| Código: | E307 | Sigla: | SE |
| Áreas Científicas | |
|---|---|
| Classificação | Área Científica |
| OFICIAL | Sociologia da Educação |
| Ativa? | Sim |
| Página Web: | https://sigarra.up.pt/fpceup/FICHA_DISCIPLINA.EDITAR?p_cad_codigo=E307&p_periodo=1S&p_ano_lectivo=2012/2013 |
| Unidade Responsável: | Ciências da Educação |
| Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Ciências da Educação |
| Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| LCED | 45 | Plano Oficial | 2 | - | 6 | 57 | 162 |
O programa centra a sua atenção na problematização da relação entre juventude, igualdade de oportunidades/igualdade de condições e cidadania, à luz de várias contribuições teóricas, como os processos de reprodução social e cultural, de produção cultural, das teorias de género, diversidade e relações étnicas, de exclusão social e escolar. Pretende-se compreender as diversas maneiras como as instituições educativas formais e não-formais contribuem para construir identidades particulares e legitimar formas dominantes de conhecimento. Igualmente se focará a forma como agentes educativos manipulam, negoceiam ou resistem a essas mesmas identidades, pondo em questão as formas dominantes do saber. Uma reflexão sobre formas alargadas de cidadania procura ser um eixo estruturante do programa.
O processo de construção de uma pequena narrativa biográfica, em permanente diálogo com as discussões teóricas e concetuais, constitui a oportunidade de articulação crítica e sustentada com conceitos, obras, filme e autores/as trabalhados e discutidos nas aulas. Deste modo, obras de referência da realidade social e educativa, que possam constituir um campo para o exercício do olhar e de modos de trabalho de pesquisa sociológica são mobilizadas.
Objectivos de aprendizagem
- identificar problemáticas sócio-educativas, sobretudo relativas a igualdade de Oportunidades, juventude e cidadanias, para a produção de políticas e práticas de inclusão;
- identificar perspectivas sociológicas de educação relevantes a partir de contribuição de autores/as seminais nesta área;
- analisar situações e acções educativas formais (e não formais), mobilizando capacidades de leitura das realidades sociais e educativas na sua complexidade.
- elaborar uma pequena narrativa biográfica (método biográfico) procurando dar corpo a problemáticas trabalhadas na UC
- construir uma postura interpretativa da produção narrativa sobre a realidade social e educativa e processos de mudança social
. leitura critica de textos e situações educacionais
. identificação de problemáticas educacionais relevantes do ponto de vista da sociologia da educação em contextos de mediação socio-educativa
. conhecimento educacional e sociológico da diversidade cultural de indivíduos, instituições e comunidades
. mobilização adequada de conceitos da sociologia da educação para uma leitura crítica em torno das diferentes racionalidades quotidianas.
. construção de uma pequena narrativa biográfica
A Sociologia da Educação mantem uma relação estreita com Introdução às Ciências Sociais e a Métodos de Investigação em Educação. Assim, os e as estudantes beneficiam da articulaçao com matérias e metodologias dessas UC, quando estiverem a trabalhar em Sociologia da Educação. Outras UC com relação também estreita são do ano seguinte como Sociologia da Familia, Análise de Politicas Educativas e Socioantropologia.
1. O que é a Sociologia da Educação? (Baudelot) Sociologia da educação e seu objeto acompanhada por interrogação central: para que servem as escolas? Conhecimento e poder por Michael Young. A teorização da relação da escola com o ‘trabalho’, de Bernard Charlot
2. Educação, Juventude e Cidadanias – educação e direitos; jovens e percursos; as culturas juvenis na escola e diversidade
3. Radiografia da Escola Portuguesa: passados e presentes na escola Portuguesa
4. Igualdade de oportunidades e trajetórias escolares: as perspetivas de Talcott Parsons e James Coleman
5. Problematizando Igualdade de Oportunidades através de teorias de reprodução cultural, de Pierre Bourdieu e Basil Bernstein; e de produção cultural de Paul Willis;
6. Igualdade de Oportunidades, relações de género e relações étnicas: perspetivas de Madeleine Arnot, Guacira Louro, Stephen Stoer, Luiza Cortesão
7. Direitos Pedagógicos e Cidadania – Basil Bernstein.
Exposição; Debate;Trabalho de grupo; Apresentação de trabalhos pelos/as estudantes; Orientação tutorial;
Avaliação da aprendizagem; Leitura e análise de textos; Pesquisa bibliográfica; Elaboração de trabalhos
| Designação | Peso (%) |
|---|---|
| Exame | 40,00 |
| Participação presencial | 10,00 |
| Trabalho escrito | 50,00 |
| Total: | 100,00 |
| Designação | Tempo (Horas) |
|---|---|
| Estudo autónomo | 112,00 |
| Frequência das aulas | 50,00 |
| Total: | 162,00 |
Obtem-se frequência a esta unidade curricular:
- com assiduidade a 75% das aulas leccionadas.
