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Modelos Psicanalíticos e Humanistas

Código: P303     Sigla: MPH

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Psicologia

Ocorrência: 2020/2021 - 1S Ícone do Moodle

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Psicologia
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Psicologia

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIPSI 180 Plano Oficial 2 - 6 54 162
Mais informaçõesA ficha foi alterada no dia 2020-11-13.

Campos alterados: Observações

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students

Objetivos

Objectivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) 
Reconhecer, identificar e situar-se perante uma síntese das principais características teorico-metodológicos dos modelos de intervenção psicológica psicanalíticos e humanistas nos contextos culturais, políticos, epistemológicos e cientifico-psicológicos da sua emergência Identificar os seus principais pressupostos ontológicos, epistemológicos e metateóricos Diferenciar, para cada grupo de modelos, as respectivas concepções sobre: o funcionamento psicológico humano a génese da disfuncionalidade psicológica as estratégias, metodologias, recursos e instrumentos de intervenção psicológica os processos de mudança psicológica activados Mobilizar as aquisições teorico-metodológicas no sentido de iniciar uma tentativa de conceptualização de problemas de consulta psicológica a partir de leituras de Freud e Rogers Compreender e integrar conhecimentos, competências e instrumentos destes modelos de intervenção psicológica, com especial incidência nas competências de atendimento inspiradas em Rogers.

 

Resultados de aprendizagem e competências

As aulas teóricas visam  a apropriação, por parte dos alunos, de conhecimentos das 2 perspetivas, tanto na sua dimensão formal (conceitos, noções, relações, esquemas explicativos) como substantiva. A intenção é a de que vão, progressivamente, integrando tais conhecimentos no seu modo pessoal de raciocinar sobre problemas psicológicos, não dispensando o sentido crítico e a relativização das propostas. O acréscimo de complexidade permitirá diferenciações concetuais mais subtis e maior autonomia ‘cognitiva’ Para tais objetivos concorrem metodologias diversificadas usadas na disciplina. As exposições permitem o acesso a sínteses de cada modelo, que, de outro modo, seriam largamente impossíveis a estudantes num 1º contacto com a psicanálise e humanismo. Além disso, tais sínteses funcionam como ‘bússola’ para a exploração de um território desconhecido e que, à partida, tem, muitas vezes, a aparência de caótico. Finalmente, fornecem os elementos necessários à construção de uma hermenêutica específica, adaptada a cada modelo.
As exposições em grande grupo funcionam, também, como ponto de partida e como ‘mola’ para a exploração autónoma e trabalho independente dos alunos. Aqui, a leitura, a reflexão e a discussão são ingredientes determinantes da aprendizagem. O trabalho de apoio tutorial, individual e em pequeno grupo, desempenha papel complementar na orientação, no estímulo à reflexão e integração das atividades dos alunos.

As aulas práticas, com uma metodologia mais perticipativa, visam promover aquisições exteriorizáveis, assimiláveis à noção de competência/skill discreta, pelo que o treino de competências, combinado com a dinâmica de grupo, seguindo um princípio de gradualidade e realizado em situações de role playing, aparece como a opção mais adequada. A modelagem (real/simbólica) protagonizada pelo docente, o fornecimento da regra abstrata de produção do comportamento, a prática repetida assistida, o feedback e o reforço constituem os seus elementos estruturantes.
O seu objeto compõe-se primeiramente por competências gerais de atendimento, inspiradas no modelo rogeriano, incluindo as não verbais (e.g., meneios, postura corporal, encorajamentos mínimos…) e verbais (e.g., reflexões de significado, de sentimentos, de conteúdo, paráfrases, reformulações, sumarizações…). E, num segundo momento, por uma abordagem introdutória à avaliação e formulação psicodinâmica (a que devemos atender num primeiro contacto clínico?) e às diferentes possibilidades de intervenção (continuum psicoterapia de apoio-exploração). Trata-se de um primeiro nível de aprendizagem de competências para a consulta psicológica, que visa aprofundar as competências de atendimento e exploração e dar um primeiro contacto com as competências de influência/ desafio (estas serão continuadas no 2ºciclo).

