Bienal de Veneza atribui Leão de Ouro a Eduardo Souto de Moura
Os vencedores da 16ª Bienal de Arquitectura de Veneza foram anunciados dia 26 de Maio de 2018.
O arquitecto Eduardo Souto de Moura foi distinguido pela Bienal de Arquitectura de Veneza com a máxima distinção que um arquitecto pode receber por uma obra: o Leão de Ouro para o melhor participante na mostra internacional, este ano dedicada ao tema Freespace/Espaço Livre.
Entre os 71 participantes da 16ª edição da exposição comissariada pelas arquitectas irlandesas Yvonne Farrell e Shelley McNamara (Grafton Architects), onde também estão mais dois arquitectos portugueses, Álvaro Siza e Inês Lobo, o júri escolheu o complexo turístico de São Lourenço do Barrocal, a recuperação de um grande monte alentejano e a sua transformação num hotel nos arredores de Monsaraz.
Composto pelo arquitecto Frank Barkow, pela arquitecta Sofia von Ellrichshausen, pela curadora Kate Goodwin, pela arquitecta Patricia Patkau e pelo arquitecto e crítico Pier Paolo Tamburelli, o júri destaca a "precisão em colocar lado a lado um par de fotografias aéreas, que revela o essencial da relação entre arquitectura, tempo e espaço".
Na edição 2018 da Bienal de Veneza, o arquitecto e professor catedrático convidado da FAUP participou também no pavilhão nacional da Santa Sé, que convidou dez arquitectos internacionais para construírem uma capela na ilha de San Giorgio Maggiore.
Portugal está representado na 16ª Exposição Internacional de Arquitectura - La Biennale di Venezia com o projecto
Public Without Rhetoric, sob curadoria de Nuno Brandão Costa e Sérgio Mah. O Pavilhão de Portugal propõe um percurso pelo "Edifício Público" através de 12 projetos criados nos últimos dez anos por arquitectos portugueses, que servem de base a uma reflexão sobre a arquitectura em áreas públicas e dando mais um contributo ao conceito de "Freespace", tema central da Exposição.
O Leão de Ouro para melhor participação nacional foi para a Suíça pelo projecto "Svizzera 240: House Tour" e a participação da Grã Bretanha recebeu uma menção Honrosa. O Leão de Prata foi atribuído a Jan de Vylder, Inge Vinck, Jo Taillieu. Andra Matin e Rahul Mehrotr receberam uma Menção Honrosa. O arquitecto, historiador, crítico e professor Kenneth Frampton foi distinguido pela Bienal de Veneza com o Leão de Ouro, pelo seu percurso profissional.
O arquitecto Álvaro Siza já foi distinguido duas vezes em Veneza, uma vez com o Leão de Ouro pela carreira, em 2012, e outra com o mesmo prémio agora atribuído a Souto de Moura, 2002.
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Photo by Francesco Galli. Courtesy: La Biennale di Venezia