Há muito a fazer quanto à qualidade ambiental das linhas de água das Serras do Porto. A conclusão é de Sara Antunes, docente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que apresentou recentemente os resultados de um trabalho de prestação de serviços realizado nos dois últimos anos.
“As linhas de água têm problemas ecológicos, estão muito carregadas em termos de nutrientes, há organismos que estão a desaparecer e estão a surgir muitas espécies exóticas”, explica. Uma das causas da má qualidade da água é, por exemplo, a proximidade com os campos agrícolas.
Sara Antunes participou na iniciativa "Encontros com o Parque", que promove a partilha, a aprendizagem e o envolvimento cívico em prol da conservação desta paisagem protegida regional.
O programa apresentou atividades muito diversas, com o apoio de várias entidades, começando no dia 2 de junho com as Jornadas «Parque das Serras do Porto – o conhecimento como ferramenta de gestão». O objetivo deste evento foi dar a conhecer os estudos e trabalhos mais recentes, nas diversas temáticas, capacitando e sensibilizando a comunidade. A sessão decorreu no formato presencial, no Auditório Dr. António Macedo, em Valongo.
O Parque das Serras do Porto (PSeP) é uma paisagem protegida regional e um projeto concebido pelos municípios de Gondomar, Paredes e Valongo e que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Com uma área de quase 6 mil hectares, o PSeP inclui as Serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas.