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Química Farmacêutica I

Código: MI072220     Sigla: QFARM1

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Ciências Físicas

Ocorrência: 2022/2023 - 2S Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Laboratório de Química Orgânica e Farmacêutica
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MICF 217 MICF - Plano Oficial 2 - 6 78 162

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Nesta UC pretende-se que os estudantes adquiram os princípios gerais em química farmacêutica e medicinal e contatem com as fontes, metodologias e estratégias usadas para obtenção de novos fármacos e assim sejam capazes de propor modificações moleculares, interpretar a relação estrutura-atividade (REA), metabolismo e mecanismos de ação a nível molecular para diversos grupos de fármacos.

Com este objetivo pretende-se que os estudantes:

* usem uma terminologia apropriada para explicar os conceitos químicos, farmacológicos e terapêuticos básicos;

* adquiram, compreendam, apliquem e analisem informações sobre a estrutura química de fármacos e a relação com as aplicações terapêuticas, como ferramenta para a descoberta de novos fármacos;

* selecionem um candidato a fármaco adequado com base no conhecimento das propriedades químicas, físicas de uma molécula;

* apliquem o conhecimento de características estruturais para prever mecanismos, efeitos adversos, metabolismo, solubilidade, características ácido/base, potenciais interações medicamentosas e efeitos terapêuticos de potenciais fármacos.

* ter uma perceção dos métodos computacionais

* entender a gestão da propriedade intelectual

* entender a análise Farmacêutica na descoberta, desenvolvimento e produção de medicamentos e matérias-primas; no controlo de qualidade de medicamentos e matérias-primas; na monitorização de fármacos.

Devem adquirir uma visão geral do processo de desenvolvimento de fármacos do ponto de vista industrial e sobre ensaios clínicos e segurança.

Mais particularmente, a nível das classes terapêuticas abordadas, os estudantes devem ser capazes de:

* adquirir uma panorâmica da química farmacêutica e medicinal dos fármacos quimioterápicos;

* identificar a classificação química e/ou farmacológica a que um fármaco pertence com base no farmacóforo;

* prever aplicações terapêuticas para fármacos individuais com base no conhecimento da classificação química e/ou farmacológica e com base na relação estrutura-atividade (REA) e as características estruturais responsáveis pela interação a alvos biológicos;

* selecionar dentro de uma classe química e/ou farmacológica um composto-líder com base em características estruturais que afetam a absorção, a distribuição, o metabolismo e a excreção;  
As aplicações terapêuticas deverão ser orientadas para as atividades previstas no Ato Farmacêutico.

 A nível de estudos de caso de compostos bioativos em investigação, os estudantes deverão ser capazes de, em contexto de investigação, saber aplicar os conhecimentos adquiridos e a sua capacidade de compreensão, assim como de resolução de problemas, em situações novas e não familiares, a contextos alargados e multidisciplinares.

Com aulas de aplicação de conceitos, os estudantes terão oportunidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas ou multidisciplinares, desenvolver soluções e serem capazes de comunicar as suas conclusões, assim como os conhecimentos e raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas, de uma forma clara e sem ambiguidades.

Na componente laboratorial é pretendido que adquiram competências em técnicas comuns usadas nos laboratórios de química farmacêutica e medicinal e relacionadas com as temáticas abordadas nas aulas teóricas. Mais se pretende que os estudantes adquiram uma base experimental de interpretação de conceitos teóricos nomeadamente reconhecimento molecular e fatores que influenciam a atividade de fármacos (pH, log P, quiralidade); assim como adquiram conhecimentos sobre metodologias utilizadas na síntese e análise de fármacos (farmacopeica) tendo em conta uma coordenação programática com a matéria das aulas teóricas.

