Código: | B310 | Sigla: | B310 |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Biologia |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Departamento de Biologia |
Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Biologia |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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L:B | 7 | Plano de estudos a partir de 2008 | 3 | - | 7,5 | 60 | 202,5 |
O objectivo geral deste curso é levar o aluno a compreender o desenvolvimento da planta em função das condições ambientais, a sua plasticidade e capacidade de adaptação a tais condições com especial enfoque nas suas defesas químicas, face a factores de stresse abiótico e biótico. A compreensão da influência de factores edáficos e ambientais como a salinidade luz e temperatura e outros, no desenvolvimento morfogénico e na produção, translocação e acção de metabolitos, mensageiros químicos e fitoreguladores, constitui um objectivo mais específico desta unidade. Outro objectivo específico, consiste na compreensão de mecanismos de percepção e transdução de sinais físicos, químicos e biológicos em respostas biológicas concretas a nível celular, a nível orgânico e de todo o organismo. O reconhecimento da importância da produção de metabolitos secundários em correlação com factores de stresse abiótico e biótico e o seu papel de defesa e adaptação da planta ao meio, passando pela compreensão do conceito de alelopatia constitui outro objectivo específico desta unidade. Pretende-se também incutir e relevar a importância do conhecimento bioquímico e acção biológica dos metabolitos secundários produzidos pelas plantas na perspectiva das suas aplicações em diversos sectores socioeconómicos da humanidade contemporânea. Como competências e resultados de aprendizagem, pretende-se que os alunos fiquem aptos a: (a) compreender, desenhar e realizar experiências que demonstrem o papel de fitorreguladores no desenvolvimento morfofisiológico de plantas; (b) compreender, desenhar e realizar experiências que demonstrem o papel da luz, temperatura e organismos nocivos, no desenvolvimento morfofisiológico, resposta bioquímica e produção de metabolitos secundários de plantas; (c) compreender, desenhar e realizar experiências que demonstrem o efeito alelopático de metabolitos secundários produzidos por plantas.
Pretende-se que os alunos fiquem aptos a:
compreender, idealizar e realizar experiências que demonstrem o papel de fitorreguladores no desenvolvimento morfofisiológico dasplantas;
compreender, idealizar e realizar experiências que demonstrem o papel da luz, temperatura e organismos nocivos, no desenvolvimento morfofisiológico, resposta bioquímica e produção de metabolitos secundários de plantas;
compreender, idealizar e realizar experiências que demonstrem o efeito alelopático de metabolitos secundários produzidos por plantas.
Tópicos programáticos Assimilação de nutrientes minerais. Assimilação de nitrogénio: (a) nitrato; (b) amónio; (c) fixação de nitrogénio atmosférico. Assimilação de enxofre (sulfato). Assimilação de fosfato. Assimilação de oxigénio. Fitoreguladores e elicitadores. Revisão dos conhecimentos sobre auxinas, citocininas, giberelinas, ácido abscisico, etileno e brassinoesteróides: produção, translocação e acções fisiológicas de (a) ácido 3-indol-acético; (b) (zeatina; (c) ácido giberélico; (d) ácido abscisico; (e) etileno e (f) brassinólido e outros esteróides; biossíntese e acções de poliaminas; biossíntese e acções do ácido jasmónico; biossíntese e acções do ácido salisílico; fitocromo e suas propriedades; fotoreceptores de luz azul e suas propriedades. Respostas morfofisiológicas induzidas pela luz (rev.). Acção reguladora dos criptocromos e acção mediadora da zeaxantina (rev.). Efeito reverso induzido pela luz verde. Percepção e transdução de sinal (perspectiva geral das redes de interacções intracelulares, intercelulares e ambientais nas plantas). Sistemas de informação genético e epigenético. Percepção por via de receptores vs. percepção por via de alteração do potencial de membrana. Aspectos comuns quanto a atributos e actividades catalíticas de diferentes receptores. Cinéticas receptor-ligando. Concentrações de receptores vs sensibilidade das células a ligandos. Exemplos específicos de receptores de plantas: receptores de fitoreguladores. Mensageiros secundários e vias de transdução. Transdução no espaço e no tempo. Interacções planta-ambiente. Resposta da planta a factores de stresse abiótico: mecanismos de resistência. Resposta ao stresse