Geologia II
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Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Ciências da Terra |
Ocorrência: 2010/2011 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Língua de trabalho
Português
Objetivos
A disciplina de Geologia II tem como objectivo fundamental levar os alunos a compreender que a Tectónica de Placas é um paradigma aplicável na interpretação dos mais variados processos e materiais geológicos. Neste sentido durante a disciplina decorrerão em simultâneo duas abordagens:
(1) Uma abordagem conceptual que, correspondendo às aulas TP, vai apresentando os diversos ambientes geotectónicos considerados num Ciclo de Wilson, caracterizando-os relativamente aos principais processos geológicos aí ocorrentes (e.g. sedimentação, magmatismo, metamorfismo, metalogénese, deformação e tectónica). Ou seja, faz-se uma abordagem do Ciclo de Wilson na perspectiva da análise dos diferentes ambientes geodinâmicos e respectiva génese de recursos minerais associados. A presente análise é ilustrada com exemplos à escala do globo terrestre.
(2) Uma abordagem aplicada que corresponderá às aulas L e de campo. Neste caso, pretende-se abordar a Geologia de Portugal à custa dos conceitos fundamentais apresentados: o Ciclo de Wilson e a Tectónica de Placas. Serão descritas e interpretadas as principais unidades da Geologia de Portugal, e os recursos e jazigos minerais associados.
Programa
Capítulo I – Generalidades
Inserção do território Português no contexto das Cadeias Varisca e Alpina. As grandes unidades: i) Unidades Geotectónicas e Morfoestruturais Variscas e Alpinas; ii) Maciço Ibérico: zonalidade paleogeográfica e tectónica; iii) conceito de Unidades Tectonoestratigráficas denominadas Terrenos: Terreno Ibérico, Terreno Ofiolítico, Terreno Sul-Português, Terrenos suspeitos.
Capítulo II – Conceito de Ciclo de Wilson
1 - Regimes tectónicos divergentes (extensionais): i) "Rift" intracontinental; ii) início de oceanização; iii) oceanização avançada.
2- Regimes tectónicos convergentes: i) Transformação de margem passiva em activa, inversão tectónica e nucleação de uma zona de subducção; ii) subducção franca - arcos de ilhas e arcos magmáticos continentais; iii) Obducção; iv) colisão continental e formação da cadeia de montanhas.
Capítulo III - Geologia e jazigos minerais do território de Portugal
1 - Terreno Ibérico
i) Zona de Ossa-Morena: unidades litostratigráficas; evolução paleogeográfica e geodinâmica; magmatismo; tectónica e metamorfismo. Metalogénese endógena, exógena e/ou estruturalmente controlada. Rochas ornamentais.
ii) Zona Centro-Ibérica e Zona de Galiza - Trás-os-Montes: Unidades litostratigráficas; evolução paleogeográfica e geodinâmica; magmatismo; tectónica e metamorfismo. Metalogénese endógena, exógena e/ou estruturalmente controlada. Rochas ornamentais e industriais.
2 - Terreno Ofiolítico
Complexo ofiolítico do norte (Morais-Bragança); Complexo Ofiolítico do Sul. Composição da crusta oceânica; tectónica e metamorfismo; mineralizações associadas aos complexos ofiolíticos.
3 - Terreno Sul-Português
Litoestratigrafia, vulcanismo e paleogeografia: i) Grupo do Pulo do Lobo; ii) Zona Sul Portuguesa: faixa piritosa; grupo do flysch do Baixo Alentejo; antiforma de Bordeira-Aljezur. Metalogénese do Grupo Pulo de Lobo e Faixa Piritosa. As grandes massas minerais da Faixa Piritosa.
4 - Cobertura epi-Varisca
Bordadura ocidental ou Lusitânica; bordadura Sul ou Algarvia; Bacia do Tejo e Sado; Bacias epicontinentais. Jazigos minerais não metálicos da cobertura epi-Varisca (Alpina).
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Aulas teóricas com apoio de:
• Material geológico-mineiro do Museu do Departamento de Minas;
• Mapas regionais e sectoriais;
• Esquemas didácticos representativos dos vários ambientes geodinâmicos.
Aulas práticas e teórico-práticas com desenvolvimento de técnicas:
• Uso da bússola e recolha de dados estruturais no terreno;
• Leitura de cartas topográficas e geológicas;
• Projecção estereográfica de estruturas planares e lineares. Uso do Programa "Stereonet" para estatística de dados.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Obtenção de frequência
A obtenção de frequência implica a presença em 75% das aulas práticas e teórico-práticas previstas, assim com a entrega dos trabalhos práticos propostos (gabinete e campo).
Fórmula de cálculo da classificação final
O cálculo da classificação final tem a seguinte composição:
50% - Trabalhos práticos (exercícios práticos de gabinete; relatórios dos trabalhos de campo; entrega do caderno de campo);
40% - Exame Final;
10% - Conhecimento pessoal do aluno e assiduidade.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Exame escrito ou oral
Melhoria de classificação
Exame de recurso (60%) e trabalhos práticos entregues durante o semestre (40%).