Sociologia da Educação I
| Áreas Científicas |
| Classificação |
Área Científica |
| OFICIAL |
Sociologia da Educação |
Ocorrência: 2011/2012 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
| Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
| LCED |
66 |
Plano Oficial 2007/2008 |
2 |
- |
4,5 |
- |
|
Língua de trabalho
Português
Objetivos
Apresentação
O programa centra a sua atenção na problematização da relação entre juventude, igualdade de oportunidades e cidadania, à luz de várias contribuições teóricas, como os processos de reprodução social e cultural, de produção cultural, das teorias de género, diversidade e relações étnicas, de exclusão social e escolar. Pretende-se compreender as diversas maneiras como as instituições educativas formais e não-formais contribuem para construir identidades particulares e legitimar formas dominantes de conhecimento. Igualmente se focará a forma como agentes educativos manipulam, negoceiam ou resistem a essas mesmas identidades, pondo em questão as formas dominantes do saber. Uma reflexão sobre formas alargadas de cidadania procura ser um eixo estruturante do programa.
Objectivos de formação
- identificar problemáticas sócio-educativas, sobretudo relativas a Igualdade de Oportunidades, Juventude e Cidadanias, para a produção de políticas e práticas de inclusão;
- identificar perspectivas sociológicas de educação relevantes a partir de contribuição de autores/as seminais nesta área;
- analisar situações e acções educativas formais (e não formais), mobilizando capacidades de leitura das realidades sociais e educativas na sua complexidade.
Resultados da aprendizagem
. leitura critica de textos e situações educacionais
. identificação de problemáticas educacionais relevantes dp ponto de vista da Sociologia da Educação em contextos de mediação socio-educativa.
Programa
Conteúdos Programáticos
1. Sociologia da Educação, culturas e juventude
2. Juventude e cidadanias
3. A escola Portuguesa: uma radiografia
4. Igualdade de Oportunidades e percursos escolares: a teorização de Parsons e Coleman
5. Problematização de Igualdade de Oportunidades pelas teorias de reprodução cultural e produção cultural: Pierre Bourdieu, Basil Bernstein e Paul Willis
6. Direitos pedagógicos e cidadania – Basil Bernstein
7. Identidades e relações com o saber: Bernard Charlot e Michael Young
8. Igualdade de Oportunidades, relações de género e relações étnicas: Madeleine Arnot, Stephen Stoer, Luiza Cortesão
9. Narrativas biográficas e percursos de exclusão – Stephen Ball
Bibliografia Obrigatória
Almeida, Ana Nunes e Vieira, Maria Manuel (2006) ; A Escola em Portugal, ICS, 2006
Ball, Stephen, Maguire, Meg & Macrae, Sheila ; Choice, Pathways and Transitions Post-16 – new youth, new economics in the global city, Routledge/Falmer, 2000
Bernstein, Basil; Pedagogy, Symbolic Control and Identity – theory, research, critique, Taylor & Francis, 1996
Stoer, Stephen e Cortesao, Luiza; Levantando a Pedra - da pedagogia inter / multicultural às políticas educativas numa época de transnacionalização, Afrontamento, 1999
Stoer, Stephen e Araújo, Helena C.; Escola e Aprendizagem para o Trabalho num País da (Semi) periferia Europeia, Instituto Inovação Educacional, 2000
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Exposição; Debate;Trabalho de grupo; Apresentação de trabalhos pelos/as estudantes; Orientação tutorial;
Avaliação da aprendizagem; Leitura e análise de textos; Pesquisa bibliográfica; Elaboração de trabalhos; Organização da apresentações de trabalhos.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
| Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
42,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Obtenção de frequência
Obtem-se frequência a esta unidade curricular:
- com assiduidade a 75% das aulas leccionadas
- com nota igual ou superior a 10 valores na apresentação de textos ao longo do semestre. Este trabalho recebe apoio e acompanhamento das docentes, nomeadamente através da modalidade de tutoria. Pretende-se com estas apresentações que haja uma leitura, apreensão e reflexão dialogada com os textos, previamente formecidos, relacionando-se com os conteúdos abordados ao longo do semestre. Em síntese, pretende-se 1. apreensão e descodificação dos conceitos e suas relações; 2 - apresentação e debate em torno de aspectos relevantes e/ou de dificuldades encontradas
- com nota igual ou superior a 10 valores na síntese escrita, individual e presencial com duração de duas horas
Podem ir a exame final os/as estudantes que tenham frequentado um mínimo de 75% das horas de contacto previstas e não tenham obtido classificação igual ou superior a 10 na avaliação distribuída.
A não realização/apresentação de alguma actividade prevista nos métodos de avaliação terá como consequência a não obtenção de frequência à Unidade Curricular.
