Código: | MI072220 | Sigla: | QFARM1 |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Ciências Físicas |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Laboratório de Química Orgânica e Farmacêutica |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MICF | 244 | MICF - Plano Oficial | 2 | - | 6 | 78 | 162 |
- Pretende-se que os Estudantes contactem com as metodologias e estratégias usadas para obtenção de novos fármacos, assim como sejam capazes de interpretar a relação estrutura-atividade, metabolismo e mecanismos de ação a nível molecular para diversos grupos de fármacos.
- As aplicações terapêuticas deverão ser orientadas para as atividades previstas no Ato Farmacêutico.
- Nas aulas laboratoriais pretende-se que os Estudantes adquiram uma base experimental de interpretação de conceitos teóricos nomeadamente reconhecimento molecular e fatores que influenciam a atividade de fármacos (pH, log P); assim como adquiram conhecimentos sobre metodologias utilizadas na síntese e análise de fármacos tendo em conta uma coordenação programática com a matéria das aulas teóricas.
No final da UC, os estudantes deverão possuir uma compreensão alargada, aprofundada e integrada de todo o circuito que envolve a descoberta de fármacos, o seu planeamento e desenvolvimento. É também objetivo da UC promover e desenvolver o espírito crítico, o trabalho laboratorial em equipa e a autonomia. No final da UC, os formandos deverão ser capazes de comunicar facilmente as suas ideias, colaborar e trabalhar em equipa e serem capazes de resolver problemas recorrendo ao método científico e investigacional.
Pressupõe-se os conhecimentos básicos de Química Orgânica I, Química Orgânica II, Bioquímica e Métodos Instrumentais de Análise.
1. TEÓRICO
Introdução à Química Farmacêutica: definição e glossário (IUPAC). Conceitos básicos em Química Farmacêutica. Classificação de fármacos. Reconhecimento molecular. Fatores que afetam a atividade de fármacos. Desenvolvimento de novos fármacos. Noções de "hit compound", de farmacóforo e de "líder de série" e respetiva otimização. Estabelecimento da relação estrutura-atividade (SAR, QSAR). Química Computacional. Métodos de procura, descoberta e obtenção de fármacos: isolamento e síntese de produtos naturais, aproveitamento de efeitos colaterais, “screening” de intermediários de síntese, metabolitos ativos, serendipismo, planeamento racional. Metodologias e objetivos da modificação molecular de “estruturas líder”: processos clássicos e especiais (simplificação, associação e replicação moduladora molecular). Critérios clássicos para modificação molecular (abertura e formação de anéis, introdução de ligações duplas, homologia, introdução de grupos volumosos e isosterismo clássico e não clássico). Metabolismo. Pro-fármacos, fármacos "brandos" e fármacos "duros". Estruturas químicas, métodos de obtenção, mecanismos de ação, relação estrutura-atividade, metabolismo e aplicações dos seguintes grupos de fármacos:
ANESTÉSICOS LOCAIS
Derivados de ésteres e de amidas
HIPNÓTICOS, SEDATIVOS E ANSIOLÍTICOS
Barbitúricos, amidas, imidas, álcoois, carbamatos, cloral e derivados, e benzodiazepinas
ANTIPSICÓTICOS Fenotiazinas, tioxantenos, butirofenonas e difenilbutilaminas
ANTIDEPRESSIVOS
Inibidores da MAO-A
Agentes tricíclicos e tetracíclicos
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina
Outros
PARKINSON E ALZHEIMER
Terapêuticas tradicionais e desenvolvimentos recentes.
ANALGÉSICOS DE ACÇÃO CENTRAL
Analgésicos exógenos agonistas opióides. Morfina e derivados. Outros opióides.
