Nuno Cardoso Santos, docente do Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências (FCUP) e investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IAstro) na U.Porto, é o vencedor do Prémio de Excelência Científica da Universidade do Porto 2022, galardão – no valor de 5 mil euros – que tem como objetivo reconhecer os docentes e cientistas da instituição que mais se destacam no domínio da investigação científica.
A decisão do júri foi tomada por unanimidade e reconhece “o contributo e esforço” desenvolvidos por Nuno Cardoso Santos “na criação e divulgação de conhecimento, na angariação de financiamento para as atividades de investigação e na produção de publicações científicas”.
Natural de Moçambique, Nuno Cardoso Santos é, aos 48 anos, uma referência mundial no estudo dos exoplanetas (planetas que orbitam outras estrelas que não o sol). Área que começou por explorar num percurso académico dividido entre Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e o conceituado Observatório de Genebra (Suíça) e que incluiu a descoberta – publicada em 2004 – do primeiro planeta potencialmente rochoso a orbitar outra estrela.
Foi, de resto, o interesse pela exploração de “outros mundos” que o trouxe para o Porto, em 2007, para se juntar ao Centro de Astrofísica da U.Porto (CAUP). Dois anos depois, em 2009, foi distinguido com uma bolsa Starting Grant do European Research Council (ERC), no valor de quase um milhão de euros, que lhe permitiu lançar as bases da investigação sobre exoplanetas que vem liderando ao longo da última década.
“Este prémio reflete o apoio que tive por parte da Universidade do Porto ao longo dos anos. Mas apesar de ser um prémio individual, devo-o também à excelência dos investigadores da equipa que coordeno. O prémio também é deles”, refere.
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