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A segurança dos relvados sintéticos com relva preenchida com grãos de borracha reciclados de pneus em fim de vida (ELT), tem vindo a levantar preocupações relativamente à presença e libertação de substâncias tóxicas. Os estudos apresentados pela USA-EPA em 2016 e pela ECHA no início de 2017 sugerem evidências relacionadas com problemas de saúde e sublinham a importância de estudos adicionais para ultrapassar as lacunas existentes. Nomeadamente, estudar as emissões de poluentes sob diferentes temperaturas, realizar testes de bioacessibilidade, e caracterizar quimicamente os ELT de regiões fora da UE, avaliar as diferentes exposições em campos interiores e exteriores, e avaliar o risco para grupos mais sensíveis, como as crianças.
Entre os vários poluentes que podem causar riscos para os utilizadores, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) estão já́ incluídos na legislação REACH e a diminuição dos seus limites legais tem sido alvo de discussão. Assim, qualquer medida para controlar a presença deste grupo de químicos carcinogénicos é de elevada relevância e por esta razão os PAHs são os compostos alvo propostos neste projeto.
Portugal é um dos países da UE com o maior número de campos sintéticos e a produção dos grãos de borracha é realizada em três empresas, em que duas delas usam um processo mecânico à temperatura ambiente e a terceira usa um processo criogénico. Assim, uma abordagem tecnológica verde e de baixo custo para remover os poluentes da superfície da borracha sem alterar o seu desempenho, terá́ um impacto económico positivo.
Este é o desafio do SAFEGOAL, que pretende: (i) fornecer dados para uma avaliação de risco mais precisa (níveis de PAHs na borracha de pneus de diferentes origens, padrões de exposição de PAHs em condições extremas: temperatura elevada, baixa ventilação, exterior vs. interior; balanços de massa de PAHs através de processos mecânicos e criogénicos) e (ii) melhorar a segurança dos relvados sintéticos, diminuindo  |
Resumo
A segurança dos relvados sintéticos com relva preenchida com grãos de borracha reciclados de pneus em fim de vida (ELT), tem vindo a levantar preocupações relativamente à presença e libertação de substâncias tóxicas. Os estudos apresentados pela USA-EPA em 2016 e pela ECHA no início de 2017 sugerem evidências relacionadas com problemas de saúde e sublinham a importância de estudos adicionais para ultrapassar as lacunas existentes. Nomeadamente, estudar as emissões de poluentes sob diferentes temperaturas, realizar testes de bioacessibilidade, e caracterizar quimicamente os ELT de regiões fora da UE, avaliar as diferentes exposições em campos interiores e exteriores, e avaliar o risco para grupos mais sensíveis, como as crianças.
Entre os vários poluentes que podem causar riscos para os utilizadores, os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) estão já́ incluídos na legislação REACH e a diminuição dos seus limites legais tem sido alvo de discussão. Assim, qualquer medida para controlar a presença deste grupo de químicos carcinogénicos é de elevada relevância e por esta razão os PAHs são os compostos alvo propostos neste projeto.
Portugal é um dos países da UE com o maior número de campos sintéticos e a produção dos grãos de borracha é realizada em três empresas, em que duas delas usam um processo mecânico à temperatura ambiente e a terceira usa um processo criogénico. Assim, uma abordagem tecnológica verde e de baixo custo para remover os poluentes da superfície da borracha sem alterar o seu desempenho, terá́ um impacto económico positivo.
Este é o desafio do SAFEGOAL, que pretende: (i) fornecer dados para uma avaliação de risco mais precisa (níveis de PAHs na borracha de pneus de diferentes origens, padrões de exposição de PAHs em condições extremas: temperatura elevada, baixa ventilação, exterior vs. interior; balanços de massa de PAHs através de processos mecânicos e criogénicos) e (ii) melhorar a segurança dos relvados sintéticos, diminuindo a presença de PAHs na borracha, após purificação em leito fluidizado de ar quente como tratamento final. O objetivo será́ diminuir a quantidade de PAHs em 10% abaixo do limite legal. A avaliação do ciclo de vida da borracha e a melhoria ambiental proveniente da tecnologia proposta será́ o complemento perfeito para estes objetivos. Os resultados obtidos e a sua disseminação irão reforçar as decisões para as melhores práticas a adoptar no âmbito de uma estratégia de economia circular.
O impacto dos ELT reciclados na Europa é enorme e a sua proibição resultaria na incineração anual de 533,000 toneladas de ELT, criando 790,000 toneladas extra de emissões de CO2. Assim é necessário um cuidado extremos antes de adoptar uma legislação mais restritiva. Fornecer uma abordagem tecnológica para melhorar a segurança da borracha levará a um ambiente mais limpo em parceria com uma indústria sustentável e impulsionará a missão da ciência e tecnologia para ajudar a resolver os desafios sociais atuais. |