Código: | MI075243 | Sigla: | ESTGIO |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Ciências da Saúde |
Ativa? | Sim |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MICF | 189 | MICF - Plano Oficial | 5 | - | 30 | - | 810 |
O estágio tem por objetivo garantir uma formação adequada ao exercício farmacêutico em farmácia (comunitária e hospitalar) de modo a que este venha a ser desempenhado de forma competente e responsável, designadamente nas suas vertentes técnica e deontológica.
O Estágio Curricular está regulamentado pela Diretiva 2013/55/EU, pelo Decreto-Lei nº 74/2006 e pela deliberação 2272-F/2007 da Reitoria da UPorto. Terá obrigatoriamente a duração de 6 meses e decorrerá em Farmácias abertas ao público ou em Serviços Farmacêuticos de Hospitais centrais ou distritais, em Portugal ou ao abrigo de protocolos de cooperação com entidades europeias similares.
Pretende-se que o estudante conheça o modo de relacionamento das instituições de saúde e dos profissionais de saúde, entre si e com os utentes, adquira autonomia na capacidade de compreensão, integração e resolução de problemas profissionais de ordem técnica, científica e ética, que integram as atividades do “Ato Farmacêutico”.
O estágio em Ciências Farmacêuticas é o primeiro contacto dos estudantes com a realidade profissional. Após uma aprendizagem essencialmente teórica que decorreu ao longo de nove semestres escolares, o estudante vai adquirir conhecimentos de natureza prática, através do contacto com diferentes realidades profissionais numa farmácia comunitária/hospitalar. O estágio representa uma nova fase de formação, com o objetivo de proporcionar ao estudante uma preparação técnica e deontológica para o futuro desempenho da profissão farmacêutica.
A fase de formação desenvolvida na farmácia comunitária/hospitalar destina-se a garantir a iniciação nos aspetos práticos da profissão e uma aprendizagem das competências técnicas e exigências deontológicas da profissão, assegurando que os estagiários ao transitarem para a vida profissional estejam aptos à prática do exercício farmacêutico.
Esta fase de formação visa um desenvolvimento e aprofundamento da vivência da profissão, promovendo o contacto com as instituições relacionadas com a classe farmacêutica, outros profissionais de saúde e os utentes.
Os objetivos específicos de cada componente de estágio constam do manual de estágio que é entregue aos estudantes e aos seus orientadores, de forma a garantir uma formação equitativa de todos os estagiários.
O estágio é realizado em instituições abertas ao público ou em Serviços Farmacêuticos de Hospitais Centrais ou Distritais, garantindo que o estudante recebe uma formação equivalente àquela que será a sua realidade profissional.
De forma a estimular a procura constante de formação e melhoria, é pedido aos Estudantes que desenvolvam trabalhos com ligação à prática farmacêutica, adaptados ao local de estágio onde se encontram. Pretende-se estimular a pró-atividade do Estudante na procura crítica dessas mesmas necessidades de melhoria e na implementação de atividades com vista à sua melhoria.
Conhecer o modo de relacionamento das instituições de saúde e dos profissionais de saúde, entre si e com os utentes. Testar as capacidades de resolução de problemas profissionais de ordem técnica, científica e ética. Desenvolver competências para a prática profissional em farmácia comunitária e hospitalar.
Para frequentarem estágio os estudantes deverão ter já frequentados todas as UCs do curso.
2. Fontes de informação
2.1. Contactar com as publicações de existência obrigatória e saber como utilizá-las;
2.2. Conhecer e consultar os centros de informação e documentação nacionais e internacionais, quer em suporte de papel quer on-line;
2.3. Efetuar pesquisa bibliográfica em fontes primárias, secundárias e terciárias e reproduzir informação utilizando diversas fontes de informação.
3.Classificação e distinção dos medicamentos e outros produtos existentes na farmácia e quadro legal aplicável.
3.1. Medicamentos sujeitos a prescrição médica obrigatória.
3.2. Medicamentos não sujeitos a prescrição médica obrigatória.
3.3. Medicamentos manipulados.
3.4. Medicamentos homeopáticos e produtos farmacêuticos homeopáticos.
3.5. Produtos dietéticos.
3.6. Produtos para alimentação especial.
3.7. Produtos fitoterapêuticos.
3.8. Produtos cosméticos e dermofarmacêuticos.
3.9. Produtos e medicamentos de uso veterinário.
3.10. Dispositivos médicos: Material ortopédico, ótico, acústico, pediátrico e higiénico; Artigos de penso, sutura e drenagem; Sistemas para aplicação parentérica; Material para ostomizados e urostomizados.