OS TRABALHADORES ESTUDANTES QUE NÃO POSSAM PARTICIPAR REGULARMENTE NAS ACTIVIDADES PRESENCIAIS DEVERÃO CONTACTAR AS DOCENTES, DESDE O INÍCIO DO ANO PARA ACORDAR A REALIZAÇÃO DE TRABALHOS A APRESENTAR.
O regime de avaliação adoptado pressupõe obrigatoriamente o cumprimento da assiduidade, sem prejuízo do disposto no ponto 4 do artigo 9º do regulamento de avaliação.
Fórmula de cálculo da classificação final
A classificação final resulta da nota obtida nas seguintes componentes de avaliação:
- apresentações de textos nas aulas, realizadas pelos/as estudantes, na modalidade de grupo. Este trabalho é cotado de 0-20 valores, tendo um peso de 30% da avaliação final.
- uma síntese, feita individualmente, com base no programa, durante um período de duas horas, no final do semestre. Esta componente de avaliação - cotada de 0-20 valores – vale 70%.
Em síntese:
(30%+70% = 100%)
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Os/As estudantes com estatutos específicos (e.g., TE) serão avaliados da mesma forma que os outros.
Os/As estudantes que, por lei, estão dispensados da verificação das condições de assiduidade às aulas, deverão realizar as duas componentes de avaliação definidas anteriormente: trabalho prático e síntese. Para tal, deverão contactar no início do semestre a docente responsável.
Melhoria de classificação
A melhoria da classificação final é possível mediante a realização do exame.
Os/as estudantes podem requerer uma prova de melhoria de classificação uma única vez por UC, numa das duas épocas, normal ou de recurso, imediatamente subsequentes àquela em que obtiveram aprovação e em que a UC tenha prova de avaliação prevista (Artigo 11.°, ponto 1. do “Regulamento dos princípios a observar na avaliação dos discentes da Universidade do Porto e normas específicas a aplicar nos cursos da FPCE”).
Observações
Bibliografia:
Almeida, Ana Nunes e Vieira, Maria Manuel (2006) A Escola em Portugal; novos olhares, outros cenários, Lisboa: ICS
Araújo, Helena C. (2001) “Género, Diferença e Cidadania na Escola: caminhos abertos para a mudança social?” in D. Rodrigues (org,) Educação e Diferença – valores e prátivas para uma educação inclusiva, Porto: Porto Editora, pp. 143-154.
Ball, Stephen, Maguire, Meg & Macrae, Sheila (2000) Choice, Pathways and Transitions Post-16 – new youth, new economics in the global city, Londres/Nova Iorque: Routledge/Falmer.
Bernstein, Basil (1996) Pedagogy, Symbolic Control and Identity – theory, research, critique, Londres: Taylor & Francis.
Bourdieu, Pierre (1971) "Reprodução Cultural e Reprodução Social", in S. Grácio et al. Sociologia da Educação, I, Antologia, Lisboa: Livros Horizonte, 1982.
Cortesão, Luiza & Stoer, Stephen R. (1999) Levantando a Pedra - da pedagogia inter / multicultural às políticas educativas numa época de transnacionalização, Porto: Afrontamento.
Domingos, Ana M. et al. (1986) A Teoria de Bernstein em Sociologia da Educação, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Fonseca, Laura P. (2001) Culturas Juvenis, Percursos Femininos – experiências e subjectividades na educação de raparigas, Lisboa: Celta.
Gusmão, Neusa Mendes (2004) Os Filhos de África em Portugal – antropologia, multiculturalidade e educação, Lisboa: Instituto de Ciências Sociais.
Louro, Guacira (1992) "Uma Leitura da História da Educação sob a perspectiva do género", Teoria e Educação, 6, 53-67.
Pais, José Machado (1990) "Lazeres e Sociabilidades Juvenis - um ensaio de análise etnográfica", Análise Social, 108-109, 591-644.
Santos, Boaventura de Sousa (1998) Reinventar a Democracia, Lisboa: Gradiva.
Stoer, Stephen R. (2001) “Desocultando o Voo das Andorinhas: Educação inter/multicultural crítica como movimento social”, in Stoer, Stephen R., Cortesão, Luiza e Correia, José Alberto (orgs.) Transnacionalização da Educação - da crise da educação à ‘educação’ da crise, Porto: Ed. Afrontamento, 245-300
Stoer, Stephen R. e Araújo Helena C. (2000) Escola e Aprendizagem para o Trabalho num País da (Semi) periferia Europeia, Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Willis, Paul (1977) Aprendendo a Ser trabalhador, Porto Alegre: Artes Médicas, l991.