| Código: | DE118 | Sigla: | SESLG |
| Áreas Científicas | |
|---|---|
| Classificação | Área Científica |
| OFICIAL | Ciências da Educação |
| Ativa? | Sim |
| Unidade Responsável: | Ciências da Educação |
| Curso/CE Responsável: | Mestrado em Ciências da Educação |
| Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| MCED | 12 | Plano Oficial | 1 | - | 6 | 49 | 162 |
A formação em Ciências da Educação deverá ancorar-se numa abordagem multirreferencial, cujos aportes possam permitir enquadrar as questões da comunicação, da interacção, da cultura, da identidade, da cidadania e das políticas de exclusão/inclusão, numa perspectiva antropológica, histórica, social e educativa de entendimento da surdez enquanto realidade biopsicossocial. Com esta Unidade Curricular pretende-se, além de proporcionar a necessária informação sobre assuntos-chave acerca da surdez e da educação de surdos, apresentar uma abordagem sócio-antropológica da surdez e discutir alguns aspectos inerentes às especificidades linguísticas e culturais das comunidades surdas, por forma a que os estudantes estabeleçam uma perspectiva crítica de análise das temáticas em apreço e possam compreender e fundamentar a necessidade de determinadas opções e correspondentes práticas educativas adequadas às crianças e jovens surdos, nomeadamente as consagradas na lei portuguesa e de outros países. A Língua Gestual será, também, objecto de estudo e aprendizagem, nomeadamente a Língua Gestual Portuguesa.
Situar a surdez contribuindo para uma análise que privilegie o carácter singular e relativo, biopsicossocial, linguístico, histórico e cultural da comunidade surda.
Adquirir competências no âmbito do desenvolvimento da criança surda, da aquisição de uma língua gestual e de uma língua escrita/falada.
Reconhecer a importãncia e o processo de emergência das línguas gestuais, bem como a sua passagem de línguas emergentes a línguas comunitárias.
IIdentificar os princípios ético-metodológicos da investigação com surdos isolados.
Tomar contacto com os distintos papeis e competências dos docentes ouvintes, dos docentes surdos, dos professores de LGP, dos intérpretes de LGP, dos terapeutas e de outros técnicos.
Perspectivar a educação de crianças surdas implantadas.
Enquadrar a surdez e as línguas gestuais como analisadores de faculdades humanas da linguagem e do conhecimento.
Capacitar os formandos com conhecimentos e competências no domínio das Ciências da Educação, como contributo para a compreensão e o estudo das temáticas em questão.
Desenvolver nos formandos algumas competências linguísticas em LGP.
Equacionar as questões da cidadania e das políticas da diferença no âmbito da temática da Surdez.
Não aplicável.
A Abordagem clínica. Classificação da surdez e medicalização.
História da Educação de surdos. O retomar de uma visão Sócio-antropológica e Cultural. A surdez enquanto realidade biopsicossocial.
Diferença Cultural e Injustiça Social, reprodução, construção e produção das diferenças.
Movimentos Sociais dos 60 e 70. A reivindicação de um novo estatuto e de uma nova forma de encarar a cidadania e o seu exercício.
O exercício da cidadania pelos Surdos.
Enquadramento sócio-histórico das Políticas inclusivas para a população surda.
As especificidades linguísticas e culturais das comunidades minoritárias.
Fundamentos e princípios de uma educação bilingue / bicultural como promotora de inclusão social e educativa dessas comunidades.
Identidade Surda e a importância da língua e da cultura no processo de construção da identidade individual e social. A necessidade de pertença a duas comunidades, duas línguas, duas culturas.
A surdez como relação (Mottez) e a dopção de uma visão sociocultural que a situa como diferença.
Surdez e Metacognição: Comunicação, Reflexividade e Mediação. A metacognição na ausência de uma língua estruturada.
O desenvolvimento da criança surda e a aquisição/participação ou ensino/aprendizagem da LGP.
Princípios de aquisição e desenvolvimento da Língua Gestual na criança surda: Abordagem linguística; Direitos humanos e linguísticos; Bilinguismo; Abordagem interaccionista; Aquisição da Língua Gestual pelas crianças surdas; Repercussões no ensino / educação de crianças surdas
Línguas Gestuais: de línguas emergentes a línguas comunitárias. Os movimentos sociais dos surdos e o seu papel na sociedade. A Língua Gestual Portuguesa: aprendizagem e estudos.
O papel do docente surdo no processo de aquisição da linguagem na criança surda e na construção da identidade surda.
O intérprete como transtradutor e mediador entre línguas e culturas.
Implante coclear. Os 3 pólos de uma questão controversa e os desafios pedagógicos e educativos.
Será privilegiada uma metodologia expositiva com recurso a exemplos de situações, análise de textos e de casos, trabalho individual, trabalho de grupo, e debate alargado, bem como uma metodologia interactiva assente na apresentação de temas pelos estudantes
| Designação | Peso (%) |
|---|---|
| Exame | 40,00 |
| Participação presencial | 30,00 |
| Trabalho laboratorial | 30,00 |
| Total: | 100,00 |
As aulas são de frequência obrigatória. Obrigatória a presença em 75% das aulas lecionadas e o respeito pelas normas previstas quanto à assiduidade discente.
Serão contemplados os seguintes parâmetros: qualidade da participação, reflexão, apresentação de temas e discussão nas aulas (30%); avaliação em Língua Gestual Portuguesa (LGP), em regime de trabalho laboratorial diferenciado em dois grupos (30%); resultado do exame escrito, realizado com base em 3 questões (40%).
Não aplicável.
Não aplicável.
Estudantes que por lei estão dispensados da presença nas aulas deverão realizar um trabalho prático e uma prova destinados a demonstrar que possuem os conhecimentos e as competências exigidos e definidos na ficha de Unidade Curricular. O trabalho prático tem a ponderação de 25%, e o exame de 75%, na nota final. A admissão ao exame requer a realização e a aprovação da componente prática, ou seja, uma classificação mínima de 10 valores no trabalho prático. Estudantes que se encontrem nesta situação devem contactar a docente da unidade curricular durante as primeiras 4 semanas do semestre para que seja definida a forma de realização dessa prova e a sua calendarização.
Para efeitos da melhoria da classificação, os estudantes dispõem da oportunidade de realizar uma prova escrita sem consulta incidindo sobre a globalidade dos conteúdos da Unidade Curricular, com a ponderação de 100% na nota final. Não é possível repetir os trabalhos práticos.