Código: | Q3021 | Sigla: | Q3021 | Nível: | 300 |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Química |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Departamento de Química e Bioquímica |
Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Química |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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L:BQ | 17 | Plano de Estudos Oficial | 3 | - | 6 | 56 | 162 |
L:Q | 30 | Plano estudos a partir do ano letivo 2016/17 | 3 | - | 6 | 56 | 162 |
O aluno deve desenvolver um conhecimento lato de todo o processo de descoberta e de desenvolvimento de fármacos, desde a identificação do alvo até à entrada no mercado, incluindo aspectos económicos e legais e registo de patentes.
Deve ainda desenvoler a capacidade de, dado um alvo famacológico, identificar um composto líder de grupo. Dada a estrutura do receptor, prever a sua geometria de complexação e optimizar computacionalmente a energia de interacção entre as duas espécies. Prever a contribuição energética do solvente na associação receptor ligando, bem como o papel da hidrofobicidade e flexibilidade. Deve conhecer os requisitos que um fármaco deve possuir para ter boas propriedades de absorção, distribuição, metabolismo e excreção. Em suma, deve ter a capacidade, de forma autónoma, de dado um alvo biológico fazer propostas coerentes e pertinentes de ligandos com afinidade para o alvo, com propriedades farmacocinéticas favoráveis e com viabilidade de desenvolvimento comercial.
Escolher um composto promissor entre uma base de dados de compostos; prever a sua geometria de associação ao alvo; proceder ao melhoramento da afinidade desse mesmo composto; prever, e melhorar, o perfil farmacocinético de um composto; interatuar e trabalhar em equipa com todos os interlocutores do processo de descoberta e desenvolvimento de fármacos.
Não aplicável
Conteúdos Teóricos
1. Introdução
1.1. O que é um fármaco?
1.2. A origem de compostos com actividade farmacológica.
1.3. A formulação de um fármaco, os vários tipos de formulação, e suas vantagens e desvantagens.
1.4. A nomenclatura de fármacos: nome interno do fabricante, nomenclatura segundo as regras da IUPAC, nome genérico e nome comercial.
1.5. Requisitos básicos que um fármaco deve possuir. Propriedades ADME e toxicidade.
2. Pipeline de Descoberta e Desenvolvimento de Fármacos.
2.1. Linha de descoberta e desenvolvimento de um fármaco e sua segmentação nas fases clássicas.
2.2. Identificação do alvo farmacológico. Importância e metodologias.
2.3. Definição de Farmacóforo e de hit compound. Métodos para a sua identificação. Serendipidade, Pesquisa sistemática (virtual ou experimental) de alto rendimento e design racional.
Transformação de um “hit compound” num composto director. 2.4. Optimização de compostos directores e metodologias associadas. Química Combinatória, Síntese paralela e modificações químicas racionais.
2.5. Avaliação da actividade biológica in vitro e in vivo. Sinergia entre os processos de optimização e de avaliação de actividade. Esquema cíclico de optimização e avaliação.
2.6. Fase de pré-desenvolvimento e desenvolvimento de um fármaco. Testes clínicos. Vigilância pós-comercial.
2.7. Razões científicas, técnicas e económicas para a interrupção do processo de desenvolvimento de um fármaco.
2.8. Colocação de um fármaco no mercado. Aspectos legais.
2.9. Patentes associadas ao desenvolvimento de fármacos.
3. Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção de Fármacos.
3.1. Farmacocinética e Farmacodinâmica. Sua relação com a dosagem do fármaco.
3.2. Biodisponibilidade. Sua relação com a concentração de fármaco acessível ao alvo fisiológico.
3.3. Membranas biológicas.
3.4. Absorção. Barreiras à absorção. Propriedades moleculares que influenciam a absorção.
3.5. Distribuição. Propriedades moleculares que afectam a cinética e a extensão da distribuição.
3.6. Estratégias químicas para controlar o metabolismo de fármacos.
3.7. Mecanismos de excreção. Tempo de semi-vida de um fármaco.
4. Relações Quantitativas Estrutura-Actividade (QSAR).
4.1. Introdução às QSAR.
4.2. As várias etapas da construção de uma QSAR. A natureza iterativa da construção de uma QSAR.
4.3. Selecção do conjunto de compostos. Diversidade das suas propriedades, gama de valores para os seus descritores e gama de actividades para o conjunto de compostos. Previsões por interpolação e extrapolação.
4.4. Identificação dos descritores biologicamente relevantes e selecção do melhor sub-conjunto.
4.5. Identificação da melhor combinação de descritores e da correlação entre descritores.
4.6. Determinação da equação que descreve o modelo de QSAR.
4.7. Complexidade matemática da equação e sobreajuste de dados. Relação destes dois factores com a capacidade predictiva da equação.
4.8. Métodos de aferição da qualidade matemática do ajuste e da qualidade estatística estatística do modelo de QSAR.
4.9. Métodos de aferição da capacidade predictiva do modelo de QSAR.
Aulas práticas
1. Ciclo de vida do vírus HIV-1; enzima Protease do HIV-1.
2. Software de visualização VMD.
3. Docking molecular e Screening virtual com o sofware AutoDock.
4. Optimização da interação de compostos hit selecionados com a protease do HIV-1.
5. Previsão da biodisponibilidade dos compostos hit através das regras de Lipinski e de Veber.
6. Previsão da toxicidade dos compostos hit desenvolvidos.
7. Elaboração de relatório.
Aulas teóricas clássicas, com exposição por parte do professor, tendo alguma intervenção por parte dos alunos.
Aulas práticas baseadas em problemas, centradas no aluno, nas quais o professor assume a função de orientar a ajudar o aluno na sua busca pelo conhecimento, motivada pela necessidade de resolver o problema em causa.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 75,00 |
Participação presencial | 25,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 106,00 |
Frequência das aulas | 58,00 |
Total: | 164,00 |
Frequência de, pelo menos, 75% das aulas práticas.
A avaliação será calculada em função do resultado de um exame teórico (50%) e de uma nota prática (50%). A nota prática será calculada em função da avaliação prática contínua (25%) e do resultado de um exame sobre o trabalho desenvolvido nas aulas práticas (25%), a ser efetuado em conjunto com o exame relativo aos conteúdos teóricos.
Apenas as componentes da avaliação aferidas por exame escrito poderão ser alvo de melhoria, através da realização de exame para esse efeito.