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Virologia

Código: MI074237     Sigla: VIROLG

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Ciências da Saúde

Ocorrência: 2019/2020 - 2S Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Página Web: https://sigarra.up.pt/ffup/pt/ucurr_geral.ficha_uc_view?pv_ocorrencia_id=422301
Unidade Responsável: Laboratório de Microbiologia
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MICF 162 MICF - Plano Oficial 4 - 6 39 162

Língua de trabalho

Português

Objetivos

É objetivo da Unidade Curricular (UC) Virologia: i) estudar os vírus como entidades biológicas individuais e conhecer os mecanismos envolvidos na interação vírus-célula e vírus-hospedeiro; ii) conhecer os aspetos gerais da patogénese das infeções virais; iii) conhecer as várias famílias virais e os vírus responsáveis por infeção no homem; iv) estudar o poder patogénico destes vírus, os aspetos clínicos e epidemiológicos, as formas de tratamento, prevenção e controlo destas infeções; v) conhecer os princípios básicos do diagnóstico laboratorial das infeções virais.

 

 

Resultados de aprendizagem e competências

Depois de ter frequentado a Unidade Curricular de Virologia, o aluno deverá, como resultado de aprendizagem do ensino teórico:

  • Saber identificar os vírus com entidades biológicas individuais, diferenciá-los dos outros agentes infeciosos e valorizar a sua importância no contexto da Microbiologia e da  Saude Humana.
  • Conhecer a estrutura dos vírus e as funções dos diferentes constituintes da partícula viral.
  • Conhecer as diferentes etapas do ciclo replicativo viral e as estratégias de replicação dos vírus RNA e DNA
  • Conhecer os vários aspetos da patogénese das infeções virais.
  • Conhecer as várias famílias e respetivos vírus responsáveis por infeção no homem, assim como a patogénese, os aspetos clínicos e epidemiológicos dessas infeções, as formas de tratamento, prevenção e controlo.
  • Saber interligar os conhecimentos prendidos com os conceitos adquiridos em disciplinas afins, nomeadamente a biologia celular, a genética, a imunologia e até mesmo a química farmacêutica e a farmacologia (mecanismos de ação dos antivíricos e identificação de novas moléculas com ação antiviral).

Como resultado da aprendizagem do ensino prático o aluno deverá:

  • Conhecer os princípios básicos do diagnóstico laboratorial das infeções virais.
  • Conhecer a importância e a aplicabilidade das diferentes abordagens do diagnóstico viral.
  • Conhecer a aplicabilidade de tecnicas como a imunofluorescência e a imunocromatografia na deteção direta de virus e antigenios virais em amostras clinicas como forma de diagnóstico de certas infeções virais.
  • Saber realizar e desenhar um ensaio imunoenzimático aplicado à deteção de anticorpos (IgM e IgG )específicos virais e compreender a importância desta deteção no diagnóstico de determinadas infeções virais
  • Saber interpretar os dados laboratoriais referentes ao diagnóstico da infeção HIV/SIDA e conhecer a importância da sua monitorização ao longo da infeção.
  • Saber interpretar os marcadores serológicos referentes ao diagnóstico da infeção pelo vírus da hepatite B.
  • Comprender a importância da bioinformatica na virologia.

 

 

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Pressupõem-se conhecimentos básicos de Microbiologia Geral, Imunologia, Biologia Celular e Genética.

 

Programa

Ensino teórico

PARTE I – Virologia geral

  • Introdução ao mundo da Virologia
  • Estrutura dos vírus
  • A replicação viral e estratégias da replicação dos vírus RNA e DNA
  • Aspetos gerais da patogénese das infeções virais.