Resultados de aprendizagem e competências

No final da UC, os estudantes deverão possuir uma compreensão alargada, aprofundada e integrada de todo o circuito que envolve a descoberta de fármacos, o seu planeamento e desenvolvimento. É também objetivo da UC promover e desenvolver o espírito crítico, o trabalho laboratorial em equipa e a autonomia. No final da UC, os formandos deverão ser capazes de comunicar facilmente as suas ideias, colaborar e trabalhar em equipa e serem capazes de resolver problemas recorrendo ao método científico e investigacional.

O programa teórico da UC pode divide-se em 3 partes: uma primeira onde se apresentam os princípios gerais em química farmacêutica e medicinal, uma segunda de apresentação de  classes terapêuticas e de compostos bioativos em investigação e uma terceira de aplicação de conceitos. Na primeira parte, a compreensão da interação com os alvos moleculares e das propriedades físico-químicas ajuda a compreender os mecanismos de ação a nível molecular para diversos grupos de fármacos e comportamentos ADMET bem como da fase de desenvolvimento industrial e proteção intelectual. O estudo das principais metodologias em produtos naturais e em síntese permite compreender a descoberta de novos fármacos e as estratégias utilizadas na otimização de um composto-líder. Com os conhecimentos adquiridos sobre modulação molecular, farmacocinética e metabólica, os estudantes serão capazes de propor modificações moleculares, interpretar a relação estrutura-atividade e o metabolismo para diversos grupos de fármacos, atingindo deste modo os objetivos principais pretendidos nesta UC.

Numa segunda parte, com a apresentação das classes terapêuticas, os estudantes serão capazes de aplicar os conhecimentos adquiridos e a sua capacidade de compreensão em contextos alargados e multidisciplinares.

Numa terceira parte, realizada em momentos distintos do programa teórico, os estudantes são expostos a questões que permitem articular o seu entendimento das matérias ministradas. Neste processo é possível ao professor avaliar o grau de compreensão da matéria ministrada e permite ao estudante reter a informação mais relevante, articular conteúdos programáticos, melhorar competências relacionadas com comunicação, para expressar ideias ou conceitos.

O programa laboratorial aborda temáticas relacionadas com o programa teórico e permite o contato com metodologias in silico e técnicas comuns usadas nos laboratórios de química farmacêutica e medicinal.

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Pressupõe-se os conhecimentos básicos de Química Orgânica I, Química Orgânica II, Bioquímica e Métodos Instrumentais de Análise.

Programa

 TEÓRICO:
1. Introdução à química farmacêutica e medicinal no processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos

  1. Reconhecimento molecular

2.1. Alvos moleculares para a ação de fármacos

2.2. Interações químicas envolvidas no reconhecimento molecular

2.3. Noção e aplicações de reconhecimento molecular artificial

 

  1. Propriedades que afetam a atividade de fármacos

3.1. Noções de farmacocinética e influência da fase farmacêutica

3.2. Influência das propriedades coeficiente de partilha, coeficiente de ionização, coeficiente de distribuição, e da estereoquímica (isomeria conformacional, isomeria geométrica e quiralidade) na atividade dos fármacos

3.3. Conceito de drug-likness

 

  1. Metabolismo como área interdisciplinar

 

  1. Descoberta e desenvolvimento de novos fármacos

5.1. Fontes

5.1.1. Produtos naturais: vegetal, marinha, bactérias e fungos, venenos e toxinas de origem animal

5.1.2. Síntese: estratégias (TOS, DOS, FOS, SOS) e metodologias (síntese combinatória, síntese em fase sólida)

5.1.3. Outras fontes: ligandos e substratos endógenos; fármacos já existentes

5.2. Estratégias clássicas na descoberta de hits, compostos-líder e novos fármacos: serendipismo, rastreio, moléculas naturais como modelo, aproveitamento de efeitos secundários, melhoria de fármacos já existentes, rastreio de intermediários de síntese, metabolitos ativos de fase I do metabolismo

