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Farmacologia II

Código: MI074132     Sigla: FCOL2

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Ciências da Saúde

Ocorrência: 2018/2019 - 1S Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Laboratório de Farmacologia
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MICF 187 MICF - Plano Oficial 4 - 6 65 162

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students

Objetivos

O curso Farmacologia do mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas tem como objetivo geral ajudar o estudante a:

  1. Compreender o modo de atuação dos fármacos no Homem;
  2. Compreender os fatores que condicionam a permanência dos fármacos no organismo e a conhecer os métodos que permitem calcular as doses e ajustar os regimes posológicos para garantir a manutenção das concentrações adequadas para se obterem os efeitos terapêuticos desejados;
  3. Compreender a ocorrência de reações adversas e explicar as que decorrem de respostas farmacodinâmicas previsíveis;
  4. Compreender a variabilidade interindividual na resposta aos fármacos em funções de fatores genéticos e não genéticos.
  5. Conhecer os alvos farmacológicos mais explorados para fins terapêuticos, os fármacos mais representativos de cada grupo e os contextos em que são usados clinicamente.

 O ensino teórico será utilizado para apresentações genéricas de cada um dos temas, procurando-se dar aos estudantes uma visão global de cada capítulo que os prepare para uma aprendizagem autónoma e para uma atualização contínua ao longo da sua vida profissional.

Assim, em cada capítulo serão selecionados os pontos chave que ajudem o estudante a:

  1. Perceber os fundamentos farmacodinâmicos decorrentes da atuação em cada alvo;
  2. Conhecer os principais efeitos farmacológicos resultantes dessa atuação, independentemente de serem explorados para fins terapêuticos ou poderem ser enquadrados como reações adversas face às indicações terapêuticas presentes;
  3. Conhecer o contexto histórico da sua descoberta
  4. Conhecer os fármacos de referência de cada classe e as limitações farmacodinâmicas e farmacocinéticas que condicionaram e/ou condicionarão o aparecimento de novos fármacos no grupo;
  5. Conhecer as indicações terapêuticas presentes e perspetivas futuras de novos fármacos ou de novas indicações.

Neste contexto, a unidade curricular de Farmacologia II tem como objetivos específicos, auxiliar o estudante a conseguir um conhecimento farmacológico consistente e crítico, adequado à graduação em Ciências Farmacêuticas nas áreas de neurofarmacologia (anti-epilepticos, anestésicos e analgésicos), imunofarmacologia, farmacologia respiratória, cardiovascular e renal, gastrointestinal e endócrina; a conhecer os principais grupos de fármacos utilizados nas áreas abordadas, os seus mecanismos de ação e reacões adversas bem como particularidades sobre a sua utilização clínica.

Resultados de aprendizagem e competências

Como objetivos de aprendizagem, espera-se que, ao completar esta unidade curricular, os estudantes:
a) Demonstrem possuir um conhecimento detalhado dos alvos farmacológicos e dos fármacos de referência;
b) Sejam capazes de avaliar criticamente a informação histórica e o estado da arte em cada uma das áreas farmacológicas abordadas;
c) Demonstrem ter um profundo conhecimento do avanço recente da investigação em cada uma das áreas e sejam capazes de reunir informação relevante e de a transmitir de forma escrita e oral;
d) Desenvolvam dinâmicas de trabalho inter-grupos e intragrupo e demonstrem capacidade e desenvoltura para comunicar e discutir o conhecimento farmacológico através de diferentes formas de comunicação e perante diversos públicos.

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Os estudantes devem ter conhecimentos sobre fisiologia humana bem como sobre os mecanismos gerais de ação dos fármacos e o seu ciclo geral no organismo.

Programa


AULAS TEÓRICAS

1. NEUROFARMACOLOGIA
Anti-epilepticos como exemplos de fármacos usados em canalopatias. Anestésicos e analgésicos.

2. IMUNOFARMACOLOGIA
Contexto celular e molecular da intervenção farmacológica em imunofarmacologia.
Aspetos gerais sobre os mecanismos de defesa do hospedeiro. 
A resposta inflamatória e suas fases.
Mediadores inflamatórios: Autacoides derivados de lípidos, histamina e péptidos.
Eicosanoides e fármacos que interferem nos efeitos moduladores da inflamação dos eicosanoides. Outros efeitos não moduladores da inflamação dos eicosanoides. Utilização clínica dos fármacos que interferem com os efeitos/sintese dos autacoides derivados de lípidos.
Outros mensageiros lipídicos: PAF e endocanabinoides.
Bradicinina, interleucinas e citocinas; principais fármacos que interferem com estes mensageiros e particularidades da sua utilização clínica.
Outros autacoides: histamina, bradicinina. Possibilidades de intervenção farmacológica.
As cascatas do complemento e da coagulaççao no contexto da resposta de defesa. Formas de intervenção farmacológica.
A matriz extracelular e modulação da sua fluidez: fármacos e suas indicações terapêuticas.
Corticosteroides e corticoterapia.
Os imunofármacos em contextos específicos:
- doenças reumáticas, Asma e outras patologias respiratórias
- doenças inflamatórias intestinais
- doenças inflamatórias cardiovasculares
- cancro


3. FARMACOLOGIA CARDIOVASCULAR


FÁRMACOS QUE AFETAM A FUNÇÃO CARDÍACA E AGENTES VASOATIVOS
Farmacologia integrativa das principais patologias cardiovasculares; mecanismos de ação, características farmacocinéticas e efeitos adversos dos seguintes grupos de fármacos:
Fármacos usados na hipertensão e diuréticos.
Fármacos vasodilatatores e tratamento da angina pectoris.
Fármacos usados na insuficiência cardíaca.
Fármacos usados nas arritmias cardíacas.