4.Encomendas e Aprovisionamento
4.1. Conhecer os fornecedores e as normas legais de aquisição.
4.2. Aprender critérios de aquisição.
4.3. Rotação de stock; ponto de encomenda.
4.5. Efetuar, rececionar e conferir encomendas.
4.6. Efetuar marcação de preços.
4.7. Armazenar corretamente os medicamentos, conhecer o quadro legal em vigor.
4.8. Respeitar os prazos de validade e de devolução de medicamentos.
4.9. Garantir um sistema de manutenção do parque medicamentoso e outros produtos.
4.10. Aspetos e características de compra, venda e exposição.4.11. Matérias-primas e reagentes (prazo de validade e conservação adequada).
5. Dispensa de medicamentos
5.1. Receção da prescrição médica e validação da mesma.
5.2. Interpretação e avaliação farmacêutica.
5.3. Verificação de possíveis interações.
5.4. Medicamentos genéricos, sistema de preços de referência.
5.5. Dispensa de psicotrópicos e/ou estupefacientes; cuidados e legislação.
5.6. Reconhecimento dos principais acordos existentes com SNS e outras entidades.
5.7. Posologia e modo de administração.
5.8. Aconselhamento.
5.9. Informação oral e escrita (quando necessária).
5.10. Contra indicações.
5.11. Dispensa de medicamentos não sujeitos a prescrição médica obrigatória e outros produtos de saúde.
5.11. Promoção da adesão à terapêutica.
5.12. Cuidados a ter na conservação domiciliária do medicamento.
6.Medicamentos e produtos manipulados
6.1. Definição de manipulados.
6.2. Material de laboratório.
6.3. Regras de manipulação.
6.4. Preço dos medicamentos manipulados.
6.5. Ensaio de novas fórmulas.
7.Automedicação
7.1. Aspetos éticos e legais da automedicação.
7.2. Identificação de quadros sintomáticos que exigem cuidados médicos.
7.3. Avaliação dos benefícios e do risco da automedicação.
7.4. Terapia farmacológica versus medidas não farmacológicas.
7.5. Promoção do uso racional do medicamento: indicações terapêuticas, posologia, modo de administração, interações e contra indicações.
8.Aconselhamento e dispensa de outros produtos
8.1. Produtos de dermofarmácia, higiene e cosmética.
8.2. Produtos dietéticos para alimentação especial / pediátrica.
8.3. Fitoterapia e suplementos nutricionais.
8.4. Homeopatia.
8.5. Medicamentos e outros produtos de uso veterinário.
8.6. Dispositivos médicos.
9.Outros cuidados de saúde prestados na farmácia
9.1. Programas de educação para a saúde
9.2. Cuidados de saúde prestados na Farmácia: Programas de educação para a saúde; Distribuição domiciliária de medicamentos; Protocolos da diabetes, hipertensão e asma; Determinação de parâmetros fisiológicos e bioquímicos (pressão arterial, colesterol, HDL- colesterol, glicose, teste de gravidez e outros).
9.3. Seguimento da evolução da saúde do doente; Encaminhamento para o médico assistente.
10.Contabilidade e gestão na farmácia
10.1. Requisitos legais e administrativos do processamento de receituário e faturação.
10.2. Estudo da incidência do receituário em relação à zona, variabilidade sazonal.
10.3. Fiscalidade.
10.4. A informática na Farmácia.
11.Relacionamento com entidades e utentes
11.1. Integrar o estagiário no domínio das entidades externas à farmácia (ex. associações de doentes, associações da classe, sistema de saúde e subsistemas).