5.3. Design de fármacos assistido por computador

5.3.1. Noção de farmacóforo. Análise de Hansch. Estabelecimento da relação estrutura-atividade, QSAR

5.3.2. Estudo de dockingstructure-based design e ligand-based design

5.3.3. Estratégias atuais: de fragment-based design, PROTACs, eficiência do ligando, tempo de residência

 

  1. Química do hit-to-lead

6.1. Descoberta de fármacos baseada em análogos

6.1.1 Estratégias de simplificação, associação e replicação moduladora molecular

6.1.2. Critérios clássicos para modificação molecular: abertura e formação de anéis, introdução de ligações duplas, homologia, introdução de grupos volumosos, introdução/variação de substituintes em anéis aromáticos, estratégias de modificações moleculares isostéricas

6.2. Modulação metabólica: fármacos duros, fármacos suaves

6.3. Modulação farmacocinética: pró-fármacos, ante-fármacos

 

  1. Estruturas químicas, métodos de obtenção, mecanismos de ação, relação estrutura-atividade, metabolismo e aplicações dos seguintes grupos de fármacos:

 

-ANESTÉSICOS GERAIS Fármacos que atuam no sistema nervoso central Classes Características que afetam a permeação pela barreira hemato-encefálica. Anestésicos gerais: Efeitos terapêuticos. Perspetiva histórica. Anestésicos de Inalação: Aplicações e propriedades que afetam a eficácia. Anestésicos intravenosos: aplicações. Anestesia balanceada. Mecanismo de ação dos anestésicos gerais. Perspetivas futuras.

- ANESTÉSICOS LOCAIS
Aplicações (e associações) terapêuticas. Perspetiva histórica. Farmacóforo. Classificação Química. Ésteres e amidas. Mecanismo de ação a nível celular e molecular. Fatores/propriedades que afetam a potência, início e duração de ação dos anestésicos locais. Influência da estereoquímica na atividade. Toxicidade. Perspetivas futuras na investigação de novos anestésicos.

 

- HIPNÓTICOS, SEDATIVOS E ANSIOLÍTICOS

Perspetiva histórica Barbitúricos: aplicação terapêutica, classificação, relação estrutura atividade, metabolismo, mecanismo de ação.

 Benzodiazepinas: descoberta e desenvolvimento, relação estrutura atividade, farmacóforo clássico e a 3D, classificação segundo a caracterização de recetores. mecanismo de ação a nível molecular, influência do metabolismo e farmacocinética, aplicações terapêuticas. Outros ansiolíticos: azopironas e ciclopirrolonas. 

- ANTIPSICÓTICOS
Psicoses, Histórico e desenvolvimento dos agentes antipsicóticos. Diversos grupos: fenotiazinas, tioxantenos, butirofenonas, difenilbutilaminas e antipsicóticos atípicos. Farmacóforo neuroléptico e sua evolução, mecanismo de ação, relação estrutura-atividade e efeitos adversos. Avanços recentes.
 

- ANTIDEPRESSIVOS
Hipóteses de mecanismo de ação. Classificação dos antidepressivos. Inibidores da MAO-A: histórico e desenvolvimento; mecanismo de ação; inibidores irreversíveis e reversíveis; aplicação terapêutica e incompatibilidades. Agentes tricíclicos e tetracíclicos: evolução estrutural; classificação; influência da estereoquímica na atividade; mecanismo de ação; relação estrutura-atividade; características estruturais tridimensionais; metabolismo. Inibidores seletivos da recaptação da serotonina: Descoberta e evolução; mecanismo de ação; influência da quiralidade na atividade; modelo farmacofórico. Inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina.  Inibidores seletivos da recaptação da noradrenalina. Vários outros agentes antidepressivos "atípicos"; análogo da melatonina, fármacos multifuncionais. Escetamina na depressão resistente ao tratamento: grande avanço na terapêutica da depressão.