- com nota igual ou superior a 10 valores na elaboração e interpretação/análise da pequena narrativa biográfica, demonstrando apreensão e descodificação dos conceitos e sua aplicação nessa interpretação;
- com nota igual ou superior a 10 valores na síntese escrita, individual e presencial com duração de duas horas
Podem ir a exame final estudantes que tenham frequentado um mínimo de 75% das horas de contacto previstas e não tenham obtido classificação igual ou superior a 10 na avaliação distribuída. Neste caso, o exame vale 100%, não sendo ponderado nenhuma classificação na avaliação distribuida.
A não realização/apresentação de alguma actividade prevista nos métodos de avaliação terá como consequência a não obtenção de frequência à Unidade Curricular.
OS TRABALHADORES ESTUDANTES QUE NÃO POSSAM PARTICIPAR REGULARMENTE NAS ACTIVIDADES PRESENCIAIS DEVERÃO CONTACTAR AS DOCENTES, DESDE O INÍCIO DO ANO PARA ACORDAR A REALIZAÇÃO DE TRABALHOS A APRESENTAR.
A classificação final resulta da nota obtida nas seguintes componentes de avaliação:
- elaboração e interpretação da narrativa acima mencionada,potencialmente com apresentação -vale 50%.
- uma síntese, feita individualmente, com base no programa, durante um período de duas horas, nnas duas primeiras semanas de Janeiro, época prevista para avaliaçãões. Esta componente de avaliação - cotada de 0-20 valores – vale 40%.
- participação nas aulas - 10%
Em síntese:
(10%+50%+40% = 100%)
Para além da realização das componentes de avaliação distribuida previstas, TE devem fazer a apresentação de um texto selecionado pela docente.
A melhoria da classificação final é possível mediante a realização do exame.
Os/as estudantes podem requerer uma prova de melhoria de classificação uma única vez por UC, numa das duas épocas, normal ou de recurso, imediatamente subsequentes àquela em que obtiveram aprovação e em que a UC tenha prova de avaliação prevista (Artigo 11.°, ponto 1. do “Regulamento dos princípios a observar na avaliação dos discentes da Universidade do Porto e normas específicas a aplicar nos cursos da FPCE”).
Bibliografia Principal
Almeida, Ana Nunes e Vieira, Maria Manuel (2006) A Escola em Portugal; novos olhares, outros cenários, Lisboa: ICS
Araújo, Helena C. (2001) “Género, Diferença e Cidadania na Escola: caminhos abertos para a mudança social?” in D. Rodrigues (org,) Educação e Diferença – valores e prátivas para uma educação inclusiva, Porto: Porto Editora, pp. 143-154.
Ball, Stephen, Maguire, Meg & Macrae, Sheila (2000) Choice, Pathways and Transitions Post-16 – new youth, new economics in the global city, Londres/Nova Iorque: Routledge/Falmer.
Bernstein, Basil (1996) Pedagogy, Symbolic Control and Identity – theory, research, critique, Londres: Taylor & Francis.
Bourdieu, Pierre (1971) "Reprodução Cultural e Reprodução Social", in S. Grácio et al. Sociologia da Educação, I, Antologia, Lisboa: Livros Horizonte, 1982.
Cortesão, Luiza & Stoer, Stephen R. (1999) Levantando a Pedra - da pedagogia inter / multicultural às políticas educativas numa época de transnacionalização, Porto: Afrontamento.
Domingos, Ana M. et al. (1986) A Teoria de Bernstein em Sociologia da Educação, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Fonseca, Laura P. (2001) Culturas Juvenis, Percursos Femininos – experiências e subjectividades na educação de raparigas, Lisboa: Celta.
Gusmão, Neusa Mendes (2004) Os Filhos de África em Portugal – antropologia, multiculturalidade e educação, Lisboa: Instituto de Ciências Sociais.
Louro, Guacira (1992) "Uma Leitura da História da Educação sob a perspectiva do género", Teoria e Educação, 6, 53-67.
Pais, José Machado (1990) "Lazeres e Sociabilidades Juvenis - um ensaio de análise etnográfica", Análise Social, 108-109, 591-644.
Santos, Boaventura de Sousa (1998) Reinventar a Democracia, Lisboa: Gradiva.
Stoer, Stephen R. (2001) “Desocultando o Voo das Andorinhas: Educação inter/multicultural crítica como movimento social”, in Stoer, Stephen R., Cortesão, Luiza e Correia, José Alberto (orgs.) Transnacionalização da Educação - da crise da educação à ‘educação’ da crise, Porto: Ed. Afrontamento, 245-300
Stoer, Stephen R. e Araújo Helena C. (2000) Escola e Aprendizagem para o Trabalho num País da (Semi) periferia Europeia, Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
Willis, Paul (1977) Aprendendo a Ser trabalhador, Porto Alegre: Artes Médicas, l991.