Arquitectura

Código:

EC0016

Sigla:

ARQU

Áreas Científicas
Classificação	Área Científica
OFICIAL	Construções

Ocorrência: 2009/2010 - 2S

Ativa?	Sim
Unidade Responsável:	Secção de Construções Civis
Curso/CE Responsável:	Mestrado Integrado em Engenharia Civil

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
MIEC	218	Plano de estudos oficial a partir de 2006/07	2	-	5,5	60	145

Língua de trabalho

Português

Objetivos

JUSTIFICAÇÃO
Considerando que o estudante de Engenharia Civil poderá vir a desenvolver, no seu percurso profissional, projectos de especialidades, nomeadamente para edifícios, tal prática implicará a necessidade de saber articular eficazmente a sua solução àquela preconizada pelo arquitecto e/ou por outros projectistas.

OBJECTIVOS
1 - Objectivos técnico-formativos.
a) Transmitir uma boa compreensão, abrangente, da Arquitectura enquanto acto criativo e enquanto um sistema de sub-sistemas, bem como o seu papel na prática da construção em Portugal;
b) Desenvolver a capacidade de ler / interpretar os projectos de arquitectura, através da assimilação da linguagem específica do desenho técnico de representação de projectos de arquitectura e dos espaços, em geral;
c) Incentivar os alunos para os princípios processuais que estruturam os projectos de arquitectura (hierarquia e sua constituição, faseamento, implicações regulamentares, políticas conjuntas na construção de habitações , etc), bem como para a eficácia da articulação dos profissionais de engenharia civil com o profissional arquitectura.
d) Refletir sobre os desafios da arquitetura no contexto de novos requisitos regulamentares europeus;
e) Demonstrar a importância dos factores que contribuem para o bom desempenho do Engenheiro Civil na atividade da Arquitetura e da Construção.

2 - Objectivos crítico-formativos.
a) Assimilar o percurso analítico da arquitectura no domínio da interpretação da evolução histórica do espaço arquitectónico articulado às inovações construtivas e estruturais;
b) Enquadrar a revisão monográfica dos principais movimentos e obras de arquitectura (até hoje), de modo a ampliar a formação cultural e arquitectónico e do "gosto".
c) Definir as suas competências profissionais ao nível do rendimento do trabalho em equipes multi-discplinares, trabalho esse tão característico do universo do profissional da construção civil e arquitetura.

COMPETÊNCIAS E RESULTADOS DE APRENDIZAGEM
Conhecimento: Descrever os principais conceitos da arquitectura e dos seus sub-sistemas e identificar as técnicas construtivas vernaculares e eruditas, bem como os princípios subjacentes à criação da arquitectura ao longo da história.
Compreensão: interpretar e manipular elementos desenhados e escritos que fazem parte de um projecto arquitetónico. Identificar os códigos de representação e as técnicas de concepção de elementos de construção e vinculá-los criteriosamente às partes estruturais e não estruturais, identificando-os e distinguindo-os uns dos outros.
Aplicação: Estabelecer procedimentos de categorização das diversas soluções conceptuais e construtivas em diferentes períodos da história da arquitetura até o início do século. XXI, a fim de identificar novas interpretações de espaços arquitetônicos.
Análise: Para comparar e classificar os resultados de pesquisas sobre o conjunto de sistemas estruturais da arquitetura e estratégias de resolver os problemas estruturais dos actuais energética, ambiental, etc.
Síntese: Propor novas formas de construir a arquitetura atual, especialmente aqueles que são mais ligados ao trabalho ou prédios residenciais de uso misto.
Avaliação: Criticar os procedimentos e as práticas utilizadas. Reexaminar criticamente técnicas recentes, recomendar possíveis melhorias das práticas de construção e implementação de novos métodos para a construção.
Projecto em Engenharia: identificar fontes de literatura técnica e científica na Internet e na Biblioteca da FEUP e sua aplicabilidade no contexto nacional e europeu.
Investigação em Engenharia: identificar as várias fontes de referências técnicas e científicas acessíveis via Web na Biblioteca da FEUP, e sua aplicabilidade no contexto nacional.
Prática em Engenharia: conhecimento e contacto com entidades públicas e privadas questionando a prática da arquitectura e a articulação dos projectos de especialidades de engenharia com o projecto arquitetónico.

