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O projecto SMARTER tem como objetivo aumentar o conhecimento relativo à perigosidade e ao risco sísmico nas zonas urbanas de Portugal e Argélia, através do conhecimento científico desenvolvido na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto relativamente à modelação sísmica estrutural e à avaliação de risco sísmico a uma escala nacional, e à vasta experiência do Centre de Recherche en Astronomie Astrophysique et Géophysique (CRAAG) em avaliação da perigosidade sísmica e à recolha de informação relativa a eventos sísmicos.
O Norte da Argélia é a região sismogénica mais activa na região da bacia Oeste do Mediterrâneo, com um histórico de eventos sísmicos frequentes e muito destrutivos, que conduziram nas últimas décadas a aproximadamente 50.000 fatalidades e a um impacto muito significativo de perdas económicas, humanas e sociais [1]. Por outro lado, Portugal é um país de moderada sismicidade que foi parcialmente destruído no passado por eventos sísmicos significativos, tal como o sismo de 1755 em Lisboa [2], e que abanou pensamentos filosóficos e redefiniu a importância das consequências sísmicas na sociedade Europeia [3]. Neste contexto, um modelo de perigosidade sísmica unificado será desenvolvido para o Norte da Argélia, tendo em consideração a actividade sísmica na região e o extenso catálogo sísmico já recolhido pelo CRAAG.
Serão desenvolvidos diversos modelos de vulnerabilidade para as tipologias de edifícios mais importantes nos dois países, e utilizados em análises probabilísticas e de cenários sísmicos históricos para zonas urbanas. Adicionalmente, a informação de danos pós-sismo recolhida em eventos sísmicos recentes que ocorreram na Argélia, será utilizada para calibrar os modelos de vulnerabilidade derivados inicialmente de modo analítico. Estes resultados serão facultados às autoridades locais para suportar o desenvolvimento de medidas de mitigação de risco, e incorporadas numa plataforma web georreferenciada para a avaliação e disseminação  |
Resumo
O projecto SMARTER tem como objetivo aumentar o conhecimento relativo à perigosidade e ao risco sísmico nas zonas urbanas de Portugal e Argélia, através do conhecimento científico desenvolvido na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto relativamente à modelação sísmica estrutural e à avaliação de risco sísmico a uma escala nacional, e à vasta experiência do Centre de Recherche en Astronomie Astrophysique et Géophysique (CRAAG) em avaliação da perigosidade sísmica e à recolha de informação relativa a eventos sísmicos.
O Norte da Argélia é a região sismogénica mais activa na região da bacia Oeste do Mediterrâneo, com um histórico de eventos sísmicos frequentes e muito destrutivos, que conduziram nas últimas décadas a aproximadamente 50.000 fatalidades e a um impacto muito significativo de perdas económicas, humanas e sociais [1]. Por outro lado, Portugal é um país de moderada sismicidade que foi parcialmente destruído no passado por eventos sísmicos significativos, tal como o sismo de 1755 em Lisboa [2], e que abanou pensamentos filosóficos e redefiniu a importância das consequências sísmicas na sociedade Europeia [3]. Neste contexto, um modelo de perigosidade sísmica unificado será desenvolvido para o Norte da Argélia, tendo em consideração a actividade sísmica na região e o extenso catálogo sísmico já recolhido pelo CRAAG.
Serão desenvolvidos diversos modelos de vulnerabilidade para as tipologias de edifícios mais importantes nos dois países, e utilizados em análises probabilísticas e de cenários sísmicos históricos para zonas urbanas. Adicionalmente, a informação de danos pós-sismo recolhida em eventos sísmicos recentes que ocorreram na Argélia, será utilizada para calibrar os modelos de vulnerabilidade derivados inicialmente de modo analítico. Estes resultados serão facultados às autoridades locais para suportar o desenvolvimento de medidas de mitigação de risco, e incorporadas numa plataforma web georreferenciada para a avaliação e disseminação em tempo real das consequências dos sismos.
A partir do reconhecimento da Argélia como maior fornecedor de gás natural para a Península Ibérica e terceiro maior para a Europa, é dedicada uma atenção especial ao estudo e avaliação da vulnerabilidade sistémica da rede de gás na Argélia. A estimativa do impacto económico directo e da interrupção de atividade em Portugal, devido a falhas parciais ou colapsos da rede, será um foco de análise do projeto.
Uma forte colaboração e partilha de conhecimento é esperada entre as competências complementares encontradas na FEUP e no CRAAG, o que permitirá decididamente garantir o sucesso do projeto SMARTER, assegurando que ambas as sociedades Portuguesas e Argelina beneficiarão dos resultados desta iniciativa, melhorando a sua resiliência e preparação para a mitigação do impacto de futuros sismos. |