 
- PARKINSON E ALZHEIMER
Terapêuticas tradicionais e desenvolvimentos recentes

 

ANALGÉSICOS DE AÇÃO CENTRAL: Morfina- estrutura química, propriedades físico-químicas, estereoquímica, indicações terapêuticas, contra-indicações, efeitos laterais, efeitos de privação associados com a morfina e interações com outros fármacos. Metabolismo dos fármacos opióides. Estratégias de modificação molecular  no desenvolvimento de analogos da morfina como potenciais fármacos. Estudos de relação estrutura-atividade. Modelo de recetor opióide de Beckett e Casey (hipótese).  Farmacóforo opióide. Modificações moleculares em C-3, C-6, C-14 e modificações do grupo N-metilo na molécula da morfina. Extensão da molécula da morfina. Obtenção de análogos com atividade antagonista e agonista parcial. Simplificação molecular: morfinanos, benzomorfanos, arilpiperidinas, anilidopiperidinas e difenilpropilaminas: Rigidificação molecular: semissíntese de oripavinas.
-obtenção de compostos com atividade agonista, antagonista e agonista parcial. Recetores opóides e mecanismo de ação. Teoria de recetor opióide proposto por Snyder et al. Opiáceos endógenos: encefalinas, endorfinas e dinorfinas. Estudos de relação estrutura-atividade das encefalinas. Obtenção de análogos das encefalinas resistentes às enzimas peptidases. Sistemas de libertação de fármacos opióides no SNC. Analgésicos opióides na terapêutica.

 

- ANALGÉSICOS, ANTI-INFLAMATÓRIOS E ANTIPIRÉTICOS
Cascata do ácido araquidónico (leucotrienos, prostaglandinas e tromboxanos) Metabolismo do ácido araquidónico via cicloxigenase (COX) COX 1 e COX 2: estrutura e funções

ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDES (AINE): fenómeno da inflamação, alvos da cascata do ácido araquidónico associados aos processos inflamatórios: Fosfolipase A2, Lipoxigenase, cicloxigenase (COX1 e COX2): natureza e funções. Prostaglandinas (PG) como principais moduladores: natureza química, principais atividades, biogénese. Ácido araquidónico como substrato e modelo para AINE. Atuação dos anti-inflamatórios na prostaglandina H2 sintase –COX como alvo terapêutico preferencial; semelhanças e diferenças estruturais entre COX1 e COX2; local ativo da Fosfolipase A2 (sPLA2 IIA e cPLA2); cascata do ácido araquidónico – via da lipoxigenase. Vários grupos de AINE na terapêutica - estruturas, mecanismo de ação, relação estrutura-atividade, farmacóforo, derivados, metabolismo e aplicações terapêuticas:
Salicilatos e ácido acetilsalicílico – histórico e desenvolvimento; derivados do ácido salícilico por modificação molecular; pro-fármacos; metabolismo. Profenos - incluindo a influência da quiralidade na atividade; inversão quiral unidirecional. Ácidos arilacéticos, Fenamatos, Oxicamos (incluindo complexos de inclusão). Outros grupos de AINE: diclofenac, etodolac, ketorolac, nabumetona, sulfonamidas acídicas. Principais efeitos secundários dos grupos de AINE referidos anteriormente: efeitos no sistema gastrointestinal (diretos e sistémicos) e estratégias para minimizar ou evitar esses efeitos (co-terapêutica com anti-histamínicos H2, com inibidores da bomba de protões e com agentes biomiméticos de PG gastroprotetoras (misoprostol). AINE inibidores preferenciais/seletivos da COX2- estruturas, farmacóforo, mecanismo de ação e efeitos secundários. Tendências atuais na pesquisa de novos AINE, nomeadamente multitarget e NO-AINE. Acetaminofeno como antipirético e analgésico: mecanismo de ação e efeitos secundários. Outras aplicações terapêuticas de alguns AINE. Outros alvos primissores: Prostaglandina E2 sintase-1 Microssomal (mPGES)-1 e recetor prostaglandina E2 (PGE2) subtipo 4 (EP4) - antagonismo seletivo. 