PARTE II - Estudo das várias famílias virais e vírus patogénicos para o homem

  • Família Ortomyxoviridae. Os vírus da gripe. Estrutura e replicação. A evolução do vírus da gripe A e o papel dos reservatórios animais. A emergência e o potencial pandémico do vírus da gripe A. As pandemias do século XX e XXI. A gripe sazonal e o impacto na saúde pública. A vacina da gripe, recomendações e grupos de risco. Terapêutica antivírica para a gripe.
  • Família Paramyxoviridae. Os vírus parainfluenza, o vírus respiratório sincicial, os metapneumovírus, o vírus da parotidite, o vírus do sarampo. A patogénese da infeção, manifestações clínicas e epidemiologia. A vacina do sarampo e da papeira no Programa Nacional de Vacinação.
  • Família Togaviridae. O vírus da rubéola. Patogénese, manifestações clínicas e epidemiologia. A rubéola congénita
  •  Família Coronaviridae. Os coronavírus humanos, aspetos clínicos e epidemiológicos da infeção. A quebra da barreira inter-espécies e a infeção no homem por coronavírus animais (SARS-CoV e MERS-CoV).
  • Família Reoviridae. Os reovirus e os rotavírus. A importância clínica dos rotavírus e a  epidemiologia da infeção. As vacinas para rotavírus.
  • Família Caliciviridae. Os norovírus e os sapovírus. A importância atual dos norovírus como agente da gastrenterite. Aspetos clínicos e epidemiológicos dos norovírus.
  • Família Astroviridae. Os “velhos e os novos” astrovírus. Aspetos clínicos e epidemiológicos.
  • Família Picornaviridae. Os rinovírus, aspetos clínicos e epidemiológicos. Os poliovírus, a poliomielite e a erradicação. Os enterovirus não-polio. Patogénese  manifestações clínicas e epidemiologia. Aichivirus. Parechovirus. O vírus da hepatite A (HAV). Aspetos clínicos e considerações epidemiológicas. A profilaxia e a prevenção.
  • Família Hepeviridae. O vírus da hepatite E. Características epidemiológicas e clínicas dos vários genótipos. A transmissão zoonótica e a emergência nos países industrializados.
  • O vírus da hepatite C. Estrutura e replicação. Os genótipos e as implicações clínicas. Aspetos epidemiológicos. Patogénese da infeção. Hepatite C crónica e o carcinoma hepatocelular. A terapeutica da hepatite C crónica.
  • Família Hepadnaviridae. O vírus da hepatite B. Estrutura e replicação. Aspetos epidemiológicos da hepatite B. Patogénese da infeção. A evolução para a cronicidade e o carcinoma hepatocelular. A terapeutica da hepatite B crónica.
  • O vírus da hepatite Delta (HDV). A co-infeção e a superinfeção HDV/HBV.
  • Família Parvoviridae. O parvovírus B19. Aspetos clínicos e epidemiológicos. As complicações severas. Os bocavírus e poder patogénico no homem.
  • Família Polyomaviridae. Os “velhos e os novos” poliomavírus humanos. Importância clínica e considerações epidemiológicas.
  • Família Papillomaviridae. Importância clínica dos papilomavírus humanos. Aspetos epidemiológicos. Os HPVs de alto e baixo risco. As vacinas contra o HPV e a prevenção do carcinoma do colo uterino
  • Família Adenoviridae. Os adenovírus. O poder patogénico no homem. As infeções respiratórias, intestinais e oculares. Aspetos epidemiológicos.
  • Família Herpesviridae. HSV-1 e HSV-2. A primo-infeção, a latência e infeção recorrente. As formas clínicas. O vírus da varicela-zona (VZV). Fisiopatologia da infeção. As complicações da varicela e da zona. O citomegalovírus (CMV). A infeção no imunocompetente versus imunocomprometido. A infeção congénita. O vírus Epstein-Barr (EBV) e a mononucleose infecciosa. Os cancros associados ao EBV. HHV-6,  HHV-7 e a roseola infantum. HHV-8 e o sarcoma de Kaposi. A co-infeção HHV-8/HIV-1. Fármacos usados na terapêutica das infecções por herpesvírus.
  • Família Retroviridae. A organização genómica dos retrovírus. O HTLV-I /II. A leucemia das células T adultas e a paraparésia espástica tropical. O HIV-1/2 e a síndroma da imunodeficiência adquirida. A história e a origem do HIV. Os aspetos imunopatogénicos e a dinâmica da infeção. Aspetos clínicos e epidemiológicos. A terapêutica anti-retrovírica: o passado, o presente e o futuro. A profilaxia pós-exposição.
  • Viroma humano: uma visão emergente.

