Resumo (PT):
A exploração e tratamento de minérios metálicos em Portugal é hoje em dia extremamente reduzida. Apenas se encontram em actividade regular duas empresas: a Somincor que explora os jazigos da área de Neves-Corvo e a Beralt que explora o jazigo da Panasqueira. Existem ainda actividades minúsculas de recuperação de estéreis e escombreiras. Apesar deste facto, as produções de cobre, estanho, volfrâmio e prata são ainda significativas em termos de produção na comunidade europeia alargada. A Somincor utiliza a deposição dos resíduos sob via húmida, o que constitui a solução mais aceitável para os minérios sulfurados, enquanto que a Beralt tem milhões de toneladas de resíduos herdados das empresas que a antecederam na exploração da mina, que se encontra em actividade contínua há mais de um século.
Assim, o grande problema relativo ao armazenamento dos resíduos de minérios metálicos é o enorme passivo ambiental produzido em antigas explorações, cobrindo todos os distritos do País.
Apresenta-se ainda neste estudo, com relativo detalhe, as relações entre a composição do minério e o processo de tratamento para produção de concentrados utilizado (em especial a intensidade da moagem) com os impactes potenciais adversos que podem vir a ser gerados, potencialidade essa que já se tornou efectiva em alguns casos mais graves. A situação mais grave, a chamada drenagem ácida, produzida pelos minérios piritosos, é aqui teoricamente analisada. Salienta-se que uma vez iniciadas as reacções envolvidas neste conjunto fenómeno é extremamente difícil controlar ou impedir a sua continuação.
Analisam-se ainda criticamente as soluções que foram utilizadas e sugerem-se as tecnologias mais convenientes para explorações ambientalmente sustentáveis.
Idioma:
Português
Tipo (Avaliação Docente):
Científica
Referência:
INVENTÁRIO NACIONAL DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Nº de páginas:
242