Em 2011 a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) comemorou 100 anos desde a sua fundação, e trouxe à cidade do Porto, uma exposição de fotografia inédita, "Harold Edgerton - Fragmentos de Tempo", que reuniu 58 das imagens mais icónicas conseguidas por este cientista e fotógrafo, pioneiro da fotografia de alta velocidade.
Através da utilização de luz estroboscópica, Edgerton consegue pela primeira vez parar o tempo numa imagem fotográfica, capturando assim imagens fascinantes de sequências de movimento, de outra forma imperceptíveis ao olho humano. Fosse a sua motivação científica ou artística, vale a pena olhar atentamente para a sua obra. Esta exposição recuperou os magníficos instantâneos que Harold Edgerton legou à história da fotografia. Uma exposição surpreendente que ampliou o nosso campo de perceção dando-nos a descobrir a secreta beleza do movimento. Esteve patente na Casa Andresen, no Jardim Botânico do Porto (Rua do Campo Alegre, 1191), de 12 de Outubro de 2011 a 8 de Janeiro de 2012. De Quarta a Domingo das 14h30 às 18h30 - Entrada livre.
A exposição "Harold Edgerton - Fragmentos de Tempo", desde a sua inauguração, ultrapassou os 5000 visitantes. Expostas ao público durante três meses, as fotografias icónicas de Harold E. Edgerton, cientista e fotógrafo americano, têm levado à Casa Andresen, espaço de enorme beleza que se conjuga em perfeição com as obras, um grande número de curiosos da fotografia e interessados por fenómenos científicos.
Mensagem da Direção da FCUP:
«A Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) foi criada em 1911 na sequência da fundação nesse mesmo ano da Universidade. Tendo a instituição da República tornado possível este progresso, a FCUP surge na sequência de um conjunto de Escolas que na Cidade proporcionaram estudos superiores, como a Aula de Náutica (estabelecida em 1762), a Aula de Debuxo e Desenho (que surgiu em 1779), a Academia Real de Marinha e Comércio (em 1803) e a Academia Politécnica (criada em 1837). Alicerçada nestas longas e robustas raízes, a FCUP fez um percurso que prestigia a Escola e a Universidade, comemorando-se em 2011 os seus 100 anos. É pois um tempo propício a um momento de reflexão, ponderando o presente tendo a perspetiva do passado e preparando o futuro com a responsabilidade que decorre da missão a que se propôs. Várias iniciativas foram programadas com o objetivo de salientar aspetos nucleares da história e da cultura FCUP, sendo assumida a importância de uma componente que pelo seu simbolismo traduzisse a pausa criativa e dinâmica que também se procura no centenário da FCUP. Encontrou-se na exposição Harold Edgerton-Fragmentos do Tempo a simbiose de momento, movimento, ciência e arte que reflete exemplarmente a mensagem a transmitir: a realidade é o momento presente mas que só faz sentido ancorado no passado e projetado para o futuro. Esta integridade, manifestação de coerência e que se pretende alicerçada em valores universais, deverá continuar a orientar esta Escola para o fragmento temporal dos próximos 100 anos, conforme se sintetiza nas palavras do Centenário: “100 Anos. Compromisso com o Futuro”».