A garantia do bom estado das águas fluviais, tendo em conta os poluentes emergentes (MPs e micropoluentes), não pode limitar-se ao nível nacional, não só porque os rios atravessam diferentes
países, mas também porque a zona enfrenta problemas comuns e, ao mesmo tempo, específicos do sul da Europa, o que torna necessário abordar o problema a partir de uma abordagem
eminentemente cooperativa e colaborativa entre os países que compõem esta grande região.
O intercâmbio de informações e experiências, bem como o desenvolvimento conjunto de novos conhecimentos e estratégias, torna-se um fator chave para enfrentar problemas específicos, como
a influência dos micropoluentes nos rios e nos seus ecossistemas. A elevada ameaça nas regiões do espaço SUDOE, devido aos efeitos das alterações climáticas e dos riscos naturais e
antrópicos, exige intervenções que vão para além do nível local, sendo necessária uma abordagem transnacional conjunta para alcançar resultados de maior impacto.
Por isso, o estabelecimento de Acções Piloto em cada uma das regiões (Andaluzia Ocidental - Occitânia - Região Norte de Portugal) permitirá englobar situações comuns e também as diferentes
casuísticas das massas de água receptoras a estudar, com especial atenção à proteção dos Parques Naturais e das zonas rurais.
Este projeto procura resolver problemas de forma preventiva para antecipar a implementação da Diretiva Europeia sobre Gestão e Tratamento de Águas Residuais, cuja aplicação ultrapassa as
fronteiras nacionais e requer uma aprendizagem mútua entre universidades, autoridades públicas, operadores públicos e privados e os próprios cidadãos, de diferentes regiões do espaço
SUDOE. |