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Modelos Psicanalíticos e Humanistas

Código: P303     Sigla: MPH

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Psicologia

Ocorrência: 2017/2018 - 1S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Psicologia
Curso/CE Responsável: Mestrado Integrado em Psicologia

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MIPSI 179 Plano Oficial 2 - 6 54 162
Mais informaçõesA ficha foi alterada no dia 2017-11-20.

Campos alterados: Fórmula de cálculo da classificação final, Avaliação especial, Melhoria de classificação, Obtenção de frequência, Tipo de avaliação, Componentes de Avaliação e Ocupação, Bibliografia Obrigatória, Fórmula de cálculo da classificação final, Melhoria de classificação, Obtenção de frequência, Tipo de avaliação, Componentes de Avaliação e Ocupação, Bibliografia Obrigatória

Língua de trabalho

Português

Objetivos

 

(a) Reconhecer, identificar e situar-se perante uma síntese das principais caraterísticas teórico-metodológicos dos modelos de intervenção psicológica psicanalíticos e humanistas nos contextos culturais, políticos, epistemológicos e cientifico-psicológicos da sua emergência;

(b) Identificar os seus principais pressupostos ontológicos, epistemológicos e meta-teóricos.

(c) Diferenciar, para cada grupo de modelos, as respetivas conceções sobre: o funcionamento psicológico humano: a génese da disfuncionalidade psicológica, as estratégias, metodologias, recursos e instrumentos de intervenção psicológica e os processos de mudança psicológica ativados;

(d) Mobilizar as aquisições teórico-metodológicas no sentido de iniciar uma tentativa de concetualização de problemas de consulta psicológica a partir de leituras de Freud e Rogers;

(e) Compreender e integrar conhecimentos, competências e instrumentos destes modelos de intervenção psicológica, com especial incidência nas competências de atendimento inspiradas em Rogers

Resultados de aprendizagem e competências

As aulas teóricas visam  a apropriação, por parte dos alunos, de conhecimentos das 2 perspetivas, tanto na sua dimensão formal (conceitos, noções, relações, esquemas explicativos) como substantiva. A intenção é a de que vão, progressivamente, integrando tais conhecimentos no seu modo pessoal de raciocinar sobre problemas psicológicos, não dispensando o sentido crítico e a relativização das propostas. O acréscimo de complexidade permitirá diferenciações concetuais mais subtis e maior autonomia ‘cognitiva’ Para tais objetivos concorrem metodologias diversificadas usadas na disciplina. As exposições permitem o acesso a sínteses de cada modelo, que, de outro modo, seriam largamente impossíveis a estudantes num 1º contacto com a psicanálise e humanismo. Além disso, tais sínteses funcionam como ‘bússola’ para a exploração de um território desconhecido e que, à partida, tem, muitas vezes, a aparência de caótico. Finalmente, fornecem os elementos necessários à construção de uma hermenêutica específica, adaptada a cada modelo.
As exposições em grande grupo funcionam, também, como ponto de partida e como ‘mola’ para a exploração autónoma e trabalho independente dos alunos. Aqui, a leitura, a reflexão e a discussão são ingredientes determinantes da aprendizagem. O trabalho de apoio tutorial, individual e em pequeno grupo, desempenha papel complementar na orientação, no estímulo à reflexão e integração das atividades dos alunos.