 
4. FARMACOLOGIA ENDÓCRINA

FÁRMACOS QUE AFETAM O EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE
Terapia de substituição hormonal no hipotiroidismo. Fármacos antitiroideus usados na tireotoxicose.
Análogos das hormonas hipofisárias usados no tratamento da deficiência de GH. Fármacos usados no tratamento da acromegalia/gigantismo.
Anticoncepcionais. 
Gonadotrofinas e análogos usados no tratamento da infertilidade.
Oxitocina e fármacos que modificam a gestação e lactação.

FÁRMACOS USADS NO TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS
Terapia da diabetes. Principais grupos de fármacos antidiabéticos e seus mecanismos de ação.


 


AULAS LABORATORIAS


O programa laboratorial desta unidade curricular pretende complementar a formação laboratorial de Farmacologia I. Está orientado para o reforço das capacidades de obtenção de informação segura e credível e sua avaliação crítica.

Este módulo incluirá formação na elaboração de algoritmos e trabalhos de pesquisa para responder a situações de complexidade diversa.
Cada grupo de estudantes deverá, perante um fármaco recentemente lançado no mercado ou um fármaco antigo com nova indicação (repurposed drug), realizar toda a sua evolução pré-clínica e clínica, o seu posicionamento para a indicação aprovada face a outras opções terapêuticas e a apresentação esquemática dos pontos fortes, fracos, das oportunidades e ameaças (análise SWOT) para esse fármaco.


Bibliografia Obrigatória

B.G. Satzung, A.J. Trevor; Basic and Clinical Pharmacology, McGraw Hill Education, 2015. ISBN: 978-0-07-182505-4

Observações Bibliográficas

A informação do livro de texto base será complementada com bibliografia selecionada pela equipa docente e será colocada na plataforma Moodle.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem


As metodologias de ensino adotadas no ensino teórico baseiam-se em exposições gerais por docentes, com a apresentação do estado da arte em cada um dos capítulos da farmacologia abordados, procurando-se que, com estes enquadramentos se auxiliem os estudantes a atingir, com sucesso, os objetivos de aprendizagem.


O ensino laboratorial funcionará como complemento da formação teórica, pretendendo-se que o estudante selecione de forma criteriosa e rigorosa as fontes de informação para enquadrar os mais recentes fármacos aprovados em cada grupo no conhecimento existente e desenvolva as qualidades de comunicação que lhe permita interagir de forma segura com outros profissionais de saúde em temas relacionados com o uso de medicamentos.


Tipo de avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Exame 75,00
Trabalho prático ou de projeto 25,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo 100,00
Frequência das aulas 45,00
Trabalho laboratorial 30,00
Total: 175,00

Obtenção de frequência

A assistência dos alunos às aulas laboratoriais é obrigatória sendo considerados sem frequência os alunos cuja assistência seja inferior a 3/4 das aulas efetivamente lecionadas, desde que estas representem mais de 50% das aulas previstas. A assistência dos alunos às aulas teóricas não é obrigatória.

Fórmula de cálculo da classificação final

A avaliação englobará todas as matérias lecionadas nas aulas teóricas e práticas/laboratoriais.

Consiste no somatório da avaliação à componente laboratorial (cotação máxima de 5 valores) e à componente teórica  (cotação máxima de 15 valores) a realizar em avaliação distribuida em dois eventos de avaliação (frequências) de acordo com o calendário oficial de avaliação.
A avaliação teórica consistirá de um questionário com perguntas de escolha múltipla e/ou resposta curta/desenvolvimento.
Caso não existam limitações tecnológicas ou logísticas, o exame final será efetuado em computador, através da plataforma Moodle



A avaliação da componente laboratorial poderá ser feita no exame final ou na forma de avaliação contínua. 
Cada estudante será classificado em função da classificação dos trabalhos do seu grupo. Excecionalmente, essa classificação poderá ser alterada perante evidências que a contribuição do estudante se destacou do restante grupo pela negativa ou pela positiva.



Para que a avaliação laboratorial seja contabilizada na nota final, os estudantes deveram obter, no mínimo 7,0 valores na avaliação teórica.

Provas e trabalhos especiais

A avaliação contínua laboratorial baseia-se na realização de três relatórios sobre trabalhos realizados durante o curso laboratorial.
Cada relatório deverá incluir as fontes de informação utilizadas, os algoritmos de pesquisa de uma pesquisa sobre  o percurso da investigação pré-clínica e clínica, bem como uma análise SWOT de cada um dos três fármacos recentemente lançados no mercado ou em fase final de ensaio clínico.
A classificação de cada relatório refletirá também o nível de originalidade da análise face aos outros relatórios análogos.
Cada relatório terá uma classificação máxima de 1,67 valores.


Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os estudantes com estatuto de trabalhador-estudante ou ERASMUS, poderão dispensar a componente de avaliação laboratorial. Neste caso terão que efetuar apenas um exame final que englobará todas as matérias lecionadas nas aulas teóricas e laboratoriais, e que terá a cotação de 20 valores.

Os estudantes e deverão comunicar ao regente da disciplina a sua decisão no início do semestre.
Os alunos ERASMUS que dispensarem a avaliação laboratorial terão que ter frequência às aulas laboratoriais.

Melhoria de classificação

De acordo com as normas de avaliação da FFUP em vigor.

Observações

A disciplina poderá ser lecionada em Inglês.

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