| Código: | MED200 | Sigla: | MIE |
| Áreas Científicas | |
|---|---|
| Classificação | Área Científica |
| OFICIAL | Metodologias de Investigação e Intervenção em Educação/Ciências da Educação |
| Ativa? | Sim |
| Página Web: | https://sigarra.up.pt/fpceup/FICHA_DISCIPLINA.EDITAR?p_cad_codigo=MED200&p_periodo=2S&p_ano_lectivo=2009/2010 |
| Unidade Responsável: | Ciências da Educação |
| Curso/CE Responsável: | Mestrado em Ciências da Educação |
| Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| MCED | 52 | Plano Oficial | 1 | - | 6 | 49 | 162 |
| Docente | Responsabilidade |
|---|---|
| Carla Sofia Marques da Silva | Regente |
| Teórica: | 1,00 |
| Teorico-Prática: | 1,50 |
| Trabalho de Campo: | 0,50 |
| Tipo | Docente | Turmas | Horas |
|---|---|---|---|
| Teórica | Totais | 2 | 2,00 |
| Carla Sofia Marques da Silva | 1,50 | ||
| Marta Isabel Pinto Costa Carvalho Sampaio | 0,50 | ||
| Teorico-Prática | Totais | 2 | 3,00 |
| Carla Sofia Marques da Silva | 1,50 | ||
| Marta Isabel Pinto Costa Carvalho Sampaio | 1,50 | ||
| Trabalho de Campo | Totais | 2 | 1,00 |
| Carla Sofia Marques da Silva | 0,50 | ||
| Marta Isabel Pinto Costa Carvalho Sampaio | 0,50 |
Nesta UC, há uma preocupação central em informar as escolhas básicas subjacentes ao processo de investigação, procurando equipar estudantes com quadros de referência teórico-metodológicos, fundadores da investigação em Educação, que viabilizem uma condição critica para as escolhas metodológicas ajustadas ao objeto de investigação. Assim, são objetivos de aprendizagem:
- aprofundar e alargar a reflexão sobre os quadros de referência fundadores da investigação em educação;
- fornecer conhecimentos estruturantes do procedimento de investigação
- permitir o contacto teórico e prático com métodos e técnicas específicas de investigação.
- informar as escolhas subjacentes ao processo de investigação
- estimular atividade critica para escolhas metodológicas ajustadas ao objeto de investigação
- saber desenvolver um trabalho de investigação exploratório.
A preocupação com a capacitação dos estudantes para dominarem várias formas de “como-fazer” investigação em Educação é o fundamento de uma abordagem que articula o conhecimento de metodologias de investigação e dos seus referentes conceptuais com a experiência no terreno e o desenho de um projeto a partir dessa experiência, confrontando a literatura e a prática. Assumimos aqui que a aprendizagem de como-fazer investigação é indissociável da atividade de experimentar, num contexto específico, os desafios que se colocam ao desenho e implementação de projetos: do conhecimento do contexto à identificação de recursos e “problemas” sentidos, da definição dos objetivos à seleção de estratégias, etc. A aprendizagem a partir do confronto com “problemas situados” não só é congruente com a perspetiva ecológica em que esta UC assenta, como tem um elevado potencial para a aprendizagem de conhecimentos e competências que assentam na capacitação para adequar a teoria (sobre a investigação) a uma prática contextualizada – como qualquer projeto na área de Educação exige.
Resultados de Aprendizagem
I - Abordagens ao conhecimento e à ciência
1.1. Investigação em e sobre educação
O objeto científico e os caminhos da investigação no campo científico das Ciências da Educação
Pertinência e impacto social da investigação em educação
1.2. Racionalidades em investigação: questões epistemológicas, ontológicas e axiológicas.
Paradigma positivista, interpretativo e sócio-crítico
Representação, reflexividade, qualidade, accountability e reciprocidade
1.3. Decolonização de paradigmas científicos e da ciência convencional
Perspetivas pós-coloniais, pós-humanas e indígenas em educação.