As aulas prática, com uma metodologia mais perticipativa, visam promover aquisições exteriorizáveis, assimiláveis à noção de competência/skill discreta, pelo que o treino de competências, combinado com a dinâmica de grupo, seguindo um princípio de gradualidade e realizado em situações de role playing, aparece como a opção mais adequada. A modelagem (real/simbólica) protagonizada pelo docente, o fornecimento da regra abstrata de produção do comportamento, a prática repetida assistida, o feedback e o reforço constituem os seus elementos estruturantes.
O seu objeto compõe-se primeiramente por competências gerais de atendimento, inspiradas no modelo rogeriano, incluindo as não verbais (e.g., meneios, postura corporal, encorajamentos mínimos…) e verbais (e.g., reflexões de significado, de sentimentos, de conteúdo, paráfrases, reformulações, sumarizações…). E, num segundo momento, por uma abordagem introdutória à avaliação e formulação psicodinâmica (a que devemos atender num primeiro contacto clínico?) e às diferentes possibilidades de intervenção (continuum psicoterapia de apoio-exploração). Trata-se de um primeiro nível de aprendizagem de competências para a consulta psicológica, que visa aprofundar as competências de atendimento e exploração e dar um primeiro contacto com as competências de influência/ desafio (estas serão continuadas no 2ºciclo).

Modo de trabalho

Presencial

Programa

 

  1. Introdução à psicanálise. Breve incursão nas escolas de psicanálise.
  2. O modelo psicanalítico na sua versão original (Freud): O inconsciente, objeto de estudo.
  3. Conceção estrutural do sujeito: teoria geral do aparelho psíquico. Teoria do trauma na génese de perturbação. Articulação das 2 tópicas.
  4. Conceção de desenvolvimento em Freud;
  5. Fases do desenvolvimento psicossexual;
  6. Mecanismos de defesa do ego;
  7. Sonho, simbolização;
  8. Interpretação;
  9. Setting psicanalítico. Processo terapêutico. Personalidade do terapeuta.
  10. A transferência, arena de revivência e atualização de um vivido problemático; Contra-transferência.
  11. Contributos de Melanie Klein e de Wilfred Bion para a psicanálise;
  12. O movimento humanista/fenomenológico: contexto histórico da sua origem;
  13. A proposta de Rogers: centração no cliente e na pessoa;
  14. Crença na possibilidade de realização de todas as potencialidades;
  15. A noção de self;
  16. Definição das condições necessárias e suficientes para a mudança construtiva;
  17. A relação como contexto e estratégia de intervenção;
  18. Competências relacionais do psicólogo;
  19. Dimensões qualitativas da relação psicólogo-cliente: aceitação positiva e incondicional, empatia e genuinidade.

Bibliografia Obrigatória

Rogers, Carl; Psicoterapia e Consulta Psicológica, , Lisboa: Moraes Editores,, 1968
Freud, S.; Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, Lisboa: Livros do Brasil, 1924
Freud, S.; Além do princípio do prazer, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1920
Freud, S. ; Cinco conferências sobre psicanálise, Lisboa: Relógio D’Água Editores, 1908
Freud, S. ; O mal-estar na civilização, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1930

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

 

Os métodos de ensino aprendizagem e atividades distribuem-se por duas orientações: uma mais teórica, centrada na exposição do docente e outra mais prática e participativa.


Nas aulas teóricas
: participação nas exposições do docente. Apresentação dos quadros concetuais e metodológicos dos modelos psicanalíticos e humnaistas e discussão de obras dos autores dos 2 modelos (Freud e Rogers) enquanto modo de exploração crítica.

Nas aulas práticas, centradas em objetivos de aquisição de competências de atendimento e exploração, através de uma metodologia de treino de competências (modelagem, fornecimento de regra, prática assistida, feedback).

Software

Não aplicável

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Participação presencial 10,00
Teste 50,00
Trabalho prático ou de projeto 40,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Apresentação/discussão de um trabalho científico 18,00
Estudo autónomo 70,00
Frequência das aulas 54,00
Trabalho escrito 20,00
Total: 162,00

Obtenção de frequência

A obtenção de frequência, bem como a aprovação na disciplina depende dos seguintes pré-requisitos:
- Assiduidade e qualidade da participação nas actividades do tempo de contacto (presencial).