 Ensino prático

  • Noções teórico-práticas sobre o diagnóstico laboratorial das infeções virais. Considerações gerais sobre as várias vertentes do diagnóstico.
    • O isolamento viral e os sistemas hospedeiros utilizados.
    • O diagnóstico serológico
    • A deteção direta de vírus ou de antigénios virais diretamente na amostra clínica como forma de diagnóstico.
    • A deteção e a quantificação de genomas virais no diagnóstico viral.
  • As culturas celulares e o isolamento viral Visualização microscópica de efeitos citopáticos de diferentes vírus.
  •  Execução de um ensaio de imunofluorescência e/ou de um ensaio imunocromatográfico aplicada à deteção direta de vírus (rotavírus em fezes) ou de antigénios virais (vírus respiratórios em aspirados nasofaríngeos).
  • Execução de um ensaio imunoenzimático aplicado à deteção de anticorpos específicos para o citomegalovírus e para o EBV.
  • Noções gerais sobre o diagnóstico da infeção HIV/SIDA e o papel do laboratório no rastreio dos seropositivos, diagnóstico da infeção primária e seguimento dos seropositivos. A importância e a utilização dos vários marcadores séricos (anticorpos anti-HIV, antigénio p24, DNA HIV, RNAHIV) nas várias fases da infeção HIV/SIDA.
  • O diagnóstico da infeção pelo vírus da hepatite B (HBV). Os marcadores serológicos e a sua interpretação.
  • Bioinformatica em virologia. Análise de sequências genómicas de vírus da hepatite E e sua comparação com sequências de base de dados (GenbanK). Construção de árvores filogenéticas.
  • Breves noções teórico-práticas sobre va irologia do alimento e do ambiente.

 

Bibliografia Obrigatória

Murray Patrick R.; Medical microbiology. ISBN: 0-7234-1644-3
Fields Bernard N. 340; Fields virology. ISBN: 0-7817-0253-4
Cann Alan J.; Principles of molecular virology. ISBN: 0-12-158533-6
Barroso H &Meliço-Silvestre A&Taveira N; Microbiologia Médica Volume 2, LIDEL, 2014. ISBN: 978-972-757-576-3

Observações Bibliográficas

Para além desta bibliografia são disponibilizados aos alunos artigos científicos que tenham sido recentemente publicados sobre temas emergentes.

 

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Todas as aulas estão a cargo do docente da UC.
  • Aulas teóricas (1,5 horas/semana

As aulas teóricas são essencialmente magistrais, ministradas com recurso a um sistema de apresentação de diapositivos PowerPoint via Data-Show os quais estão inseridos na plataforma Moodle.Os estudantes são desafiados a questionarem o docente em todas as aulas. 

  • Aulas laboratoriais (1,5 horas/semana)

 As aulas laboratoriais versam essencialmente o diagnóstico laboratorial das infeções virais. São dadas inicialmente noções gerais teórico-práticas sobre esta temática realizando-se  depois  trabalhos laboratoriais que exemplificam alguns dos processos de diagnóstico. De modo a promover uma maior interligação com a realidade são também analisados e discutidos resultados de casos clínicos.

São reservadas 4 aulas laboratoriais para a apresentação/discussão/ avaliação dos artigos científicos (Journal Club) e dos trabalhos monográficos desenvolvidos pelos alunos. Devido ao enorme número de alunos que frequentam esta UC estes trabalhos são desenvolvidos em grupos de 2 a 3 alunos. 

PLATAFORMA DE E-LEARNING:

No âmbito do projecto eLearning@UP a UC Virologia está inserida na plataforma Moodle na qual se encontram, em formato pdf, todos os conteúdos pedagógicos (diapositivos) apresentados pelo docente nas aulas teóricas, práticas e laboratoriais. Esta plataforma contém também trabalhos monográficos desenvolvidas pelos alunos dos anos anteriores, a bibliografia recomendada para a UC, vários artigos científicos de revisão, documentários e também ligações (links) a páginas de virologia. 

Palavras Chave

Ciências da Saúde
Ciências da Saúde

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Exame 70,00
Participação presencial 3,00
Trabalho laboratorial 27,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo 93,00
Frequência das aulas 32,00
Trabalho laboratorial 10,00
Total: 135,00

Obtenção de frequência

Os métodos de avaliação desta UC seguem o previsto nas “Normas de Avaliação” em vigor na FFUP e consiste numa avaliação distribuída laboratorial mais exame final escrito, o qual abrange a totalidade dos conhecimentos ministrados.
A avaliação distribuída (contínua) laboratorial decorre no período de aulas e classificará os seguintes parâmetros: (i) assiduidade às aulas laboratoriais e o nível de participação (ponderação 10%, cotação 2 valores); (ii) a apresentação e discussão do artigo científico (ponderação 30%, cotação 6 valores); (iii) a apresentação oral do trabalho monográfico sobre Virologia (ponderação 60%, cotação 12 valores). 

