Resumo: |
O projecto visa a investigação multidisciplinar em aspectos do Terciário de várias bacias, fundamentais na compreensão das variações paleogeográficas, tectónicas, climáticas e do nível do mar na Margem Ocidental Ibérica.
Pretende colmatar a falta de informação acerca da estratigrafia de bacias terciárias de Portugal centro-norte, através de uma equipa de sedimentólogos, estratígrafos e geomorfólogos que, em conjunto, construam um registo bem documentado das sequências deposicionais numa extensa e diversificada área.
A escolha desta região assenta no conhecimento de que as bacias terciárias portuguesas oferecem uma variedade de diferenças tectónicas, morfológicas e litológicas, e os sistemas deposicionais variam de continentais (em terra) a marinhos (no ÒoffshoreÓ).
O projecto também interpretará a ciclicidade como função da interacção entre a tectónica, eustatismo, acarreio sedimentar e contexto deposicional.
A descrição e interpretação da sucessão terciária (Margem Ocidental Ibérica) contribuirá para uma discussão de Estratigrafia Sequencial Continental, actualmente considerado um interessante tema de investigação (Shanley & McCabe, 1994). Nas bacias terciárias portuguesas os limites das sequências principais são discordâncias sedimentares, que se interpretam controladas por eventos tectónicos da compressão Europa-África.
A abordagem sedimentológica incidirá na avaliação da resposta sedimentar a variações do nível de base e na descrição da evolução de fácies num contexto de estratigrafia sequencial para ambientes deposicionais principalmente siliciclásticos e continentais.
As metodologias são as típicas das abordagens Geomorfológicas, Estratigráficas e Sedimentológicas. A análise geomorfológica será feita: a) usando imagens de satélite e fotos aéreas; b) mapas topográficos; c) no terreno. A análise estratigráfica e sedimentológica compreende principalmente o estudo de afloramentos, registos de sondagens e de dados geofísicos.
O projecto usará a análi |
Resumo O projecto visa a investigação multidisciplinar em aspectos do Terciário de várias bacias, fundamentais na compreensão das variações paleogeográficas, tectónicas, climáticas e do nível do mar na Margem Ocidental Ibérica.
Pretende colmatar a falta de informação acerca da estratigrafia de bacias terciárias de Portugal centro-norte, através de uma equipa de sedimentólogos, estratígrafos e geomorfólogos que, em conjunto, construam um registo bem documentado das sequências deposicionais numa extensa e diversificada área.
A escolha desta região assenta no conhecimento de que as bacias terciárias portuguesas oferecem uma variedade de diferenças tectónicas, morfológicas e litológicas, e os sistemas deposicionais variam de continentais (em terra) a marinhos (no ÒoffshoreÓ).
O projecto também interpretará a ciclicidade como função da interacção entre a tectónica, eustatismo, acarreio sedimentar e contexto deposicional.
A descrição e interpretação da sucessão terciária (Margem Ocidental Ibérica) contribuirá para uma discussão de Estratigrafia Sequencial Continental, actualmente considerado um interessante tema de investigação (Shanley & McCabe, 1994). Nas bacias terciárias portuguesas os limites das sequências principais são discordâncias sedimentares, que se interpretam controladas por eventos tectónicos da compressão Europa-África.
A abordagem sedimentológica incidirá na avaliação da resposta sedimentar a variações do nível de base e na descrição da evolução de fácies num contexto de estratigrafia sequencial para ambientes deposicionais principalmente siliciclásticos e continentais.
As metodologias são as típicas das abordagens Geomorfológicas, Estratigráficas e Sedimentológicas. A análise geomorfológica será feita: a) usando imagens de satélite e fotos aéreas; b) mapas topográficos; c) no terreno. A análise estratigráfica e sedimentológica compreende principalmente o estudo de afloramentos, registos de sondagens e de dados geofísicos.
O projecto usará a análise de ciclos transgressivos/regressivos de fácies para conjugar as contribuições da estratigrafia sequencial à escala do afloramento/sondagem com os da estratigrafia sísmica (escala sísmica), para determinar o padrão de empacotamento de fácies e a distribuição de sedimentos em função de variações de longo-termo no espaço de acomodação (Jacquin & Graciansky, 1998) das várias bacias. Contudo, existem limitações importantes devido à falta de calibração por bio-cronostratigrafia de alta resolução. Além disso, em sucessões continentais com baixas taxas de sedimentação é muito difícil reconhecer as sequências deposicionais (3» ordem), mas são muito evidentes os limites erosivos (discordâncias sedimentares) de sequências de mais alta hierarquia.
Outras contribuições, das actividades propostas, para o avanço da Ciência são a identificação e a caracterização dos recursos geológicos não-meálicos (areias, argilas, etc.), bem como a divulgação do património geológico e geomorfológico do Terciário. |