11.2. Diálogo com o médico e outros profissionais de saúde, aspetos éticos.
11.3. Interação com o utente.
12. Marketing na Farmácia Comunitária
12.1. Utilização de uma comunicação eficaz.
12.2 Aspetos de comunicação e imagem.
13. Qualidade
13.1. Conhecer as normas da qualidade aplicadas à farmácia.
13.2. Implementar os procedimentos da qualidade.
13.3. Observância das Boas Práticas de Farmácia.
Farmácia Hospitalar
1.Organização e gestão dos Serviços Farmacêuticos
1.1. Gestão de Recursos humano.
1.2. Gestão de recursos económicos.
2.Seleção, aquisição e armazenamento de produtos farmacêuticos
2.1. Gestão de existências.
2.2. Sistemas e critérios de aquisição.
2.3. Receção e conferência de produtos adquiridos.
2.4. Armazenamento dos produtos/prazos de validade.
3.Sistemas de distribuição de medicamentos
3.1. Distribuição clássica.
3.2. Reposição de stock por níveis.
3.3. Distribuição personalizada.
3.4. Sistema de Distribuição Individual Diária em Dose Unitária (SDIDDU).
3.5. Distribuição de medicamentos a doentes em ambulatório.
3.6. Medicamentos sujeitos a controlo especial.
3.6.1. Psicotrópicos e estupefacientes.
3.6.2 Hemoderivados.
3.6.3 Medicamentos extraformulário.
3.6.4 Anti-infeciosos.
3.6.5 Antissépticos e desinfetantes.
3.6.6 Citotóxicos.
4.Produção e controlo de medicamentos
4.1. Conceito integrado de garantia de qualidade.
4.2. Preparação de misturas intravenosas.
4.2.1 Misturas para nutrição parentérica.
4.2.2 Manipulação de fármacos citotóxicos.
4.2.3 Preparações extemporâneas estéreis.
4.3 Preparações de formas farmacêuticas não estéreis.
4.4 Radiofarmácia.
4.5 Reembalagem.
4.6 Métodos e processos de aprendizagem.
5.Informação sobre medicamentos e outras atividades de Farmácia Clínica
5.1. Consulta de: livros básicos e especializados, publicações periódicas (primárias e secundárias), “Índices de nomenclatura”, Formulários Hospitalares, bases de dados e internet.
5.2. Critérios de seleção, registo e arquivo de informação.
5.3. Apoio informativo a outros profissionais de saúde e comissões técnicas.
5.4. Respostas a pedidos de informação sobre medicamentos, aplicados a situações clínicas.
5.5. Farmacovigilância.
5.6. Participação do farmacêutico em ensaios clínicos.
5.7. Nutrição artificial.
5.8. Farmacocinética clínica: monitorização dos fármacos na prática clínica.
5.9. Acompanhamento da “visita médica”.
5.10. Reuniões periódicas de aperfeiçoamento. Discussão de casos clínicos, sessões clínicas hospitalares, sessões bibliográficas, revisões de atualização farmacoterapêutica.
5.11 “Comissões técnicas” existentes no hospital e suas atividades.
Deverão utilizar as referências indicadas pelos orientadores de estágio, comunitário ou hospitalar e a necessária para elaboração dos trabalhos a incluir no relatório final.
Dadas as valências e especificidades de cada local de estágio, apenas o Diretor Técnico de cada local de estágio, ou outro Farmacêutico em quem delegue, poderá ser o responsável pela orientação dos métodos de ensino e de aprendizagem do Estagiário. O papel do Orientador de Estágio é da maior relevância, incluindo o acompanhamento dentro da unidade de Estágio e nas ações formativas que o estudante vier a desenvolver, sendo por isso, o responsável pela formação profissional do estudante. Deverá ter por base o Manual de Estágio disponibilizado, garantindo-se assim equidade na formação de todos os Estudantes. A seleção dos locais de estágio em Farmácia Comunitária é da responsabilidade da FFUP, ouvida a Ordem dos Farmacêuticos sempre que tal se justifique.
O Tutor do Estudante, selecionado aleatoriamente entre os professores da UC, acompanha-o na escolha, delineamento, desenvolvimento e escrita dos trabalhos com ligação à prática farmacêutica, adaptados ao local de estágio onde se encontram, que fazem parte do relatório final. Adicionalmente, os Tutores constituem o elemento de ligação entre os estagiários e as unidades de estágio, competindo-lhe manter a coordenação e o apoio ao estagiário na sua inserção no ambiente profissional.
Será disponibilizada aos estudantes uma semana de pré-formação para estágio, a decorrer em Setembro, onde serão abordados diversos temas pertinentes para a atividade farmacêutica, com a participação ativa de profissionais ligados ao sector. Adicionalmente, e durante o estágio, os estudantes poderão ter formações complementares providenciadas pela FFUP, pela Ordem dos Farmaceuticos, ANF, ou outras entidades competentes.
Designação | Peso (%) |
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Defesa pública de dissertação, de relatório de projeto ou estágio, ou de tese | 50,00 |
Participação presencial | 50,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Elaboração de relatório/dissertação/tese | 104,00 |
Estudo autónomo | 50,00 |
Realização de Estágio | 810,00 |
Trabalho de campo | 50,00 |
Total: | 1014,00 |
Os estudantes deverão realizar estágio presencial, com uma média de 35 a 40 horas semanais, durante 6 meses.
Avaliação recebida dos orientadores de Estágio em Farmácia Comunitária/Hospitalar e relatórios apresentados (50%) e apresentação e defesa da componente científico-prática dos mesmos (casos de estudo ou trabalhos com ligação à prática profissional) (50%).
Apresentação de um relatório de estágio profissionalizante, personalizado e com forte componente científica, resultante de trabalhos com ligação à prática profissional.
Só repetindo os 6 meses de estágio.