A aprovação na avaliação distribuída laboratorial (9,5 valores) é um pré-requisito para a admissão do aluno ao exame final escrito. O contributo percentual da classificação da avaliação laboratorial para a classificação final da UC é de 30%, mas será expressa na escala de 0 a 20 valores.
O contributo percentual da classificação obtida no exame final escrito é de 70%, mas será expressa na escala de 0 a 20 valores. Os alunos deverão obter no exame final escrito uma classificação superior ou igual a 9,5 valores para serem aprovados na UC. Não se aplica nesta UC a realização de provas orais para classificações inferiores a 9,5 valores. 

Nota: A frequência das aulas laboratoriais é obrigatória sendo considerados sem frequência os alunos cuja assiduidade seja inferior a 75% das aulas leccionadas.

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final desta UC corresponderá à classificação obtida na prova escrita final (contributo percentual de 70%) acrescida da classificação obtida na avaliação contínua laboratorial (contributo percentual de 30%).
Sempre que a classificação final na UC seja superior a 18 valores o aluno terá que a defender, obrigatoriamente, numa prova oral.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

A avaliação dos alunos em regime especial segue o previsto nas “Normas de Avaliação” da FFUP.

Melhoria de classificação

A melhoria de classificação pode ser apenas obtida pela repetição da prova escrita final. Não está contemplado nesta UC a melhoria da classificação da avaliação laboratorial.

Observações

Alterações decorrentes do Plano de Contingência Covid-19:

  • Apesar das alterações impostas aos "Métodos de Ensino e Atividades de Aprendizagem", o programa da UC foi cumprido quase na sua totalidade tendo sido feitos os ajustes abaixo indicados:
    • As aulas teóricas foram presenciais até à semana de 2-7 de março (sumário nº4). Devido ao encerramento inesperado da FFUP, no dia 9 março, não foi possível ministrar aula teórica nessa semana. As aulas teóricas recomeçaram na semana de16-21 março (sumário nº 6) tendo sido, a partir desta semana e até ao final do semestre, todas ministradas em sessões síncronas de 90 min através da plataforma Zoom. As aulas foram todas gravadas “ao vivo” e ficaram disponibilizadas na plataforma Moodle/Panopto.
    • As aulas práticas/laboratoriais foram presenciais até 7 de março (sumário nº 4). Recomeçaram apenas na semana de 23-28 março (sumário nº 7) tendo sido ministradas em sessões síncronas através da plataforma Zoom. Devido à impossibilidade de realizar aulas experimentais laboratoriais houve uma reorganização do plano previamente estabelecido tendo-se dado enfase aos conteúdos teórico-práticos do diagnóstico laboratorial das infeções por HBV e HIV e à discussão de casos clínicos. Foram usadas 4 semanas (sumários nº 12-15) para a apresentação/discussão/ avaliação dos 55 Trabalhos Monográficos (TM) desenvolvidos pelos vários grupos de alunos. Estas aulas de avaliação foram feitas em sessões síncronas através da plataforma Zoom.
  • A avaliação distribuída das aulas práticas teve que ser ajustada este ano letivo e visou apenas um dos parâmetros, nomeadamente a apresentação oral do Trabalho Monográfico (trabalho de pesquisa bibliográfica sobre um tema atual da área da virologia humana). A nota atribuída a este elemento de avaliação, expressa na escala de 0 a 20 valores, terá um contributo percentual de 30% para a classificação final da UC.
  • O exame final (contributo percentual de 70%) será realizado no Moodle e presencialmente no dia 14 julho (época normal). Os estudantes das Regiões Autónomas e dos Estudantes de Mobilidade ocorre, a pedido dos referidos estudantes, por avaliação à distância (e não presencial) no mesmo dia e ao mesmo tempo também usando a plataforma do Moodle. A avaliação decorre com recurso a mecanismos de garantia de integridade académica.
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