Ecofisiologia Vegetal
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Biologia |
Ocorrência: 2010/2011 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Língua de trabalho
Português
Objetivos
O objectivo básico do curso é que o aluno compreenda o modo como a anatomia está associada à função das plantas. Pretende-se ainda que o aluno adquira competências para identificar estruturas específicas a determinadas funções.
As plantas são organismos complexos e o curso explora aspectos que as tornam peculiares, centrando-se especialmente nos processos bioquímicos e moleculares envolvidos no seu crescimento e desenvolvimento. É também objectivo do curso que o aluno compreenda o modo como as plantas interactuam com o meio ambiente.
Programa
Características e classificação dos tecidos. Diferenciação. Sistema de tecidos: dérmico, fundamental e vascular. Xilema e floema e a função de condução:
Estrutura do floema e translocação; Nervuras secundárias; anatomia de Kranz e a fotossíntese; estrutura do xilema e o movimento de água. Importância das pontuações.
Organização tecidular em raiz, caule e folhas. Origem e estrutura do corpo secundário. Crescimento secundário anómalo. Fibras e sua importância económica.
Factores que alteram a morfologia das plantas. Adaptações das plantas à água, à temperatura, ao vento e à luz. Estruturas secretoras externas e internas. Mecanismos de libertação e vias de transporte da secreção.
Equilíbrio hídrico das plantas. Conceito de potencial hídrico e comportamento osmótico das células. Mecanismo de controlo do funcionamento dos estomas e sinais ambientais. Água no contínuo solo-planta-atmosfera.
Nutrientes minerais. Critérios de essencialidade. Elementos essenciais. Classificação dos nutrientes vegetais: critério quantitativo e fisiológico. Soluções nutritivas e culturas sem solo. Relação entre a função e mobilidade dos nutrientes e sintomatologia de carência. Principais limitações da análise de sintomatologia. Testes bioquímicos de carência nutricional.
Translocação no floema: conceito de órgão recebedor e órgão fonte. Teoria do fluxo em massa. Carregamento e descarregamento do floema.
Fotomorfogénese mediada pela luz vermelha. Fitocromo: propriedades e funções ecológicas. Adaptação das plantas a alterações da qualidade da luz e regulação da germinação de sementes.
Respostas à luz azul: fototropismo, inibição rápida do alongamento do caule e estimulação da abertura dos estomas. Fotoreceptores da luz azul: criptocromos, fototropinas e zeaxantina.
Crescimento e desenvolvimento das plantas e sinais internos e ambientais. Moléculas sinal nas plantas. Fito-hormonas; conceito e percepção. Grupos de fito-hormonas. Auxinas: descoberta e natureza química. Auxinas nativas e de síntese. Biossíntese e transporte do IAA. Efeitos fisiológicos das auxinas. Aplicações práticas. Giberelinas (GAs); descoberta e natureza química. Regulação da biossíntese. Efeitos fisiológicos das GAs e mecanismos de acção. Transdução do sinal GAs nas células da camada de aleurona. Aplicações comerciais. Inibidores da biossíntese das GAs e sua possível utilização. Citocininas: descoberta e identificação; formas livres e ligadas; locais de biossíntese e transporte. Efeitos fisiológicos. Principais aplicações práticas. Características das plantas com sobre-expressão das citocininas. Etileno; descoberta, estrutura e biossíntese. Regulação da biossíntese. Efeito de factores ambientais e da auxina na produção de etileno. Efeitos fisiológicos do etileno e modo de acção. Aplicações comerciais. Ácido Abcísico (ABA); descoberta, natureza química, locais de biossíntese e transporte. Variação do nível de ABA durante o desenvolvimento da semente em resposta a stresse ambiental. Efeitos fisiológicos. Transdução de sinal do ABA nas células de guarda. Brassinoesteróides (BRs); descoberta, ocorrência nas plantas, biossíntese e transporte. Principais efeitos fisiológicos. Papel dos BRs na protecção de plantas contra stresses. BRs como nova estratégia para a protecção das plantas. Potenciais usos dos BRs na agricultura.
Resposta das plantas ao stress abiótico e factores que condicionam essa resposta. Adaptação e plasticidade fenotípica. Stress e aumento da produção das espécies reactivas de oxigénio (ROS). Sintomas de danos oxidativos. Sistemas de defesa antioxidantes nas plantas: enzimático e não enzimático. Ciclo ascorbato-glutationa.
Bibliografia Obrigatória
000103971. ISBN: 978-0-87893-866-7
Bibliografia Complementar
000072345. ISBN: 0-943088-39-9
000102346. ISBN: 978-0-7637-5345-0
Observações Bibliográficas
A bibliografia aconselhada encontra-se disponível na biblioteca do departamento de Biologia (ed. FC4). Serão ainda disponibilizados pelos docentes da disciplina elementos complementares de estudo e consulta.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Os conteúdos serão desenvolvidos em aulas teóricas, práticas e seminários.
As aulas teóricas serão maioritariamente expositivas; algumas sessões teóricas serão destinadas a palestras de investigadores cuja investigação empregue técnicas de engenharia genética, pretende-se que todas as aulas teóricas tenham uma componente de discussão. A apresentação da matéria será acompanhada pela projeção de imagens e esquemas que ilustrem convenientemente a exposição oral recorrendo-se, sempre que possível, à apresentação de filmes didáticos. O acompanhamento da matéria leccionada nas aulas teóricas deverá ser feito através da consulta de bibliografia: livros de texto, websites, e artigos científicos.
Em relação às aulas práticas será fornecido aos alunos, um “Guia de apoio aos trabalhos práticos” contendo os procedimentos experimentais e no qual estarão também incluídos o programa e a calendarização das respectivas aulas.
Tipo de avaliação
Avaliação por exame final
Componentes de Avaliação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
85,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Obtenção de frequência
Frequência obrigatória às aulas práticas – mínimo 2/3.
Entrega de trabalhos obrigatórios das aulas práticas (a não entrega desconta na nota TP).
Estudantes trabalhadores: obrigatoriedade de entrega dos trabalhos para obtenção de frequência.
Trabalho/apresentação e/ou relatório sobre temas abordados nas aulas práticas – 3 valores no exame TP.
Fórmula de cálculo da classificação final
Exame teórico (T) – 20 valores
Exame teórico-prático (TP) – 17 valores
Trabalhos (aulas práticas; a adicionar à nota do TP) – 3 valores
Nota Final = (2T+TP)/3
Nota mínima em cada uma das provas de 8,0 valores.
Exame oral:
O aluno pode requerer exame oral, quando obtém uma classificação igual ou superior a 10 valores.
O aluno que obtém classificação entre 8,0 e 9,4 valores, pode também requerer prova oral.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Obrigatoriedade de entrega dos trabalhos para obtenção de frequência.
Melhoria de classificação
Para melhoria de nota final o aluno necessita de requerer nova prova de exame, de acordo com a legislação vigente relativa ao assunto.