Resumo: |
O tamanho e a composição química das diferentes fracções granulométricas das partículas em suspensão na atmosfera são os parâmetros que determinam o seu impacte. Só as partículas inferiores a 10 mm são inaláveis, sendo o tracto inferior do aparelho respiratório afectado apenas pelas partículas inferiores a 2-3 mm. Torna-se por isso absolutamente necessário, que para além dos limites estabelecidos para as concentrações atmosféricas de PM10, se definam limites para as PM2,5, por forma a garantir a protecção da Saúde Pública. A caracterização físico-química dos diferentes tamanhos de partículas é ainda incipiente, nomeadamente no que diz respeito à quantificação de componentes tóxicos. Assim, esta é uma área de investigação de relevância reconhecida, por permitir o desenvolvimento de estratégias para redução da poluição e a identificação das fracções granulométricas com efeitos mais relevantes sobre a Saúde Humana. Em consequência, o progresso nesta área do conhecimento é fundamental para prevenir os efeitos das partículas em suspensão e definir estratégias para proteger a Saúde Pública.
No presente projecto pretende-se contribuir para o progresso de conhecimento nesta área, caracterizando física e quimicamente as PM10 e as PM2,5 presentes em atmosferas urbanas e em ambientes confinados poluídos, comparando-as com as de locais de referência e com os respectivos valores padrão. Tendo como objectivo avaliar os efeitos relacionados com as emissões dos automóveis e do fumo do tabaco, proceder-se-á à quantificação de componentes tóxicos em partículas inaláveis de diferentes granulometrias. De entre estes, foram seleccionados como indicadores para este estudo os metais pesados, o benzeno, o formaldeído e o benzo(a)pireno. O conhecimento adquirido permitirá suportar a necessidade de estabelecer limites para as concentrações atmosféricas de partículas inaláveis com menores dimensões. Será ainda possível definir estratégias para reduzir a poluição e proteger a Saúde Pública.
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