Questões Aprofundadas em Educação e Surdez

Código:

DE305

Sigla:

QAES

Áreas Científicas
Classificação	Área Científica
OFICIAL	Ciências da Educação

Ocorrência: 2017/2018 - 2S

Ativa?	Sim
Unidade Responsável:	Ciências da Educação
Curso/CE Responsável:	Mestrado em Ciências da Educação

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
MCED	7	Plano Oficial	1	-	12	98	324

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Um - Identificar a matriz moderna dos discursos em educação. Relacionar os mandatos endereçados à educação com os actuais desenvolvimentos das políticas e do campo social da educação. Relacionar os mandatos educativos aos níveis global, nacional e local (e suas interacções).

Conhecer teorizações sobre o modo como o Estado, a economia e a sociedade se estão a desenvolver e a reconfigurar os mandatos educativos

Caracterizar as formas emergentes de cidadania com base na afirmação identitária e da reflexividade social

Analisar os ‘lugares’ (o corpo, trabalho, cidadania, identidade e território) na sua interacção com a educação. Identificar em textos de políticas educativas e de educação os impactes dos ‘lugares’ analisados.

Analisar as políticas educativas em Portugal no contexto da rede global da sociedade e da economia do conhecimento. Extrair consequências para o contexto português da reconfiguração do mandato endereçado ao sistema educativo pela “Europa do conhecimento”.

Dois- Aprofundar o conhecimento e diferenciação das políticas de educação e formação de adultos na história recente do país.

Contextualizar o fenómeno da surdez e das suas abordagens no contexto alargado das políticas de educação e formação de adultos.

Três - Situar a surdez e a sua problemática, contribuindo para uma análise que privilegie o carácter singular e relativo, biopsicossocial, linguístico, histórico e cultural da comunidade surda.

Reflectir aprofundadamente sobre os fundamentos e as implicações da adopção de modelos bilingues na educação dos surdos.

Assumir uma postura crítica e interveniente, construída a partir de um progressivo enriquecimento teórico e científico que interpele as práticas educativas com surdos.

Adquirir competências científicas e instrumentos teórico-metodológicos, didácticos e pedagógicos que habilitem para a investigação e compreensão das funções e do funcionamento da instituição escolar, e para a reflexão sobre os modos de trabalho pedagógico com criançase jovens surdos.

Assumir uma postura de formação ao longo da vida, através de um questionamento permanente, em articulação e partlha com outros intervenientes e actores.

Tomar contacto com experiências inovadoras no âmbito da educação de crianças e jovens surdos, nomeadamente instituições e escolas de referência, bem como, com planos curriculares que contemplem modelos bilingues e o ensino/aprendizagem precoce da Língua gestual portuguesa e do Português como língua estrangeira (L2).

Qualificar, científica e pedagogicamente, para o exercício de funções de mediação, de acompanhamento e de inclusão sócio-educativa de crianças e jovens surdos.

Capacitar os estudantes para o trabalho de investigação e de pesquisa bibliográfica, por forma a satisfazer de forma rigorosa e aprofundada as necessidades decorrentes das pesquisas a encetar ou em curso.

Contribuir para clarificar os limites da investigação a desenvolver na dissertação, isponibilizando dispositivos de investigação que possam permitir a apreensão e recolha de informação teórica aprofundada. 

Resultados de aprendizagem e competências

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Não aplicável.

Programa

A modernidade, a educação e a escola: o triplo mandato educativo; a preparação para o trabalho; a formação de cidadãos; o desenvolvimento individual e social.
Educação, sociedade em rede e conhecimento: a reconfiguração do triplo mandato educativo;
Os cinco lugares em que a educação e as diferenças se confrontam: o corpo;o trabalho; a cidadania; a identidade; o território.
Os modelos de conceptualização/legitimação da diferença e a educação.
O modelo relacional versus educação inter/multicultural: a crítica da crítica
“Europa como um Bazar”: a construção de uma política de diferença (e as suas implicações para o campo da educação).
A Iª República e o Estado Novo 
O período revolucionário (ênfase na educação de adultos).
Estabilidade democrática (ênfase na formação de adultos).

Os restantes pontos do programa serão definidos ao longo do percurso, tendo em conta o desenvolvimento de processos de Enquadramento Multidisciplinar e de Acompanhamento Temático, concretizados, quer em sessões dedicadas a temas de carácter mais específico e de acordo com as necessidades emergentes, quer através de um acompanhamento personalizado, individualmente, e debate em pequeno ou grande grupo. Serão contemplados o aprofundamento, a reflexão e a orientação de determinadas questões e o aconselhamento de leituras.

Bibliografia Obrigatória

Canário Rui; Educação de adultos. ISBN: 972-8036-21-3
Carvalho Rómulo de; História do ensino em Portugal. ISBN: ISBN 972-31-0173-4
Correia José Alberto; Para uma teoria crítica em educação. ISBN: 972-0-34127-0
Dale Roger; Globalização e educação
MAGALHÃES, A. M. e STOER, S. R. ; A Escola para Todos e a Excelência Académica. , Porto: Profedições, 2002
MALGLAIVE, Gérard ; Ensinar Adultos, Porto, Porto Editora., 1995
MATOS, Manuel, S. ; Teorias e práticas da formação, Porto, Edições ASA., 1999
SANTOS, Boaventura Sousa ; Por uma concepção multicultural de direitos humanos, Revista Crítica de Ciências Sociais, 48, 1-32., 1997
STOER, S. R. e MAGALHÃES, A. M. ; A Diferença Somos Nós – a gestão da mudança social e as políticas educativas e sociais, Porto: Ed. Afrontamento., 2005
STOER, Stephen R., MAGALHÃES, António M. e RODRIGUES, David ; Os Lugares da Exclusão Social, S.Paulo: Cortez Editora, 2004

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Serão privilegiados os métodos mistos de trabalho, com recurso a aulas expositivas, exemplos de situações, análise de textos e de casos, trabalho indivudual e trabalho de grupo e debate alargado, promovendo a participação interativa, assente na apresentação de temas e etapas do trabalho pelos estudantes.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação	Peso (%)
Participação presencial	30,00
Trabalho de campo	20,00
Trabalho escrito	50,00
Total:	100,00

Componentes de Ocupação

Designação	Tempo (Horas)
Estudo autónomo	82,00
Frequência das aulas	40,00
Trabalho escrito	40,00
Total:	162,00

Obtenção de frequência

As aulas são de frequência obrigatória. Obrigatória a presença em 75% das aulas lecionadas e o respeito pelas normas previstas quanto à assiduidade discente.

Fórmula de cálculo da classificação final

Provas e trabalhos especiais

Não aplicável.

Trabalho de estágio/projeto

O trabalho escrito é constituído pela elaboração do pré-projeto de dissertação.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Estudantes que por lei estão dispensados da presença nas aulas deverão realizar um trabalho prático e uma prova destinados a demonstrar que possuem os conhecimentos e as competências exigidos e definidos na ficha de Unidade Curricular. O trabalho prático tem a ponderação de 25%, e o exame de 75%, na nota final. A admissão ao exame requer a realização e a aprovação da componente prática, ou seja, uma classificação mínima de 10 valores no trabalho prático. Estudantes que se encontrem nesta situação devem contactar a docente da unidade curricular durante as primeiras 4 semanas do semestre para que seja definida a forma de realização dessa prova e a sua calendarização.

Melhoria de classificação

Para efeitos da melhoria da classificação, os estudantes dispõem da oportunidade de realizar a reformulação do seu pré-projeto, com a ponderação de 100% na nota final. Não é possível repetir os trabalhos práticos.