A aprovação depende da realização das seguintes atividades de aprendizagem:

1. Realização de teste/trabalho em situação, em formato mini-ensaístico, com objectivos de integração dos conhecimentos adquiridos ao longo do semestre e de avaliação sumativa classificativa dos estudantes (Leituras para objectivos mínimos: 'Três ensaios...', 'Além do princípio...', 'Cinco conferências...', 'Psicoterapia e Consulta...'+ reflexão crítica de obra não-metapsicológica)

2. Participação em atividades das aulas práticas

3. Elaboração de trabalho teórico-prático.

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final resultará do somatório das classificações de cada uma das componentes de avaliação, como se segue:
Atividade de aprendizagem 1 (Teste)- 50% de ponderação.
Atividade de aprendizagem 2 (Actividades das aulas práticas) - 10% de ponderação. 
Actividade de aprendizagem 3 (Trabalho prático) - 40% de ponderação. 
Saliente-se que para cada um  das componentes de avaliação, o estudante deverá atingir o valor mínimo de 7,5 valores.
NOTA: O cumprimento da assiduidade é um pré-requisito para a aprovação na disciplina (apenas são permitidas 3 faltas).

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Os estudantes nesta condição (i.e., que beneficiam de dispensa de aulas), estão sujeitos ao mesmo plano de actividades e regime de avaliação dos restantes estudantes.

Melhoria de classificação

Está prevista na época de recurso a melhoria de classificação apenas para a componente de aprendizagem 1, ou seja, para o teste. Note-se que esta melhoria, como prevê o regulamento de avaliação, se poderá realizar até à época de recurso do ano seguinte. 

Observações

Todos os documentos de apoio às atividades letivas serão disponibilizados na página da disciplina existente no Sigarra.

Bibliografia principal:

Freud, S. (1924/2009). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Freud, S. (1908/1998). Cinco conferências sobre psicanálise. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Freud, S. (1920/2009). Para além do princípio do prazer. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Freud, S. (1930/2008). O mal-estar na civilização. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Freud, S. (1923/2006). O ego e o id e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago Editora.

Freud, S. (1989). Textos essenciais da psicanálise, volume I: o inconsciente, os sonhos e a vida pulsional. Publicações Europa-América. 

Rogers, C.R. (1942/1968). Psicoterapia e consulta psicológica. Lisboa: Moraes Editores.

Rogers, C. (1961/1985). Tornar-se pessoa, Lisboa: Moraes Editores.

Rogers, C.R. (1956). The necessary and sufficient conditions of therapeutic personality change. Journal of Consulting Psychology, 21, 95–103.

Cabaniss, D. L., Cherry, S., Douglas, C. J., & Schwartz, A. (2011). Psychodynamic Psychotherapy: A clinical manual. West Sussex: John Wiley & Sons Ltd.

Coimbra, J.L. (1981). A propósito de Jacques Lacan. O Primeiro de Janeiro.

Hill, C. (2004). Helping skills: facilitating exploration, insight, and action. Washinton DC: American Psychological Association.

Ivey, A. E., Ivey, M. B., & Carlos P. Zalaquett, C. P. (2010). Intentional interviewing and counseling: Facilitating client development in a multicultural society. Belmont: Brooks Cole.

Laplanche, J. & Pontalis J.-B. (1967/2001). Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Livrarias Martins Fontes, Editores.

Lemma. A. (2003). Introduction to the practice of psychoanalitic psychotherapy. West Sussex: John Willey & Sons.

McWilliams, N. (2011). Psychoanalitic diagnosis. Understanding personality structure in the clinical process. New York: The Guilford Press.

Safran, J. (2013). Psychoanalysis and psychoanalytic therapies. Washington DC: American Psychological Association.

Schneider, K.J., Bugental, J.F.T. & Pierson, J. F. (2002). The handbook of humanistic psychology: Leading edges in theory, reasearch, and practice. Thousand Oakes, CA.: Sage Publications, Inc.

Segal, H. (1975). Introdução à obra de Melanie Klein. Rio de Janeiro: Imago.

Symington, J. and N. (2002). The clinical thinking of Wilfred Bion. New York: Routledge.

Symington, N. (1999). A experiência analítica. Lisboa: Climepsi.

 

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