Código: | P303 | Sigla: | MPH |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Psicologia |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Psicologia |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Psicologia |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIPSI | 179 | Plano Oficial | 2 | - | 6 | 54 | 162 |
(a) Reconhecer, identificar e situar-se perante uma síntese das principais caraterísticas teórico-metodológicos dos modelos de intervenção psicológica psicanalíticos e humanistas nos contextos culturais, políticos, epistemológicos e cientifico-psicológicos da sua emergência;
(b) Identificar os seus principais pressupostos ontológicos, epistemológicos e meta-teóricos.
(c) Diferenciar, para cada grupo de modelos, as respetivas conceções sobre: o funcionamento psicológico humano: a génese da disfuncionalidade psicológica, as estratégias, metodologias, recursos e instrumentos de intervenção psicológica e os processos de mudança psicológica ativados;
(d) Mobilizar as aquisições teórico-metodológicas no sentido de iniciar uma tentativa de concetualização de problemas de consulta psicológica a partir de leituras de Freud e Rogers;
(e) Compreender e integrar conhecimentos, competências e instrumentos destes modelos de intervenção psicológica, com especial incidência nas competências de atendimento inspiradas em Rogers
As aulas teóricas visam a apropriação, por parte dos alunos, de conhecimentos das 2 perspetivas, tanto na sua dimensão formal (conceitos, noções, relações, esquemas explicativos) como substantiva. A intenção é a de que vão, progressivamente, integrando tais conhecimentos no seu modo pessoal de raciocinar sobre problemas psicológicos, não dispensando o sentido crítico e a relativização das propostas. O acréscimo de complexidade permitirá diferenciações concetuais mais subtis e maior autonomia ‘cognitiva’ Para tais objetivos concorrem metodologias diversificadas usadas na disciplina. As exposições permitem o acesso a sínteses de cada modelo, que, de outro modo, seriam largamente impossíveis a estudantes num 1º contacto com a psicanálise e humanismo. Além disso, tais sínteses funcionam como ‘bússola’ para a exploração de um território desconhecido e que, à partida, tem, muitas vezes, a aparência de caótico. Finalmente, fornecem os elementos necessários à construção de uma hermenêutica específica, adaptada a cada modelo.
As exposições em grande grupo funcionam, também, como ponto de partida e como ‘mola’ para a exploração autónoma e trabalho independente dos alunos. Aqui, a leitura, a reflexão e a discussão são ingredientes determinantes da aprendizagem. O trabalho de apoio tutorial, individual e em pequeno grupo, desempenha papel complementar na orientação, no estímulo à reflexão e integração das atividades dos alunos.
As aulas prática, com uma metodologia mais perticipativa, visam promover aquisições exteriorizáveis, assimiláveis à noção de competência/skill discreta, pelo que o treino de competências, combinado com a dinâmica de grupo, seguindo um princípio de gradualidade e realizado em situações de role playing, aparece como a opção mais adequada. A modelagem (real/simbólica) protagonizada pelo docente, o fornecimento da regra abstrata de produção do comportamento, a prática repetida assistida, o feedback e o reforço constituem os seus elementos estruturantes.
O seu objeto compõe-se primeiramente por competências gerais de atendimento, inspiradas no modelo rogeriano, incluindo as não verbais (e.g., meneios, postura corporal, encorajamentos mínimos…) e verbais (e.g., reflexões de significado, de sentimentos, de conteúdo, paráfrases, reformulações, sumarizações…). E, num segundo momento, por uma abordagem introdutória à avaliação e formulação psicodinâmica (a que devemos atender num primeiro contacto clínico?) e às diferentes possibilidades de intervenção (continuum psicoterapia de apoio-exploração). Trata-se de um primeiro nível de aprendizagem de competências para a consulta psicológica, que visa aprofundar as competências de atendimento e exploração e dar um primeiro contacto com as competências de influência/ desafio (estas serão continuadas no 2ºciclo).
Os métodos de ensino aprendizagem e atividades distribuem-se por duas orientações: uma mais teórica, centrada na exposição do docente e outra mais prática e participativa.
Nas aulas teóricas: participação nas exposições do docente. Apresentação dos quadros concetuais e metodológicos dos modelos psicanalíticos e humnaistas e discussão de obras dos autores dos 2 modelos (Freud e Rogers) enquanto modo de exploração crítica.
