Mariana Martins de Carvalho, Investigadora do CEAU/FAUP, vence Prémio Eduardo da Cunha Serrão 2023
22 de maio de 2023
Mariana Martins de Carvalho © Nuno TravassoA investigadora Mariana Martins de Carvalho, do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da FAUP (CEAU/FAUP), venceu, por unanimidade, o Prémio Eduardo da Cunha Serrão na categoria de Doutoramento com a tese "
Desenhar a Ruína: registo, interpretação e comunicação. O exemplo da cidade romana de Ebora", desenvolvida no Programa de Doutoramento em Arquitectura da FAUP. O galardão é atribuído anualmente pela Associação dos Arqueólogos Portugueses e distingue teses e dissertações de Doutoramento e Mestrado apresentadas no ano anterior a cada edição do prémio , ou obras inéditas, que incidam sobre a Arqueologia do nosso país.
"A minha investigação de doutoramento centra-se essencialmente no modo como o conhecimento da arquitectura e o instrumento do desenho podem contribuir para a análise, interpretação e reconstituição do vestígio arqueológico; assumindo um olhar transdisciplinar que procura fomentar o cruzamento entre estas áreas de conhecimento" realça Mariana Martins de Carvalho. É por isso que para a investigadora reveste-se de especial importância que "este trabalho, que partiu do domínio da arquitectura, tenha sido reconhecido por tão relevante instituição no campo da arqueologia".
A tese teve como orientadoras Maria Pilar Miguel dos Reis, Investigadora do CEAU/FAUP, e Marta Oliveira, Professora Jubilada da FAUP.
Mariana Martins de Carvalho (Porto) é Arquiteta (FAUP), com pós-graduação em Património Arquitectónico (CEAPA-FAUP), licenciada em Pintura (FBAUP) e doutorada em Arquitectura, opção de estudo - Património Arquitectónico (PDA-FAUP). É actualmente investigadora colaboradora do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo (CEAU) da FAUP e investigadora no ProChild CoLAB, onde integra uma equipa multidisciplinar. Desenvolve, na sua prática interdisciplinar, desenhos de interpretação e reconstituição arqueológica, em colaboração com arqueólogos, historiadores e arquitectos.
Nesta edição, o júri atribuiu, ainda, na categoria Doutoramento, duas menções especiais às teses 'Monte dos Castelinhos e as dinâmicas da conquista romana da Península de Lisboa e Baixo Tejo', de João Pimenta, e 'Boa Vista 1: estudo arqueológico de um navio na Lisboa Ribeirinha (séc. XVII-XVIII)', de Gonçalo Correia Lopes.
Já na categoria de Mestrado, o Prémio foi atribuído a Mónica Patrícia Gomes de Almeida e Silva Corga com a dissertação 'Os Vivos depois da Morte uma abordagem à gestão mortuária dos Tholoi 1 e 2 da Horta do João da Moura 1 (Ferreira do Alentejo) durante o 3º milénio AC', realizada no âmbito do Mestrado em Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP).
O júri do Prémio Eduardo da Cunha Serrão foi presidido por José Morais Arnaud, Presidente da Direcção da Associação dos Arqueólogos Portugueses, e composto por Andrea Martins e Luís Raposo, membros da Direcção, e José d’Encarnação e Vitor Oliveira Jorge, na qualidade de especialistas convidados.
A Cerimónia de Entrega da 8.ª edição do Prémio Eduardo da Cunha Serrão terá lugar no auditório do Museu Arqueológico do Carmo, em Lisboa, no dia 26 de maio, às 17h30.
Mais informações:
museuarqueologicodocarmo.pt