- ESTERÓIDES E COMPOSTOS TERAPÊUTICOS RELACIONADOS:
- esteroides como estruturas privilegiadas; nomenclatura e estereoquímica de esteroides e relação da sua tridimensionalidade com as diferentes atividades biológicas descritas; Mecanismo geral de ação a nível molecular
-Corticosteróides - Glucocorticoides e mineralocorticoides: 
requisitos estruturais para as atividades biológicas; principais interações com o receptor corticosteróide. Glucocorticoides: Estratégias de modificação molecular nos agonistas glucocorticoides; glucocorticóides de ação tópica; atividade anti-inflamatória de glucocorticóides. Mineralocorticóides: aldosterona; agonistas e antagonistas, principais aplicações terapêuticas e modificações moleculares nos antagonistas mineralocorticóides. Antagonistas dos receptores mineralocorticóides como diuréticos e agentes para o tratamento da hipertensão e da nefropatia diabética.

- Hormonas sexuais masculinas: Esteroides androgénicos - testosterona como composto líder dos esteroides androgénicos; atividade androgénica e anabólica e principais aplicações na terapêutica; principais estratégias de modificação molecular de agonistas; relação estrutura-atividade anabólica/androgénica. Antiandrogénios: mecanismo de ação a nivel molecular.

 

- Hormonas sexuais femininas: Esteroides estrogénicos; estradiol como composto líder dos esteroides estrogénicos; recetor estrogénico. Agonistas estrogénicos por modificação molecular do estradiol. Estrogénios não esteroides: Sintéticos e naturais. Antiestrogénios: como indutores de ovulação e como antitumorais. Progestagénios: progesterona como composto líder dos progestagénios; agonistas progestagénicos por modificação molecular da progesterona e derivados do núcleo da testosterona. Antiprogestagénios: estruturas e aplicações terapêuticas. Anticoncetivos esteroides: anovulatórios e não anovulatórios.

 

- ANTI-HISTAMíNICOS Histamina e outros mensageiros autacóides: estrutura química e funções

Recetores histamínicos

Antagonistas dos recetores H1: Anti-histamínicos "clássicos" e "não clássicos"

Farmacóforos “clássico” e atual para anti-histamínicos H1

 

- LABORATORIAL

Execução, análise e interpretação dos fundamentos dos trabalhos laboratoriais:

Ibuprofeno racémico e S-ibuprofeno: análise por formação de derivados diasterioisoméricos.

Síntese e análise do ácido acetilsalicílico.

Identificação do Norgestrel e Etinilestradiol em drageias.

Doseamento do Norgestrel e Etinilestradiol em drageias.

Construção de um farmacóforo e virtual screening

Análise e interpretação dos fundamentos e metodologias dos trabalhos laboratoriais:
Análise Farmacopeica: Padrões biológicos e substâncias químicas de referência. Graus de pureza. Impurezas e ensaios limite.

Determinação de constantes hidrofóbicas de sulfonamidas por CCF em fase inversa.
Obtenção de complexos de inclusão de diazepam em a-, b- e g-ciclodextrinas (análise por IV).
Pro-fármaco Succinilsulfatiazol
Modelo químico de estudo da influência do pH na absorção da aspirina, paracetamol e difenidramina.

Pesquisa de Inibidores da acetilcolinesterase como Potenciais Anti-Alzheimer.

Diálise de corantes.