Modo de trabalho

Presencial

Programa

Conteúdos programáticos 
O modelo psicanalítico na sua versão original (Freud). O inconsciente, objecto de estudo Conceção estrutural do sujeito: teoria geral do aparelho psíquico Articulação das 2 tópicas Conceção do ser humano: em sofrimento (dialética negativa) e envolvido na dinâmica do desejo (não da necessidade) Concepção de desenvolvimento em Freud Fases do desenvolvimento psicossexual Teoria do trauma na génese de perturbação Evocação repetição e reelaboração A transferência, arena de revivência e actualização de um vivido problemático O movimento humanista/fenomenológico Contexto histórico da sua origem A proposta de Rogers: centração no cliente e na pessoa Crença na possibilidade de realização de todas as potencialidades A noção de self Definição das condições necessárias e suficientes para a mudança construtiva A relação como contexto e estratégia de intervenção Competências relacionais especulares do psicólogo Dimensões qualitativas da relação psicólogo-cliente: aceitação positiva e incondicional, empatia e genuinidade. 
 Esta disciplina reúne 2 abordagens que partilham a sua orientação fenomenológica,mas que se diferenciam nas funções formativas a desempenhar num processo de capacitação de futuros psicólogos para a intervenção Quanto aos objectivos comuns,ambas as abordagens são consideradas referências de valor inquestionável No que respeita as distinções–postas em termos de ênfase-,a psicanálise é utilizada com objectivos de aprendizagens conceptuais,enquanto que o humanismo é aproveitado,também,para aquisições de natureza prática É neste sentido que a contextualização,os principais pressupostos,os conceitos centrais,esquemas explicativos e propostas metodológicas são objecto de exploração no sentido de promover uma estrutura de raciocínio que permita responder a 4 questões fundamentais,enunciadas como conceções sobre:funcionamento psicológico,génese da disfuncionalidade,estratégia de intervenção e processos de mudança psicológica O humanismo presta-se,além disso,à aquisição de competências gerais de atendimento.

Bibliografia Obrigatória
Rogers, C. ; Tornar-se pessoa, Lisboa: Moraes Editores, 1961/1985
Rogers, C.; Psicoterapia e Consulta Psicológica, Lisboa: Moraes Editores, 1968
Freud, S.; O mal-estar na civilização , Rio de Janeiro: Imago Editora, 1969
Freud, S. ; Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, Lisboa: Livros do Brasil, 1924
Freud, S. ; Além do princípio do prazer, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1998
Coimbra, J.L. (1981). A propósito de Jacques Lacan. O Primeiro de Janeiro.

Bibliografia Obrigatória

Rogers, Carl; Psicoterapia e Consulta Psicológica, , Lisboa: Moraes Editores,, 1968
Freud, S.; Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, Lisboa: Livros do Brasil, 1924
Freud, S.; Além do princípio do prazer, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1920
Freud, S. ; Cinco conferências sobre psicanálise, Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1908
Freud, S. ; O mal-estar na civilização, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1930
Coimbra, J.L. ; A propósito de Jacques Lacan. , O Primeiro de Janeiro,, 1981

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

 

Metodologias de ensino Nas teóricas,participação em exposições do docente Discussão de obras dos autores dos 2 modelos(Freud,Rogers)enquanto modo de exploração crítica Nas aulas práticas,centradas em objectivos de aquisição de competências de atendimento,segue-se metodologia de treino de competências (modelagem, fornecimento de regra, prática assistida, feedback) Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objectivos de aprendizagem da unidade curricular Os objetivos distribuem-se por duas orientações: uma mais teórica e outra mais prática Os objetivos ‘teóricos’ prendem-se com a apropriação, por parte dos alunos, de conhecimentos das 2 perspectivas, tanto na sua dimensão formal (conceitos, noções, relações, esquemas explicativos) como substantiva. A intenção é a de que vão, progressivamente, integrando tais conhecimentos no seu modo pessoal de raciocinar sobre problemas psicológicos, não dispensando o sentido crítico e a relativização das propostas. O acréscimo de complexidade permitirá diferenciações concetuais mais subtis e maior autonomia ‘cognitiva’ Para tais objetivos concorrem metodologias usadas na disciplina As exposições permitem o acesso a sínteses de cada modelo, que, de outro modo, seriam largamente impossíveis a estudantes num 1ºcontacto com a psicanálise e humanismo. Além disso, tais sínteses funcionam como‘bússola’ para a exploração de um território desconhecido e que, à partida, tem, muitas vezes, a aparência de caótico. Finalmente, fornecem os elementos necessários à construção de uma hermenêutica específica, adaptada a cada modelo As exposições em grande grupo funcionam, também, como ponto de partida e como ‘mola’ para a exploração autónoma e trabalho independente dos alunos. Aqui, a leitura, a reflexão e a discussão são ingredientes determinantes da aprendizagem. O trabalho de apoio tutorial, individual e em pequeno grupo, desempenha papel complementar na orientação, no estímulo à reflexão e integração das actividades dos alunos Finalmente, a proposta de expressão escrita ainda se insere no processo de aprendizagem, representando o modo supremo de efectiva integração das aquisições O 2ºgrupo de objetivos,orientados para a prática, requer metodologias diferentes Trata-se de promover aquisições exteriorizáveis, assimiláveis à noção de competência/skill discreta, pelo que o treino de competências, combinado com a dinâmica de grupo, seguindo um princípio de gradualidade e realizado em situações de role playing, aparece como a opção mais adequada A modelagem (real,simbólica) protagonizada pelo docente, o fornecimento da regra abstracta de produção do comportamento, a prática repetida assistida, o feedback e o reforço constituem os seus elementos estruturantes O seu objeto compõe-se de competências gerais de atendimento, inspiradas no modelo rogeriano, incluindo as não verbais (e.g., meneios, postura corporal, encorajamentos mínimos…) e verbais (e.g., reflexões de significado, de sentimentos, de conteúdo, paráfrases, reformulações, sumarizações…) O resultado esperado não se confunde com a simples mimetização; ao contrário, pretende-se a interiorização de regras generativas, que, no limite, permitam a realização de produções comportamentais originais, eventualmente inéditas, sempre adaptadas à singularidade de cada situação Trata-se de um primeiro nível de aprendizagem de competências para a consulta psicológica – que, ainda, não inclui as competências de influência ou de desafio – e que terá a sua continuidade no 2ºciclo.