Analgésicos endógenos
Antagonistas opioides
ANALGÉSICOS, ANTI-INFLAMATÓRIOS E ANTIPIRÉTICOS
Cascata do ácido araquidónico (leucotrienos, prostaglandinas e tromboxanos) Metabolismo do ácido araquidónico via cicloxigenase (COX) COX 1 e COX 2: estrutura e funções
Vários grupos de anti-inflamatórios não esteróides (AINE)
Ácido salicílico e derivados
“Novas” aplicações do ácido acetilsalicílico, Fenamatos, Ácidos arilacéticos, Profenos, Oxicamos
Principais efeitos secundários dos AINE “clássicos” e estratégias para os evitar
AINE preferencialmente inibidores da COX 2
Derivados do para–aminofenol
Esteróides e compostos terapêuticos relacionados:
-Corticosteróides- Mineralocorticóides e glucocorticóides
- Hormonas sexuais
- Esteróides como agentes antitumorais
ANTI-HISTAMíNICOS Histamina e outros mensageiros autacóides: estrutura química e funções
Recetores histamínicos
Antagonistas dos recetores H1: Anti-histamínicos "clássicos" e "não clássicos"
Farmacóforos “clássico” e atual para anti-histamínicos H1
2. LABORATORIAL
Execução, análise e interpretação dos fundamentos dos trabalhos laboratoriais:
- AULAS PRESENCIAIS
Modelo químico de estudo da influência do pH na absorção da aspirina, paracetamol e difenidramina.
Ibuprofeno racémico e S-ibuprofeno: análise por formação de derivados diasterioisoméricos.
Síntese e análise do ácido acetilsalicílico.
- AULAS À DISTÂNCIA:
Pesquisa de Inibidores da acetilcolinesterase como Potenciais Anti-Alzheimer.
Diálise de corantes.
Identificação do Norgestrel e Etinilestradiol em drageias.
Doseamento do Norgestrel e Etinilestradiol em drageias.
Construção de um farmacóforo e virtual screening
Análise Farmacopeica: Padrões biológicos e substâncias químicas de referência. Graus de pureza. Impurezas e ensaios limite.
Determinação de constantes hidrofóbicas de sulfonamidas por CCF em fase inversa.
- Aulas teóricas (3 horas/semana): apresentações em “Power Point” (presenciais e gravadas com ensino à distância); procura-se ministrar os conhecimentos de uma forma atrativa e dedutiva, enfatizando o mais importante de cada capítulo.
- Os trabalhos laboratoriais (3 horas/semana) são efetuados em grupos de 2 a 3 Estudantes e de acordo com um cronograma. A lógica de execução e os objetivos a atingir são previamente ministrados em aulas teóricas e de demonstração laboratorial.
- Serão destinadas algumas aulas laboratoriais para aplicação de conceitos, esclarecimento de dúvidas e resolução de alguns exercícios práticos de modo a estimular o raciocínio e o gosto pelas matérias ministradas.
- Os docentes estarão disponíveis para atendimento dos Estudantes nas horas anunciadas no início do semestre e por marcação prévia e acordada em qualquer outra altura. Foram criados fóruns de discussão na plataforma do Moodle para esclarecimento de dúvidas.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 70,00 |
Participação presencial | 0,00 |
Trabalho laboratorial | 30,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Frequência das aulas | 40,00 |
Trabalho laboratorial | 20,00 |
Estudo autónomo | 40,00 |
Total: | 100,00 |
Os métodos de avaliação da disciplina seguem o previsto nas “Normas de Avaliação” em vigor na FFUP e consiste em dois componentes de avaliação:
- avaliação laboratorial, que será distribuída e contemplará:
- avaliação teórica, que será efetuada mediante a realização de exame final, contendo todo o programa teórico. A classificação mínima do exame teórico é de 9,5 valores em 10. Os estudantes que obtenham neste exame teórico classificação superior ou igual a 18 valores deverão realizar exame oral à distância.
Para obter aprovação, os Estudantes devem obter uma classificação final mínima de 10 valores (média ponderada das duas componentes de avaliação).
- A avaliação laboratorial terá como fator de ponderação 30%.
- O exame teórico terá como fator de ponderação 70%.
não aplicavél
É realizada de acordo com as normas de avaliação da FFUP. Os estudantes que, por lei, estejam dispensados da presença nas aulas laboratoriais, deverão realizar uma prova oral sobre os fundamentos teóricos dos trabalhos laboratoriais em data indicada no calendário letivo. Esta prova oral é eliminatória. Estes estudantes deverão contactar com o Responsável pela Unidade Curricular.
- Para melhoria da classificação os Estudantes terão de realizar o prova oral sobre os fundamentos teóricos dos trabalhos laboratoriais e/ou o exame final teorico.