Programa

Parte 1
Objectivos da Disciplina.
O Espaço e a Arquitectura. Saber ver e interpretar a arquitectura.
Noções de Espaço, de Arquitectura, de Estrutura e de Composição. Como se caracteriza o espaço arquitectónico. O Espaço criado pelas coisas. Como surge a arquitectura? A necessidade de delimitar um espaços. A Entidade “vazio”. Noção e Pressupostos de Arquitectura. Elementos de composição arquitectónica. Percepção espacial. Espaço vazio; espaço abstracto. A vivência do espaço e a percepção estática do espaço arquitectónico.
A interpretação espacial; percepção em movimento; a escala humana – Modulor.
O Tempo como 4ª dimensão da arquitectura. (Proj. PowerPoint).

Parte 2
Concretização formal. A construção e representação do espaço arquitectónico.
Métodos e sistemas construtivos.
Saber ver a arquitectura.
Identificar os elementos de composição e interpretar o espaço arquitectónico.
É a Arquitectura uma Arte? O que a distingue da Escultura? E da Engenharia Civil?
A Composição Arquitectónica. Elementos de composição arquitectónica e condicionantes arquitectónicas. Composição volumétrica. Organização formal. Propriedades visuais do espaço.

Parte 3
a) Metodologia Projectual em Arquitectura. Método e meio de representação; a linguagem técnica de representação da Arquitectura. Método e instrumentos de Trabalho. O Desenho arquitectónico como meio de representação e de comunicação. Elementos gráficos.

b) Metodologia Projectual em Arquitectura - continuação.
O Faseamento do Projecto de Arquitectura. O Projecto de Licenciamento. Memória descritiva e justificativa. Projectos de especialidades. Projecto Base. Projecto de Execução.
Caderno de Encargos. Condições técnicas, gerais e especiais. Mapa de quantidades e medições. Estimativa orçamental. Peças desenhadas. Detalhar o projecto e a obra.
Léxico de termos técnicos e arquitectónicos. Introdução à Gramática arquitectónica.

Parte 4
O Espaço Arquitectónico através da História.
DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA À ACTUALIDADE.
Proj. de diapositivos/transparências
O Espaço Arquitectónico através da História - séculos XIX e XX. Continuação do estudo. Projecção de transparências.
O Espaço Arquitectónico através da História.
A ACTUALIDADE. Projecção de transparências.

Parte 5
OBRAS E PROJECTOS DE ARQUITECTURA
Projecção de documentário. Aulas de síntese das matérias abordadas ilustradas através de casos reais.
Revisões da matéria dada.

Parte 6
Integração Arquitectónica e Urbana.
Noções e reflexão crítica. A cultura do gosto. Projecção Power Point.
Dissonâncias Arquitectónicas.

Parte 7
A Cidade e as Tipologias Edificatórias.
Conceitos e nomenclatura. A organização espacial das tipologias. A caracterização da Cidade. Malha urbana. Traçado urbano. Tecido urbano. Morfologia urbana; elementos morfológicos da cidade.
A Cidade como entidade sistémica. A Cidade como organismo vivo. O pulsar urbano. As catálises urbanas. O crescimento e evolução urbanos. Os edifícios na morfologia; o espaço público como ligante da cidade.
Revisão da matéria.

