avaliação (frequências) de acordo com o calendário oficial de avaliação. Consistirá de um questionário com perguntas de escolha múltipla e/ou resposta curta/desenvolvimento. Caso não existam limitações tecnológicas ou logísticas, o exame final será efetuado em computador, através da plataforma Moodle.

Para a aprovação na UC é exigido um mínimo de 6,5 valores na componente teórica (cotação de 0 a 14).

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os estudantes com estatuto de trabalhador-estudante ou ERASMUS, poderão dispensar a componente de avaliação laboratorial. Neste caso terão que efetuar apenas um exame final que englobará todas as matérias lecionadas nas aulas teóricas e laboratoriais, e que terá a cotação de 20 valores. A data de realização deste exame final será a mesma prevista para a segunda frequência dos estudantes ordinários.

Os estudantes deverão comunicar ao regente da disciplina a sua decisão no início do semestre. 
Os estudantes ERASMUS que dispensarem a avaliação laboratorial terão que ter frequência às aulas laboratoriais.

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