hídrico: ajustamento osmótico e seu papel na tolerância ao défice de água e excesso de salinidade; solutos compatíveis; osmólitos; acumulação de glicina betaína. Impacto do défice de água e da salinidade ao transporte transmembranar: transportadores, bombas, canais, aquaporinas. Papel de osmotinas e de ABA. Resistência ao stresse hídrico causado por temperaturas baixas; Resistência ao stresse hídrico causado por alagamento baixas. Resistência ao stresse oxidativo associado a ozono. Resistência ao stresse térmico por altas temperaturas. Factores de stresse biótico. Ataque da planta por agentes nocivos: microorganismos patogénicos (vírus, bactérias, fungos, nemátodes), insectos fitófagos, plantas competidoras, animais herbívoros. Mecanismos bioquímicos de adaptação e estratégias de defesa da planta: resposta hipersensitiva, morte celular programada e defesas químicas. Base genética da interacção planta-patogénio. Resistência mediada por genes R e Avr. Bioquímica das reacções de defesa envolvendo produção de ROS, NO, calose, HRGPs, PGIPs, ácido benzoico ácido, salicilico, ácido jasmonico, etileno, fitoalexinas, resistência sistémica adquirida elicitada pelos organismos atacantes. Conceito de alelopatia. Produção, acumulação e funções ecológicas de metabolitos secundários. Biossíntese e acumulação de alcalóides; biossíntese e acumulação de terpenos (hemi-, mono-, sesqui-, di- tri- tetra- politerpenos); biossíntese e acumulação de compostos fenólicos (fenil-propanoides, flavonóides, lignanos, cumarinas, stilbenos, xantonas, pironas). Importância sócio-económica de metabolitos secundários produzidos por plantas como produtos naturais de elevado valor acrescentado. Bibliografia Básica: Plant Physiology, 5th Ed., 2010, L Taiz, E Zeiger, Sinauer Associates Inc., Sunderland Biochemistry & Molecular Biology of Plants, 4th, 2002, BB Buchanan, W Gruissen, R.L. Jones, American Society of Plant Biologists, John Wiley & Sons Lda., USA Apoio: Allelopathy. A Physiological Process with Ecological Implications, 2006, MJ Reigosa, N Pedrol, L González, Springer, Dordrecht Light and Plant Development, Annual Plant Reviews, Vol. 30, 2007, GC Whitelam, KJ Halliday, Blackwell Publishing, Oxford Environmental Physiology of Plants, 3rdEd, 2002, AH Fitter, RKM Hay, Academic Press, London
Métodos de Ensino Os conteúdos serão desenvolvidos em sessões teóricas, sessões teórico-práticas, sessões práticas, sessões de apoio tutorial e seminários.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 60,00 |
Participação presencial | 4,00 |
Trabalho escrito | 18,00 |
Trabalho laboratorial | 18,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Elaboração de relatório/dissertação/tese | 6,00 |
Estudo autónomo | 59,00 |
Frequência das aulas | 24,00 |
Trabalho laboratorial | 36,00 |
Total: | 125,00 |
Obtenção de Frequência Para ficar habilitado à avaliação, o aluno terá de frequentar pelo menos 2/3 de todas as sessões que contam com a presença do docente. Critérios de Avaliação a) avaliação contínua com base na assiduidade às aulas e respectiva participação*. b) relatório final sobre as aulas práticas c) apresentação, redacção e defesa de um trabalho de seminário d) 1 teste escrito a meio do programa ( 50% da matéria inicial) + 1 teste escrito no fim do programa ( 50% da matéria final) e/ou exame escrito global. A dispensa de exame escrito global só é possível com aproveitamento nos dois testes. NOTA: para ficar aprovado nesta disciplina o aluno terá que ter, no mínimo, uma classificação de 10 nas componentes b) e c) e uma classificação de 10 na componente d), considerando a escala de 0-20
Cálculo da Classificação Final Contribuição da avaliação das componentes b) e c) para a classificação final: 40% Contribuição da avaliação da componente c) para a classificação final: 60% *Avaliação contínua [alínea a) ] = adiciona ou diminui à nota do exame teórico (escala de 0-20 pontos). Faltas injustificadas: 0,05 pontos/falta. Faltas (F) no momento da chamada para participação: 0,1 pontos/falta. Respostas erradas (R -): -0,1 pontos/resposta. Respostas correctas (R +): +0,1 pontos/resposta. ALUNOS REPETENTES a1) Os alunos repetentes serão avaliados com base, apenas num exame escrito
Provas e trabalhos especiais O relatório e o seminário a que se referem as alíneas b) e c) dos critérios de avaliação serão apresentados e discutidos publicamente em número de 1 por cada grupo de trabalho.
Melhoria de Classificação Final/Distribuída É possível mediante a submissão a um exame escrito na época destinada para o efeito