Conteúdo Científico - distribuição estimada – 40%
Conteúdo Tecnológico - distribuição estimada – 60%

Bibliografia Complementar

Francis D. K. Ching; Forma, Espacio y orden, Ediciones Gustavo Gili/México, 1998. ISBN: 968-887-340-3

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Metódos de Ensino

Face à natureza das temáticas da disciplina e ao seu teor teórico, as aulas serão sempre apoiadas, tanto quanto posssível, pelo sistema E-Learning, pelos meios audio-visuais, donde se destaca a projecção de filmes sobre diferentes autores ou períodos da história da arquitectura, contemplados no programa, bem como a projecção de séries de diapositivos e de temas preparados em Power Point, além de outras fontes particulares especialmente vocacionadas para algumas das matérias (Análise da Forma Arquitectónica, Tipologias e Organização do Espaço Arquitectónico, Legislação, entre outros).
Complementarmente, os alunos serão estimulados a reflectir sobre variadas questões imbuídas nas diferentes temáticas do programa da disciplina, ora pelo debate suscitado dentro das aulas, ora pela análise directa de obras localizadas dentro ou fora da cidade (visitas de estudo).

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL DE APOIO PARA O ENSINO DA DISCIPLINA
CHING, Francis D.K. "Forma, Espacio y Orden", Ediciones Gustavo Gili/México, 1998.
JENCKS, Charles, "What is Post-Modernism", Academy Editions/St.Martin¿s Press, 3ª edição revista e ampliada, Londres, 1989
JORDAN, R.Furneaux, "História da Arquitectura no Ocidente", Editorial Verbo, Lisboa, 1985
TAFURI, Manfredo, "Teorias e História da Arquitectura", Editorial Presença/Martins Fontes, Lisboa, 1979
TÁVORA, Fernando, "Da Organização do Espaço", Edições do Curso de Arquitectura da ESBAP, 2ª edição (Fac-simile), ESBAP, Porto, 1982
VEIGA DA CUNHA, Luís, "Desenho Técnico", Fundação Calouste Gulbenkian, 11ª Edição, Lisboa, 1999
ZEVI, Bruno, "Saber Ver a Arquitectura", Martins Fontes Editora, 3ª edição revista, S.Paulo,1992

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Descrição	Tipo	Tempo (Horas)	Peso (%)	Data Conclusão
Participação presencial (estimativa)	Participação presencial	44,00
Dois Mini Testes	Exame	3,00
Três Exercícios Práticos	Trabalho escrito	27,00
	Total:	-	0,00

Obtenção de frequência

Obtenção de Frequência

A - Desenvolvimento de Exercícios Práticos. Total de = 3

1 - Desenvolvimento de um exercício prático individual (Exercício EP1 - Identificação gráfica - iconografia - de um Projecto de Arquitectura - 2 aulas), acompanhado e rubricado pelo docente, nas aulas práticas, bem como a sua entrega em dossier normalizado, na data a determinadar pelo docente (componente obrigatória).

2 - Desenvolvimento de um exercício prático, com parte individual e parte em grupo (Exercício EP2 - Análise arquitectónica de um sistema construtivo: leitura do projecto + interpretação do sistema + elaboração de maqueta + apresentação do trabalho à turma - 4 aulas) sobre a análise arquitectónica de um sistema construtivo: investigação sobre o sistema em estudo. O desenvolvimento do exercício será acompanhado e rubricado progressivamente pelo docente, nas aulas práticas, bem como a sua entrega em dossier normalizado, na data determinada (componente obrigatória).

3 - Desenvolvimento de um exercício prático, com parte individual e parte em grupo, constituído pela análise arquitectónica de um edifício - análise de uma projecto e respectivo edifício ou infraestrutura (Exercício EP3 - Análise do projecto + palestra dos projectistas envolvidos na obra em estudo + visita guiada + análise e tratamento da informação recolhida + elaboração de um painel de síntese + apresentação do painel e sua discussão crítica na aula - 6 aulas).
Este trabalho contempla uma visita guiada, (visita obrigatória, excepto para os alunos em regime TE) por parte do aluno ao local/obra. Consta ainda da elaboração de um painel normalizado (2ª fase) expressando não só o resultado da visita de estudo, mas também os conhecimentos obtidos da palestra proferida por técnicos ligados ao projecto e à obra visitada.
As fases do trabalho serão acompanhadas e rubricadas progressivamente pelo docente nas aulas práticas, bem como a sua entrega em dossier normalizado, na data determinada pelo docente (componente obrigatória).