Posicionalidade e conhecimento situado
II – Desenho de Investigação
2.1. Questão de investigação, teoria e métodos
Desenhos experimentais e quase experimentais
Estudos de caso
Estudos comparativos
Investigação ação (participativa)
III Plano de investigação
3.1. Revisão da literatura: alguns procedimentos
O papel da teoria numa investigação
3.1. Métodos e técnicas de recolha de dados – artigos e instrumentos
Métodos quantitativos
Métodos naturalistas
Métodos visuais
Métodos Digitais
Métodos biográficos
Métodos da entrevista
Métodos participativos
3.2. Métodos de análise de dados
Análise de dados quantitativos
Análise de dados qualitativos
Processos de interpretação de dados
De atividades de contacto
Exposição. Debates. Preparação de trabalho de campo, desenho de investigação, conceção de instrumentos e análise de dados. Acompanhamento ao trabalho de campo. Escrita de Diário de Investigação.
De trabalho autónomo
Pesquisa bibliográfica e leitura de obras indicadas. Trabalho de campo. Escrita de Diário de Investigação.
Avaliação:
Estudantes regulares que tenham frequência de 75% das aulas previstas.
1. A avaliação recai sobre a escrita de um Diário de investigação, individual, como suporte de reflexão, mas igualmente como prática de escrita densa em torno das discussões e temas das aulas, fazendo articulações com o problema individual de pesquisa a desenvolver e com o trabaho de campo exploratório a realizar (100%)
Um Diário de Investigação constitui um instrumento de trabalho de quem se dedica à investigação e inclui reflexões que podem ser de carácter metodológico, discussões em torno de temas de pesquisa, reflexões concetuais, teóricas e éticas, apreciações sobre livros e textos que se vão analisando e outros que se vão encontrando nos percursos para se chegar a uma questão e um problema de investigação em educação. A escrita do Diário de Investigação é contemporânea das aulas. Esta componente é individual, deverá integrar uma reflexão sobre o que é investigar e sobre como se tomam opções metodológicas em torno de um problema. Pretende-se que os/as estudantes sejam capazes de mobilizar conhecimentos teóricos e práticos em torno de procedimentos metodológicos a adotar relativamente a um problema a escolher, desenvolvendo um pensamento investigativo. O diário é uma reflexão metodológica sobre como se pode conhecer e desenvolver, de modo mais coerente e paradigmaticamente integrado, um problema de pesquisa ou intervenção. O diário terá ainda uma secção de reporte do trabalho de campo a realizar com o propósito de chegar a um problema de investigação ou a uma pergunta de investigação.
| Designação | Peso (%) |
|---|---|
| Trabalho escrito | 70,00 |
| Trabalho de campo | 30,00 |
| Total: | 100,00 |
| Designação | Tempo (Horas) |
|---|---|
| Estudo autónomo | 40,00 |
| Frequência das aulas | 39,00 |
| Trabalho de campo | 20,00 |
| Trabalho escrito | 60,00 |
| Apresentação/discussão de um trabalho científico | 3,00 |
| Total: | 162,00 |
O/a estudante obtém a frequência à unidade curricular se, tendo estado regularmente inscrito/a, frequentar 75% das aulas previstas. A frequência de 75% das aulas é o que permite a avaliação acima designada (Diário de Investigação individual que inlcui o reporte de trabalho de campo desenvolvido).
Avaliação para estudantes que tenham 75% de frequência das aulas:
A escrita de um Diário de Investigação individual, com reflexões sobre as aulas, textos e autores, o trabalho de investigação exploratório realizado e outras experiências e leituras relevantes para a construção do problema/questão de investigação - tem uma ponderação de 100%
Não se aplica
Os/as estudantes, em situações e estatutos previstos pela legislação e pelos regulamentos em vigor, que não frequentem as aulas no número mínimo exigido (75% das aulas previstas), deverão contactar o/a docente da disciplina em setembro, preferencialmente na primeira aula, para terem conhecimento da modalidade de avaliação alternativa.
Assim, nestes casos, e para a época normal e de recurso a avaliação será:
1 - Exame final presencial - ponderação de 60%
2 - Relatório escrito sobre trabalho de campo a realizar - uma pequena investigação com o propósito de chegar a um problema/questão de investigação. 40%
Estudantes que não estejam ao abrigo de estatutos e que por motivos alheios à sua vontade (necessidade de visto, entradas na 3.ª fase de colocação) não tenham conseguido frequentar as aulas em número adequado para realizar o diário de investigação ou o trabalho de campo, devem contactar presencialmente com a regente da UC.
Para todas as épocas de avaliação especiais previstas ou a serem determinadas no decorrer do ano letivo pelos órgãos competentes, e para todos os estudantes que estejam ao abrigo de estatutos especiais, a avaliação será:
Exame final, escrito e presencial - ponderação de 100%
A melhoria da classificação é feita por exame oral e tem uma ponderação de 100%.