Bibliografia Obrigatória

British Pharmacopeia, British Pharmacopeia Commision, The Stationary Office, London, 2001
M.M. Pinto, H.M. Cidade; Obtenção de complexos de inclusão; Inclusion complex of Diazepam with Cyclodextrins in Solid Phase, Pratical Studies for Medicinal Chemistry, Exercise 1.8, Ed., CYTED, 2006
C.M. Corrêa; Latenciação do Sulfatiazol" Práticas de Química Farmaceutica y Medicinal, M.A.F.Prado e E.J.Barreiro,Ed., CYTED, 92-94, 2002
Barreiro Eliezer J.; Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. ISBN: 85-7307-782-4
United States Pharmacopeial Convention, Inc.; The United States pharmacopeia. ISBN: 1-889788-10-4
Carmén Avendano; Introduccion a la quimica farmacêutica, McGaw Hill-Interamerica de Espana, 2001
Martindale The Complete Drug Reference, 33Th Ed., Pharmaceutical Press, London, 2002
Silverman Richard B.; The^organic chemistry of drug design and drug action. ISBN: 0-12-643732-7
R.J.S. Hickman, J. Neill; Influence of pH on drug absorption from the gastrointestinal tract, J. Chem. Ed.,74 (7), 855-856, 1997
M.A.F. Prado; Determinação de constantes hidrofóbicas de substituintes de sulfonamidas por meio de cromatografia em camada delgada em fase reversa”, Prácticas de Química Farmacêutica y Medicinal do Sulfatiazol, Ed,. CYTED, 8-11, 2002
Nogrady Thomas; Medicinal chemistry: a biochemical approach. ISBN: 0-19-505369-9
Comissão da Farmacopeia Portuguesa; Farmacopeia portuguesa VIII. ISBN: 972-8425-67-8
Patrick Graham L.; An^introduction to medicinal chemistry. ISBN: 0 19 850533 7
Pinto Madalena M. M. 340; Manual de trabalhos laboratoriais de química orgânica e farmacêutica. ISBN: 978-972-757-750-7

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

O ensino desta UC implica:

-  uma componente magistral com aulas teóricas expositivas, recorrendo a apresentações em PowerPoint, filmes, estudos de caso de classes químicas/terapêuticas e de trabalhos investigacionais e utilização da aplicação Socrative® para elaborar questões rápidas e obter uma resposta imediata; os documentos de apoio às aulas são disponibilizados em plataforma e-learning;

- aulas de esclarecimento de dúvidas e aplicação de conceitos com a realização de exercícios formulados pelo professor;

- num trabalho prático os estudantes de Química Farmacêutica I acompanham os estudantes de Qúimica Orgânica II do 1º ano  num trabalho onde revisitam com mais maturidade os conhecimentos básicos essenciais para a compreensão da Química Farmacêutica. Os trabalhos resultantes são apresentados em contexto de aulas invertidas privilegiando a autonomia, o espírito crítico e a integração de competências digitais na educação;

- realização de trabalhos experimentais em computadores e no laboratório;

- avaliação distribuída dos conteúdos laboratoriais e teóricos.

 No caso de uma UC que pretenda demonstrar o percurso de descoberta e desenvolvimento de fármacos, relacionando as fontes, metodologias e estratégias à entidade química e também ao alvo molecular, as metodologias descritas e a apresentação de estudos de caso permitem atingir o  objetivos pretendidos.

- As tarefas laboratoriais (3 horas / semana) são realizadas individualmente, de acordo com um cronograma. A lógica de execução e os seus objetivos são previamente explicados nas aulas teóricas e de demonstração laboratorial.

- Os docentes estarão disponíveis para atendimento dos estudantes nas horas anunciadas no início do semestre e por marcação prévia e acordada em qualquer outra altura. 

Palavras Chave

Ciências Físicas > Química > Química orgânica
Ciências Físicas > Química > Química computacional
Ciências Naturais > Ciências biológicas > Biodiversidade
Ciências Físicas > Química > Química combinatória
Ciências Físicas > Química > Química aplicada > Química farmacêutica
Ciências da Saúde
Ciências da Saúde > Ciências farmacológicas
Ciências Físicas > Química > Bioquímica > Metabolismo

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Trabalho laboratorial 30,00
Teste 70,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Frequência das aulas 40,00
Trabalho laboratorial 20,00
Estudo autónomo 40,00
Total: 100,00

Obtenção de frequência


  1. A assistência às aulas teóricas não é obrigatória.

  2. Os estudantes com classificação da avaliação laboratorial distribuída inferior a 9,5 devem realizar um exame laboratorial final na época de recurso, em data indicada no calendário letivo. A prova laboratorial é eliminatória. 