 

Software

Não aplicável

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Teste 50,00
Trabalho prático ou de projeto 50,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Apresentação/discussão de um trabalho científico 18,00
Estudo autónomo 70,00
Frequência das aulas 54,00
Trabalho escrito 20,00
Total: 162,00

Obtenção de frequência

A obtenção de frequência, bem como a aprovação na disciplina depende dos seguintes pré-requisitos:
Assiduidade e qualidade da participação nas actividades do tempo de contacto (presencial).
A aprovação depende da realização de duas actividades de aprendizagem:
1. realização de teste/trabalho em situação, em formato mini-ensaístico,com objectivos de integração dos adquiridos ao longo do semestre e de avaliação sumativa classificativa dos estudantes (Leituras para objectivos mínimos:Três ensaios…;Além do princípio…;Cinco conferências…;Psicoterapia e consulta… + reflexão crítica da obra não-metapsicológica...).
2. Participação em actividades das aulas práticas e elaboração de trabalho teórico-prático.
A classificação final resultará do somatório das classificações ponderadas das duas componentes: 1:50%; 2:50%.

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final resultará do somatório das classificações de cada uma das componentes de avaliação, como se segue:
Actividade de aprendizagem 1- 50% de ponderação.
Actividade de aprendizagem 2- 50% de ponderação.
NOTA: O cumprimento da assiduidade é um pré-requisito para a aprovação na disciplina (apenas são admissíveis três faltas).

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os estudantes nesta condição (i.e., que beneficiam de dispensa de aulas), estão sujeitos ao mesmo plano de actividades e regime de avaliação dos restantes estudantes.

Observações

Considerando as recomendações, em vigor, de organização e funcionamento das atividades letivas e não letivas em regime presencial, e a impossibilidade de garantir o funcionamento presencial da totalidade das atividades letivas do 1º semestre de 2020/2021 no atual contexto pandémico, por falta de instalações físicas capazes de acolher com segurança o número de estudantes deste ciclo de estudos, a componente teórica desta UC decorrerá totalmente a distância, fazendo uso de meios telemáticos.

 







Todos os documentos de apoio às atividades letivas serão disponibilizados na página da disciplina existente no Sigarra.

Bibliografia principal:

Freud, S. (1924/2009). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Freud, S. (1908/1998). Cinco conferências sobre psicanálise. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Freud, S. (1920/2009). Para além do princípio do prazer. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Freud, S. (1930/2008). O mal-estar na civilização. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Freud, S. (1923/2006). O ego e o id e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago Editora.

Freud, S. (1989). Textos essenciais da psicanálise, volume I: o inconsciente, os sonhos e a vida pulsional. Publicações Europa-América. 

Rogers, C.R. (1942/1968). Psicoterapia e consulta psicológica. Lisboa: Moraes Editores.

Rogers, C. (1961/1985). Tornar-se pessoa, Lisboa: Moraes Editores.

Rogers, C.R. (1956). The necessary and sufficient conditions of therapeutic personality change. Journal of Consulting Psychology, 21, 95–103.

Cabaniss, D. L., Cherry, S., Douglas, C. J., & Schwartz, A. (2011). Psychodynamic Psychotherapy: A clinical manual. West Sussex: John Wiley & Sons Ltd.

Coimbra, J.L. (1981). A propósito de Jacques Lacan. O Primeiro de Janeiro.

Hill, C. (2004). Helping skills: facilitating exploration, insight, and action. Washinton DC: American Psychological Association.

Ivey, A. E., Ivey, M. B., & Carlos P. Zalaquett, C. P. (2010). Intentional interviewing and counseling: Facilitating client development in a multicultural society. Belmont: Brooks Cole.

Laplanche, J. & Pontalis J.-B. (1967/2001). Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Livrarias Martins Fontes, Editores.

Lemma. A. (2003). Introduction to the practice of psychoanalitic psychotherapy. West Sussex: John Willey & Sons.

McWilliams, N. (2011). Psychoanalitic diagnosis. Understanding personality structure in the clinical process. New York: The Guilford Press.

Safran, J. (2013). Psychoanalysis and psychoanalytic therapies. Washington DC: American Psychological Association.

Schneider, K.J., Bugental, J.F.T. & Pierson, J. F. (2002). The handbook of humanistic psychology: Leading edges in theory, reasearch, and practice. Thousand Oakes, CA.: Sage Publications, Inc.

Segal, H. (1975). Introdução à obra de Melanie Klein. Rio de Janeiro: Imago.

Symington, J. and N. (2002). The clinical thinking of Wilfred Bion. New York: Routledge.

Symington, N. (1999). A experiência analítica. Lisboa: Climepsi.

 

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