Bibliografia Principal
Amado, João (2014) Manual de Investigação Qualitativa em Educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Alvesson Mats; Reflexive methodology. ISBN: ISBN 0-8039-7707-7
Bourdieu, Pierre (2001) A Miséria do Mundo. Petrópolis: Vozes, 1993
Correia José Alberto (1998) Para uma teoria crítica em educação. Porto: Porto Editora
Creswell, J. W. (2002) Research Design: Qualitative, quantitative, and mix-method approach. London: Sage.
Clough, Peter & Nutbrown, Cathy (2012) A Student’s Guide to Methodology. London: Sage
Dowling, Paul & Brown (2010) Doing research/Reading Research – re-interrogating education. London: Routledge
Durkheim, Émile (2001) As Regras do Método Sociológico, Porto:Rès Ed., 1895
Foucault, Michel (1978) Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 1975
Hadji, Charles & Baillé, Jacques (2001) Investigação e Educação – para uma ‘nova aliança’, Porto: Porto Editora
Harding, Sandra (1986) Whose Science? Whose Knowledge? NY:Cornell Univ Press
Pais, José Machado (2007) Sociologia da vida quotidiana. Lisboa: ICS
Pinto, José Madureira (2007) Indagação Científica, Aprendizagens Escolares. Porto: Afrontamento
Ramazanoglu Caroline; Feminist methodology. ISBN: ISBN 0-7619-5123-7
Santos, Boaventura de Sousa (2000) A Critica da Razão Indolente. Porto: Afrontamento
Saukko Paula; Doing research in cultural studies. ISBN: 0-7619-6505-X
Seale Clive 340; Researching society and culture. ISBN: 0-7619-5277-2
Silva Augusto Santos 570; Metodologia das ciências sociais
Silva, Augusto Santos (1994) Entre a razão e o sentido. Porto: Afrontamento
Silverman David; Interpreting qualitative data. ISBN: 0-7619-6865-2
Santos Boaventura de Sousa; Um discurso sobre as ciências
Thomas, Gary (2011) How to do your Case Study. London: Sage
Torres, Leonor L. & Palhares, José A. (2014) Metodologia de Investigação em Ciências Sociais de Educação. Famalicão: Humus
Vieira, C. (2022). Temas, contextos e desafios da investigação qualitativa em educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Wallerstein, Emmanuel (1996). Para abrir as ciências sociais. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Bibliografia Complementar
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo (4a). Edições 70.
Berger, Guy (1992). A investigação em educação: modelos sócio-epistemológicos e inserção institucional. Revista de Psicologia e de Ciências da Educação, 3-4, 23-36.
Menezes, I., Pais, S. C., Malafaia, C., & Ferreira, P. D. (2022). Métodos mistos : Da problematização ao que-fazer na investigação em Ciências Sociais e da Educação. In C. Vieira (Ed.), Temas, Contextos e Desafios da Investigação Qualitativa em Educação (pp. 0–2). Imprensa da Universidade de Coimbra. https://doi.org/https://doi.org/10.14195/978-989-26-2235-4_4
Seidman, I. (2006). Interviewing as qualitative research: A guide for researchers in education and the social sciences (3rd ed.). Teachers College Press.
Creswell, J. W. (1998). Qualitative inquiry & research design: Choosing among five approaches (2nd ed.). Sage Publications.
Gorard, S. (2013) Research Design. Creating a robust approaches for the Social Sciences. London: Sage.
Muijs, D. (2004). Quantitative research. In Doing quantitative research in education with SPSS. Sage Publications. https://doi.org/10.4324/9780203703588-9
Tashakkori, A., & Teddlie, C. (1998). Mixed methodology: combining qualitative and quantitative approaches. Sage.
Turner, S. F., Cardinal, L. B., & Burton, R. M. (2017). Research design for mixed methods: A triangulation-based framework and roadmap. Organizational Research Methods, 20(2), 243–267. https://doi.org/10.1177/1094428115610808
Vaughn, L. M., & Jacquez, F. (2020). Participatory research methods – Choice points in the research process. Journal of Participatory Research Methods, 1(1). https://doi.org/10.35844/001c.13244
White, P. (2009) Developing research questions: a guide for social scientists. London: Palgrave.