  3. Os Estudantes que, por lei, estejam dispensados da presença nas aulas, deverão realizar exame laboratorial  na época de exames

  4. A classificação da componente laboratorial obtida em anos anteriores é mantida.

Fórmula de cálculo da classificação final

a) Os métodos de avaliação da disciplina seguem o previsto nas “Normas de Avaliação” em vigor na FFUP e consiste em dois componentes de avaliação:
 
- avaliação laboratorial, que será distribuída e contemplará a execução dos trabalhos laboratoriais e respetivos relatórios;
 
- avaliação teórica, que deverá ser efetuada pela realização de duas frequências sobre os assuntos tratados durante o semestre nas aulas teóricas.
 
b) Os estudantes terão que obter uma classificação mínima na média da soma das duas frequências/exame de recurso igual ou superior a 8,6 valores em 20.
  
c) Para obter aprovação, os estudantes devem obter uma classificação final mínima de 10 valores (somatório das duas componentes de avaliação).
  
d) Caso pretendam, os estudantes com avaliação contínua obtida em anos anteriores poderão abdicar da avaliação contínua (devem contactar o Responsável pela UC) e efetuar nova avaliação contínua laboratorial e/ou as duas frequências indicadas na alínea a).
  
- A avaliação laboratorial terá como fator de ponderação 30%.
- As duas frequências ou o exame teórico final de recurso terão como fator de ponderação 70%.

Provas e trabalhos especiais

 

 

 

Trabalho de estágio/projeto


não aplicavél

Avaliação especial (TE, DA, ...)

É realizada de acordo com as normas de avaliação da FFUP. Os estudantes que, por lei, estejam dispensados da presença nas aulas laboratoriais, deverão realizar um exame laboratorial em data indicada no calendário letivo. Este exame laboratorial é eliminatório. Estes estudantes deverão contactar com o Responsável pela Unidade Curricular.

 

Melhoria de classificação

Para melhoria da classificação os Estudantes terão de realizar exame laboratorial e/ou o exame escrito na época de recurso.

Observações

Estudantes de Mobilidade

Para além dos estudantes que possam rapidamente desenvolver competências de compreensão do Português (nomeadamente Espanhóis e Italianos), aceitam-se Estudantes de Mobilidade com fluência em Inglês. A UC é leccionada em Português, no entanto, os docentes disponibilizam bibliografia e apoio em inglês. Para além disso, os processos de avaliação dos Estudantes de Mobilidade são passíveis de ser, a seu pedido, em inglês.

Devido ao confinamento poderão ser feitas as seguintes alterações:
Não deverá haver alterações ao programa teórico nem ao laboratorial.
Métodos de Ensino e Atividades de aprendizagem: 

No cenário C, as aulas teóricas serão ministradas à distância via zoom colibri. No cenário B serão simultaneamente presenciais para um turno e ministradas à distância via zoom colibri para outro turno.
No Cenário B as turmas laboratoriais serão divididas em turnos e as aulas práticas-laboratoriais que se destinam à avaliação por pares serão à distância para o turno que não está presencialmente a ter as aulas laboratoriais.

No cenário C as aulas práticas-laboratoriais serão substituídas por mini-testes, filmes das aulas laboratoriais e por trabalhos virtuais realizados experimentalmente à distância.

Processo de avaliação e Fórmula de cálculo da classificação final
Será mantida a fórmula de cálculo. A avaliação laboratorial resultará da reunião da avaliação contínua das aulas presenciais e/ou dos mini-testes. 

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