Nas aulas práticas, centradas em objetivos de aquisição de competências de atendimento e exploração, através de uma metodologia de treino de competências (modelagem, fornecimento de regra, prática assistida, feedback).
Designação | Peso (%) |
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Participação presencial | 10,00 |
Teste | 50,00 |
Trabalho prático ou de projeto | 40,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Apresentação/discussão de um trabalho científico | 18,00 |
Estudo autónomo | 70,00 |
Frequência das aulas | 54,00 |
Trabalho escrito | 20,00 |
Total: | 162,00 |
A obtenção de frequência, bem como a aprovação na disciplina depende dos seguintes pré-requisitos:
- Assiduidade e qualidade da participação nas actividades do tempo de contacto (presencial).
A aprovação depende da realização das seguintes atividades de aprendizagem:
1. Realização de teste/trabalho em situação, em formato mini-ensaístico, com objectivos de integração dos conhecimentos adquiridos ao longo do semestre e de avaliação sumativa classificativa dos estudantes (Leituras para objectivos mínimos: 'Três ensaios...', 'Além do princípio...', 'Cinco conferências...', 'Psicoterapia e Consulta...'+ reflexão crítica de obra não-metapsicológica)
2. Participação em atividades das aulas práticas
3. Elaboração de trabalho teórico-prático.
A classificação final resultará do somatório das classificações de cada uma das componentes de avaliação, como se segue:
Atividade de aprendizagem 1 (Teste)- 50% de ponderação.
Atividade de aprendizagem 2 (Actividades das aulas práticas) - 10% de ponderação.
Actividade de aprendizagem 3 (Trabalho prático) - 40% de ponderação.
Saliente-se que para cada um das componentes de avaliação, o estudante deverá atingir o valor mínimo de 7,5 valores.
NOTA: O cumprimento da assiduidade é um pré-requisito para a aprovação na disciplina (apenas são permitidas 3 faltas).
Os estudantes nesta condição (i.e., que beneficiam de dispensa de aulas), estão sujeitos ao mesmo plano de actividades e regime de avaliação dos restantes estudantes.
Está prevista na época de recurso a melhoria de classificação apenas para a componente de aprendizagem 1, ou seja, para o teste. Note-se que esta melhoria, como prevê o regulamento de avaliação, se poderá realizar até à época de recurso do ano seguinte.
Todos os documentos de apoio às atividades letivas serão disponibilizados na página da disciplina existente no Sigarra.
Bibliografia principal:
Rogers, C.R. (1956). The necessary and sufficient conditions of therapeutic personality change. Journal of Consulting Psychology, 21, 95–103.
Cabaniss, D. L., Cherry, S., Douglas, C. J., & Schwartz, A. (2011). Psychodynamic Psychotherapy: A clinical manual. West Sussex: John Wiley & Sons Ltd.
Coimbra, J.L. (1981). A propósito de Jacques Lacan. O Primeiro de Janeiro.
Hill, C. (2004). Helping skills: facilitating exploration, insight, and action. Washinton DC: American Psychological Association.
Ivey, A. E., Ivey, M. B., & Carlos P. Zalaquett, C. P. (2010). Intentional interviewing and counseling: Facilitating client development in a multicultural society. Belmont: Brooks Cole.
Laplanche, J. & Pontalis J.-B. (1967/2001). Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Livrarias Martins Fontes, Editores.
Lemma. A. (2003). Introduction to the practice of psychoanalitic psychotherapy. West Sussex: John Willey & Sons.
McWilliams, N. (2011). Psychoanalitic diagnosis. Understanding personality structure in the clinical process. New York: The Guilford Press.
Safran, J. (2013). Psychoanalysis and psychoanalytic therapies. Washington DC: American Psychological Association.
Schneider, K.J., Bugental, J.F.T. & Pierson, J. F. (2002). The handbook of humanistic psychology: Leading edges in theory, reasearch, and practice. Thousand Oakes, CA.: Sage Publications, Inc.
Segal, H. (1975). Introdução à obra de Melanie Klein. Rio de Janeiro: Imago.
Symington, J. and N. (2002). The clinical thinking of Wilfred Bion. New York: Routledge.
Symington, N. (1999). A experiência analítica. Lisboa: Climepsi.