B - Resolução de dois mini-testes (MT), nas datas estipuladas (cada mini teste constitui componente obrigatória da avaliação), cujos modelos podem ser diferentes entre si, podendo ser de resposta de desenvolvimento ou de resposta do tipo escolha múltipla, ou ainda ser num modelo misto (combinando os anteriores) , tendo qualquer um dos modelos a duração máxima de 1h30m.

Fórmula de cálculo da classificação final

Calculo da Classificação Final
EP1 - cotação máxima = 1,5 valor;
EP2 - cotação máxima = 3,5 valores;
EP3 - cotação máxima = 3 valores (Relatório síntese + Painel);

MT1 - cotação máxima = 6 valores;
MT2 - cotação máxima = 6 valores.
EP1 + EP2 + EP3 + MT1 + MT2 = NF (Nota Final).

De acordo com as Normas de Avaliação do MIEC, haverá oportunidade de recuperação de um dos mini-testes, em momento a programar na semana de intervalo entre os exames normais e os de recurso do calendário escolar da FEUP.

Condições de não aprovação:
a) NF menor que 10 valores.

Provas e trabalhos especiais

Veja-se NOTAS no Ponto Avaliação Especial:

A - REGRAS ESPECIAIS PARA TRABALHADORES ESTUDANTES, ESTUDANTES EM CARREIRA MILITAR, DIRIGENTES ASSOCIATIVOS, ETC.
B - REGRAS ESPECIAIS PARA ESTUDANTES EM MOBILIDADE.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Avaliação Especial (TE, DA, ...)

A - REGRAS ESPECIAIS PARA TRABALHADORES ESTUDANTES, ESTUDANTES EM CARREIRA MILITAR, DIRIGENTES ASSOCIATIVOS, ETC.:

O processo de avaliação destes casos especiais constará da resolução de um exame teórico-prático, cobrindo toda a matéria teórica e as temáticas dos programas dos exercícios práticos.
Duração do exame especial = 3 horas (Parte I, teórica = 1h + Parte II, prática = 2h), no mesmo dia.

B - REGRAS ESPECIAIS PARA ESTUDANTES EM MOBILIDADE:
Domínio da Língua Portuguesa e/ou Inglesa; frequência de disciplinas de graduação introdutórias à temática científica versada na presente disciplina; avaliação através de exame final e/ou trabalhos(s) + testes.

SPECIAL RULES FOR MOBILITY STUDENTS:
Proficiency in Portuguese and/or English; Previous attendance of introductory graduate courses in the scientific field addressed in this module; evaluation by final exam and/or coursework(s) + exams."

Melhoria de classificação

Melhoria de Classificação Final/Distribuída:

A) Dos mini-testes - avaliação através da resolução de testes de recuperação, cobrindo a matéria teórica.
A prova de melhoria de classificação pode ocorrer na época especial de conclusão de curso, mediante inscrição prévia nos Serviços Académicos (em Setembro ou em Março, desde que até final do ano lectivo seguinte), Artº 10º das Normas, em leitura conjugada com a alínea b) do nº 7 do artº 6º das mesmas Normas de Avaliação.

Observações

CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
De uma forma muito genérica, são considerados conhecimentos essenciais para a UC Arquitectura, a compreensão do território e a sua topografia e fisiologia, a leitura e compreensão dos projectos de arquitectura, tendo por base o desenho técnico, e a compreensão do objecto arquitectónico na sua relação directa com a engenharia civil e restantes especialidades, assim como com os processos construtivos e os sistemas estruturais.

Em relação aos conhecimentos adquiridos em outras UCs que podem contribuir para a solidez de preparação dos Estudantes para a UC Arquitectura, destacam-se, em particular, as UCs designadas por: Desenho Técnico (1ºAno -1ºsem.); Topografia (1ºAno - 2º sem.); História da Engenharia Civil (1ºAno -1ºsem.).
Deste modo, a não frequência e/ou aprovação essencialmente nas UCs de Desenho Técnico e Topografia poderão levantar dificuldades acrescidas para o sucesso na frequência UC Arquitectura.


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Tempo de trabalho estimado fora das aulas: 7 horas.